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Flávio Dino parte pra cima de Braide e Roberto Rocha

Cada vez mais envolvido na campanha – mesmo sem assumir um candidato específico – governador comunista tem chamado ao debate o candidato do Podemos, deixando claro à base quem são seus adversários em São Luís

 

A resposta de Flávio Dino nas redes sociais; governador cada vez mais ativo contra adversa´rios dos eu grupo político

O governador Flávio Dino (PCdoB) voltou nesta segunda-feira a responder e provocar o candidato do Podemos a prefeito de São Luís, Eduardo Braide. 

Desta vez, ele se incomodou com o principal aliado de Braide, o senador Roberto Rocha (PSDB), que o acusou de ter “patrocinado” matéria no jornal Folha de S. Paulo – já retirada por determinação da Justiça – apontando Braide como investigado por corrupção.

– A última agressão de um líder de Bolsonaro no Maranhão é me acusar de ter comprado uma matéria na  Folha de S. Paulo contra o candidato Braide – frisou Dino, sem citar o nome de Roberto Rocha.

No mesmo post, no Instagram, Dino referiu-se com provocações também a Braide.

– Quem deve explicações na Polícia e na Justiça deve prestá-las. E não mentir ou inventar factoides para desviar a atenção – ressaltou.

Têm sido cada vez mais frequentes as provocações ou respostas de Flávio Dino a Eduardo Braide, que lidera todas as pesquisas de intenção de votos em São Luís.

Mesmo sem se definir por um candidato específico, com a postura, ele deixa claro para a própria base quem são seus adversários.

Um sinal claro de que quer todos os aliados unidos no segundo turno…

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Mas, afinal, o que é o consórcio de candidatos de Flávio Dino?!?

Embora o grupo do governador tente negar campanha coordenada para evitar a vitória da oposição nas eleições de novembro – prática criada por eles mesmos a partir de 2012 – a própria lista de candidatos mostra que há, sim, uma relação, ainda que tácita, entre os diversos nomes da base

 

Flávio Dino com três dos candidatos de sua base; há outros que gostariam de estar nessa imagem; e ainda outros que preferem pagar de “independentes

O deputado estadual Wellington do Curso, que disputa as eleições pelo PSDB, voltou a tratar, nesta terça-feira, 28, do tal “consórcio de candidatos da base do governo Flávio Dino” para impedir a vitória da oposição em São Luís. 

Wellington tem legitimidade para falar do assunto por que sofreu com este consórcio também nas eleições de 2016. (Releia aqui, aqui e aqui)

Mas, afinal, o que é o tal consórcio de candidatos de Flávio Dino?!?

O blog Marco Aurélio D’Eça já tratou do assunto, no início de julho, no post “Como é e como funciona o consórcio de candidatos de Flávio Dino…”

Dos 13 pré-candidatos já postos na disputa na capital maranhense, pelo menos oito têm algum tipo de relação política, empresarial ou empregatícia com o governo comunista. 

Podem ser incluídos perfeitamente nesta lista os pré-candidatos Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Duarte Júnior (republicanos), Neto Evangelista (DEM), Bira do Pindaré (PSB), Carlos Madeira (Solidariedade), Dr. Yglésio (Pros), Jeisael Marx (Rede) e Detinha (PL).

Cada um cumpre função específica, alguns com maior ou menor grau de relação com governo e também de importância, diante das chances que apresentam na disputa.

Neste organograma tácito, Rubens Júnior, Duarte Júnior, Carlos Madeira e Neto evangelista – não necessariamente nesta ordem – são os que detém as maiores expectativas do governo de um segundo turno com Eduardo Braide (Podemos).

E a candidatura de Wellington incomoda tanto este consórcio exatamente por que o tucano está no meio deles, como risco de tirá-los da disputa com Braide.

Bira do Pindaré e Carlos Madeira correm por fora, reunindo apoios significativos na base do governo, mas se mantendo distante do grupo principal.

Dr. Yglésio, Detinha e Jeisael Marx estão na disputa com postura mais independente, mas n~]ao deixam de ter suas ligações com o Palácio os Leões.

Ednaldo Neves foi o primeiro “laranja” dos consórcios de Flávio Dino; e obteve grande ascensão na burocracia do grupo pelas missões cumpridas na campanha de 2012

Na semana passada, diante das evidências de uma coordenação “icloud” entre as várias candidaturas governistas, o presidente do PCdoB, Márcio Jerry, que acaba de assumir o comando da campanha de Rubens Júnior, veio a público para negar, mais uma vez, a existência do consórcio.

Mas suas declarações apenas reforçaram a ideia de “pelotões amigos” nos diversos grupamentos palacianos.

– O fato de ter vários candidatos de partidos que integram a base do governador Flávio Dino só confirma o quanto ele vem oxigenando e renovando a política em nossa capital. Sem coronelismo, oportunidades democráticas para todos – ponderou o comunista.

A ideia de consórcio de candidatos surgiu exatamente com a ascensão política de Flávio Dino e seu grupo.

