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Aluísio Mendes fala…

Para Aluísio, participação de Cutrim na morte de Décio precisa ser investigada; já o envolvimento com os agiotas…

O secretário de Segurança, Aluísio Mendes, falou hoje sobre a participação do deputado Raimundo Cutrim no assassinato do jornalista Décio Sá.

Em entrevista ao programa Ponto Final da Mirante AM, Mendes confirmou que Cutrim foi citado como mandante pelo assassino Jhonatan de Souza, mas deixou claro que ainda está investigando o caso.

O jornalista Roberto Fernandes chegou a questionar a prisão do capitão PM Fábio Aurélio Capita, também citado apenas superficialmente, e Cutrim, citado nas mesmas circunstâncias, não ter sido nem qualificado. Neste ponto, o secretário explicou que o nome de Capita aparece em outros depoimentos, inclusive de testemunhas, dando a enteneder que Cutrim foi citado apenas pelo matador.

Mas o secretário de Segurança não esclareceu se já ouviu Júnior Bolinha e Gláucio Alencar especificamente sobre a participação de Cutrim.

O que Aluísio Mendes não consegue esconder é o envolvimento do deputado com a quadrilha de agiotas chefiada por Gláucio e Júnior Bolinha, embora não necessariamente no caso Décio Sá.

E ressaltou pode haver outros envolvidos na morte do jornalista…

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Reconstituição do assassinato de Décio Sá deve mobilizar toda a Segurança Pública…

Matador vai voltar à cena do crime

 A presença do assassino confesso Jhonatan de Souza deverá mobilizar todo o sistema de segurança na reconstituição da morte do jornalista Décio Sá.

A operação deve ser relizada na noite de hoje ou de amanhã, a partir da Avenida Ana Jansén, de onde o matador começou a seguir Décio Sá.

A polícia já ouviu o criminoso por várias vezes, e precisa refazer a dinâmica do crime, desde a saída de Décio do Sistema Mirante até a fuga do bandido.

O jornalista deixou a Mirante por volta das 22 horas do dia 23 de abril. Jhonatan de Souza o aguardava na porta e passou a seguí-lo. Cerca de 15 minutos depois, Décio estacionou em frente ao restaruante Estrela do Mar. O bandido parou do outro lado, desceu da moto, disparou os tiros e fugiu.

na reconstituição a polícia via procurar responder algumas perguntas não esclarecidas pelo matador.

1 – Por que não executou Décio na porta da própria Mirante ou em algum ponto entre a empresa e a Litorânea?

2 – Como sabia que Décio iria parar no Estrela do Mar, se o jornalista teve de fazer o retorno até parar em frente ao restaurante, enquanto ele ficou do outro lado da avenida, aguardando?

3 – de que forma conseguiu escapar, sem camisa e com uma arma na cintura, andando a pé até a curva do 90?

A reconstituição será feita exatamente na mesma hora, e nas mesmas condições em que o crime aconteceu…

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Matador de Décio Sá está preso há cinco dias…

Décio: assassinato elucidado...

Foi graças à prisão do assassino do jornalista Décio Sá, em Belém, na quinta-feira passada, que a polícia maranhense elucidou o crime, ocorrido em 23 de abril.

O bandido aceitou a oferta da delação premiada – que garante a ele benefícios legais no julgamento do caso – e contou quem o contratou, valor e motivos que levaram à morte do jornalista.

A linha de investigação adotada pela polícia é exatamente aquela já anunciada em vários posts deste blog.

Um destes posts foi publicado em 25 de maio, sob o título “O afunilamento da linha de investigação do caso Décio”. (Releia aqui)

O próprio Valdêmio José da Silva, assassinado ontem, tem a ver com a execução do jornalista, que também passa pela morte do agiota Fábio Brasil, em Teresina, no mês de março.

Como o crime envolve gente poderosa, este blog tem convicção de que a pressão incansável que exerceu pela elucidação do caso – muitas vezes com duras críticas à linha de ação da polícia – também evitou o caminho do esquecimento.

