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Ministério Público canibaliza o carnaval no interior…

Com perseguição implacável em prefeituras selecionadas desde o início da gestão do procurador-geral Eduardo Nicolau, promotores geram uma insegurança jurídica nos foliões, que acabam deixando a própria cidade para vir se divertir em São Luís, onde o mesmo parquêt chega a orientar a prefeitura a contratar escolinha para gerenciar o carnaval, em meio a anúncios de fechamento de hospitais e gastos milionários com empresas de ônibus

 

Eduardo Nicolau passa o carnaval no Rio de Janeiro, mas sua equipe de promotores atua contra o carnaval do interior maranhense

Editorial

Outrora marcado por diversos pontos de atração de turistas de todo o Maranhão e de outros estados, o carnaval no interior maranhense tem sofrido um esvaziamento desde o início da gestão do procurador-geral de Justiça Eduardo Nicolau; orientados por Nicolau, promotores de diversas cidades impõem uma implacável perseguição contra as festas promovidas pela prefeitura desde 2021.

O resultado disso é uma insegurança jurídica que tem levado o folião do interior a ir para outros estados ou desembarcar em São Luís, onde os gastos com o carnaval são exorbitantemente milionários, mas contam com a vista grossa do mesmo Eduardo Nicolau e sua equipe.

Prefeituras como a de Imperatriz, Balsas, Pinheiro, Barra do Corda e Itapecuru – com estrutura jurídica e influência capazes de fazer frente à perseguição seletiva do Ministério Público – ainda conseguem vencer na justiça e garantir a festa aos seus cidadão, embora sofram a ausência de turistas como em outros tempos, inseguros que estão com a sanha nicolaulesca. 

Nas cidades menores a situação é pior ainda porque a mercê de promotores e juízes que sequer ficam por lá durante o carnaval, num verdadeiro canibalismo cultural.

Curiosamente, o Ministério Público que alega falta de dinheiro na saúde e na educação para justificar suas ações contra o carnaval no interior, é o mesmo que chegou a convocar coletiva de imprensa para justificar a orientação que a Prefeitura de São Luís recontratasse a escolinha Juju e Cacaia, por quase R$ 7 milhões, para o gerenciamento do carnaval na capital maranhense.

Detalhe: essa recomendação se deu e meio ao gastos de milhões com empresas de ônibus e ao anúncio do próprio prefeito Eduardo Braide (PSD) de que estava fechando o hospital Socorrão II.

Felizmente, a gestão de Eduardo Nicolau à frente da Procuradoria-Geral de Justiça tem prazo de validade para maio de 2024.

O São João 2024 e o carnaval de 2025, portanto, já estarão livres de suas garras…

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Suposto “canibalismo” em Pedrinhas já é investigado desde 2013…

Desinformado – ou mal intencionado – governador Flávio Dino foi às redes sociais para dizer que a polícia iria investigar a denúncia só agora; mas os casos foram encaminhados pela Sejap à Seic há pelo menos dois anos

 

Roberto Larrat e Augusto Barros: eles já tinham conhecimento de tudo

Roberto Larrat e Augusto Barros: eles já tinham conhecimento de tudo

Baseada em declarações do controvertido agente penitenciário Cezar Bombeiro (PT), a revista Época requentou informação de supostos crimes de canibalismo no Complexo de Pedrinhas, dando a entender que o caso tinha sido abafado na gestão anterior.

É uma mentira. ou da Época ou do próprio Bombeiro.

O caso é de conhecimento do atual delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros, há pelo menos dois anos. E a Superintendência de investigações Criminais (Seic), chefiada por ele até dezembro de 2014, já estava investigando os dois casos – ou pelo menos deveria estar – desde os supostos acontecimentos, segundo revelou o blog Atual 7.

Documento assinadoi por Larrat: desde 2013 a polícia investiga o caso

Documento assinado por Larrat: desde 2013 a polícia investiga o caso

O blog publica, inclusive, documento assinado pelo então chefe da Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária, Roberto Larrat, datado de 5 de abril de 2013, determinando a investigação do primeiro caso.

Durante todo o tempo – inclusive com cobertura da mídia sobre o assunto, ao contrário do que mentiu Época – o então chefe da Secretaria de Administração Penitenciária, Sebastião Uchôa, manteve a cúpula da Segurança informada sobre o assunto.

E cobrou a investigação em vários documentos.

Em outras palavras, a cúpula da Polícia Civil tinha todo o conhecimento dos fatos desde 2013, e fez – ou deveria ter feito – toda a investigação necessária, ao contrário do que tentou passar a revista Época, baseada, repita-se, no controvertido Cézar Bombeiro, desafeto de Uchôa.

Diante dos documentos, ficou claro que a matéria visa jogar mais uma cortina de fumaça na falta de capacidade do sistema de Segurança de resolver o aumento dos casos de linchamento no Maranhão.

É simples assim…