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Cheques sem fundos de 2004 voltam a assombrar PT em São Luís…

Já circula nos bastidores da campanha eleitoral em São Luís, cheques usados pelo PT, em 2004, para pagamento a uma empresa de publicidade que fez a campanha da então candidata a prefeita, Helena Barros Heluy.

Na época, o presidente da legenda era o atual vice-governador e atual candidato a prefeito Washington Luiz.

Os cheques nunca foram pagos, apesar de a direção nacional ter garantido que o dinheiro foi liberado ao PT ludovicense para quitação da dívida.

Este blog tentou ouvir o empresário responsável pela campanha, mas ele não fala do assunto.

Gente ligada ao próprio PT tem negociado a compra dos cheques para evitar que sejam usados contras Washington na campanha.

Mas cópias dos documentos foram oferecidos também aos comitês de campanha de Edivaldo Holanda (PTC), Tadeu Palácio (PP) e do prefeito João Castelo (PSDB).

Este blog tratou do assunto em abril, no post “chantagem explícita na campanha do PT…” e voltou ao tema no post “A origem dos cheques sem fundos do PT…”

O valor da dívida – sem a atualização monetária – alcança os R$ 3 milhões…

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A origem dos cheques sem fundos do PT…

A origem dos cheques sem fundos emitidos pelo PT maranhense foi revelada após a campanha de 2004, em ampla reportagem do extinto jornal Diário da Manhã.

Sócio do jornal, na época, o jornalista Roberto Kenard conta a história, em detalhes, no seu blog. (Leia aqui)

Foram seis cheques pagos à agência de publicidade Opendoor, que fez a campanha da então candidata petista, Helena Barros Heluy.

Assinados por Washington Oliveira, então presidente do partido, nenhum dos cheques teve fundos – um no valor de R$ 88 mil e cinco de R$ 90 mil, totalizando R$ 538 mil.

Após as eleições, a própria Helena convocou entrevista para explicar que nada tinha a ver com as contas da campanha, controladas totalmente pela direção petista.

No seu blog, Kenard trouxe detalhes inéditos sobre a história:

– Um emissário foi até Delúbio Soares para tentar resolver o problema da dívida do PT maranhense. Para surpresa do emissário, Delúbio Soares exibiu uma planilha onde estavam anotados os valores enviados ao PT em diversas cidades do país. Na planilha constavam os valores repassados a São Luís – lembra Kenard.

Detalhe: segundo o jornalista, o publicitário Rogério Ferreira, dono da Opendoor, nunca quis entrar na Justiça para receber os valores.

São estes cheques que agora surgem como fantasmas a assombrar a campanha de Washington Oliveira.