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Em sabatina do Imirante, Brandão mostra preconceito contra quilombolas

Ao responder pergunta sobre políticas públicas para as comunidades negras do interior, governador-tampão mostrou não ter noção de como tratar as questões raciais e étnicas, fruto de despreparo, da desinformação cultural e do racismo estrutural ainda incrustrado nas camadas mais elitistas da sociedade

 

Entrevista expõe preconceito, falta de informação e desconhecimento cultural de Carlos Brandão

Análise da notícia

O governador-tampão Carlos Brandão (PSB) expôs claro preconceito contra as comunidades quilombolas do interior maranhense em sabatina do portal imirante.com, nesta segunda-feira, 15.

Embora sua fala pareça mais fruto do despreparo e da falta de informação cultural, resultantes do racismo estrutural do país, Brandão reproduziu preconceito na fala sobre as comunidades negras.

– A gente tem que conviver com eles. São seres humanos iguais a gente – respondeu Brandão, na mesma sequência de uma tentativa de mostrar as ações do governo, diante de pergunta do jornalista Linhares Júnior. (Veja vídeo acima)

A expressão preconceituosa “a gente tem que conviver com eles” estabelece obrigação, tipo: “não tem o que fazer”; essa expressão sai quase automática nos setores da sociedades que não têm preocupação com as questões raciais, sociais, ideológicas e religiosas, como Brandão demonstrou não ter.

A outra expressão – “são seres humanos iguais a gente” – é ainda mais grave, por que denota a ideia de que ainda pode-se discutir possibilidade de que os negros não sejam humanos. Racismo puro.

Banner da fala de Brandão, que ganhou as redes sociais de internet nesta segunda-feira, após sua entrevista no imirante.com

Filho de coronéis e latifundiários de Colinas, Brandão nunca se preocupou em debater mais profundamente as questões de terras, reforma agrária, comunidades quilombolas e indígenas; nem mesmo quando foi deputado federal.

Sem este preparo necessário, acaba se perdendo em entrevistas como esta, em que assuntos complexos vêm à tona de maneira natural.

Na entrevista ao Imirante, o governador-tampão nem tomou posição ideológica contra ou a favor das comunidades quilombolas; apenas reproduziu o pensamento racista e preconceituoso incrustrado nos setores mais elitizados da sociedade maranhense.

Mais ainda há tempo de se preparar para assuntos como este, governador…

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Weverton leva benefícios para Colinas e incomoda família Barroso, aliada de Brandão

Irmão do deputado federal Márcio Jerry, que é do município, tentou diminuir a ida do senador ao Ministério da Educação em busca de recursos para o IFMA; curiosamente, não se tem informação sobre ação de Jerry Barroso com mesmo tema

 

Ao lado do colega Marcos Rogério, Weverton foi ao MEC em busca de recursos para Colinas, o que incomodou aliados de Brandão

As ações do senador Weverton Rocha (PDT), em Brasília, em busca de benefícios para os municípios maranhenses, tem incomodado cada vez mais as famílias empoderadas no interior do Maranhão.

Nesta quarta-feira, 18, Weverton esteve com o colega senador Marcos Rogério no Ministério da Educação; e conseguiu a garantia de recursos para o IFMA de Colinas.

Quando é para trabalhar pelo povo, temos de deixar diferenças políticas de lado! Trouxe aqui em Brasília a demanda de inauguração do centro avançado do IFMA em Colinas. A boa política é assim! Com diálogo, trabalhando pelo povo! – afirmou Weverton por meio de suas redes sociais.

Colinas é a terra do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) e do deputado federal Márcio Jerry (PCdoB).

E não é que o irmão de Márcio Jerry, Samuel Barroso, ligado ao próprio IFMA, tentou questionar a ação do senador em favor de Colinas?

Antes adversário de Brandão, Samuel Barroso (à esquerda) virou tropa de choque do governador-tampão

Barroso foi às redes sociais para diminuir o trabalho de Weverton.

O que ele está fazendo aí toda a bancada do Maranhão já fez. Tem documento assinado por toda a bancada em audiência com o ministro da Educação. Querer agora ter méritos por isso é por que estamos no período eleitoral – esbravejou Samuel Barroso, em resposta a uma internauta que comemorou a boa notícia.

Seria bom Márcio Jerry publicar sua movimentação em favor do IFMA de Colinas.

Assim, mostrará que o irmão não está apenas com dor de cotovelo…

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“Figuras carimbadas tiveram sua chance e não disseram a que vieram”, diz Fábio Câmara sobre imagem do governo Brandão

17Ex-vereador analisou foto em que o governador-tampão aparece ao lado de José Reinaldo Tavares, Luís Fernando Silva e Sebastião Madeira e aponta que o Maranhão está dando todos os sinais de que caminha para trás

 

 

A icônica imagem da “cara do governo Brandão”: figuras das velhas elites políticas que já tiveram suas chances e fracassaram

É intensa a repercussão em todo o Maranhão da foto em que o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) aparece ao lado do ex-governador José Reinaldo Tavares e dos ex-prefeitos Sebastião Madeira e Luís Fernando Silva.

