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Lago da Pedra: Feirinhas de Arte incentivam artistas da terra…

Eventos são promovidos pela prefeitura,  Fundação Municipal de Cultura e Juventude e Associação de Artistas Plásticos

 

Os quadros foram atrações à parte do eveto

Os quadros foram atrações à parte do evento

Incentivar os artistas locais oferecendo oportunidade para que eles possam mostrar seu trabalho, talento e expor seus produtos. Com esse objetivo a Prefeitura de Lago da Pedra através da Fundação Municipal de Cultura e Juventude e Associação de Artistas Plásticos, promove frequentemente Feirinhas de Arte.

A última delas aconteceu na praça do Farol da Educação no centro da cidade, onde os visitantes puderam encontrar uma variedade de produtos artesanais.

–  Acabei comprando uns panos de prato, achei muito bonito, muito interessante as coisas aqui. Não resisti e acabei comprando. É uma coisa muito importante pra nossa terra, muita gente mostrando seu trabalho – disse dona Flor de Liz, que esteve pela primeira vez na feirinha.

Várias barracas foram montadas no evento

Várias barracas foram montadas no evento

A artista plástica, Rose Farias, foi uma das artistas que participação da feirinha, mostrando sua arte  em quadros e vários outros produtos decorativos e falou de onde vem a inspiração para o imprimir o seu pensamento na sua arte.

– A minha inspiração vem de tanta coisa. Vem de momentos ruins, momentos bons, porque nós somos seres humanos e estamos propícios a está passando por isso o tempo inteiro. Esse meu trabalho, não só as telas, os quadros mas as garrafas, traduzem também todos esses momentos.

Além da comercialização de produtos, a feirinha é também um espaço para entretenimento com a realização de shows musicais.

Produtos de todos os tipos foram expostos ao público

Produtos de todos os tipos foram expostos ao público

Os músicos Waldir Filho e Marquinhos Lima, que formaram recentemente uma dupla, “Amigos da Música”, aproveitou o momento para mostrar seus talentos musicais.

– Lago da Pedra é um berço de artistas que precisam ser explorados e através dessa feirinha isso está sendo possível. Lago da Pedra precisa disso,  de incentivo cultural e a gente está tendo isso nesse momento – ressaltou Marquinhos Lima.

– É um momento de satisfação pelo resultado do trabalho. Os artistas estão cada vez mais motivados. E o objetivo tem sido alcançado que é  valorizar  o artesão, colocar ele em atividade produzindo e a população conhecendo nossos produtos e consumindo o produto cultural de Lago da Pedra pra valorizar a nossa cultura – disse Silvan Amorim, diretor administrativo da Fundação Municipal de Cultura e Juventude.

Da Ascom/Lago da Pedra
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O artesanato pirata de São Luís…

 

Vendedores recebem "artesanato maranhense" todo feito em outras plagas

Do Blog Cazombando

Turistas incautos e nativos desatentos estão sendo ludibriados por inúmeras lojas de artesanato espalhadas pela cidade, notadamente na área da Praia Grande, Centro Histórico de São Luís, capital patrimônio da humanidade.

A maioria esmagadora dos objetos artesanais, que são comercializados nas lojas, não são provenientes do estado, mas, trazidas de outros lugares, tais como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Piauí, Pará e até da Bahia.

Os comerciantes podem revender produtos de outros locais, no entanto, os objetos ostentam a ilícita frase: “Lembrança de São Luís”, o que constitui propaganda enganosa.

Produtos cerâmicos figurativos de Pernambuco, roupas em algodão cru e tratado, oriundas do Ceará, redes provenientes da Paraíba (embora exista boa produção de redes nos municípios maranhenses de São Bento e Rosário), colares com sementes de açaí, que são trazidas do Pará, veleiros feitos com conchas e búzios, e até bolsas e chapéus de palha são vendidos como se fossem produzidos no Maranhão.

De original mesmo sobra pouco, tais como o artesanato à base de fibra de buriti (bolsas, sandálias, chapéus), azulejos pintados com nomes de ruas ou logradouros pitorescos de São Luís, camisas ostentando imagens que abordam o patrimônio histórico, figuras femininas tendo como base a semente de babaçu e algumas peças de renda oriundas do município da Raposa (com ressalvas, já que a maioria das peças da Raposa é, na verdade, revendida, sendo trazidas do Ceará).

Não é excessivo lembrar que o artesanato das mulheres da Raposa tem origem cearense.

Importadas, as peças já vêm com o selo "lembrança de São Luís"

Já se tornou bastante comum a presença de micro-ônibus, caminhões ou vans estacionados na Praia Grande, descarregando os produtos advindos de outros estados, disputados avidamente pelos donos de lojas de artesanato da área.

Segundo André Lira, proprietário da “São Luís Artesanato”, situada na rua da Alfândega, Praia Grande, os produtos locais não conseguem competir com os produtos vindos de outros estados, além de a mão-de-obra de fora ser mais barata.

– Não temos também uma produção suficiente para atender à demanda turística, e os incentivos estaduais são pequenos, o que nos leva a tomar essa atitude, o que é uma pena, já que o Maranhão possui um grande potencial para desenvolver seu artesanato e se destacar no cenário nacional em tal área – disse.

 Grande parte das peças artesanais é encomendada, e os objetos já trazem pintada a frase que indicaria que o produto é de São Luís, o que caracteriza uma verdadeira pirataria.

 A prática é danosa para o desenvolvimento da atividade comercial como um todo. Existe uma grande desinformação da população local e dos turistas sobre o artesanato maranhense, o que estimula o esquema fraudulento.

Os comerciantes estão interessados no lucro e muitos artesãos de outros estados ainda não conhecem o real valor do que produzem, vendendo as peças a um preço muito baixo, o que inviabiliza a produção local.

Estamos trabalhando com os artesãos, buscando encontrar soluções para enfrentar esse problema, e um dos caminhos é a busca de uma identidade para o artesanato maranhense, como é o caso das rendas produzidas pelas mulheres da Raposa, cujas peças são bem trabalhadas e, portanto, mais caras do que o produto que vem do Ceará, com peças produzidas de forma mais rápida e grosseira. Tentamos incentivar a qualidade do produto visando mudar a realidade, gerando assim melhoria da qualidade de vida dos artesãos – informou o designer Marcelo Medeiros, consultor do SEBRAE.

Enquanto isso não acontece, muita gente continua sendo enganada.

Comprando gato por lebre…