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Após abertura de bares, números da coVID-19 voltam a crescer em SLZ

Alerta é do epidemiologista Antônio Augusto Moura Silva, que aponta crescimento nos novos casos registrados na Região Metropolitana da capital, após quatro semanas de queda; taxa de transmissão também aumentou

 

Os gráficos do epidemiologista Moura da Silva mostram o crescimento de casos de coVID-19 na região metropolitana (imagem: blog do Gilberto Léda)

O número de casos de coVID-19 na região metropolitana de São Luís votou a crescer pela segunda semana consecutiva, após registrar queda no final de junho.

O alerta foi dado nesta quinta-feira, 9, pelo epidemiologista Antonio Augusto Moura Silva, que mostra também aumento do índice de contágio, agora acima de 1 por pessoa infectada.

O aumento no número de infectados em São Luís começou exatamente após liberação de funcionamento de bares e restaurantes, a partir do sábado, 27 de junho.

Desde então têm-se registrado aglomerações e festas em toda São Luís, principalmente a partir das quintas-feiras, quando começa o fim de semana.

O médico Antônio Augusto Moura Silva é professor-doutor titular do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), e professor de Epidemiologia do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Ufma.

O alerta o encaminhado também para os diretores da Secretaria de Estado da Saúde…

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Com quase mil casos por dia, Maranhão se aproxima de pico previsto para junho

Último boletim da Secretaria de Saúde – que nem inclui alguns municípios – registrou 944 novos casos da doença, número aproximado aos 1,5 mil que pesquisa da UFMG estimou para só daqui a 15 dias, em 5 de junho

 

O Estudo da UFMG previu o aumento de casos no Maranhão, o que tem ocorrido mesmo depois do lockdown e do rodízio de veículos; e agora o governo decide afrouxar o isolamento

No dia 5 de maio, o blog Marco Aurélio D’Eça publicou resumo de pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais`(UFMG) apontando a evolução da pandemia de coronavírus no Maranhão.

Naquela época, de acordo com o estudo, o Maranhão atingiria a casa dos 700 casos por dia a partir do dia 8 de maio, uma sexta-feira.

Naquela mesma sexta-feira, 8, o boletim da Secretaria de Saúde registrou 856 casos, confirmando a linha evolutiva da UFMG. (Relembre aqui)

Além do número total de casos naquela época, o documento da UFMG afirmava que o pico da doença no Maranhão se daria no dia 5 de junho, com algo em torno de 1,5 mil casos por dia.

Pois bem, o último boletim da SES, divulgado nesta quarta-feira, 20, apontou 944 novos casos da coVID-19 em todo o estado.

É preciso lembrar que, entre a divulgação do estudo e este boletim com quase mil casos de coVID-19, o governo impôs um arremedo de lockdown e um pseudo-rodízio de carros sem que tenha conseguido mudar a curva de contaminação.  

Faltam cerca de 15 dias para o dia 5 de junho e o governo Flávio Dino já decidiu afrouxar as regras do isolamento.

É preciso lembrar também que a SES voltou a atrasar a divulgação dos dados de vários municípios, conforme este blog divulgou no post “Dados divergentes no Maranhão continuam dificultando ações contra a coVID-19…”

Tudo isso junto pode levar o pico a ser antecipado…

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Hospitais e empresas travam batalha de bastidores por lockdown…

Unidades de Saúde privadas querem o bloqueio geral das atividades no Maranhão para evitar o colapso no atendimento das vítimas da CoVID-19, mas o fechamento do comércio é questionado por supermercados e empresas que se declaram essenciais

 

Flávio Dino ainda estuda como decretar o lockdown sem se desgastar com a população e, sobretudo, com empresários de diversos setores da sociedade

A decisão de decretar o fechamento total das atividades comerciais no Maranhão e a proibição da circulação de pessoas – conhecido internacionalmente por lockdown – virou uma guerra de bastidores no governo Flávio Dino (PCdoB).

A decisão do bloqueio geral cabe ao próprio Flávio Dino, mas empresas de saúde e do comércio fazem pressão contra e a favor da medida, apresentando argumentos de lado a lado a secretários e assessores afins do governo.

O maior hospital particular do Maranhão, o São Domingos, encaminhou nota à Secretaria de Saúde pedindo a decretação do lockdown.

Alegando estar no limite da ocupação dos leitos, o HSD justifica a medida extrema como forma de evitar mais contaminação.

– Em razão disso, esse nosocômio sugere ao Governo do Estado do Maranhão a adoção de protocolos de emergência mais restritivos, como por exemplo o ‘lockdown‘ (bloqueio total de circulação de pessoas) – diz documento do hospital protocolado na SES. 

O documento do Hospital São Domingos: lockdown para evitar colapso do atendimento de outros doentes na unidade particular de saúde

O blog Marco Aurélio D’Eça apurou que empresas do setor supermercadista – encabeçadas pelo Grupo Mateus – e segmentos da construção e da indústria, também já encaminharam ofícios e expedientes à Secretaria de Indústria e Comércio e à Secretaria de Fazenda, fazendo pressão contra o lockdown.

O argumento principal é a queda na arrecadação de impostos e a inviabilidade da vida familiar com a falta de alimentos nas casas.

