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Os pontos obscuros em mais um crime do assassino de Décio Sá…

Menos de um mês depois de os principais acusados da morte do jornalista deixarem a prisão, pistoleiro que está em Pedrinhas se envolve em uma contenda e mata – para não morrer – o líder de uma das mais perigosas facções criminosas do Maranhão

 

O assassino Jonathan durante reconstituição do caso Décio

Há pontos que precisam ser esclarecidos no episódio de Pedrinhas envolvendo Jonathan de Sousa, assassino confesso do jornalista Décio Sá.

Preso em cela individual no presídio, sabe-se lá desde quando – até porque ele deveria estar em um presídio federal – o pistoleiro matou a golpes de ferro retirado do banheiro de sua cela (?) o líder do Bonde dos 40, Alan Kardec Dias Mota.

O episódio é tão nebuloso quanto nebulosa é a história do seu protagonista anunciado pela polícia, à época da morte de Décio, como um matador serial, contumaz e incorrigível.

Tanto que, ainda em 2013, um ano após a prisão dos envolvidos na morte de o jornalista, este blog publicou o post “A farsa chamada Jonathan de Sousa”.

A briga de Jonathan com Alan Kardec ocorreu menos de um mês depois de a Justiça mandar para casa dois dos principais acusados de participação na morte de Décio Sá – Gláucio Alencar e Júnior Bolinha, presos há cinco anos mesmo sem julgamento. (Releia aqui e aqui)

O próprio pistoleiro revelou que matou o líder do Bonde dos 40 para não morrer.

E como alguém consegue ter desentendimentos com o líder de uma facção criminosa deste porte e ainda se dá ao luxo de se preparar para matá-lo?

E até que ponto o silêncio do próprio Bonde dos 40 é normal neste caso?

O assassino Jonathan de Sousa é um personagem sombrio e nebuloso da crônica policial maranhense.

E a cada episódio em que se envolve torna-se ainda mais nebuloso…

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Assassino condenado permanece em delegacia com presos comuns…

Geovane Silva Assenção foi condenado a 21 anos de reclusão pela morte, a pauladas, do empresário Pedro Aquino Santos, mas nunca foi transferido para Pedrinhas, permanecendo em alojamento no Olho D’Água

 

O assassino, quando capturado pela Seic, em 2016…

 

Condenado a 21 anos de cadeia por um crime bárbaro, com requintes de crueldade, o escavador Geovane Silva Assenção, 28, permanece, mesmo assim, alojado em uma cela da Delegacia do Olho D’Agua, enquanto recorre da sentença.

Antiga Delegacia Metropolitana, o distrito do Olho D’Água serve para abrigar presos em débito com pensões alimentícias ou detentos com problemas psiquiátricos.

No dia 12 de setembro de 2016, Geovane Silva contratou os serviços de frete do empresário Pedro Aquino Santos, no Coroado. Ao chegar no Maracanã, anunciou assalto e, ao perceber que a vítima não tinha dinheiro, passou a agredir com pauladas. Em seguida, jogou o corpo no mato e ainda ligou para a família, cobrando R$ 1,2 mil de resgate.

…E em seu perfil de redes sociais

Julgado e condenado, mesmo assim o assassino permanece na Delegacia do Olho D’Água, quando deveria já ter descido para Pedrinhas.

Curiosamente, presos comuns  bem menos perigosos que Geovane são levados para Pedrinhas com velocidade espantosa.

Um,a distorção que a Justiça e a Secretaria de Administração Penitenciária precisam explicar…

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Porque a polícia não qualificou o “Cutrim” citado pelo matador de Décio???

No depoimento que prestou a polícia maranhense sobre a morte do jornalista Décio Sá, o assassino confesso Jhonatan de Souza cita como um dos mandantes um certo “Cutrim”.

A citação faz parte do próprio pedido de prisão dos envolvidos, encaminhado pela polícia ao Tribunal do Juri – e publicado pelo blog de Luís Pablo, hoje, como sendo, equivocadamente, o “depoimento de Jhonatan”. (Leia a íntegra aqui)

A íntegra do trecho em que aparece o nome Cutrim diz exatamente assim: Ao ser questionado acerca de quem seriam os mandantes, o interrogado cita os nomes de Júnior Bolinha, Capitão, Gláucio, Buchecha e o Cutrim”.

Em seguida, o próprio documento da polícia diz que “a cerca dos nomes citados, iremos discorrer abaixo, com maior precisão, quando falarmos dos REPRESENTADOS”.

Ocorre que, ao qualificar os representados, a polícia relaciona apenas Gláucio, Capitão, Bolinha, Buchecha, os comparsas de Jhonatan – Diego, Balão e Neguinho – mas nada diz sobre o tal “Cutrim”.

Será por que???

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Polícia usou dois retratos falados no caso Décio…

Este retrato foi só para o público: o verdadeiro continuou em sigilo

A polícia maranhense usou dois retatos falados para monitorar o assassino do jornalsita Décio Sá.

Os detalhes do caso foram publicados hoje, em primeira mão, no blog de Luís Pablo – que apontou como sendo o depoimento de Jhonatan Souza (na verdade, trata-se do pedido de prisão dos criminosos. (Leia aqui)

Um dos retratos, confeccionado a partir das testemunhas que o observaram na fuga, à noite, é aquele que foi divulgado trinta dias após o crime.

Mas há um outro, o verdadeiro, confeccionado a partir do depoimento de uma testemunha que conversou com o bandido.

De acordo com dados da polícia encaminhados ao Tribunal do Juri, que acompanha o caso, este retrato-falado “é semelhante ipsis-literis a Jhonatan de Souza”, que estava sendo monitorado em uma casa no Turu.

Foi a partir daí que a polícia chegou ao criminoso, até prendê-lo.

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Procurado…

Denys Nascimento: assassino

Este é Denys Nascimento Alves, comparsa de Jhonatan de Souza no assassinato do jornalista Décio Sá e em vários outros crimes no Maranhão e outros estados.

Denys e Jhonatan seriam primos. Para alguns policiais o primeiro teria participado diretamente da ação contra Décio Sá.

Matador cruel e covarde, Denys seria o mentor de Jhonatan no mundo do crime, onde entrou aos 14 anos.

São dezenas de execuções nas costas, além de tráfico de drogas e assaltos.

As investigações da polícia do Piauí apontam que Denys também pode ter participado da execução do “empresário” Fábio Brasil, em Teresina, três semanas antes da morte de Décio.

É possível também que tenha sido o executor de Valdênio José da Silva, responsável pela delação dos criminosos assassinos de Décio.

Imagens de Denys Nascimento já foram divulgadas entre as polícias de todo o país…

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Polícia já identificou matador de Décio Sá…

Colegas, amigos e familiares no velório de Décio Sá

A Polícia Civil já conseguiu identificar o matador do jornalista Décio Sá.

As imagens colhidas de sistemas de segurança espalhadas por vários locais de São Luís por onde o bandido passou foram mostradas a cerca de 30 testemunhas do crime.

Praticamente todas confirmaram as características do assassino.

De posse da imagem quase certa, será preciso agora o cruzamento de informação com imagens de criminosos catalogadas na Segurança Pública do Maranhão e de outros estados, para identificar comparsas e ligações do assassino com eventuais mandantes.

Todas as informações estão sendo cruzadas também com os relatos do Disque-Denúncia.

Para os coordenadores da investigação, a prisão é questão de tempo…