Neste momento, equipes da Secretaria de Segurança cumprem mandados de prisão dos mandantes – são vários, reunidos em um consórcio.

Entre os procurados há empresários e políticos…

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Polícia ouve, de novo, as mesmas testemunhas do caso Décio…

Imagem meramente ilustrativa

A polícia começou a chamar, novamente, as mesmas testemunhas que já haviam prestado depoimento sobre o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril.

Desde o início da semana, falou com familiares, jornalistas e trabalhadores dos restaurantes Dona Maria e Estrela do Mar.

Segundo apurou o blog, as testemunhas ouvem algumas das mesmas perguntas já feitas nas primeiras oitivas – e uma ou outra nova pergunta.

A reinquirição de testemunhas mostra que a polícia parece mesmo sem uma linha clara de investigação no caso.

Até a semana passada, nada menos que 100 testemunhas haviam sido interrogadas.

Se, para ouvi-las de novo, os delegados precisarem de mais 40 dias, serão mais 40 dias de oitivas.

E até meados de julho, já próximo de o crime completar 90 dias, o caso ainda não estará elucidado.

E o tempo só ajuda os criminosos…

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Polícia vai divulgar retrato-falado de assassino de Décio…

Décio Sá: finalmente se saberá os traços do seu possível assassino

Quase 40 dias depois do crime, a polícia finalmente deve divulgar o retrato falado do assassino do jornalista Décio Sá.

A divulgação pode ocorrer já nesta quinta-feira, mas ainda não foi definido o horário.

O blog apurou que a cúpula da Segurança Pública está apenas tomando algumas providências antes da divulgação.

Se tiver tempo de garantir todas elas, o retrato-falado será tornado público.

Confeccionado desde os primeiros dias após a morte do jornalista, o retrato foi mantido em sigilo por decisão da Secretaria de Segurança.

Este blog foi o único a levantar, insistentemente, a importância da divulgação para a elucidação do crime. 

Em uma das últimas postagens sobre o tema – segunda-feira – mostrou retratos falados de outros crimes e como influenciaram na descoberta dos criminosos, o que levou a uma reflexão por parte da polícia. (Releia aqui)  

Agora, a própria polícia decide divulgar a primeira “imagem” do que seria o assassino de Décio Sá.

Ainda terá importância???

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O silêncio…

Uma bolha sobe do fundo do mar. Uma palavra sobe das funduras do silêncio. Inesperada, emissária de um mundo esquecido.

Nosso mistério, nossa oração. Há palavras que dizemos e outras que se dizem.

Existem em nós, não atendem a nossa voz. “São como o vento que sopra onde quer, se ouvirmos o sopro – palavras de oração”

Pássaro selvagem que mora em nós. Longe do que nós sabemos, no lugar dos sonhos. Fora da morada dos pensamentos.

Temos medo das palavras que se dizem. Por isso falamos, palavras contra palavras.

Quando orares, não sejais como artistas,  “que falam palavras que não são suas, que usam máscaras decoradas”

Entra no silêncio, longe dos outros, que as palavras se dirão, depois da espera.

Entra no silêncio, longe dos muitos e escuta uma única palavra, que irá subir do fundo do mar.

Basta ouvir uma vez.

E depois, o silêncio….

Letra e música: banda Catedral
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O “afunilamento” da linha de investigação no caso Décio…

 

Décio Sá: assassinato em abril

A polícia já sabe que uma casa foi alugada na periferia de São Luís para abrigar dois homens que viriam de fora do Maranhão para “um serviço na capital maranhense”.

A polícia vincula uma denúncia do blog de Décio Sá, feita ainda em 2009, a uma outra, do mesmo blog, feita em fevereiro deste ano.

E as duas denúncias têm a ver com a casa alugada na periferia de São Luís.

A polícia sabe de tudo.

