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Secretário de Segurança tenta interferir em concurso de oficiais dos Bombeiros…

Mesmo sendo pessoa estranha ao certame, Maurício Ribeiro Martins encaminhou ao presidente da Comissão do CFO do Corpo de Bombeiros 2024, pedido de informações sobre candidatos que participavam das provas físicas, exigindo detalhamento sobre aprovações, reprovações e recursos de candidatos, muitos dos quais filhos de oficiais do CBMM e da PMMA, entre eles a filha de um dos seus ajudantes de ordem na SSP

 

O CFO dos Bombeiros habilita o candidato ao curso de formação de oficiais; entre os candidatos diversos parentes de membros da própria corporação

Uma troca de correspondências entre o secretário de Segurança Pública Maurício Ribeiro Martins e o presidente da Comissão do Curso de Formação de Oficiais do Corpo de Bombeiros 2024, tenente-coronel José Raimundo Costa Filho, aponta para possível interferência externa no concurso que vai selecionar os novos alunos da academia.

Embora seja o secretário de Segurança – e, portanto, chefe maior das forças de segurança maranhenses, o que inclui o CBMMA – Maurício Martins é considerado pelas regras do CFO como corpo estranho ao certame, o que torna sua correspondência com o presidente do curso suspeita do ponto de vista da validade do concurso.

No Ofício nº 1707/2024-GB/SSP/MA, do dia 17 de abril, “sigiloso e urgente” alegando “dever legal de apurar irregularidades no serviço público”, o secretário cobra do oficial informações sobre reprovações e eventuais recursos de candidatos desqualificados nas provas de aptidão física, entre eles filhos de oficiais do próprio Corpo de Bombeiros.

Dentre os candidatos que estão fazendo a prova sub judice, por meio de recurso, está a filha de um dos ajudantes de ordem do próprio secretário Maurício Martins, que é delegado de polícia.

No ofício encaminhado ao tenente-coronel José Raimundo Costa Filho, o secretário de Segurança ameaça encaminhar o caso ao Ministério Público , “dado à sua gravidade”.

O presidente da Comissão do CFO respondeu por meio do Ofício nº 2772/2024-DEP/CBM e repassou todas as informações sobre os quatro candidatos que não fizeram ou não conseguiram qualificação nos testes físicos e apresentaram recursos.

Maurício Martins cobrou, inclusive, o nome de todos os membros da subcomissão de recursos criada pelo Portaria publicada no Boletim 004/2024.

As provas físicas do CFO/2024 estão sendo aplicadas entre esta quinta-feira, 18, e a sexta-feira, 19…

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Assembleia realiza sessão solene proposta por César Pires em homenagem ao CFO

Os 25 anos de fundação do Curso de Formação de Oficiais (CFO), implantado na Universidade Estadual do Maranhão (Uema) em parceria com a Polícia Militar (PMMA) foram comemorados quinta-feira na Assembleia Legislativa, em sessão solene proposta pelo deputado César Pires.

Cadetes, oficiais e outras autoridades da PM, do Corpo de Bombeiros do Maranhão e da Uema lotaram a galeria e o plenário Deputado Nagib Haickel, numa das mais concorridas solenidades realizadas no Legislativo estadual.

César Pires salientou a importância do reconhecimento à contribuição que o CFO tem dado ao Maranhão, por meio da formação de oficiais para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.Embora tenha sido criado em gestão anterior, somente no período em que César Pires ocupou o cargo de reitor é que o CFO foi reconhecido e equiparado aos demais cursos de nível superior, dando aos seus alunos a oportunidade de acesso a outros níveis de formação acadêmica.

“Tenho o orgulho de ter contribuído para a consolidação dessa importante iniciativa, pois o CFO foi reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação em 2000, durante a minha gestão como reitor da Uema. Não há como negar a excelência da formação que têm recebido todos aqueles que concluíram esse curso, ao longo desses 25 anos”, ressaltou César Pires.