E já vem desde as eleições municipais de 2012, quando surgiram as primeiras candidaturas agrupadas em um mesmo objetivo, coordenadas pelo próprio Márcio Jerry – incluindo o papel do laranja. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

De lá para cá, a  fórmula vem apenas sendo aperfeiçoada.

Mas parece dar sinais de esgotamento em 2020…

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Como é e como funciona o consórcio de candidatos de Flávio Dino…

Por mais que o governador e os próprios postulantes neguem, a movimentação de secretários e de aliados em torno de várias candidaturas indica que há, sim, uma lista de nomes do Palácio dos Leões com projetos e missões específicas nas eleições da capital maranhense

 

Três dos candidatos do consórcio dinista: Neto Evangelista, Rubens Júnior e Duarte Júnior; a missão de todos é impedir a vitória de Eduardo Braide

O que têm em comum os pré-candidatos a prefeito de São Luís Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Duarte Júnior (Republicanos), Carlos Madeira (Solidariedade), Neto Evangelista (DEM), Bira do Pindaré (PSB), Dr. Yglésio (Pros) e Jeisael Marx (Rede)?!?

Resposta: todos eles são ligados ao governador Flávio Dino (PCdoB); e, de uma forma ou de outra, recebem apoios ou estímulos do Palácio dos Leões e de auxiliares do governo.

É, portanto, um consórcio de candidatos estimulado pela base governista, embora os próprios candidatos detestem esta definição.

Há um grau de importância dentro do consórcio – exatamente na ordem descrita acima – e uma espécie de missão tácita determinada a cada um dos candidatos, de acordo com sua importância dentro do grupo.

Pereira Júnior, Duarte Júnior e Madeira, por exemplo, são os escolhidos pelo Palácio como preferidos para um eventual segundo turno.

Neste grupo entra também Neto Evangelista, que é o preferido de um subgrupo governista, liderado pelo senador Weverton Rocha (PDT); e, mais atrás, Bira do Pindaré, que, embora desgastado com Flávio Dino, ainda tem simpatizantes e aliados na base, a ponto de lutarem por apoios ao seu projeto.

Dr. Yglésio e Jeisael Marx são os chamados pontas-de-lança, aqueles que cumprirão missões específicas durante do pleito, embora tenham liberdade para tentar viabilizar seus próprios projetos.

Oura característica do consórcio de candidatos de Flávio Dino é a proteção à gestão de Edivaldo Júnior (PDT).

Durante a campanha, o eleitor dificilmente verá deste grupo ataques ao prefeito, salvo interesses próprios de um ou de outro no decorrer do processo.

E assim funciona, tacitamente, o consórcio de candidatos de Flávio Dino, com cada qual no seu quadrado e todos por um objetivo comum: evitar a vitória do deputado federal Eduardo Braide (Podemos) e a ascensão da oposição na capital.

Assim será na campanha…

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Márcio Jerry diz que não incluiu Wellington por respeito à sua “independência política”…

O já folclórico “pool de candidatos” do Palácio dos Leões a prefeito de São Luís, criado hoje pelo secretário de Articulação política, tem Edivaldo Júnior, Eliziane Gama, Bira do Pindaré e Eduardo Braide

 

O novo twitter de Márcio jerry: emenda pior que o soneto

O novo twitter de Márcio jerry: emenda pior que o soneto

Após fortes críticas da blogosfera política, o secretário de Articulação Política e presidente regional do PCdoB, jornalista Márcio Jerry, explicou na noite desta segunda-feira, 11, por que não incluiu o deputado Wellington do Curso (PP), entre os candidatos do Palácio dos Leões nas eleições de São Luís.

– Não citei o deputado Wellington em respeito à posição dele, de independência política. Apóia o governo na Alema, mas sempre  crise postura independente – explicou Jerry, por meio de sua conta na rede social Twitter.

Pela manhã, em meio à repercussão das notícias de que parte do PCdoB  não se alinhava ao projeto de candidatura do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), Márcio Jerry foi ao Twitter para dizer que o Palácio dos Leões tinha, além de Holandinha, também os deputados Bira do Pindaré e Eliziane Gama como pré-candidatos a prefeito.

A revelação gerou ainda mas críticas – sobretudo pelo fato de ele não haver citado os também deputados Eduardo Braide (PMN) e Wellington do Curso.

No meio tarde, em uma espécie de correção ao que escrevera anteriormente, Jerry incluiu também o nome de Eduardo Braide, mas continuou a ignorar Wellington, justificando agora à noite seu posicionamento.

Wellington: meu palácio são as ruas..

Wellington: meu palácio são as ruas..

Mas o próprio Wellington do Curso já havia desqualificado as revelações de Márcio Jerry.

Meu palácio é o povo, meu palácio são as ruas. Eu sigo trabalhando e em silêncio – declarou parlamentar, ao blog de Gilberto Léda.

E assim se deu o primeiro dia do “consórcio de candidatos” criados por Flávio Dino…