0

Comissão de Recesso da Câmara de São Luís tem encontro com Carlos Lula

A Comissão de Recesso da Câmara de São Luís, composta pelos vereadores João Batista Matos, Chico Carvalho e Marlon Botão Filho, esteve com o secretário Estadual de Saúde, e presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Saúde (Conass), Carlos Lula, onde discutiram sobre a imunização contra a Covid-19, expectativa de retorno à sala de aula dos alunos da rede municipal de ensino e outros temas que envolvem a saúde da população.

Um dos objetivos da reunião também foi estreitar as relações e ampliar as parcerias entre a cidade de São Luís, o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís.

“Nós, membros da Comissão de Recesso da Câmara de São Luís, vereadores da capital, somos os representantes do população Ludovicense. E nossa população pede e exige parceria por nossa cidade”. Prefeitura e governo juntos por São Luis. É por isso que estamos aqui, conversando com o Carlos Lula e também vamos conversar com o Dr Joel, secretário municipal. Todos por São Luís”, disse o vereador Batista Matos (Patriotas).

2

Governo Flávio Dino tem R$ 50 milhões para investir em vacinas

Planejamento do secretário de Saúde Carlos Lula é começar a vacinar população contra o coronavírus até meados de janeiro; plano B está sendo montado para o caso de o Governo Federal não cumprir com o seu projeto

 

Carlos Lula tem articulado ações em busca de vacinas contra o coronavírus no Maranhão

O governo Flávio Dino (PCdoB) já tem reservado cerca de R$ 50 milhões para compra de vacinas contra a pandemia de coronavírus, revelou o secretário de Saúde, Carlos Lula, nesta terça-feira, 22.

Segundo o secretário, as estimativa inicial, com a ajuda do Governo Federal, é vacinar inicialmente 1,5 milhão de maranhenses, o que dá 3 milhões de dose de vacinas, já que são necessárias duas doses por cidadão.

– Nosso objetivo é ter cerca de 14 milhões de doses para vacinar todos os maranhenses já em 2021. Reservamos recursos da ordem de R$ 50 milhões para comprar as vacinas. Mas precisamos de uma compensação pela União – disse o secretário, em entrevista ao programa Bom Dia Mirante.

Carlos Lula já entrou em contato com laboratórios e tem mantido articulação com gestores de todo o país em busca de um plano nacional conjunto, em todo o país.

Tudo com previsão para janeiro…

1

Carlos Lula desautoriza Flávio Dino sobre vacina russa…

No mesmo dia em que o governador do Maranhão anuncia adesão ao protocolo do uso do medicamento contra a coVID-19, secretário de Saúde critica a pressa no que chamou de Vale Tudo e diz que as autoridades “alimentam uma falsa” esperança que pode resultar em tragédia

 

O governador Flávio Dino anunciou neste fim de semana a adesão do Maranhão aos protocolos de uso da vacina desenvolvida pela Rússia contra o coronavírus. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, a nova “arma” será testada em massa a partir de outubro.

Mas, a julgar por artigo de sua autoria publicado em jornais, o secretário de Saúde Carlos Lula não dá o apoio à decisão do governador.

Fazendo um paralelo histórico das pandemias, Lula criticou a pressa com que autoridades – não apenas russas, mas de todo o mundo – forçam a barra pela vacina contra o coronavírus e lembra o exemplo dos Estados Unidos, nos anos 70, quando a gripe suína assolou o povo americano e uma vacina anunciada às pressas levou muitos à morte ao invés de proteção.

– A vacina é uma possibilidade quase palpável, mas há um percurso que não deve ser interrompido por interesses que sobreponham a segurança e a eficácia cientificamente comprovadas – alertou o secretário, lembrando, inclusive, que a pressa da vacina levou à derrota de Gerald Ford nas eleições dos EUA.

E alertou:

– A história é uma eterna repetição. Já no final do século 19 Karl Marx fazia o alerta, que permanece atual: Hegel havia dito que fatos de suma importância tendiam a se repetir duas vezes. Marx completou: “a primeira como tragédia, a segunda como farsa”

A postura crítica de Carlos Lula em contraponto ao anuncio entusiasmado de Flávio Dino faz lembrar o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, logo no início da Pandemia de coronavírus, em contraponto ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro.

