Pré-candidato a senador, Roberto Rocha já estuda refazer planos…

Com cenários confusos para a sucessão estadual – em que dinistas podem estar com Braide e Brandão pode perder, mesmo com a máquina – ex-senador´, que trabalha para estar na chapa de Lahésio, vê novas possibilidades

 

VISÃO DE FUTURO. Roberto Rocha enxerga as várias possibilidades na sucessão estadual e refaz projetos com base na análise de conjuntura

O ex-senador Roberto Rocha (sem partido) comentou pela primeira vez desde as eleições de 2022 sobre o seu futuro político, diante dos cenários confusos que se apresentam para as eleições de 2026.

A princípio pré-candidato a senador, ele admite que já revê seus planos.

“Prefiro ser candidato a senador para continuar meu trabalho interrompido em 2022. Mas, em política, faço diagnóstico pessimista para mim, e otimista para o adversário. Assim, me preparo melhor. Não sou tolo e sei que em qualquer lugar do Brasil uma candidatura de senador está na conjuntura de governador e presidente. É um “combo”. Imagine no Maranhão, uma economia completamente estatal, onde tudo e todos dependem do poder público?”, ponderou Rocha, em conversa exclusiva com este blog Marco Aurélio d’Eça.

  • para Roberto Rocha, em abril de 2026 é possível ter um cenário melhor das eleições;
  •  será quando o governador Carlos Brandão e o prefeito Eduardo Braide decidirão o futuro.

“Contudo, desde já, posso apostar que sem o governo do estado, nenhum aliado do ex-governador Flávio Dino se elege. Nenhum! Imagine ele assistir vestido na toga todos os seus aliados políticos morrerem abraçados, sem poder nem mesmo falar nada…Significa que Flavio Dino, ou sai do STF, e se candidata a governador do Maranhão, ou seu grupo se abraça com a prefeitura de São Luís. Ponto!”, pensa o ex-senador.

Roberto Rocha diz não ter dúvidas de que os “dinocomunistas estão caminhando para estar juntos com Eduardo Braide parra governador e Felipe Camarão como vice ou senador”.

“Assim, Brandão fica no governo, com seu sobrinho candidato, e poderá ter como candidata ao Senado Roseana Sarney; será a melhor forma que ele terá para tentar neutralizar o Lula, candidato à reeleição”, aponta.

  • neste cenário, pensa Rocha, Braide acha que vai enfrentar apenas o sobrinho do Brandão e o Lahesio Bonfim (Novo);
  • “e, neste cenário”, admite ele, “pode ganhar em primeiro turno, e ainda fazer os dois senadores, ambos do Flávio Dino”.

“Ora, e onde estaria Roberto Rocha? seria candidato a senador com quem, já que tem lado? Claro, com Lahesio! Ocorre que no nordeste, o candidato a governador que ganha no 1⁰ turno invariavelmente faz os dois senadores. Então, óbvio, neste caso eu teria que refazer meus planos…”, admite o ex-senador.

Político experimentado, Rocha deixa claro que não está fazendo juízo de valor, mas apenas analisando a conjuntura.

E são exatamente esses cenários possíveis que irão definir seu próprio futuro…

Em abril de 2025, Camarão tem posição melhor que a de Brandão no mesmo período de 2021

A um ano da possibilidade de assumir o governo, vice-governador já alcança o segundo lugar, com quase 20% nas pesquisas, situação completamente diferente da vivida pelo atual governador há quatro anos

 

TRAJETÓRIAS IGUAIS, com realidades diferentes marcam o abril de 2025 vivido por Felipe e o de 2021, que Brandão protagonizava

História

O vice-governador Felipe Camarão (PT) vive neste abril de 2025 a mesma expectativa de assumir o governo que o atual governador Carlos Brandão (PSB) vivia neste período de 2021.

Por essa leitura, poderia-se dizer que a condição de Felipe Camarão neste abril do ano pré-eleitoral é melhor que a do seu equivalente no abril pré-eleitoral de 2021; mas há variáveis que devem ser ponderadas na análise de conjuntura; em primeiro lugar, é preciso levar em conta que, diferente de Camarão, Brandão tinha a garantia de que o então governador Flávio Dino (PCdoB) iria deixar o mandato em abril de 2026, o que, de fato, ocorreu.

  • Mas qual o contexto daquele 2021 pré-eleitoral no Maranhão e no país?!? 
  • em abril de 21, o país e o mundo viviam o seu segundo ano assolado pela pandemia do coVID-19, com restrições de toda sorte;
  • o atual presidente Lula (PT) havia acabado de deixar a prisão, recuperado os direitos políticos e já liderava a corrida de 2022;
  • em São Luís, o prefeito Eduardo Braide completava 100 dias do seu primeiro mandato e surgia timidamente como opção de 22;
  • o senador Weverton Rocha fazia uma pré-0campanha intensa, embalado pelo apoio de nove partidos e diversos parlamentares.

Neste contexto histórico, Brandão apresentava 3% das intenções e votos; mesmo assim, foi indicado por Flávio Dino, assumiu o mandato em abril de 2022, cooptou diversos adversários e foi reeleito em primeiro turno.

O contexto de Camarão neste abril de 2025 tem duas realidades distintas em relação ao seu equivalente de 2021.

