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Braide antecipa pagamento com reajuste inédito retroativo a maio; Brandão só paga em 1º de agosto

Funcionalismo municipal de São Luís foi avisado desde domingo, 23, que passará o feriadão da “Adesão do Maranhão” com dinheiro a mais no bolso, graças ao aumento de 8,2%; já os servidores do estado souberam apenas na noite desta quinta-feira, 27, que só receberão após o fim de semana, mais precisamente na terça-feira

 

Anúncio de Eduardo Braide foi feito com quase uma semana de antecedência, o que permitiu aos servidores prepararem-se para o feriadão

 

Os servidores da Prefeitura de São Luís e do Governo do Estado viverão sensações diferentes neste feriadão de “Adesão do Maranhão à Independência do Brasil”.

O prefeito Eduardo Braide (PSD) anunciou antecipação do pagamento exatamente para a sexta-feira, 28, incluindo no salário o inédito reajuste de 8,2%, que serão pagos retroativos a 1º de maio; ou seja, terão dinheiro a mais para viver o fim de semana.

– O sextou dessa semana será diferenciado. Feriado de adesão do Maranhão e pagamento de julho, que vai estar na conta com o maior reajuste da história (8,2%) retroativo a 1º de maio – anunciou o prefeito, ainda no domingo, 23.

O anúncio de Brandão sobre o pagamento do salário do servidor – só na terça-feira, 1º – foi dado apenas às 18h desta quinta-feira, 27

O governador Carlos Brandão (PSB), por outro lado, somente na noite desta quinta-feira, 27, informou aos servidores do estado que o pagamento se dará apenas na terça-feira, 1º de agosto.

– Informo que o pagamento dos servidores estaduais referente ao mês de julho será realizado nesta terça-feira (1º de agosto) – disse o governador, também no Thread.

A repercussão para cada decisão pode ser lida nas redes sociais dos próprios governantes…

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Pré-sal amazônico é prioridade do governo Lula, comemora Pedro Lucas…

Em reunião com governadores do Nordeste – incluindo o maranhense Carlos Brandão – o chefe da Casa Civil Ruy Costa informou fortes investimentos da Petrobras na chamada Margem Equatorial Amazônica, defendida pelo deputado federal como um dos mais importantes polos petrolíferos já descobertos no Brasil

 

Governador Carlos Brandão participou da reunião com os ministros de Lula que falaram do pré-sal amazônico, bandeira do deputado Pedro Lucas Fernandes

O ministro-chefe da Casa Civil Ruy Costa informou nesta quarta-feira, 26, em reunião com governadores do Nordeste, que a Margem Equatorial Amazônica – cujos estudos apontam forte potencial petrolífero – é prioridade do governo Lula (PT).

A Margem Equatorial, com estimativa de produção de mais de 20 bilhões de barris de petróleo é uma das principais bandeiras do atual mandato do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil), autor da proposta de criação da frente em defesa da área.

– Temos outros desafios com a chamada Margem Equatorial, que pega desde o norte do Amapá até a bacia do Rio Grande do Norte, com investimentos e pesquisas que a Petrobras vai manter e vai intensificar, porque acena-se com a possibilidade de ali ser um novo grande reservatório de gás e óleo para o Brasil – afirmou Rui Costa.

São mais de 2 mil quilômetros de áreas profundas e ultraprofundas, cujos primeiros estudos já mostram capacidade maior que a do antigo pré-sal.

– Os governadores e as bancadas do Nordeste estão unidos nesse propósito – comemorou Pedro Lucas.

