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Esvaziamento de candidatos dinistas amplia chances de Evangelista

A partir do apoio do PDT, pré-candidato do DEM é o único dentre os aliados do governo Flávio Dino com estrutura partidária capaz de levá-lo ao segundo turno; Duarte Júnior ainda busca partidos de peso e Rubens Júnior já foi descartado pelo próprio governador

 

Neto Evangelista tem conseguido apoio nas comunidades de São Luís; e contará com a estrutura comunitária do PDT em seu projeto

Articulado desde o início de 2019 em um grupo que gira em torno do DEM, do PDT e do PTB, o deputado Neto Evangelista chega à reta final da pré-campanha como o único membro da base do governo Flávio Dino (PCdoB) com chances reais de chegar ao segundo turno das eleições de São Luís.

Neste meio-tempo em que se manteve em silêncio dentro de seu arco de alianças – que pode incluir ainda o MDB e o PSL – Evangelista viu seu adversário interno Duarte Júnior (Republicanos) inflar e esvaziar partidariamente; e Rubens Pereira Júnior (PCdoB) ser descartado pelo próprio Flávio Dino.

O principal trunfo de Neto Evangelista é a aliança entre DEM e PDT, construída logo após as eleições de 2018 e que se mostra sólida, sob o comando do senador Weverton Rocha (PDT) e do deputado federal Juscelino Filho (DEM).

Na base do governo Flávio Dino, atualmente, apenas o ex-juiz Carlos Madeira (Solidariedade) parece ter cacife para fazer contraponto ao democrata na disputa para chegar ao segundo turno.

Melhor posicionado entre os governistas, Duarte Júnior sentiu o golpe da perda do PSL e parece não ter tempo hábil para viabilizar novo partido que possa dar-lhe tempo na propaganda eleitoral.

Pereira Júnior, por sua vez, é uma espécie de piada para os próprios membros da base, sobretudo após declaração de Dino e que não vê chances para a esquerda nas eleições de 2020 nas capitais.

O deputado do DEM tem uma relação de geração com os colegas Pedro Lucas Fernandes e Osmar Filho, o que ajuda na relação com PDT e PTB

Se confirmar mesmo o apoio do PTB e do PSL, e garantir a aliança com o MDB, Neto chega às convenções de agosto como o candidato com maior tempo na propaganda eleitoral, polarizando com o favorito Eduardo Braide (Podemos).

E em um segundo turno, tem condições de viabilizar o apoio tanto do próprio Flávio Dino quanto do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), que ainda resiste a se posicionar no primeiro turno.

E aí caberá apenas um caminho à base holandinista: fechar questão em torno do candidato que restou entre os palacianos.

Será isso ou engolir a vitória de Braide…