Numa atitude intempestiva nesta sexta-feira, 15, governador decidiu chamar de volta todos os servidores efetivos do Poder Executivo que estivessem cedidos a outros poderes ou órgãos, numa tentativa clara de atingir o ministro do STF Flávio Dino

EFEITO COLATERAL. Para atingir Flávio dino, Brandão iria provocar o caos a centenas ou milhares de servidores do governo; voltou atrás em tempo
Editorial
Depois de uma semana de forte contraponto às ações do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, o governador Carlos Brandão (PSB) parece ter recobrado a serenidade neste sábado 16, e decidiu revogar um decreto assinado na sexta-feira, 15, que geraria um caos aos servidores públicos estaduais.
- pelo Decreto, Brandão obrigava todos os servidores do Poder Executivo cedidos a outros poderes a voltar para seus postos de origem;
- são centenas, talvez milhares, de servidores cedidos a outros poderes, órgãos e empresas, estaduais, federais e municipais em todo o país.
- pelo que se ouviu nos bastidores, Brandão tinha apenas um objetivo: tirar de Flávio Dino dois servidores do estado cedidos ao seu gabinete.
Este blog Marco Aurélio d’Eça conversou com uma série de auxiliares e aliados de Brandão desde a publicação do decreto, e ponderou o corre-corre que geraria o decreto. A maioria absoluta dos servidores cedidos nada tem a ver com a guerra aberta entre o governador e o ministro; e acabaria pagando o pato.
Brandão estaria irritado com duas ações que atribui a Flávio Dino, tomadas após sua visita ao presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso:
- 1 – a Polícia Federal anunciou o início do inquérito que vai investigar aposentadorias no TCE-MA;
- 2 – o ministro Alexandre de Moraes mandou Brandão demitir o procurador-geral Valdênio Caminha.
Na tarde deste sábado, 16, o governador retomou a serenidade e decidiu revogar o decreto.
Só falta revogar a nomeação do autor da “brilhante” ideia…