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TJ-MA quer derrubar decisão do CNJ antes de votar vaga de desembargador da OAB

Proibido pelo Conselho Nacional de Justiça a realizar qualquer tipo de entrevista com os advogados-candidatos – e obrigado a votar de forma aberta durante a sessão de escolha da lista tríplice – tribunal maranhense espera modificar o entendimento dos conselheiros para tentar preservar os desembargadores, que rejeitam o nome preferido do governador  Carlos Brandão

 

Paulo Vélten resiste à pressão de Carlos Brandão para botar logo em votação a lista tríplice da vaga de desembargador indicada pela OAB-MA

O comando do Tribunal de Justiça vai buscar uma última alternativa antes de por em votação a escolha da lista tríplice de candidatos à vaga de desembargador indicada pela seccional da OAB-MA.

No início de julho, o Conselho Nacional de Justiça proibiu que o Pleno realize sabatinas ou entrevistas com os candidatos e determinou que a votação fosse aberta e pública, e não secreta, medida que expõe os desembargadores diante do governador Carlos Brandão (PSB), padrinho do advogado Flávio Costa à vaga.

A vitória da OAB no CNJ foi tida como uma vitória do próprio Brandão, que agora pode saber publicamente quais desembargadores rejeitam seu indicado.

Desde o início da semana, o Palácio dos Leões pressiona o Palácio Clóvis Bevilácqua a incluir a votação da lista tríplice nas sessões do Pleno, mas o presidente Paulo Vélten quer ainda aproveitar o prazo recursal para tentar reverter a decisão e garantir que a sessão seja realizada nos moldes definidos pelo próprio TJ.

A pressão pela mudança de entendimento do CNJ envolve também tribunais superiores, como TST e STJ, que também não querem votar em aberto.

E isso pesa a favor do tribunal maranhense…

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Com Paulo Victor, PSDB volta a protagonizar eleição em São Luís…

Partido estava fora da disputa majoritária na capital maranhense desde 2012, quando o então prefeito João Castelo foi derrotado por Edivaldo Júnior; mais de dez anos depois, o presidente da Câmara Municipal chega ao ninho tucano como forte liderança, com perspectiva de construir também a maior bancada na Câmara Municipal

 

Com aval das lideranças nacionais e estaduais do PSDB, Paulo Victor devolve ao partido a condição de protagonista nas eleições de São Luís

A filiação do presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor, tem a perspectiva de dar ao PSDB a condição de protagonista na eleições municipais da capital maranhense, situação não vivida pelo partido há mais de 10 anos.

A última vez em que os tucanos disputaram a prefeitura foi em 2012, quando o então prefeito João Castelo perdeu a eleição para Edivaldo Júnior (hoje sem partido).

Além de fortalecer o projeto majoritário da legenda, Paulo Victor tem prestígio para fortalecer o partido na Cãmara Municipal, criando a maior bancada na capital .

– São Luís precisa e pode ser um lugar muito melhor para se viver. E é pra finalmente fazer esse sonho acontecer que estou dando o primeiro passo. Um novo caminho, por uma nova cidade – disse o vereador.

É na condição de protagonista das eleições de 2024 que Paulo Victor chega ao ninho tucano.

E é com este prestígio que recebe em sua filiação lideranças nacionais do partido, como o governador  do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-senador do Ceará Tasso Jereissati; sem falar que o próprio governador Carlos Brandão, hoje, no PSB, tem histórico político e ideológico muito mais sólido com o PSDB.

A filiação do vereador acontece no próximo dia 4 de agosto…

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Amarrado a Brandão, Edivaldo inviabiliza-se como candidato dinista e é despachado por PV, PT e PCdoB

Ex-prefeito de São Luís ganhou importantes espaços de poder estadual após a reeleição do governador – sobretudo na Emap – o que tornou temerária sua eventual filiação a um dos partidos da federação controlada pelo ministro da Justiça, embora os presidentes dessas legendas ainda mantenham o discurso público de que esperam contar com ele em 2024

 

A Federação Brasil-Esperança recebeu Duarte e Edivaldo no mesmo dia, mas já decidiu apostar as fichas no projeto ligado ao ministro Flávio Dino

É praticamente natimorta a pré-candidatura do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior (sem partido) à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).

