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Investigação federal no caso Décio Sá…

Morte de Décio Sá: a polícia ainda não conseguiu respostas

A Polícia Federal deverá entrar oficialmente nas investigações do caso Décio Sá.

A Comissão de Direitos Humanos protocolou ontem à tarde o pedido ao Ministério da Justiça para que aquela força policial atue no caso.

Detalhe: para os deputados que compõem a comissão, é importante que sejam escalados para a missão apenas policiais de fora do Maranhão, haja vista a relação muito próxima de policiais civis, e mesmo dos federais maranhenses, com alguns dos investigados.

Comissão da Câmara foi ignorada no Maranhão

– O crime possui nítidas características de encomenda; tem elementos que indicam a participação de grupos de extermínio e organizações criminosas ligadas a esquemas poderosos, talvez com interesses e ramificações no poder público – justifica o documento da CDHM encaminhado à Polícia Federal.

Além da participação da Polícia Federal, a comissão da Câmara dos Deputados quer que o Ministério Público Federal também acompanhe as investigações.

O assassinato de Décio Sá vai completar 30 dias na próxima segunda-feira.

As investigações estão sendo feitas de forma sigilosa pela polícia maranhense.

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Só pra não esquecer…

Décio Sá, assassinado em 23 de abril...

Na próxima quarta-feira, o assassinato do jornalista Décio Sá completa o primeiro mês.

Neste período, foram inúmeros os pedidos e pressões, de toda sorte, para que este blog fosse mais complacente e desse mais crédito ao trabalho da polícia.

Neste período, o titular deste blog conversou com os delegados Jefrey, Maimone Barros e com o próprio secretário Aluísio Mendes, em depoimentos informais sobre o caso.

Ouviu deles garantias de que o crime será elucidado – “apesar da complexa rede de possibilidades” – e que as coisas estavam caminhando dentro das linhas de investigação.

Há dois suspeitos presos, cuja validade da prisão temporária expira-se um dia depois de o assassinato completar 30 dias.

Há uma linha de investigação já definida e encaminhamentos para consolidar provas e indícios de participação de suspeitos da trama.

E nada mais!

O blog decidiu respeitar o sigilo das investigações, mas com prazo determinado para voltar a cobrar.

E não vai deixar que a morte de Décio Sá seja esquecida nas gavetas do Sistema de Segurança.

Doa em que doer…

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Polícia elucida morte de blogueiro potiguar…

F. Gomes: polícia potiguar elucidou o crime

A polícia civil do Rio Grande do Norte elucidou ontem o assassinato do blogueiro Francisco Gomes Medeiros, o F. Gomes.

Ele foi executado em outubro de 2010, nos moldes do assassinato do jornalsita Décio Sá.

Assim como Décio, F. Gomes mantinha um blog que denunciava políticos, empresários e autoridades do Rio Grande do Norte.

De acordo com as informações da imprensa potiguar, Gomes foi morto por encomenda do comerciante Lailson Lopes, com participação também do pastor Gilson Neudo Soares do Amaral.

Ainda de acordo com a polícia, o pastor usou parte do dízimo para pagamento do crime.

O articulador da execução foi o advogado Rivaldo Dantas.

Além deles, o coronel Marcos Antonio de Jesus Moreira e o policial militar Evandro Medeiros também ajudaram no crime. O assassinato custou R$ 8 mil. 

Todos os envolvidos já estão presos…

Leia aqui a notícia sobre a morte de F. Gomes

 

 

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Quebra de sigilo telefônico no caso Décio…

Décio: várias ligações serão investigadas

Mais de 30 números de telefones já tiveram o sigilo quebrado pela Justiça, a pedido dos delegados que investigam a morte do jornalista Décio Sá.

A polícia acredita que, a sequência de ligações entre um número e outro, facilitará na percepção do provável esquema para o assassinato do jornalista.

Décio Sá fez e recebeu várias ligações nos dias que antecederam sua morte.

A polícia cruza as informações destes números para saber quem ligou para quem entre os que conversaram com Décio.

O objetivo é saber, por exemplo,  que relação há entre os que ligaram para o jornalista e outras que também constam da relação de ligações.

A polícia já conseguiu receber informações de algumas operadoras, mas outras mostram má-vontade no fornecimento dos dados.

Entre as ligações efetuadas e recebidas por Décio Sá no dia do crime, estão números de jornalistas, de colegas de redação, muitos de políticos e até de policiais e magistrados.

Mas o foco se dá naquelas ligações efetuadas entre as últimas três horas antes e três horas depois do crime.

Tanto as feitas e recebidas por Décio quanto as trocadas entre pessoas que, eventualmente, falaram com ele…

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Homem foi executado no Turu…

Foi uma execução o assassinato de Clodoaldo Guimarães da Silva, hoje pela manhã, na Avenida São Luís Rei de França.

Clodoaldo pilotava uma moto quando outro veículo do mesmo tipo parou ao seu lado e um homem que vinha na garupa o executou, com vários tiros. O assassino fuigu com outros dois homens, que o aguardavam próximo à Farmácia Extrafarma.

A princípio, achava-se que o motoqueiro havia sido morto pelo próprio carona de sua moto. Só à tarde, setores da polícia confirmaram tratar-se de homens em outra moto.

Mais uma execução por acerto de contas, o que caracteriza pistolagem.

Menos para a delegada-geral, Cristina Meneses, que vê mortes violentas como estas como resultado de brigas de vizinho.

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Onde está o retrato falado???

Alguns blogs anunciam hoje que a polícia concluiu o retrato falado do assassino do jornalista Décio Sá.

São exatos 14 dias após a morte, tempo considerado absurdo para qualquer polícia do mundo.