A postura de Mandetta custou-lhe o cargo de ministro…

Leia abaixo o artigo do secretário:

 

5

Superfaturamento de máscaras em São Luís chegou a R$ 2 milhões…

Polícia Federal está desde o início desta terça-feira, 9, na Secretaria Municipal de Saúde investigando o envolvimento de servidores públicos em crimes relacionados à aquisição de equipamentos para o combate ao coronavírus; tem prisão contra três empresários

 

No total, a Polícia Federal cumpre 14 mandados de busca e apreensão na Secretara Municipal de Saúde e outros três mandados de prisão (imagem: blog do Antonio Martins)

A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira, 9, mandados de busca e apreensão na sede da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, suspeita de comprar material e equipamentos de combate à COVID-19 com preços superfaturados.

A PF também cumpre mandados de prisão contra os empresários Alexandre Chuairy Cunha, Sormane Silva Santana e João de Deus Souza Lima Júnior, responsáveis pela venda dos equipamentos.

Segundo as primeiras apurações do blog Marco Aurélio D’Eça, uma das empresas ligadas aos presos chegou a superfaturar em R$ 2 milhões o valor de máscaras de proteção.

As máscaras, que deveriam custar algo em torno de R$ 3,00, foram  compradas pela Secretaria Municipal de Saúde por R$ 10,00 junto à Precision Soluções.

Só este contrato tem valor de R$ 2.673.000,00…

5

“Se for preciso, volta-se atrás”, admite Carlos Lula, sobre flexibilização

Com mais de dois mil casos registrados no Maranhão em 24 horas – um recorde – secretário de Saúde revelou que pretende avaliar os dados pós-abertura das atividades para decidir se mantém ou não a flexibilidade do comércio

 

Carlos Lula vai avaliar semana que vem a situação avaliou a situação da coVID-19, mas mostra preocupação com aglomerações em São Luís, cuja pasta da Saúde é gerenciada por seu xará Lula Fylho

O secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Lula, informou ao blog Marco Aurélio D’Eça, nesta quinta-feira, 4, que vai aguardar até semana que vem – quando terá as primeiras análises da reabertura das atividades – para decidir que posição tomar em relação ao avanço da coVID-19 no Maranhão.

No interior, a Justiça está determinando a volta do fechamento total em vários municípios; em outros, o Ministério Público pede comprovação científicas às prefeituras que justifiquem a abertura de todo o comércio.

Por volta das 9h de ontem, Lula contestou informações sobre aumento de casos na capital, e disse ser preciso avaliar mais à frente.

– Vamos ver o que vai acontecer semana que vem, que deve ter um possível aumento. Se for preciso, volta-se atrás. Por hora, ainda não sentimos aumento – disse o secretário.

À noite, o boletim da Secretaria de Saúde revelou mais 2.684 casos de coVID-19, com 33 óbitos em apenas 24 horas.

Do total de casos, 33 foram na Região Metropolitana e os demais 2.651 no interior.

O boletim da Secretaria de Saúde mostrou ontem novo recorde da coVID-19 no interior e uma estabilidade nos números da Grande São Luís

Durante a conversa com o titular do blog, o secretário admitiu, porém, que há focos de aglomeração, que podem resultar em aumento da coVID-19 também na capital.

– Com a Rua Grande desse jeito [lotada] é improvável não ter aumento [no casos de coVID-19]. Temos de tatear dia a dia – analisou o secretário.

Desde segunda-feira, 1º, diversas atividades não-essenciais puderam reabrir as portas, o que causou forte movimentação popular nos centros comerciais e no transporte.

Além disso, outros setores econômicos também pressionam pela reabertura.

Mas o governo só deve decidir se fecha, se abre ou se mantém como está a partir da próxima segunda-feira, 8…

1

Atendimento de ambulâncias do interior cresceu 60%, diz Lula Fylho

Secretário municipal de Saúde de São Luís conta que o alastramento da coVID-19 nos municípios – com hospitais destinados exclusivamente a estes pacientes – tem aumentado a demanda pelas unidades da capital maranhense, o que gera a “procissão de ambulâncias” nos Socorrões

 

A procissão de ambulâncias tem se repetido no Socorrão I, segundo revelou o próprio secretário municipal de Saúde de São Luís

O secretário municipal de Saúde de São Luís confirmou ao blog Marco Aurélio D’Eça o congestionamento de ambulâncias do interior nas unidades de saúde da capital maranhense, sobretudo no Socorrão I.