Divulgada em primeira mão no blog Marco Aurélio D’Eça, no post “A ultrapassada cara do governo Brandão”, a foto mereceu análise do próprio senador  Weverton Rocha (PDT), candidato ao governo.

– Em dezembro, Flávio Dino anunciou Brandão como seu candidato a governador. A foto atual mostra que essa escolha se distanciou da nossa luta por encontrar novas soluções para velhos problemas – disse Weverton, em suas redes sociais.

Analisando a imagem a partir do comentário do senador, o ex-vereador e ex-candidato a prefeito de São Luís, Fábio Câmara, também criticou a aliança do governo com antigas elites políticas.

– Pessoas-problema estão sendo ressuscitadas como se soluções fossem. E não se trata de choque ou conflito de gerações; trata-se do argumento factual de que essas figurinhas carimbadas tiveram suas chances e não disseram a que vieram – afirmou o ex-vereador.

Para Fábio Câmara, Brandão está dando todos os sinais de que caminha para trás.

– E arrastará consigo o ultrapassado para cima e o Maranhão ainda mais para baixo – provocou.

A foto é uma das mais acessadas em todas as redes sociais…

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De como Flávio Dino se afastou da nova geração de políticos para ressuscitar as velhas elites tradicionais

Eleito em 2014 com uma forte base de jovens lideranças, o ex-governador – que prometeu modernizar o Maranhão e tirar seu povo da pobreza – foi, aos poucos se aproximando de velhas práticas, até entregar o governo a Carlos Brandão, que trouxe figuras já ultrapassadas de volta ao poder

 

Ao se eleger em 2014, Flávio Dino abriu espaços para a renovação da política maranhense, que ele mesmo agora tenta frear com a ressurreição de velhas elites políticas

Análise de conjuntura

O blog Marco Aurélio D’Eça já escreveu sobre o legado político do ex-governador Flávio Dino (PSB) que nem ele próprio soube reconhecer.

Esta análise está no post de fevereiro de 2022 intitulado “Eleições devem consolidar transição de gerações no poder no Maranhão”.

O atual momento político do Maranhão, no entanto, mostra que Dino preferiu obscurecer esse legado em troca da promoção pessoal; e para isso, precisou trazer de volta à cena, as velhas elites tradicionais da política maranhense, representadas pelo seu sucessor, o tampão Carlos Brandão (PSB).

Ao se eleger em 2014, Dino abriu espaço para um grupo de jovens políticos prontos para renovar o poder no estado.

Não há dúvidas de que, só a partir de sua vitória, nomes como Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (Cidadania), Edivaldo Júnior (PSD), Eduardo Braide (Sem partido), Duarte Junior (PSB) e tantas outras lideranças na casa dos 30, 40 anos, puderam sonhar com espaços de poder no Maranhão.

Esta história foi contada nos posts “Um ponto para Flávio Dino…”, de março de 2018, e em “O Maranhão das castas políticas”, de de fevereiro deste ano.

Mas o que levou Flávio Dino a se afastar de seu projeto inicial e se aproximar das velhas elites tradicionais que já estavam aposentadas?

A única explicação é a vaidade pessoal.

O ex-governador vive um sonho quase patológico de ser no Maranhão a nova versão do que foi o ex-presidente José Sarney (MDB), em todos os aspectos da vida, política, intelectual, pessoal; e para ser um novo Sarney, ele precisa ter o poder no estado por, pelo menos, 20 anos.

O blog Marco Aurélio D’Eça já havia revelado esta intenção em 2014, no post “O projeto de 20 anos de Holandinha e Flávio Dino…”

Foi a partir desta percepção que o ex-governador passou a se aproximar dos antigos adversários, sobretudo a partir de 2018; só que, àquelas alturas, Edivaldo já estava reeleito prefeito de São Luís, Eduardo Braide surgia como nova opção na capital maranhense e Weverton e Eliziane haviam chegado ao Senado, numa inédita vitória dos filhos do povo contra as elites tradicionais.

Aliás, esta vitória de Weverton e Eliziane fora analisada também no blog Marco Aurélio D’Eça, no post “confronto de gerações nas eleições maranhenses”.

Weverton e Eliziane são símbolos maior da renovação promovida a partir de Flávio Dino: ambos filhos do povo, se elegeram senador contra as velhas elites tradicionais

Para evitar dividir poder com esta turma nova, cheia de gás e com estrada aberta para décadas de embates políticos, só restava ao governador comunista apostar no seu vice, Carlos Brandão (PSB), último representante das velhas oligarquias e do coronelismo maranhenses.