Neste meio tempo, até plástica o matador teria condições de fazer para escapar da polícia e dos mandantes do crime.

Isto se já não tiver sido eliminado, anonimamente, em uma queima-de-arquivo.

Mas, afinal, onde está o retrato falado? Por que, se concluiu, a polícia ainda não divulgou.

Ou será mais um ato a ser mantido em sigilo???

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Testemunha do caso Décio acredita no trabalho da polícia, revela blog…

O blog de Robert Lobato traz hoje conversa exclusiva com uma das testemunhas do assassinato do jornalsita Décio Sá.

Sem revelar nomes, Lobato conta que a testemunha se mostra otimista com o desenrolar das investigações.

–  Nunca me senti tão pressionado. Os caras são de um profissionalismo que assusta, mas o positivo é que deixei o local do depoimento com a certeza de a polícia vai pegar os responsáveis pelo assassinato de Décio Sá – disse o depoente, segundo o blog.

A desenvoltura da testemunha revelada por Lobato derruba o principal mito da polícia para decretar o sigilo das investigaçês: que as testemunhas estavam apavoradas com a divulgação dos depoimentos.

Não é verdade. Pelo contrário, estão buscando forma de colaborar, como revela este trecho da conversa com Robert Lobato:

– Já quase no final do meu depoimento veio a pergunta mais surpreendente: se desconfiava de alguém que poderia encomendar o assassinato de Décio Sá. Falei que sim, depois revelei a minha opinião e de quem eu suspeito – contou o depoente.

Se a polícia teme ausência de testemunha, portanto, Robert Lobato traz a prova de que elas querem é colaborar.

O resto é com a própria polícia…

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O óbvio ululante…

É só daqui que podem ser as testemunhas

Se um assassinato ocorre em uma academia de ginástica, por exemplo, o natural é que as testemunhas sejam os donos, funcionários e até frequentadores desta academia.

É o óbvio ululante.

Mas a polícia maranhense acha que não.

A polícia maranhense mostra-se preocupada com o vazamento dos depoimentos das testemunhas do caso Décio Sá por que, justifica, os bandidos podem saber quem são elas.

O morro da fuga: como saber quem estava aqui?

É muita tolice para uma polícia só.

Ora, os bandidos – matadores e executores – sabem desde sempre que a polícia iria começar a investigar exatamente pelo restaurante Estrela do Mar.

A menos que a polícia não conhecesse sequer o básico da investigação criminal – o que não é o caso.

Não precisa de vazamento de informações para que toda a sociedade – bandidos e cidadãos de bem – saiba que as principais testemunhas vêm do restaurante.

Isto por que, repita-se, é o óbvio ululante.

A justificativa da polícia maranhense para reclamar o sigilo, portanto, é uma balela.

Pior é ver a Justiça maranhense se dar ao trabalho de perder tempo com uma investigação para apurar vazamentos.

Este blog vai continuar ignorando solenemente a determinação de sigilo no caso Décio – mesmo por que, este blog não é subordinado à polícia.

Este blog entende que a sonegação de informações só encobre a própria incapacidade da polícia maranhense de resolver o caso.

Ou a sua cada vez mais evidente – e suspeita – má-vontade…

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Demora da PM facilitou fuga de bandidos, afirmam testemunhas…

Aluísio ainda não admite falhas na apuração da morte de Décio Sá

Uma viatura policial que passou minutos depois do assassinato do jornalista Décio Sá foi avisada pelas testemunhas da fuga do matador.

Segundo uma das testemunhas, a viatura “deveria dar a ré e sair em perseguição aos suspeitos, ao invés de ir até o bar Estrela D’Alva fazer o retorno”, contou a testemunha, que foi taxativa:

Os policiuais demoraram imprimir perseguição aos supostos assassinos, o que certamente facilitou a fuga deles.

A demora pode ter facilitado a fuga, sobretudo por que, segundo outra testemunha, os motoqueiros ainda pararam, próximo às dunas, para que o atirador pudesse subir o morro, em direção a outros dois comparsas.

O tempo deles foi tão suficiente, que deu até para que a testemunha olhasse detalhes da subida, do comportamento, e da vestimenta do assassino.

– O indivíduo subia com dificuldade, pois aparentava estar fora de forma (…) estava escabreado, nervoso, olhava para baixo e para os lados – contou a testemunha.

Ainda segundo a testemunha, “poucos minutos após o comparsa ter deixado o indivíduo sobre as dunas (…) passou uma viatura militar pela avenida, em velocidade acentuada”. 

Fica claro que a demora na perseguição foi fundamental para o sucesso da fuga.

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Moreno; 1,70m; cabelos escuros e curtos – assim é o assassino de Décio Sá…

O restaurante onde Décio foi assassinato

A descrição acima foi dada à polícia pelas testemunhas que tiveram contato visual com o assassino do jornalista Décio Sá, na segunda-feira, dia 23.

Todos confirmaram tratar-se de um homem moreno, forte, mas não gordo, com cabelos pretos e bem curtos, com cerca de 1,70m e aparentando ter, no máximo, 30 anos.

Três destes depoimentos foram divulgados hoje, com exclusividade, no blog de Itevaldo Júnior. (Leia aqui)

Uma das testemunhas definiu o assassino como “parecido com índio ou boliviano”. Também usava, sgundo o conjunto dos depoentes, camisa cinza escura, de malha – provavelmente com a inscrição “Maresia” atrás.

Apesar da ausência de retrato falado – prometido pela polícia para o dia seuginte ao crime – a descrição pode servir para quem, porventura, posa ter visto o assassino no dia do crime.

Saindo de algum lugar, por exemplo – se estava em um hotel, se passou por algum outro lugar, etc.

Todas estas informações podem contribuir para a elucidação do crime…