3

O caso Décio, os pesos diferentes para os acusados e a vida que segue…

Cinco anos depois do assassinato do jornalista, apenas Júnior Bolinha permanece preso; com o passar do tempo, as linhas mais lógicas de investigação vão sendo esquecidas e os envolvidos – vítimas colaterais e acusados – voltando à vida normal

 

O tempo passou
Décio Sá está morto a cinco anos; e para muitos, a vida seguiu seu rumo normalmente

O assassinato do jornalista Décio Sá completa cinco anos neste domingo, 23.

Com o passar do tempo, muita gente próxima à vítima já até esqueceu o crime e seguiu sua vida, como se nada tivesse acontecido; outros cumprem pena mesmo sem julgamento – e mesmo diante de evidências que apontam para outro sentido.

Este blog sempre questionou o resultado das investigações que apontaram os supostos mandantes do crime. Entende o blog que a polícia – e o Ministério Público – descartaram linhas de investigações que apontavam caminhos com maior nexo causal.

E até as decisões judiciais sobre os acusados parecem ter dois pesos e duas medidas.

Um exemplo foi a recente liberdade do acusado de ser o mandante do crime, Gláucio Alencar, que foi liberado para aguardar em casa o julgamento – que dificilmente ocorrerá ainda nesta década.

Mas a mesma Justiça negou o mesmo benefício a outro acusado nas mesmas circunstâncias, Júnior Bolinha, tido como agenciador do assassinato.

Pesos diferentes
Dos acusados, apenas Júnior Bolinha segue privado de liberdade, mesmo sem julgamento

Que dizer então das decisões que mantiveram os acusados Fábio Capita e Fábio Buchecha em liberdade, desde os primeiros meses após o crime, mesmo tendo, ambos, sido pronunciados a Júri Popular?

O caso Décio Sá entrou para o histórico do jornalismo policial maranhense como um desses rumorosos crimes em que o único preso é a vítima, que não volta mais.

Parentes, amigos, acusados e colegas todos seguiram seu rumo…

0

Juiz acolhe denúncia contra Lucas Porto…

Clésio Coelho Cunha, da 4ª Vara do Tribunal do Júri recebeu a peça encaminhada pelo promotor Gilberto Cunha e analisará o autos para decidir se pronuncia ou não o réu a Júri Popular

 

Lucas Porto poderá ser pronunciado a Júri Popular

Lucas Porto poderá ser pronunciado a Júri Popular

O juiz Clésio Coelho Cunha, da 4ª Vara do tribunal do Júri acolheu neta quinta-feira, 1], os termos da denúncia contra o empresário Lucas Ribeiro Porto, acusado de matar a cunhada Mariana Costa.

– Recebo a denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual contra LUCAS LEITE RIBEIRO PORTO, pois se encontram presentes os requisitos de admissibilidade, ou seja, indícios de autoria e prova da materialidade do crime – despachou o magistrado.

A denúncia foi formulada pelo promotor Gilberto Câmara França Júnior, com base nas informações da polícia.

Clésio Coelho irá decidir agora se pronuncia o acusado a Júri Popular…

0

Polícia quer reconstituir assassinato de Mariana, mesmo após confissão…

Empresário Lucas Porto revelou que matou a cunhada por causa de uma “paixão incontida”, segundo secretário Jefferson Portela

 

Lucas Porto confessou assassinato após evidências

Lucas Porto confessou assassinato após evidências: horário mostra que ele esteve no apartamento

O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela revelou na manhã desta quarta-feira, 15, que pretende fazer a reconstituição do assassinato da publicitária Mariana Costa.

Para o secretário, a confissão do assassino Lucas Porto confirma o que já vinha sendo investigado pela policia,  mas é preciso entender as circunstâncias do crime.

– O problema é que só terá o autor. Mas é fundamental entender o que aconteceu no apartamento, até para embasar o processo e a pena – disse Portela.

Após ser ouvido novamente nesta quarta-feira, Lucas Porto confessou que matou Mariana motivado por uma “paixão incontida” e não correspondida por ela.

A polícia espera concluir o inquérito, , com todas as provas técnicas até terça-feira, 22…

1

Mariana: um crime, uma vítima, um suspeito e milhares de acusadores e juízes…

Assassinato da sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney revela o quão perigosa pode ser a geração “redes sociais” sempre a primeira a divulgar fatos sem a necessária checagem profissional

 

Mariana e Lucas Porto: protagonistas de uma tragédia familiar

Mariana e Lucas Porto: protagonistas de uma tragédia familiar

Por Udes Filho

O crime que teve como vítima a sobrinha-neta do ex-presidente José Sarney, a publicitária Mariana Costa, revelou o comportamento perigoso da “geração facebook” ou “geração twitter”, ou mesmo, “geração redes sociais”. Não sei como classificá-la.

Logo que a morte de Mariana começou a ser noticiada, em primeira mão, através das redes sociais [sem os devidos cuidados de apuração profissional], as especulações proliferaram na rede.

