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“Cada um decide o risco que quer correr”, diz Flávio Dino sobre aglomerações

Governador diz que disponibilizou o sistema de segurança e de controle para fazer rondas em todo o estado, mas ressalta que é preciso que cada um cuide de si. “Não sou tutor de cada um; não me cabe isso”, declara; o problema é que cabe ao autor das normas zelar pelo cumprimento delas

 

Flávio Dino praticamente lava as mãos em relação às regras de funcionamento impostas pelo seu próprio governo para bares e restaurantes

Editorial

O governador Flávio Dino (PCdoB) declarou em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 26, que a fiscalização sobre aglomerações e descumprimento de medidas sanitárias em bares e restaurantes caberá às próprias casas e aos clientes.

Dino afirmou que já reuniu com Corpo de Bombeiros e profissionais de vigilância sanitária, já direcionados para as rondas; mas não tem como fiscalizar 7 milhões de maranhenses.

– Nós temos um sistema de fiscalização que já funciona. Eu não sou tutor de cada um. Não me cabe isso. É preciso que cada um cuide de si. É impossível fiscalizar 7 milhões de pessoas – afirmou Dino.

Para ele, valerá o bom senso de cada um em seu objetivo de combater a coVID-19.

– Cada um decide o nível de risco que está disposto a correr. Infelizmente o coronavírus ainda está tirando vidas. Cada pessoa deve saber a que nível de segurança quer submeter-se. Nosso papel são normas – completou.

Há um problema na fala do governador.

A tendência é que, principalmente os bares, levem à aglomeração em suas dependências e fora dela, sobretudo pelo alto consumo de bebidas alcoólicas

De fato, não cabe ao governo fiscalizar a vida pessoal de cada um dos 7 milhões de habitantes no Maranhão; mas a fiscalização de logradouros e estabelecimentos sujeitos às regras das portarias e decretos do governo cabe somente ao próprio governo.

É do governo – e não do povo – a responsabilidade de fiscalizar se bares e restaurantes cumpriram as regras de distanciamento das mesas, disponibilizaram formas de higienização e cumpriram o horário de funcionamento.

Se as normas foram estabelecidas pelo governo, cabe ao governo zelar pelo seu cumprimento. 

É responsabilidade do governo, e não do cidadão, coibir aglomerações em vias e logradouros públicos.

Se Flávio Dino deseja apelar para o bom senso do cidadão, não necessitaria estabelecer regras, normas, portarias e decretos para disciplinar o funcionamento das coisas.

Bastaria a ele liberar tudo e torcer para a consciência do cidadão.

Mas é o próprio governo quem vai ter de arcar com o atendimento em uma eventual segunda onda de contaminação pela coVID-19.

É simples assim…

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Bares não poderão ter música ao vivo na reabertura das atividades

Secretário de Saúde Carlos Lula disse que os estabelecimentos noturnos em São Luís, previstos para reabrir sábado, 27, não terão permissão para promover “atrações culturais que gerem aglomeração”, o que inviabiliza a participação de artistas; há veto também para selfie-service e praças de shoppings

 

Os shows musicais, principais atrações de barzinhos e pub’s não poderão ser usadas nesta retomada das atividades

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Lula, e o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, confirmaram ao blog Marco Aurélio D’Eça, nesta quinta-feira, 25, que bares e restaurantes serão reabertos com fortes restrições de funcionamento, a partir do sábado, 27.

Dentre as principais restrições, estão proibidas atrações culturais que gerem aglomeração, como shows e música ao vivo.

– Tem muita restrição. Vai voltar, mas já não vai voltar como era. Tem distância entre as mesas; a capacidade máxima só vai ser metade; e não vai ser permitida atração cultural que promova aglomeração – afirmou Lula.

Apesar de proposto pelas entidades classistas, shows, musica ao vivo, selfie-service e praças de alimentação em shoppings foram vetadas pela Vigilância Sanitária, segundo Marcelo Tavares.

Alguns bares e PUBs têm nas atrações culturais o seu principal ponto forte; a restrição deixa em situação ainda difícil a classe artística, que sobrevive de eventos em bares e casas noturnas e que já vem sofrendo dificuldades por causa da quarentena. 

