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Só retórica…

De O EstadoMaranhão

O governo Flávio Dino (PCdoB) não conseguiu mesmo aprender, nestes seis meses de mandato, que a opinião pública maranhense já não se contenta mais com blábláblá retórico e argumentos discursivos para justificar falta de ações ou ações nebulosas na gestão pública. E na polêmica envolvendo o aluguel de aviões por quase o dobro do preço que era pago até 2014 (conforme o Diário Oficial), ele, mais uma vez insiste em confundir com retóricas.

Na nota para explicar a licitação de R$ 13,9 milhões, Dino fala de legalidade e de garantias legais na licitação, que será aberta no dia 17 de junho. Mas quem questionou a legalidade?

Flávio Dino não só manteve o aluguel das aeronaves, cujo recurso prometeu usar em Educação e Saúde, como até dobrou o valor do aluguel – que prometera cortar pela metade. Em outras palavras, a nota do governo é só mais um blablablá retórico usado pelo governo Flávio Dino para desviar o assunto do foco principal.

O problema na licitação para aluguel de aviões se encerra no próprio Flávio Dino. Primeiro, ele mesmo foi às redes sociais, durante a campanha e já no início do governo, para atacar o expediente usado no governo passado. Depois, alegou que o dinheiro usado nas aeronaves poderia ser distribuído para outras áreas, como Educação e Saúde.

Em seguida, ao posar demagogicamente com um passageiro em um voo comercial que fez enquanto aguardava a chegada dos aviões que iriam servir-lhe, ele garantiu que os custos em seu governo seriam bem menores que os R$ 7,4 milhões pagos no governo anterior.
Nem uma coisa, nem outra.

Flávio Dino não só manteve o aluguel das aeronaves, cujo recurso prometeu usar em Educação e Saúde, como até dobrou o valor do aluguel – que prometera cortar pela metade. Em outras palavras, a nota do governo é só mais um blablablá retórico usado pelo governo Flávio Dino para desviar o assunto do foco principal.

Detalhe: o custo do aluguel dos aviões do governador pode ser ainda maior que os R$ 13,9 milhões previstos no contrato global. É que, em alguns trechos, o aumento dos custos está previsto em contrato.

E não vai adiantar mais blábláblá para explicar.

Publicado na coluna Estado Maior, de 12/05/2015