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As cavernas com cheiro de urina e a Cidade dos Porcos…

Abaixo, resumo do excelente texto de Linhares Júnior; análise precisa da situação em Pedrinhas e dos personagens envolvidos – dentro e fora do presídio (policiais, jornalistas, “especialistas” dos Direitos Humanos e “pessoas de boa-fé”) . Os destaques em negrito são deste blog, para realçar os pontos considerados fundamentais. A ilustração também é de Linhares Júnior

Existe um lugar no Maranhão, uma grande montanha abarrotada de cavernas úmidas e vigiadas por carrascos que já perderam a noção da humanidade.

O lugar, pela lei, deve ser gerenciado de forma que seus “hóspedes” voltem mais humanos do que entraram.

O que acontece na verdade é o contrário: dentro das cavernas existe uma grande estrutura preparada para roubar almas e transformar pessoas em animais.

É o reino esquecido das memórias que nunca aconteceram.

De tempos em tempos os animais criados na caverna são soltos e, na maioria absoluta das vezes, contemplam as expectativas de quem lhes roubou a alma e agem como… animais.

Logo as pessoas que não tiveram o desprazer de conhecer o lugar, os que conhecem, mas preferem esquecer – e um tantinho de tolos que julgam conhecer algo sobre a realidade da coisas – começaram a ver nos jornais sobre “mais uma rebelião”.

Abrem-se então as portas de outras cavernas, as cavernas da ignorância e da leviandade.

Culpam ao sistema, como se eles não fossem parte do sistema. Apontam inimigos dentro da estrutura, como se não fossem eles os responsáveis pelas bases da estrutura. Acusam seus “hóspedes” de serem animais, como se eles não tivessem perdido a humanidade por culpa da inanição desses desgraçados.

Em seguida é a vez dos juízes populares. Tolos que conhecem o mundo real por meio de televisores e que sequer sabem a localização exata das cavernas. Eles afirmam que o sacrifício dos animais criados pelo Estado atende às necessidades gerais da epistemologia da idiotice.

Como se a recuperação de homens não fosse uma alternativa à criação de monstros e sua posterior execução. O fato é que os “hóspedes” são transformados em monstros por aqueles que lhes deveriam recuperar contra a sua vontade.

Já estes “juízes” populares são transformados em asnos por si mesmos…

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Massacre? A polícia agiu como deveria na barbárie de Pedrinhas

É equivocada –  ou mal-intecionada – a versão de setores da mídia para a rebelião na Penitenciária de Pedrinhas.

Quando falam que houve massacre, esta mídia tenta, na verdade, passar a idéia de que houve abuso por parte da polícia.

Não é verdade.

O que houve em Pedrinhas foi uma briga de facções criminosas, que usaram funcionários como escudos para que pudessem se matar uns aos outros.

A polícia não cometeu um crime sequer no episódio

Todos os bandidos mortos foram vítimas de facções rivais – por um motivo ou por outro.

Massacre é outra coisa. Massacre, sginificvaria um ataque sistemático e agressivo contra um grupo indefeso, como ocorreu no Carandiru, nos anos 90.

Aqui não. Em Pedrinhas o crime tentou falar – e usou mais crimes para se fazer ouvir.

E a barbárie só não foi maior exatamente por causa da intervenção policial.

Se houve facilitação do caos ou conivência de setores da Secretaria de Segurança, é uma questão a ser apurada em inquérito administrativo.

Mas o fato é que, no controle da barbárie, a  polícia agiu como deveria agir…

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Não tenho pena deles…

Do Blog de Gilberto Léda

A foto de Gilson Teixeira é uma das imagens marcantes da rebelião de Pedrinhas

Que não me venham com discursos humanitários prontos os defensores de bandidos, mas não tenho a menor pena de quem, após a rebelião em Pedrinhas – na verdade no anexo, denominado Presídio São Luís – termina como os deliquentes desta foto.

Não são cidadãos de bem. Portanto, não farão falta alguma à sociedade.

Pelo contrário: a morte de gente assim só alivia o sofrimento de quem foi vítima desse animais e a própria comunidade, que se vê livre, de vez, de uma ameaça em potencial.

Carnificinas como as que acontecem em Pedrinhas – não só lá, mas em todo o país – só servem para demonstrar a mentalidade bárbara desses homens. Não podem ser tratados como cidadãos comuns, como seres humanos – como dizem os hipócritas de plantão. Devem, então, ter menos regalias.

Porque um assassino, estuprador, assaltante ou traficante mereceria hotel de luxo?

Tem que ser tratado como o que realmente é. Continue lendo…