Este assunto já foi, inclusive, tratado no blog Marco Aurélio D’Eça, no post “Fechamento de bares gera efeito dominó na noite de São Luís…” 

A mesas de bares e restaurantes terão que ter distanciamento maior entre elas, reduzindo a lotação pela metade

O risco de aglomeração na promoção de eventos como estes, no entanto, é um risco para um debote de coVID-19 na capital maranhense.

Tanto Carlos Lula quanto o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, confirmaram também que  continuarão proibidas as atividades de selfie-service e as praças de alimentação de shoppings centers.

Lula deu, inclusive, um recado a todo o setor empresarial:

– Se voltarem a aumentar os casos, a gente vai ser obrigado a fechar.

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Bares e restaurantes terão lotação e horários restritos em São Luís…

O Protocolo Específico para Bares, Restaurantes e Afins, editado pelo Governo do Estado – e que ainda está em fase de adequação – estabelece, além das medidas gerais já divulgadas, redução do número de frequentadores e mesas de quatro lugares com dois metros de distanciamento uma das outras; o funcionamento só pode ir até a 0h00

 

Os bares precisarão seguir restrições quanto à lotação e ao distanciamento entre clientes para voltar a funcionar a partir de sábado, 27

Com autorização para reabrir a partir do próximo sábado, 27, bares, restaurantes e afins em São Luís terão que seguir um protocolo rígido de funcionamento, além das medidas que já vinham sendo adotadas pela população em geral.

Segundo o Pacto de Protocolo Especifico firmado entre o Governo do Estado e os representantes do segmento, além de máscaras pelos clientes será obrigatório o uso de Face Shield (Proteção acrílica) pelos atendentes.

A lotação terá que ser reduzida e as mesas – dispostas a dois metros uma das outras – só poderão comportar quatro pessoas.

– Nós já havíamos fechado o pacto com as entidades do setor, mas houve novas sugestões que foram encaminhadas à Vigilância Sanitária para reavaliação; ainda hoje teremos o protocolo final – explicou ao blog Marco Aurélio D’Eça o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares.

O pacto firmado inicialmente ao qual este blog teve acesso, orienta evitar ao máximo a formação de filas, com adoção de senhas e agendamento para organizar o atendimento;

– Se houver necessidade de filas, o distanciamento precisa ser de 2 metros entre as pessoas, com marcação destacada no chão – diz o documento. (Veja imagens abaixo)

A circulação interna também deve obedecer a distância mínima de dois metros, além das medidas de higiene e proteção já definidas desde o início da pandemia.

Outra modificação se dá quanto ao horário de funcionamento; os bares, lanchonetes e restaurantes deverão seguir os seguintes horários:

Almoço: das 11h às 15h;

Lanches: das 10h às 00h;

Jantar: das 18h às 00h

Já nas padarias o funcionamento se dará entre 6h e 20h.

Não há restrições previstas quanto à adoção de música ao vivo, desde que sigam as recomendações de distanciamento e de lotação.

Veja abaixo o Protocolo Específico para Bares, Restaurantes e Afins:

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Abrasel orienta sobre abertura de bares e restaurantes…

Presidente regional da associação que congrega o setor, Gustavo Araújo se reuniu com representantes do Procon e apresentou as diretrizes já postas em prática pelos estabelecimentos para evitar proliferação do coronavírus

 

Gustavo Araújo apresentou diretrizes já seguidas pelos bares e restaurantes e ouviu orientações do Procon-MA

O presidente regional da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), Gustavo Araújo, reuniu-se na tarde desta quinta-feira, 19, com representantes do Procon-MA para discutir o funcionamento do setor neste período de restrições diante da crise do coronavírus.

Araújo, que também é presidente em exercício do Sindicato de Bares e Restaurantes de São Luís, apresentou ao Procon-MA as diretrizes já adotadas pelo setor para evitar eventual proliferação do coronavírus.

Dentre as medidas estão redução de número de mesas e da capacidade de lotação, respeito à distancia de dois metros entre as pessoas, desinfecção contante de móveis, utensílios e equipamentos, disponibilização de álcool gel para clientes e funcionários, além da redução na programação para evitar aglomerações.