Amarrado politicamente ao governador Carlos Brandão (PSB) – que abriu importantes espaços de poder para ele na estrutura do governo, sobretudo na Emap – Holandinha não poderá cumprir o papel de alternativa do grupo do ministro Flávio Dino (PSB).

E já foi até despachado pela federação Brasil-Esperança, formada por PV, PT e PCdoB. 

Essa rejeição ao nome de Edivaldo na base dinista foi revelada pelo blog Marco Aurélio d’Eça ainda em 14 de julho, quando dirigentes da federação o receberam em reunião, o que foi mostrado no post “Federação PT-PV-PCdoB barra entrada de Edivaldo…”.

À época, esses presidentes até tentaram desqualificar a informação deste blog postando imagens ao lado do ex-prefeito, mas a informação do despacho já havia se tornado pública.

Resta como alternativa a Edivaldo a filiação ao Podemos, mas esta direcionada a cumprir um papel eleitoral na base do próprio governo Brandão, que não deve seguir o mesmo projeto de Flávio Dino.

A tendência, no entanto, é que o ex-prefeito desista da candidatura, já que – mantendo o estilo Edivaldo de ser – não pretende inviabilizar-se politicamente.

Nem com um lado, nem com outro…

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20 anos depois, Flávio Dino e Carlos Brandão vivem mesma situação de Roseana e José Reinaldo

Da mesma forma que em 2002, quando a hoje deputada federal deixou o governo, se elegeu senadora com forte influência nacional no primeiro mandato do presidente Lula – fazendo seu sucessor no Maranhão e rompendo com este pouco tempo depois – o hoje ministro da Justiça, também em destaque nacional, enfrenta a mesma situação com seu ex-vice, que era o principal auxiliar de Tavares há duas décadas

 

Flávio Dino vive hoje com Brandão as mesmas circunstâncias pessoais e políticas que Roseana viveu com José Reinaldo há 20 anos

Ensaio

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) é para a história maranhense, hoje, o que a agora deputada federal Roseana Sarney (MDB) foi há 20 anos.

Assim como Roseana no início do primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2003, Dino hoje, em 2023 – quando Lula retorna ao poder – tem forte influência nacional e é cotado como opção presidencial

E assim como a emedebista à época, o socialista enfrenta, atualmente, situação de intenso desgaste com o sucessor eleito em sua chapa.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2002, Roseana liderou o início da corrida pela sucessão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão o mais radical dos sarneysistas, José Reinaldo Tavares (então no PFL), mas dava mostras de não confiar nele para sua sucessão.

Havia outras opções no governo roseanista, como o então chefe da Casa Civil João Abreu, preferido por ela, e o então Secretário de Desenvolvimento Social, Luiz Fernando Silva, por própria conta e risco.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2022, Flávio Dino chegou a ser cotado para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão um ex-sarneysista histórico, Carlos Brandão (então no PSDB), mas não demonstrava definição em torno do seu nome para a sucessão no estado.

Havia outras opções no governo dinista, como o senador Weverton Rocha (PDT), mais alinhado ideologicamente ao próprio governador, e o secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo, por própria conta e risco.

Neste ponto da linha do tempo, faz-se necessário uma importante referência: vice de Flávio Dino em 2022, Carlos Brandão era o principal auxiliar de José Reinaldo, vice de Roseana em 2002.

Há várias versões para o rompimento de José Reinaldo e Roseana; a mais aceita historicamente diz que a ex-governadora fez questão de diminuir o seu então vice nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Tavares, notadamente o da mulher dele, Alexandra.

Há várias versões para o estremecimento entre Flávio Dino e Carlos Brandão; a mais aceita diz que Dino diminuiu Brandão nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Brandão, notadamente o do irmão caçula, Marcus Brandão.

A grande responsável pelo rompimento entre Tavares e Roseana, já às vésperas das eleições municipais de 2004, foi Alexandra, que decidiu ignorar o candidato sarneysista em São Luís, levando o marido a apoiar o prefeito pedetista Tadeu Palácio.

