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Com guerra a adversários, Duarte inviabiliza a própria campanha

Mesmo à frente nas pesquisas e com chances reais de chegar ao segundo turno, candidato do Republicano parece perder o equilíbrio na reta final do primeiro turno e passa a atacar não apenas Neto Evangelista, mas Rubens Júnior e até o prefeito Edivaldo

 

Último a ser atacado por Duarte, Rubens reagiu coim elegância, o que acentuou o desequilíbrio do candidato republicano

Opinião

A resposta agressiva do deputado estadual Duarte Júnior ao colega de base governista Rubens Pereira Júnior (PCdoB) reforçam a ideia de que o candidato republicano a prefeito de São Luís perdeu o equilíbrio na campanha.

A forma dura do ataque ao adversário que disputa com ele a chance de ir ao segundo turno mereceu resposta não apenas do próprio Rubens – que, claro, provocou primeiro – mas de todos os seus aliados e até de membros da base governista.

Duarte já havia iniciado bombardeio contra Neto Evangelista (DEM), que também rebateu em seus programas.

O candidato do PRB, que tem o apoio do vice-governador Carlos Brandão, acaba por inviabilizar seu próprio projeto com a provocação ou respostas atravsessadas aos adversários.

Sua fama de desagregador e exclusivista começou desde que ele chegou à Assembléia. (Relembre aqui e aqui)

A postura anti-política pode ser boa para encantar o público, mas criará problemas no momento em que ele precisar do apoio e da estrutura necessárias para um segundo turno.

Sobretudo pelo fato de que ataca, inclusive, o prefeito Edivaldo Júnior (PDT), que hoje goza de inquestionável aprovação popular e terá papel fundamental no segundo turno.

Chamado de bandido pelo colega de base, Rubens reagiu com elegância, mas deu a resposta a Duarte

Há duas explicações para o desequilíbrio de Duarte Júnior na reta final do primeiro turno:

1 – Ele tem convicção de que seu patamar de votos é irreversível e que já está no segundo turno, onde não precisará de alianças, ou;

2 – ele já sentiu que poderá ser ultrapassado por um dos dois adversários da base – Neto ou Rubens – e tenta desesperadamente manter-se em condições de competitividade.

Nos dois casos, a postura do candidato está equivocada, e pode levá-lo ao isolamento.

E muito provavelmente à derrota política e eleitoral.

É simples assim…