– É preciso deixar claro que o Decreto Nº 35.660 não proíbe o funcionamento de bares e restaurantes; o que o documento dá são orientações sobre cuidados, que já estão sendo seguidos pelo setor – explicou Araújo. (Veja vídeo acima)

O próprio governador Flávio Dino (PCdoB), deixou claro, em entrevista à TV Mirante, que não vê necessidade – pelo menos neste momento – de determinar fechamento de comércio, shoppings, bares e restaurantes. (Relembre aqui)

A Abrasel e o Sindibares vão continuar orientando empresas e frequentadores sobre as medidas de segurança, com foco na proteção do indivíduo e na garantia de sobrevivência do setor…

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Estado repassa fiscalização de eventos para prefeitura e sobrecarrega setor de Meio Ambiente…

Secretaria municipal não tem estrutura para atuar no setor de costumes e diversões públicas, que era feito pela pasta estadual; cobranças de altas taxas também irritam empresários e inibem atividade econômica

 

A fiscalização ambiental garante o funcionamento de bares e restaurantes, mas falta estrutura para vistorias

Mais um golpe no bolso do contribuinte gerador de empregos no Maranhão.

Uma decisão conjunta do Governo do Estado e da Prefeitura de São Luís acabou por gerar um excesso de atividades à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a irritação e de empresário do ramo de diversões públicas e entretenimento.

O governo repassou à responsabilidade da Semmam todo o serviço de fiscalização e licenciamento de casas de eventos, bares e restaurantes com músicas e shows ao vivo. Mas a prefeitura não disponibilizou nenhuma ampliação da estrutura da pasta.

Além disso, a cobrança das taxas praticamente quadruplicou, o que irritou empresários do ramo de entretenimento.

Para se ter ideia do aumento, uma licença de três dias (um fim de semana) para eventos de música ao vivo subiu de R$ 150,00 para duas horas de evento para nada menos que R$ 680,00.

– As licenças da Secretaria de Meio Ambiente servem de base para o licenciamento da Delegacia de Costumes, que também cobra taxas na casa dos R$ 400,00; Resultado: são mais de R$ 1 mil por licença, algumas apenas para o fim de semana, o que torna impraticável a atividade de entretenimento na capital maranhense – reclamou um empresário, que exibiu seu DAM com a alta taxa cobrada.

Antes de passar para o município, as licenças tinham validade de até 1 ano, o que dava segurança jurídica a promotores de eventos e empresas do ramo.

Boleto com taxa quadruplicada para licenciamentos de eventos públicos; turismo e lazer impraticáveis

Os empresários reclamam também na demora nas vistorias para licenças permanentes, o que inviabiliza o negócio.

Em troca da fiscalização no setor de entretenimento, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente tomou para si o controle dos serviços de mineração, que inclui gigantes do setor.

Ou seja, entregou o ônus e ficou apenas com bônus.

E os geradores de emprego que se explodam…

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Kitaro já não é mais o mesmo…

A bela imagem do Kitaro não condiz mais com a qualidade do local

Um dos aspectos que mais valorizam o ambiente de bares e restaurante é a sua higiene na cozinha e na área de banheiros.

Em São Luís, por exemplo, nota dez para o Cabana do Sol da Litorânea, que tem um banheiro espetacular, tanto do ponto de vista estético quanto higiênico.

Neste quesito, o Kitaro Lagoa está reprovado.

O titular deste blog foi ao local quatro vezes ao longo do ano passado. Nas quatro, encontrou o banheiro imundo, sem papel e sem água.

Ouviu das mulheres que o pior acontecia no delas, que nem fechadura tinha.

Voltou este ano para apresentações do incomparável Caio Montteiro. Continua a mesma coisa.

Pioneiro na arte de servir sushi em São Luís, o Kitaro, que já teve um espaço deslumbrante na Ponta do Farol, parece ter entrado em decadência.

Além dos banheiros, as cadeiras são desconfortáveis – do tipo que usa apenas uma “tabinha” como encosto, geralmente cedidas por cervejarias.

Um garçon – um dos pontos fortes do local, ao lados das iguarias regionais e internacionais servidas – frisou que as cadeiras são estratégias dos donos, para forçar o rodízio durante a noite.

Para quem iniciou os ludovicenses na arte de saborear a comida japonesa, o Kitaro parece que se perdeu no tempo.

Mas os banheiros – básico do atendimento – deveriam, pelo menos, ter portas que fecham…