Nos bastidores da pré-campanha municipal de 2024, aponta-se Marcos Brandão como responsável pela articulação política que formará o palanque do irmão em São Luís, dificilmente o mesmo em que esteja Flávio Dino.

A história política maranhense mostra que Roseana tentou interferir no governo do sucessor, levando-o ao rompimento político e à primeira derrota do grupo Sarney em 40 anos de poder no Maranhão, em 2006.

À época, nem a força de Lula, reeleito em primeiro turno, foi capaz de garantir vitória de Roseana contra a força do Palácio dos Leões, com José Reinaldo à frente do governo e Jackson Lago embalando às forças antisarneysistas.

A história política maranhense se repete vinte anos depois.

Flávio Dino usa a força do cargo de ministro da Justiça para mostrar-se como único acesso a Lula em Brasília, o que tem levado Brandão a buscar nos próprios Sarney’s o caminho para furar o bloqueio dinista.

Versões dos bastidores do poder no Maranhão apontam que o ministro da Justiça – assim como Roseana em 2006 – aposta na força de Lula, em 2026, para voltar ao poder no Maranhão, embalado pelos mesmos garotos que estiveram com ele na reeleição de 2018.

Esta história já foi, inclusive, contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “a doce ilusão que Flávio Dino cria entre aliados de Weverton e Eliziane…”.

Mas desta vez Lula será suficiente para enfrentar o rugir do Palácio dos Leões?!? E Brandão seguirá o mesmo caminho de José Reinaldo, abrindo mão de um mandato senatorial para derrotar o ex-aliado, repetindo a história de 2006?!?

A história poderá se repetir como farsa para alguns.

E para outros como tragédia…

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Dinistas e brandonistas trocam farpas sobre relação com Sarney explorada na mídia nacional…

Aliados do governador e do ministro da Justiça na mídia maranhense acusam uns aos outros de incentivar um racha entre os dois e de trazer de volta ao centro do poder político o grupo liderado pelo ex-presidente da República, hoje a principal força no Governo do Estado, com ao menos quatro secretários

 

Os olhares entre eles já não são os mesmos, mas Flávio Dino e Brandão ainda tentam manter as aparências

A matéria do jornal O Globo sobre a reaproximação do governador Carlos Brandão com o ex-presidente José Sarney foi publicada cinco dias depois do encontro dos dois, na famosa casa da família Sarney, no Calhau; Brandão fez um gesto de delicadeza a Sarney, que se recuperava de uma queda dias antes.

Desde a publicação do jornal carioca, aliados de Dino e de Brandão na mídia maranhense trocam acusações sobre de quem é o interesse de vender à mídia nacional essa volta dos Sarney ao centro do poder.

Os brandonistas veem na matéria os dedos de Dino para tentar expor Brandão em Brasília, como responsável por trazer de volta a política que ele, Dino, havia derrotado ainda em 2014; e lembram que, antes de Brandão, o próprio Dino já havia se aproximado do grupo do ex-presidente da República.

Dinistas mais afoitos falam até em um tal “esquema carcomido”, em texto que ora põe os Sarney como vítimas da maldade dos que “querem forçar o rompimento do do governador com o ministro”, ora vê os próprios Sarney como interessados nesse afastamento.

Há também os que tentam por panos quentes, sabe-se lá com que objetivo, uma vez que os fatos e movimentos estão aí para quem quiser ver.

Enquanto a arraia miúda vai se esforçando para entender – ou até conter – o racha, Dino e Brandão vão dando recados um ao outro, forçando-se mutuamente a tomar, primeiro, a decisão do rompimento.

Com seu poder em Brasília, Dino tenta represar interesses do governo Brandão.

Que em resposta usa o poder de Sarney para furar o bloqueio a Lula.

