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Boi de Sonhos faz ensaio itinerante neste sábado, 6

Evento no São Cristovão será marcado por recepção aos bois de Axixá, Morros, Boi da Lua e boi de Upaon Açu, no Clube Alvorada

 

Boi de Sonhos e seus 120 brincantes receberão outros grupos no São Cristovão

O Boi de Sonhos prepara o ensaio itinerante que acontecerá no próximo sábado, a partir das 19h, no Clube Alvorada, São Cristóvão.

Completando 28 anos de história, o grupo conta hoje com cerca de 120 brincantes, entre índias, vaqueiros, orquestra. O grupo vai receber o Boi de Axixá, Boi de Morros, Boi da Lua e Boi de Upaon Açu, que vão fazer a festa.

Segundo a presidente do boi, Cileninha Santos, já é tradição o ensaio, mas, neste ano, será histórico.

“Todos os anos fazemos o ensaio itinerante no bairro de origem do Boi, o São Cristóvão. Nesse ano não será diferente, vamos fazer uma festa tão linda e marcante. E é claro, estamos esperando esse público amado”, celebrou.

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Boi de Sonhos: Uma festa pra ficar na história da cultura maranhense

O próximo ano promete marcar as homenagens em comemoração às bodas de prata pela passagem dos 25 anos do Bumba meu Boi de Sonhos, um dos principais grupos de sotaque de orquestra do Maranhão. Para isso, uma mega festa será realizada no dia 19 de outubro, na Casa das Dunas.

O ato promete selar a maturidade e jovialidade de um grupo cultural em constante transformação no estado.

A programação completa será disponível nas redes sociais da brincadeira: @boidesonhosoficial.

Presidente de honra

Cileninha é uma das mulheres de destaque que comandam o grupo que majoritariamente é envolto por homens que gerenciam os grupos culturais na cidade. Foi de um encanto de criança que nasceu no berço do bairro do São Cristóvão, um grupo de sotaque de orquestra, em 1º de maio de 1995, na Rua da Pedreira, nº 90, pela então menina alcunhada por “Cileninha”, mas que na verdade tem o nome de origem, Leocilene Silva dos Santos.

A garota que tinha como maior sonho brincar num bumba-meu-boi de orquestra bem animado, formado com jovens e adolescentes, que tivesse indumentárias bonitas, coreografias diferentes e adequadas às músicas, que agradasse ao público e botasse todo mundo para dançar com toadas animadas e poesia fácil do povo aprender, conseguiu consolidá-lo.

Tudo começou quando passou a reunir na porta de casa, as crianças entre 08 e 12 anos, e outras ruas de localidades vizinhas, formando um grupo com 10 vaqueiros, 10 vaqueiras e 08 índias, todos mirins e que começaram a ensaiar, passando a confeccionar suas próprias fantasias a partir de retalhos de tecidos e chapéus velhos, tendo apoio de seus pais que o ajudaram.

Foi então que o Boi de Sonho se tornou realidade e hoje é um dos grupos mais esperados nas noites do São João do Maranhão com diversas apresentações durante os meses juninos.

Para ela, um dos desafios em exercer o papel feminino em uma brincadeira é a abertura para negociações das apresentações itinerantes, e a confiança na credibilidade de um Boi dirigido por uma mulher.

Por Davi Max