E revelou que não foi exclusividade desta terça-feira, 2, contada pelo blog no post “A procissão de ambulâncias, infelizmente, chegou…”.

– Tivemos um aumento de 60% no número de ambulâncias vindo para nossas unidades – revelou o secretário.

Segundo Lula Fylho, “com várias unidades destinadas a atendimento de pacientes coVID, que vem crescendo no interior, as demandas de vários municípios estão vindo diretamente para São Luís”.

“As Upas estão vazias”, diz Carlos Lula

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, por sua vez, diz que as Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) estão vazias, preparadas para receber pacientes com sintomas de síndrome gripal.

– Desde o início, Covid só vai pras UPAs. Nós blindamos o Socorrão. Paciente com síndrome gripal não entra no Socorrão – explicou o secretario estadual.

Mas se não há atendimento de coVID-19 fora das unidades destinadas a isso – e os municípios também têm suas regulações – o que levou a “procissão de ambulâncias” ao Socorrão?

Este blog apurou que podem ser duas as causas:

1 – o Socorrão I está lotado de pacientes com traumas diversos e o tomógrafo parou de funcionar, gerando o congestionamento de ambulâncias nos últimos dias;

2 – o blog também apurou que o Socorrão II estava vazio no mesmo período em que o I recebia a procissão de ambulâncias, mas o SAMU não destinou pacientes para lá.

Imagens mostram Socorrão lotado

Com aumento de 60 no atendimento do interior, Socorrão I está lotado, com atendimento até no corredores do hospital

O próprio Lula Fylho, secretário de São Luís, confirmou a lotação do Socorrão I, encaminhando fotos ao blog.

Ele também confirmou a quebra do tomógrafo, dizendo que os técnicos chegarão nesta quarta-feira, 3; mas informou que menos de 10% dos pacientes precisam de tomografia.

– Quem precisou de tomografia foi realizada no Hospital Geral e na Santa Casa – garantiu.

Como se vê, há um empurra de responsabilidade pela desorientação no atendimento, mas o fato é que a procissão de ambulâncias chegou a São Luís.

Exatamente como o blog Marco Aurélio D’Eça alertou desde o início…

0

César Pires volta a denunciar maquiagem nos números da covid-19 no MA

Deputado estadual acha suspeito que os números da Secretaria Estadual de Saúde apresentem nova discrepância em comparação aos boletins municipais justamente quando o total de infectados ameaça romper a barreira dos mil casos por dia

 

César Pires tem contestado sistematicamente, com documentos oficiais, os números da pasta do secretário Carlos Lula, que culpa o sistema nacional pela defasagem

O deputado estadual César Pires (PV) voltou a denunciar nesta quinta-feira, 21, o que chama de “maquiagem do governo Flávio Dino (PCdoB) nos números oficiais da coVID-19” no Maranhão.

Para o deputado, é mais suspeito ainda que essa maquiagem – para diminuir o total – ocorra exatamente quando o Maranhão ameaça romper a barreira dos mil casos por dia.

– É suspeito que o governo Flávio Dino corrija os números exatamente depois que a gente faz a primeira denúncia; e volte a maquiar os números quando os casos ameaçam romper a barreira de mil por dia – acusou Pires.

Não é a primeira vez que César Pires denuncia a manipulação nos números da coVID-19.

Há três semanas, ele apresentou uma série de boletins de prefeituras do interior que mostravam absoluta defasagem no total de casos divulgados pela SES se comparados com os números dos municípios.

Depois da denúncia, a SES passou a corrigir os números, até igualá-los aos dados municipais, o que fez o registros de casos disparar no estado. (Relembre aqui)

O boletim oficial da Secretaria de Saúde apresentou oficialmente ontem apenas 204 casos de coVID-19 registrados em Códo…

Mas, aos poucos, os dados do governo voltaram a ficar defasados em relação aos dos municípios, até culminar com a diferença gritante nos relatórios desta quarta-feira, 20, justamente quando o total de infectados pela coVID-19 beira os mil casos.

– O boletim de ontem do governo mostrava apenas 204 casos em Codó; mas o boletim da prefeitura, no mesmo dia, apresenta 461 casos. Só essa diferença de 257 casos já faria os 944 casos anunciados pela SES subir para 1.201 –  comparou o parlamentar.