  • o vice-governador não tem a garantia oficial do governador de que deixará o mandato em abril de 2022;
  • ele também enfrenta dois adversários com índices altíssimos, coisa que Brandão não tinha há quatro anos.
  • mas o petista tem, hoje, uma base partidária e política mais sólida que a de Brandão no mesmo período.

Contextualizada na história, a situação de Felipe Camarão em relação a Carlos Brandão mostra-se mais promissora em relação à disputa, sobretudo pelo fato de ocupar o segundo lugar com altos índices de intenção de votos.

Sentando na cadeira de governador, portanto, ele passa a ser o favorito no pleito.

E os Leões do Palácio nunca rejeitaram os que conseguem sentar neles…

Em confraternização com eleitos, Luiza Moura e Eri Castro avaliam cenários de 2026…

Ex-prefeita, que disputou as eleições de São José do Sóter pelo PSDB, e o coordenador do Cine Lula no Maranhão – pai da vereadora eleita de São Luís Clara Castro Gomes – ouviram deputados estaduais, prefeitos e lideranças sobre a conjuntura para a sucessão do governador Carlos Brandão

 

O casal Eri Castro e Luiza Moura receberam nesta quinta-feira, 17,  para almoço de avaliação eleitoral e análise de conjuntura política, prefeitos eleitos e reeleitos, deputados, vereadores e lideranças políticas de todo o Maranhão.

  • ex-prefeita de São João do Sóter, Luiza disputou as eleições no município pelo PSDB;
  • militante histórico do PT, Eri coordenou o Cine Lula em vários municípios maranhenses.

A gente só tem motivos para agradecer nesta tarde. Não logramos êxito em São João, mas a filha do Eri, a Clara, elegeu-se vereadora em São Luís. E aqui estamos entre amigos para celebrar e apontar caminhos”, destacou Luiza Moura.

CONJUNTURA. Ao lado de Eri Castro, Luiza Moura faz balanço das eleições e fala sobre rumos políticos do maranhão para 2026

Importantes lideranças políticas estaduais com caminhos abertos para 2026 participaram do almoço-encontro, entre eles o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (Mobiliza) e o prefeito eleito de Araioses, Neto Carvalho (MDB).

  • Gonçalo lidera poderoso grupo político espalhado em todo o estado;
  • o grupo de Carvalho acabou de eleger cinco prefeitos no Baixo Parnaíba.

O Cine Lula teve importante participação na vitória de pelo menos 20 prefeitos no interior maranhense. São lideranças emergentes que terão influência direta nas eleições de 2026″, avalia Eri Castro.

Também participaram do encontro o deputado estadual Ariston Gonçalo, o vereador de São Luís Antonio Garcês, os prefeitos Miltinho Aragão, de São Mateus, Mário Bacelar, de Afonso Cunha, o presidente do Inmeq-MA, Eliel Gama, entre outras lideranças.

Neste fim de semana, Luiza e Eri vão a São João do Sóter, para agradecer aos votos dados a ela nas eleições de outubro.

9

Com guerra a adversários, Duarte inviabiliza a própria campanha

Mesmo à frente nas pesquisas e com chances reais de chegar ao segundo turno, candidato do Republicano parece perder o equilíbrio na reta final do primeiro turno e passa a atacar não apenas Neto Evangelista, mas Rubens Júnior e até o prefeito Edivaldo

 

Último a ser atacado por Duarte, Rubens reagiu coim elegância, o que acentuou o desequilíbrio do candidato republicano

Opinião

A resposta agressiva do deputado estadual Duarte Júnior ao colega de base governista Rubens Pereira Júnior (PCdoB) reforçam a ideia de que o candidato republicano a prefeito de São Luís perdeu o equilíbrio na campanha.

A forma dura do ataque ao adversário que disputa com ele a chance de ir ao segundo turno mereceu resposta não apenas do próprio Rubens – que, claro, provocou primeiro – mas de todos os seus aliados e até de membros da base governista.

Duarte já havia iniciado bombardeio contra Neto Evangelista (DEM), que também rebateu em seus programas.

O candidato do PRB, que tem o apoio do vice-governador Carlos Brandão, acaba por inviabilizar seu próprio projeto com a provocação ou respostas atravsessadas aos adversários.

Sua fama de desagregador e exclusivista começou desde que ele chegou à Assembléia. (Relembre aqui e aqui)

A postura anti-política pode ser boa para encantar o público, mas criará problemas no momento em que ele precisar do apoio e da estrutura necessárias para um segundo turno.

Sobretudo pelo fato de que ataca, inclusive, o prefeito Edivaldo Júnior (PDT), que hoje goza de inquestionável aprovação popular e terá papel fundamental no segundo turno.

Chamado de bandido pelo colega de base, Rubens reagiu com elegância, mas deu a resposta a Duarte

Há duas explicações para o desequilíbrio de Duarte Júnior na reta final do primeiro turno:

1 – Ele tem convicção de que seu patamar de votos é irreversível e que já está no segundo turno, onde não precisará de alianças, ou;

2 – ele já sentiu que poderá ser ultrapassado por um dos dois adversários da base – Neto ou Rubens – e tenta desesperadamente manter-se em condições de competitividade.

Nos dois casos, a postura do candidato está equivocada, e pode levá-lo ao isolamento.

E muito provavelmente à derrota política e eleitoral.

É simples assim…