O primeiro passo, foi a busca por culpados, já que se tinha uma vítima. Sem respaldo técnico, algumas pessoas espalharam nas redes sociais que o marido da vítima seria o principal suspeito. Informação que foi derrubada, após divulgação dos primeiros dados de fonte técnica e confiável, apontando o cunhado de Mariana, Lucas Porto, como o real principal suspeito da autoria do crime.

Enquanto não se tinha o suspeito oficial, o marido da vítima [que não deixa de ser, também, uma vítima] foi julgado, xingando e condenado pela “sociedade das redes sociais”, que age ao estilo “detono primeiro; pergunto depois”.

O próprio cunhado, Lucas Porto, que figura como principal suspeito de ter estrangulado e asfixiado a publicitária até a morte, mesmo ainda como suspeito, já recebeu o veredito de culpado, julgado pela “sociedade das redes sociais”.

Bom! Antes de continuar, quero deixar claro que tenho tendência a entender que o principal suspeito, Lucas Porto, de fato, seja o autor do crime, por conta das evidencias preliminares, que já tiveram ampla divulgação. Entretanto, não posso afirmar que seja ele o autor.

E ninguém pode, neste primeiro momento do caso. Seria de extrema irresponsabilidade tal afirmação. Continue lendo aqui…

0

Marido de Mariana foi quem descobriu marcas no pescoço da mulher…

José Marcus Renato chegou ao hospital com a mulher já morta e percebeu sinais de estrangulamento em seu pescoço, ainda não percebidas sequer pela equipe médica que a atendeu

 

O casal Renato e Mariana: tragédia

O casal Renato e Mariana: tragédia

O testemunho de um enfermeiro do Hospital São Domingos revelou à polícia que foi o próprio marido da publicitária Mariana Costa, o empresário José Renato, quem descobriu as marcas de tentativa de estrangulamento no pescoço da mulher, já morta.

– Ele chegou gritando “minha mãe, minha mãe!” (…) e quando entrou, percebeu a marca no pescoço. Nem a gente tinha percebido ainda. Foi aí que ele disse que sua mulher tinha sido matada (sic) e iria contratar o maior investigador, mas iria descobrir o assassino – contou o enfermeiro, segundo apurou o blog.

Foi a partir desta percepção de Renato que a polícia passou a trabalhar na hipótese de assassinato, chegando ao cunhado da vítima, o também empresário Lucas Ribeiro Porto, apontado como o principal suspeito.

A perícia já retirou material orgânico das unhas de Mariana para exames de DNA, que podem confirmar se houve reação dela ao ataque do assassino.

Os primeiros exames devem ser divulgados no fim de semana…

2

Relacionamento extraconjugal de Lucas Porto teria motivado assassinato de Mariana Costa…

Programa Brasil Urgente, da Band, diz ter ouvido de fontes policiais que o suspeito estaria mantendo caso homossexual, que foi descoberto pela cunhada e gerado a fatídica discussão entre os dois

 

Lucas e Mariana: tragédia em família

Lucas e Mariana: tragédia em família

A polícia maranhense não divulga publicamente, mas atua em uma linha de raciocínio que aponta um relacionamento extraconjugal do empresário Lucas Porto como motivação do assassinato de sua cunhada, a publicitária Mariana Costa.

Essa versão foi levantada nesta terça-feira, 15, pelo programa Brasil Urgente, da Band, com base em fontes policiais, segundo o apresentador José Luiz Datena.

Este relacionamento, segundo Datena, poderia ser, inclusive, homossexual.

Na versão apresentada no programa, Datena frisou que só não ficou claro se a reação de Mariana foi em defesa da irmã, Carolina – mulher de Lucas – ou se dela própria, que manteria um relacionamento com o cunhado e se irritou com a terceira pessoa no caso.

A polícia maranhense nada fala sobre a relação da vítima com o suposto assassino.

E ainda tenta montar este quebra cabeça…

1

Lucas Porto se diz agredido em Pedrinhas e juíza determina corpo de delito…

Alegação do acusado de matar a publicitária Mariana Menezes foi corroborada pelo Ministério Público, que também comunicou suposta violência policial e pediu o novo exame

 

Lucas Porto aguardando a audiência de custódia, já com a cabeça raspada e com roupa de presidiário

Lucas Porto aguardando a audiência de custódia, já com a cabeça raspada e com roupa de presidiário

A juíza da Central de Inquéritos Andrea Maia determinou, em audiência de custódia nesta segunda-feira, 14, que o empresário Lucas Ribeiro Porto seja submetido a novo exame de corpo de delito.

A magistrada atendeu a requerimento do Ministério público, cujo representante na audiência,  Norimar Gomes Nascimento Campos, alegou ter ouvido do acusado relatos de agressão na Central de Triagem, em Pedrinhas.

– Por fim, requer este Órgão Ministerial que o autuado seja submetido a novo exame de Corpo de Delito, porquanto o autuado declarou haver sido agredido fisicamente na Central de Triagem de Pedrinhas, fato ocorrido após a primeira perícia realizada, conforme fundamentação oral registrada em áudio – diz o requerimento do Ministério Público.