Só resta agir…

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Presidente do Sindicato dos Jornalistas explica obtenção de possível áudio da morte de Décio Sá…

Décio: assassinato pode ter áudio...

O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, Leonardo Monteiro, explicou hoje ao blog como se deu o acesso dele a um áudio que pode ter sido gravado no exato momento da morte do jornalista Décio Sá, há um mês.

Eu passei alguns dias sem ir ao escritório. Quando cheguei, encontrei esta mensagem, do dia do crime, na secretária eletrônica. É uma coisa meio assombrosa – contou o jornalista.

Ele disse que refletiu alguns dias e pediu auxílio de conselheiros do sindicato antes de decidir entregar a gravação à polícia, já que poderia se tratar de trote.

Quando decidi entregar, também autorizei a quebra do sigilo telefônico deste dia, para esclarecer de onde partiu a ligação – contou Monteiro.

Na gravação, já encaminhada à polícia, é possível perceber assovios, alguns disparos e uma espécie de gemido.

A perícia da Secretaria de Segurança do Maranhão já está examinando o áudio, que poderá servir de prova no inquérito que investiga o assassinato de Décio Sá.

As investigações foram prorrogadas ontem por mais trinta dias…

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Caso Décio Sá: 30 dias. E nada…

Há um mês, o jornalista Décio Sá era brutalmente assassinado com seis tiros de pistola “ponto 40”, no Restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.

O balanço das investigações nestes 30 dias mostram que a polícia pouco avançou no caso – ou esconde informações relevantes à população.

Há dois suspeitos presos, cerca de 100 testemunhas ouvidas, 38 mil registros de ligações catalogadas, um retrato falado não divulgado do assassino… e só.

Alegando proteção às testemunhas, o secretário Aluísio Mendes determinou o sigilo das investigações quatro dias depois do assassinato.

Mais o que se escuta nos bastidores é que não houve qualquer avanço em relação ao que já se sabia antes do sigilo.

Parece não haver nenhuma linha-mestra de investigação, nenhum rumo seguido pela polícia e nenhum grupo de suspeitos catalogados – de mandantes a assassinos.

“Afunilamento” ou “estreitamento” das linhas de investigação são apenas termos do jargão policial para dizer exatamente nada.

O dossiê do caso Décio Sá é um calhamaço de depoimentos, sem nenhuma prova física, sem impressões digitais ou confissões que garantam a instrução de um processo penal confiável.

Para seguir com o caso, a Segup decretou ontem a prorrogação das investigações.

Mas será necessário outra providência: pedir a prorrogação da prisão dos suspeitos.

Mas, a menos que eles tenham relação com o “afunilamento” das investigações, a polícia não terá elementos argumentativos para mantê-los atrás das grades.

E, assim, a elucidação do assassinato torna-se ainda mais difícil…

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Polícia já ouviu mais de 100 no caso Décio…

Décio Sá: um mês do crime. E nada...

Mais de 100 testemunhas, entre parentes, amigos, colegas de profissão, transeuntes e trabalhadores da Avenida Litorânea já foram ouvidas pela polícia nas investigações do assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril.

Chama atenção a quantidade de testemunhas relacionadas ao restaurante Dona Maria, no Calhau.

Alguns colegas de Décio se reuniram no local, no dia do crime, e chegaram a falar com o jornalista, por telefone, antes de sua execução, que ocorreu no restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.

Do Dona Maria, a polícia ouviu também trabalhadores do restaurante – mais de uma dezena deles.

As demais testemunhas têm a ver com o comportamento diário do jornalista.

São pessoas que estavam no Estrela do Mar no dia do crime, testemunhas do morro por onde o assassino supostamente escapou e um ou outro sem relação aparente com o crime.

Os delegados que investigam o caso têm uma linha que aponta para uma relação entre a morte de Décio e matérias que ele publicou contra pessoas ou grupo de pessoas.

Mas não há nenhum encaminhamento para elucidação do crime…