– A população vende o almoço para tentar a janta e você quer que morram de fome?!? Os Ricos e funcionários públicos podem se abastecer por um mês! E os pobres que são maioria nesse estado do pior IDH do Brasil? – reclamou um dos empresários, em conversa dura com o titular deste blog, que apoia o lockdown.

As mesmas conversas, segundo apurou o blog, foram tidas com auxiliares de Flávio Dino e com o próprio governador.

 

O duro ataque do homem que se disse empresário ao titular do blog; revolta com ameaça de fechamento de todas as atividades

Para decretar o bloqueio geral, Flávio Dino analisa a eficácia da medida, diante da dificuldade de fiscalização do seu cumprimento. (Entenda aqui)

A decisão pode sair até o próximo final de semana, quando encerra a validade de alguns dos decretos governamentais…

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Dr. Gutemberg Araújo recebe denúncia de contaminação do lençol freático de São Luís…

Problema atinge, sobretudo, os residenciais Luis Bacelar e Gapara, na Zona Rural da capital maranhense; parlamentar pedirá análise da Caema nas amostras entregue pelos moradores

 

Primeiro  parlamentar a discursar na plenária, abrindo os trabalhos da Câmara Municipal de São Luís, o vereador Dr. Gutemberg Araújo começa o ano destacando a  denúncia que recebeu de moradores sobre a contaminação do lençol freático, localizado no Residencial Luis Bacelar e Gapara, zona rural de São Luís.

Segundo o vereador, moradores da região levaram uma amostra contaminada daquela água para ele.

“Fui procurado por moradores daquela região. Eles trouxeram uma amostra da água  que mais parece petróleo, de tão suja que estava. Também tive o cuidado de ir checar, pessoalmente, essa denúncia. E o que vi foi uma água suja e com mau cheiro, imprópria para qualquer tipo de consumo. Vou preparar um documento à CAEMA, solicitando a real situação daquela água. Também vou pedir laudos técnicos  à Universidade Federal e Universidade Estadual do Maranhão. Estou pedindo apoio de todos os vereadores dessa casa, para juntos evitarmos uma tragédia humana e ambiental”, afirma Dr. Gutemberg Araújo.

Na oportunidade, o vereador Dr. Gutemberg ainda informou que pediu monção de aplausos para os  sete bombeiros do Maranhão, que foram auxiliar no trabalho de resgate às vítimas de Brumadinho, em Minas Gerais, e ao Governador Flávio Dino pela solidariedade e autorização do envio dos militares.  

“Também peço que essas monção de aplausos sejam estendidas a todos que perderam seu entes queridos e aos voluntários, inclusive aos profissionais de Israel, que estão auxiliando a população de Brumadinho”, destaca o vereador.

Para encerrar, Dr. Gutemberg reafirmou seu compromisso com a população.

“Como vereador de São Luís, reafirmo toda a minha força, energia e dedicação para que o nosso povo tenha uma vida melhor e que nossa cidade seja mais justa e muito mais feliz. Desejo um 2019 produtivo para todos nós”, disse Dr. Gutemberg Araújo.

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Paciente levado pela prefeitura contamina UTI do Juvêncio Matos…

Um recém-nascido com varicela neonatal encaminhado irregularmente pela Prefeitura de São Luís teria contaminado a UTI do Hospital Juvêncio Matos, acredita o secretário de Saúde, Ricardo Murad.

Em nota, o secretário informa que, por causa da contaminação, a UTI terá que ser fechada até segunda-feira..

De acordo com a nota, o recém-nascido foi encaminhado pelo Hospital da Criança, administrado pela prefeitura. Apresentava quadro de varicela neonatal associada a outras doenças altamente contagiosas.

O protocolo de encaminhamento para casos deste tipo não foi seguido pelo hospital municipal.

Ricardo Murad determinou abertura de sindicância para apurar o caso e afastou os funcionários envolvidos.

Abaixo, a íntegra da nota;

NOTA OFICIAL – SES

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que a UTI do Hospital Infantil Juvêncio Matos ficará interditada até a segunda-feira (31 de outubro) por ter sido contaminada, em função da internação indevida de um paciente recém-nascido, encaminhado irregularmente pelo Hospital da Criança, da Prefeitura de São Luís, às 02h20 (madrugada) do dia 25 de outubro de 2011, apresentando um quadro de varicela neonatal infectada, associado a estafilocóccia, pneumonia, septicemia, fasceite necrotizante em coxa direita e insuficiência respiratória aguda.

A SES esclarece que a internação não atendeu aos protocolos exigidos para esse tipo de encaminhamento. O recém-nascido foi encaminhado sem que a Central de Regulação da Prefeitura de São luís solicitasse o leito à Central de Regulação da Secretaria de Saúde do Estado, de acordo com as normas estabelecidas para esse tipo de ocorrência.

Diante da gravidade do caso, imediatamente todos os pacientes internados na UTI receberam profilaxia com imunoglobulina anti-varicela, conforme protocolos de infectologia pediátrica. Todas as medidas de isolamento foram prontamente estabelecidas.

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, determinou de imediato o afastamento dos funcionários envolvidos no caso e a abertura de sindicância para apurar as responsabilidades e falhas no sistema de regulação.
 
São Luís, 27 de outubro de 2011 .
 
Ricardo Murad
Secretário de Estado da Saúde.