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Motinha nega pagamento a deputados por aprovação de projetos…

Motinha negou pagamento a deputado

O presidente do Sindicato das Empresas de Construção Civil do Maranhão, João Alberto Mota Filho, negou qualquer negociação financeira com deputados estaduais para aprovação de projetos de interesse de construtoras na Assembléia Legislativa.

– Nem o Sinduscon nem qualquer empresa a ele filiado participaram desta história, tenho certeza – afirmou Mota Filho, conhecido por Motinha, em entrevista à rádio Mirante AM, reproduzia hoje pelo jornal Atos e Fatos.

De acordo com as denúncias surgidas no início da semana, o próprio Motinha havia falado a um deputado da liberação de R$ 1,5 milhão pela aprovação do projeto Antibabaçu. O dinheiro seria rateado entre 30 parlamentares.

O problema da denúncia é que o deputado nunca se apresentou oficialmente para confirmar a conversa com o empresário. E agora, o próprio empresário nega qualquer contato com parlamentar.

– A Assembléia é um órgão sério e não acredito que tenha deputado recebendo propina de empresário – declarou João Alberto Mota Filho, em entrevista ao jornalista Roberto Fernandes.

A questão agora é com a Assembléia.

Se não há provas, não há corruptores e o suposto deputado que ouviu a conversa não fala oficialmente, que investigação pode ser feita?

O suposto escândalo da propina parece ter sido criado com um objetivo específico: tirar o foco da CPI dos R$ 73,5 milhões.

E fica mais evidente quando os aliados do prefeito Jão Castelo – Gardeninha Castelo (PSDB), Marcelo Tavares (PSB) e Bira do Pindaré (PT) – são os que mais insistem no assunto…

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Suposta propina de R$ 1,5 milhão põe deputados sob suspeita…

A Assembléia Legislativa tem uma providência urgente a tomar: revogar a Lei que autorizou construtoras maranhenses a derrubar babaçuais em áreas urbanas para fins de construção civil.

A votação do projeto está sob suspeita desde que o autor da proposta, Carlos Alberto Milhomem (PSD) foi à tribuna para falar da denúncia de que construtoras ratearam R$ 1,5 milhão com 30 deputados em troca da aprovação do projeto.

Milhomem apresentou, inclusive, requerimento à Mesa da Assembléia para que  o caso seja investigado pela CPI dos Convênios.

Os deputados César Pires (DEM), Magno Bacelar (PV) e Manoel Ribeiro (PTB) também foram à tribuna para cobrar investigações.

Outros deputados garantem ter ouvido dos próprios empreiteiros a “vaquinha” para pagar os deputados.

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Plenário da Assembléia sob suspeita

A falta de providência em relação a este caso pode colocar a Casa sob suspeita em muitos outros.

A quem interessaria, por exemplo, a aprovação da PEC da Bengala? E projetos que tratam do uso do solo urbano, áreas de navegação e até de transportes beneficiariam quem?

O projeto que libera a derrubada de babaçuais tramitou por três vezes na Assembléia, desde 2008.

Nas duas primeiras, tinha como autor o então líder do governo Jackson Lago (PDT), Edivaldo Holanda (PTC). As duas tentativas foram rejeitadas.

No início deste ano, voltou à tona, sob a autoria de Carlos Alberto Milhomem.

O projeto beneficia diretamente construtoras como Franere, Gafisa, Cirella, K2 Engenharia e outras com projetos em áreas de babaçu. 

A Assembléia precisa agora dar uma resposta à sociedade.

Sem um posicionamento claro, todo o seu processo legislativo fica sob suspeita…