…Mas o boletim oficial da Prefeitura de Codó, no mesmo dia, diz que os casos confirmados são, na verdade, 461, uma diferença de 257 casos

Repare que a conta incluindo os números reais de Codó elevaria o total de casos de coVID-19 para próximo ao pico de 1,5 mil casos, estimado pela Universidade Federal de Minas Gerais para ocorrer só em 5 de junho, conforme pesquisa já publicada no blog Marco Aurélio D’Eça. (Entenda também aqui)

O governo alega que os dados ficam defasados por que as prefeituras informam diretamente ao Ministério da Saúde, o responsável por atualizar o sistema, usado pela própria SES.

Mas César Pires suspeita que o objetivo do governo é sustentar o discurso vendido na mídia nacional, de sucesso nas medidas contra o coronavírus.

– Ele [Flávio Dino] vende na imprensa nacional que o Maranhão tem o controle da pandemia; esses números mostram que não ha´controle algum – concluiu Pires.

E sem controle, nenhum planejamento funciona.

Simples assim…

4

“Se apenas quiser atrapalhar, fique em, casa”, diz Carlos Lula, advertindo Wellington

Secretário de Saúde do estado chamou a atenção do parlamentar acusado de humilhar um médico cubano em visita à UPA da Vila Luisão, em vídeo que viralizou na internet nos últimos dias; deputado fala de “exercício ilegal da profissão”

 

Médico explica a Wellington sua situação no Maranhão; deputado informa que vai comunicar ao CRM

O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Eduardo Lula, reagiu nesta quarta-feira, 13, ao vídeo em que o deputado Wellington do Curso (PSDB) conversa com um médico cubano, na UPA da Vila Luisão, e ameaça denunciá-lo por exercício ilegal da profissão.

O vídeo do parlamentar foi publicado primeiro em seu próprio perfil no instagram; depois espalhado, de forma negativa, em blogs e redes sociais ligados ao governo Flávio Dino (PCdoB).

Para Lula, “o deputado da ‘polêmica’ não está preocupado com a  saúde da população, muito menos com atendimento ás vítimas da coVID-19”.

– Tenha a honradez de tratar comigo. E nunca, nunca humilhe um profissional em seu local de trabalho – exigiu o secretário, em seu perfil no Twitter.

No vídeo em questão, o médico cubano, identificado por Jhoseh, aparece sentado, quando é abordado pelo deputado Wellington do Curso, que pede sua identificação. (Veja abaixo)

O médico informa que não tem Revalida (exame obrigatório para médicos formados em outros países, estrangeiros ou não), mas informa que faz apenas o acompanhamento individual do paciente, sem assinar atestados, o que é feito por outro profissional.

Sem entrar no mérito da legalidade do trabalho do médico cubano, Carlos Lula diz que agradece tanto a ele quanto a outros médicos que atenderam ao edital do governo para trabalhar nba pandemia.

– Até a sua ajuda [de Wellington] eu aceito, de bom grado. Mas se quiser só atrapalhar, fique em casa – respondeu, diretamente ao deputado.

Parte do vídeo em que o deputado Wellington conversa com o médico cubano sobre sua atuação na UPA da Vila Luisão

No vídeo, Wellington tenta ser o mais educado possível, mas insiste na apresentação de documento que garanta o exercício da profissão pelo médico Jhoseh.

Diante da não-apresentação, anuncia, que tomará providências.   

– Eu vou fazer essa reclamação diretamente ao CRM – encerra o parlamentar, no vídeo que dá a impressão de ter sido cortado abruptamente.

A polêmica vem se arrastando desde então…

4

César Pires vê fragilidade técnica na gestão da Saúde no MA…

Apesar das boas intenções do governador Flávio Dino, deputado estadual vê incapacidade nos secretários Carlos Lula e Lula Fylho para o enfrentamento da pandemia de coronavírus no estado

 

O deputado César Pires demonstrou preocupação com a fragilidade técnica no comando da Secretaria de Estado da Saúde para o enfrentamento da pandemia do coronavírus no Maranhão. Como parlamentar de oposição, ele declarou que o momento requer unidade e que tem apoiado todas as medidas adotadas pelo governador Flávio Dino, mas defende maior participação de especialistas da área na tomada de decisões relativas ao controle da transmissão do vírus e à assistência aos pacientes, inclusive aos do interior do Maranhão.