Até que uma hora a corda arrebenta…

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Mical Damasceno pede ao governo que mantenha escolas cívico-militares

Deputada estadual apresentou Indicação ao governador Carlos Brandão para que escolas deste tipo mantenham suas atividades plenas, mesmo após governo Lula determinar o encerramento do financiamento público para o setor; “não deve existir ideologia quando se trata e Educação”, diz a parlamentar

 

Mical Damasceno já assinou a Indicação encaminhada ao Governo Carlos Brandão

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) apresentou Indicação ao Governo do Estado para que as escolas cívico-militares sejam mantidas em suas atividades plenas, mesmo após decisão do Governo Federal de encerrar o financiamento público a este tipo de educação.

– Não deve existir ideologia quando se trata de Educação. Estão mexendo com as futuras gerações – afirmou a parlamentar.

O Governo Lula (PT) anunciou há duas semanas o fim do financiamento do Ministério da Educação para a educação cívico-militar, criada no governo Jair Bolsonaro (PL); o atual governo pretende focar recursos na educação de tempo integral.

No Maranhão, as escolas cívico-militares são de responsabilidade das prefeituras, embora conveniadas com as instituições militares, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

Mical Damasceno lembra que vários governadores decidiram manter o projeto de escolas cívico-militares mesmo após decisão do Governo Federal.

– Vários governadores decidiram manter este tipo de educação; por isso tomando a iniciativa de encaminhar a Indicação ao governador Carlos Brandão – disse a deputada, em suas redes sociais.

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O Globo só disse de Flávio Dino e Brandão o que este blog diz desde o fim da eleição…

Matéria do jornal carioca confirmando o afastamento entre o ministro da Justiça e o governador do Maranhão ganhou interpretação de acordo com a identificação ideológica de cada analista, mas nenhuma delas consegue mais esconder o óbvio, revelado pelo blog Marco Aurélio d’Eça ainda durante a transição: os dois já não são mais aliados nos mesmos níveis de outrora, como mostra a linha do tempo desde a pré-campanha de 2022

 

Visita de Brandão a Sarney em São Luís; ex-presidente é hoje a opção do governador para furar o bloqueio criado por Flávio Dino em torno de Lula

Análise da Notícia

Ganhou uma forte repercussão no Maranhão a matéria do jornal O Globo desta segunda-feira, 14, confirmando o afastamento político entre o ministro da Justiça Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB); a matéria é, na verdade, uma compilação de diversas situações ocorridas ao longo dos últimos dois anos, a maioria delas tratadas pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

O fato incontestável confirmado por O Globo, tratado pelos analistas maranhenses que abordaram a matéria do jornal carioca e que já havia sido antecipado nesta página: Flávio Dino e Brandão já não rezam a mesma cartilha.

O afastamento começou a ganhar cores públicas em março, quando Brandão decidiu afastar de sua gestão os principais operadores de Flávio Dino, a exemplo do ex-chefe da Casa Civil, Diego Galdino, do então secretário de Segurança, coronel Sílvio Leite e, principalmente, do presidente da Emap, Ted Lago.

A exoneração de Lago do comando do Porto do Itaqui, aliás, foi destrinchada pelo blog Marco Aurélio d’Eça em post próprio, em janeiro, com o título “Demissão de Ted Lago foi a maior pera de Flávio Dino no governo Brandão…”.

Mas o clima já não vinha bom desde o fim da campanha, com a reaproximação pública do governador, agora reeleito, e o grupo Sarney, relação avalizada no início pelo próprio Dino, que depois passou a reclamar a aliados no Maranhão e em Brasília.

Brandão abraçou os Sarney, levou diversos membros do grupo para o coração do governo e estreitou ainda mais a relação que já era íntima entre Dino e o grupo Mirante, braço de comunicação da família do ex-presidente da República.