O reitor da Uema, professor Gustavo Pereira da Costa, parabenizou a Assembleia Legislativa e, em especial, o deputado César Pires, pela iniciativa de comemorar o aniversário de fundação do Curso de Formação de Oficiais. De acordo com informações do reitor, o CFO foi reconhecido por meio da Resolução 195/2000-CEE, de 25 de maio de 2000, fruto do convênio UemaA/PMMA/CBM. Tem duração de quatro anos, com carga horária de 4.860 horas aulas.

Ao término do CFO, atendendo a todos os requisitos e exigências legais, o cadete PM é declarado aspirante a Oficial PM, recebendo a estrela de aspirante Oficial como símbolo da autoridade e da responsabilidade que terá diante da sociedade no sentido de defendê-la e promover todos os esforços para o seu engrandecimento, tendo a honra de pertencer à Polícia Militar do Estado.

“O Maranhão rompeu com as tradições históricas de outros estados. Oficialatos daqui do Maranhão se deslocavam para Natal e para o Rio de Janeiro, e a Uema abriu este horizonte permitindo que hoje grande parte dos tenentes-coronéis, dos coronéis, dos majores, dos capitães fosse formada pelo CFO. Hoje muitos mestres, alguns estão fazendo doutorado”, discursou César Pires.

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César Pires destaca importância do CFO na formação de oficiais militares…

César Pires se orgulha de, como reitor da Uema, ter criado o CFO

O deputado César Pires destacou nesta terça-feira a história do Curso de Formação de Oficiais (CFO), implantado na Universidade Estadual do Maranhão (Uema) em parceria com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Maranhão, que este ano completa 25 anos de existência. Ele propôs a realização de uma sessão solene, a ser realizada em março, para homenagear e reconhecer a importância do CFO para a formação dos oficiais que hoje integram as duas corporações.

Reconhecendo que não foi ele o responsável pela criação do CFO, César Pires disse ter orgulho de, como reitor da Uema, ter obtido a autorização (Resolução nº 161, de 1998) e o reconhecimento do curso pelo Conselho Estadual de Educação, por meio da Resolução nº 1195/2000, sem o que não se poderia emitir a diplomação.

“Antigamente, nossos oficiais eram formados no Ceará e no Rio Grande do Norte, até que em 1992, quando eu ainda era pró-reitor da Uema, foi criado o CFO. Posteriormente coube a mim, já como reitor, a responsabilidade de obter o reconhecimento do curso, permitindo que o oficialato egresso daquela academia possa hoje ingressar em qualquer outro curso de nível superior”, relembrou ele.

Citando vários oficiais da Polícia Militar formados pelo CFO, entre eles os tenentes-coronéis Jinkings, Santana, Diógenes e Sales Neto, e os majores Chagas e Silva Castro, que colaram grau com o então reitor César Pires, o deputado ressaltou que o reconhecimento do curso qualificou a formação desses oficiais. E acrescentou que muitos deram continuidade à sua história acadêmica, como o tenente-coronel Frank e o coronel Leite, que ingressaram no mestrado.

Sempre enfatizando ter orgulho do seu legado acadêmico, César Pires defendeu que a Assembleia Legislativa faça um reconhecimento público da importância do CFO.

“Por isso propus a realização de uma sessão solene dia 22 de março, para homenagear os que construíram essa história, pois hoje nós é que estamos formando oficiais para outros estados. Ninguém pode negar a importância dessa formação para uma corporação milenar, com quase 10 mil pessoas, cujo oficialato, em sua grande maioria, tem nível superior graças ao CFO. Por isso fico muito feliz de ter podido contribuir com a formação desses oficiais”, declarou o ex-reitor.

Segundo informou César Pires, hoje a procura pelo CFO é muito maior que pelo curso de Medicina, e alguns abandonam outros cursos para ingressar no CFO. Ele destacou a grandeza do curso ao enfatizar que ao longo desses 25 anos vem sido coordenado por mestres ou doutores.

“É um trabalho feito pelo cérebro, pelo talento, por pessoas capacitadas que estão formando oficiais qualificados para as nossas corporações”, finalizou.