“O governador tem mostrado boas intenções e adotado as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde tanto que temos apoiado todos os seus decretos na Assembleia Legislativa. Mas ao contrário do que vemos em outros estados como São Paulo, onde as decisões do governador João Doria têm a orientação do infectologista David Uip e outros especialistas, aqui no Maranhão sentimos a ausência de virologistas, infectologistas e demais profissionais da área junto ao secretário de Saúde Carlos Lula”, opinou César Pires.

Para o deputado, falta fundamentação teórica, conhecimento prática e vivência ao advogado Carlos Lula, e ele precisa ter a humildade de buscar a orientação dos especialistas, assim como o secretário de Saúde de São Luís,Lula Fylho, já que ambos demonstram muita fragilidade técnica ao passar informações à população maranhense.

César Pires acrescenta que, em decorrência dessa fragilidade técnica, a gestão estadual da Saúde tem virado as costas para a grande maioria dos municípios maranhenses, que sequer têm testes para diagnóstico da Covid-19, muito menos equipamentos e profissionais de saúde para atender os pacientes. O deputado afirma que, sem assistência, os doentes acabam vindo para São Luís em busca de atendimento e muitos não estão conseguindo ser atendidos na capital

“Sem testes e dados, é impossível fazer uma análise real da expansão dos casos da Covid-19. E a nossa preocupação aumenta quando olhamos a falta de estrutura assistencial no interior do Maranhão. É preciso que o governo estadual busque o apoio de especialistas e não restrinja sua atenção à ilha de São Luís, pois temos 7 milhões de maranhenses e todos precisam ser assistidos”, finalizou César Pires.

1

César Pires critica a EMSERH por enganar trabalhadores

A ilegalidade dos contratos trabalhistas firmados pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) foi novamente denunciada pelo deputado César Pires (PV), em discurso na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (29). Ele voltou a relatar que muitos trabalhadores estão sendo demitidos sem ter seus direitos respeitados, e que há muitos comissionados ocupando vagas que deveriam ser destinadas aos aprovados no concurso realizado pela empresa.

“Chegaram ao nosso gabinete inúmeras denúncias de profissionais que foram lesados pela EMSERH. Como se não bastasse estarem devendo aluguéis, médicos e fornecedores, estão assinando carteiras de trabalho mesmo sabendo que esse ato não tem validade, enganando as pessoas. Não esperava algo tão grave de um governo que se diz do povo, que em Brasília é defensor dos direitos dos trabalhadores, e no Maranhão não paga horas extras e encargos sociais”, enfatizou o deputado.

“Tivemos acesso a alguns processos de ex-funcionários que só na Justiça descobriram que a assinatura da carteira de trabalho deles pela EMSERH não tem validade. E olha que eles têm lá 17 advogados em cargo comissionado para cuidar da legalidade dos seus atos. Talvez por isso não nomearam os dois advogados aprovados no concurso que fizeram”, relatou César Pires, ao referir-se também ao caso de dezenas de concursados  para vagas de advogado e analista administrativo que desde o ano passado aguardam nomeação.

O deputado acrescentou que os demitidos pela EMSERH estão recorrendo à Justiça porque não tiveram recolhimento de FGTS e INSS, nem receberam pelas horas extras trabalhadas. Tudo isso porque os contratos firmados pela EMSERH não têm amparo legal, já que o artigo 37 da Constituição Federal, associado à Súmula 363 do Tribunal Superior do Trabalho, só reconhece a contratação de pessoal pelo poder público por meio de concurso público ou em cargos comissionados.

Ele informou, inclusive, que a própria Justiça do Trabalho no Maranhão aponta a nulidade contratual e da natureza indenizatória ao julgar ações de funcionários demitidos que reclamam direitos judicialmente.

“Já não basta dever aluguéis, médicos e fornecedores, fazer concurso e não nomear para se aparelhar com 17 advogados comissionados, ainda acabam com a esperança das pessoas que eles contratam diretamente, assinando carteira sem amparo legal. É um crime o que estão fazendo”, afirmou ele.

César Pires que o que ocorre na EMSERH se reflete na rede estadual de saúde, onde as pessoas estão morrendo à mingua, como uma senhora de Codó, que está com lesão na coluna aguardando leito de hospital. “Onde está o Ministério Público, que diante de tantas denúncias que fazemos aqui, não tomam as providências necessárias? São milhares de carteiras sem validade nenhuma, milhares de contratos inválidos. É preciso que, além da Assembleia, alguém faça alguma coisa em defesa desses trabalhadores e da saúde pública no Maranhão”, finalizou.