Outro golpe do governador nas pretensões de hegemonia do grupo dinista se deu na eleição da Assembleia, novamente antecipada pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

Ainda em novembro, quando toda a mídia maranhense reforçava uma possível reeleição do presidente Othelino Neto (PcdoB) – ou, no máximo, uma disputa deste com decanos, tipo Antonio Pereira (PSB) ou Arnaldo Melo (PP) – o blog Marco Aurélio d’Eça trouxe a informação definitiva, no post “Brandão quer homenagear mulheres com Iracema Vale no comando da Assembleia…”.

Iracema foi eleita presidente da Assembleia em fevereiro; e reeleita em junho para um segundo mandato a ser iniciado apenas em 2025, fato contestado no Supremo Tribunal Federal, como uma espécie de troco de Dino, assim como apontado no post “Tese contra reeleição de Iracema foi levandata pelo próprio PSB…”.

Esvaziado no governo, Flávio Dino decidiu dedicar suas atenções para o governo Lula, no qual fora alçado ministro da Justiça.

E desde então criou uma espécie de muro entre Brandão e Lula; para não ficar sem acesso ao presidente em Brasília, o governador procurou quem? Ninguém menos que o próprio Sarney, história também contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “A guerra entre Flávio Dino e Sarney por Brandão em Brasília…”.

Os Sarney deram a Brandão o comando do MDB maranhense, numa movimentação que passa pelas eleições municipais de 2024, mas tem como pano de fundo a ainda distante sucessão de 2026.

Três dias antes da reportagem de O Globo – e seis dias depois do post do blog Marco Aurélio d’Eça sobre a guerra entre Dino e Sarney por acesso de Brandão a Lula – Brandão gerou a imagem que ilustra este post, com uma visita pessoal ao ex-presidente Sarney, que estava se recuperando de uma queda em sua casa.

Esta é a linha do tempo da relação de Flávio Dino e Carlos Brandão, história que também foi antecipada no blog Marco Aurélio d’Eça, ainda em maio de 2021, no visionário post intitulado “Pauta de centro-esquerda tende a aproximar agendas de Flávio Dino e Weverton Rocha…”.

Mas esta é uma outra história…

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MDB prepara saída da gestão de Braide…

Vinculada diretamente ao projeto de poder do governador Carlos Brandão, cúpula estadual do partido tenta demover o deputado federal Cléber Verde da aliança com o atual prefeito de São Luís; para isso, anuncia a entrega da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, ocupada atualmente por André Campos, graduado assessor do deputado estadual Roberto Costa

 

A imagem da filiação de Cleber Verde mostra o prefeito Eduardo Bride e toda a cúpula sarneysista do MDB, incluindo Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão

O MDB maranhense deve anunciar em breve uma medida que simbolizará o afastamento da gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) em São Luís: o partido vai entregar a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, ocupada hoje pelo ex-candidato a vereador André Campos.

A informação é do blog do jornalista Alberto Leitão.

A entrega do cargo significa que, na prática, a cúpula maranhense do partido estará anunciando o rompimento com Braide, a despeito das tentativas do seu atual presidente municipal deputado federal Cleber Verde.

Hoje Verde é o único emedebista – cristão-novo na legenda – a defender a aliança com o prefeito; este racha foi revelado ainda em junho pelo blog Marco Aurélio d’Eça, no post “MDB dividido entre Braide e Neto…”.

Toda a ala sarneysista do partido – e sobretudo o deputado estadual Roberto Costa, hoje o mais ativo representante do MDB no Maranhão – defende aliança em torno de um candidato apoiado pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Cleber Verde tem como trunfo o acordo com o presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (SP); sua filiação ao partido implica o controle absoluto das negociações sobre as eleições municipais em São Luís.

Foi Rossi quem garantiu ao colega deputado que a aliança com Braide “é prego batido em São Luís”.

Verde também tem um aliado no secretariado de Braide – Romário Barros, no Desporto – mas este nada tem a ver com o MDB, que a partir de agosto passará a ser comandado em âmbito estadual por Marcus Brandão, irmão do governador.

De qualquer forma, o debate sobre 2024 em São Luís deve acirrar os ânimos no partido a partir de então…