Lucas Porto foi preso na manhã de ontem, como principal suspeito de ter matado a publicitária Mariana Costa, crime ocorrido no último domingo, 13.

O empresário nega o crime.

O acusado foi transferido ainda ontem para Pedrinhas, onde teve a cabeça raspada.

Diante do relato do preso e do pedido do Ministério Público, a juíza determinou o novo exame de Corpo de Delito.

– Defiro, ainda, o requerimento ministerial, a fim de encaminhar o autuado para realização de novo Exame de Corpo Delito, diante da afirmação do autuado Lucas Leite Ribeiro Porto de maus tratos quando da sua entrada no Centro de Triagem nesta data – decidiu a juíza, que decretou também a prisão preventiva do acusado.

Lucas Porto deve continuar preso durante toda a duração do inquérito…

0

Wellington cobra rigor na apuração de morte de blogueiro…

O deputado estadual Wellington do Curso  (PPS), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão, utilizou a tribuna da Casa Parlamentar, na tarde desta segunda-feira (16), para cobrar esclarecimentos acerca do assassinato do blogueiro Ítalo Diniz, ocorrido no município de Governador Nunes Freire, no último final de semana.

weliNo último final de semana, a população do município de Governador Nunes Freire e a imprensa maranhense, mais uma vez, assistiram à execução covarde de mais um blogueiro. Desta vez, o ataque aconteceu na cidade de Governador Nunes Freire e vitimou o jovem Ítalo Diniz. Protocolamos uma Nota de Pesar à senhora Maria de Fátima Diniz Barros, mãe do blogueiro Ítalo, e à sua esposa Élida Moraes, pelo ocorrido. Estamos protocolando também à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão, proposição para que, em um curto espaço de tempo, possa solucionar esse crime na cidade de Nunes Freire, que consternou todo o município e tem consternado toda a imprensa e todos os meios de comunicação. Em menos de três anos, temos outro jovem jornalista, blogueiro tendo sua vida ceifada e retirada do nosso convívio devido à pistolagem que ainda insiste em imperar no Maranhão. É responsabilidade da polícia e do Estado apresentar o resultado das investigações para que possa levar os culpados a responderem na justiça pelo ato de ‘covardia’. Seja quem for, a polícia tem o dever de prendê-los e mostrar à sociedade que ninguém está acima da lei. A família espera por uma resposta das autoridades policiais para que os assassinos possam ser julgados na forma da lei. Enquanto parlamentar em defesa do povo maranhense, não me calarei e muito menos deixarei passar despercebido na Assembleia Legislativa do Maranhão a referência a essa morte”, protestou o deputado.

3

Cabo Campos comemora liberdade de PM acusado de matar Fagner Barros…

camposO deputado Cabo Campos (PP) foi hoje, pessoalmente, levar o Alvará de Soltura do cabo PM Janilson Silva, um dos acusados de matar o jovem Fagner Barros, durante uma desocupação no Turu/Miritiua, semana passada. Campos já havia acusado a mídia de ter condenado os PMs antecipadamente, embora tenha sido o próprio governo quem fez isso, ao divulgar nota açodada. Agora, apenas Marcelo dos santos, também cabo PM, continua preso

5

Uso de leigos na polícia é comum no interior, diz mulher de soldado preso

Gisele Tavares Santos defende o marido – acusado de cumplicidade na execução do mecânico Irialdo Batalha, em Vitória o Mearim – e acusa prefeitos e o comando da PM por manter a prática de gente sem formação nas ações policiais em todo o Maranhão 

 

Após executa o mecânico, vigilante é ajudado por PM a colocar o corpo na iatura da polícia; cena comum no interior?

Após executa o mecânico, vigilante é ajudado por PM a colocar o corpo na iatura da polícia; cena comum no interior? (imagens: Portal “É Maranhão”)

O  comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Alves, em entrevista ao Fantástico, classificou de “fato isolado” a participação do vigilante Luiz Carlos Machado – executor do mecânico Irialdo Batalha, em Vitória do Mearim – em uma operação da PM no município.

Mas não foi fato isolado, segundo Gisele Tavares Santos, mulher do soldado Gomes, preso na operação, acusado de cumplicidade no crime.

Segundo Gisele, a prática de usar leigos em ações da polícia é comum no interior do Maranhão, facilitada por prefeitos e acatada pelo comando da PM.

– Até onde tenho conhecimento este fato ocorre não só em Vitória do Mearim, mas em todo o Maranhão – disse a esposa do militar, em desabafo que ganhou as redes sociais na semana passada.

De acordo com Gisele Tavares, a prática é influenciada por prefeitos, que tentam controlar as ações policiais. E aceita pelo comando da PM.

– O que dizer dos prefeito que autorizam e mantêm esta prática? O que dizer do comando da PM, que acata tal situação? – questiona a mulher do militar.

A denúncia de Gisele Tavares abre nova pauta sobre o caso de Vitória.

E não encerra a questão na punição aos dois PMs envolvidos no caso.

Ela vai bem mais além, e precisa ser esclarecida…