Com Brandão, Dino sabe que tem espaço para retornar ao poder; e a junção com as velhas elites, hoje encasteladas no Palácio dos Leões – mas sem perspectivas futuras – ele pode recriar o caminho de volta em curto prazo.

O ex-governador só não esperava que o próprio povo maranhense – aquele mesmo que o elegeu tentando se livrar das velhas elites – também apostava na renovação de poder.

E essa sede de renovação fez surgir, além de Braide, Eliziane, Edivaldo e Weverton – também outras figuras, como Dr. Lahésio (PSC), por exemplo.

E agora é Flávio Dino quem precisa escolher de que lado quer ficar: ele pode passar para a história como o líder que renovou a política e o poder no Maranhão ou como aquele que ressuscitou as velhas elites tradicionais maranhenses.

A escolha é do próprio Dino…

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Após entrevistas desastradas, Zé Reinaldo submerge no debate de 2022

Chamado por Flávio Dino – a pedido do vice-governador Carlos Brandão – para tentar unir a base governista, o ex-governador provocou ainda mais cisão entre os  partidos, com seu discurso coronelista e desagregador – do tipo “quero, posso e mando” – já ultrapassado na política maranhense

 

Ele veio, falou, não agradou e já está voltando; José Reinaldo submergiu após pregar a Dino o “eu quero, eu posso, eu mando”

Esquecido em um canto da história maranhense desde 2018, quando foi rejeitado por Flávio Dino (PCdoB) em seu projeto de ser senador, o ex-governador José Reinaldo Tavares foi “ressuscitado” em abril, a pedido do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), seu eterno chefe de gabinete.

O objetivo era usar o ex-governador para tentar unificar os partidos da base do governo Flávio Dino em torno do nome do próprio Brandão.

Foi um desastre.

Político de uma era em que o autoritarismo dominava o cenário – na base do “eu quero, eu posso, eu mando” – Zé Reinaldo tentou resgatar capítulos já esquecidos da política, ao pregar a imposição pura e simples da candidatura de Brandão; na marra.

O discurso de usar a força do Palácio dos Leões como ameaça aos próprios aliados afastou ainda mais os jovens líderes partidários do projeto de Brandão; e inviabilizou a reunião que Flávio Dino teria com os presidentes de partido no final de maio.

Desde então, o ex-governador parece ter sido aconselhado a calar a boca e readequar seus pensamentos à nova realidade política maranhense.

Mas ele está fora de tempo e de espaço no contexto.

Do alto de seus 82 anos, José Reinaldo é de uma outra época política, em que governadores e prefeitos eram escolhidos em gabinetes e “lideranças” criadas artificialmente eram empurradas ao povo, que se limitava a votar, acossado pela necessidade usada pelo Palácio dos Leões.

Curiosamente, o próprio Zé Reinaldo contribuiu com o fim dessa época, ao patrocinar a ascensão de Flávio Dino;  e o primeiro discurso do governador comunista foi a garantia de que “os leões do Palácio nunca mais iriam rugir contra o seu povo”.

Passados 15 anos da chegada de Dino ao poder, Zé Reinaldo parece ter esquecido que os tempos mudaram, tentando fazer o que fazia no trono do palácio junto com seu chefe de gabinete.

A reação das lideranças do grupo – todas jovens, algumas com idade para ser bisnetos de Tavares – levou Dino a já admitir a possibilidade de palanques múltiplos em sua base de apoio.

Amordaçado pela própria verborragia, José Reinaldo deve se limitar agora a traçar estratégias para seu eterno chefe de gabinete.

Com o risco de que o estrago já esteja feito…

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Simplício vê “esquemas desgastados do interior” rondando São Luís

Presidente do Solidariedade – que tem o ex-juiz Carlos Madeira como candidato a prefeito – alerta população para evitar o “jogo sujo de alguns grupos políticos entrem na eleição da capital maranhense

 

Madeira é o candidato de Simplício, que alerta para chegada de “esquemas desgastados do interior em São Luís”

O presidente do Solidariedade no Maranhão, secretário Simplício Araújo, demonstrou preocupação com os rumos do processo eleitoral de São Luís e afirmou que esquemas desgastados em prefeituras do interior do estado podem acabar sendo replicados na capital.

– São Luís precisa urgentemente despertar para o jogo sujo que envolve alguns grupos políticos, porque se [a cidade] não entrar na Eleição, a velha política vencerá – disse o presidente, ao afirmar que várias correntes políticas querem usar modelos ultrapassados para chegar à prefeitura da capital maranhense.

Para Simplício Araújo, em tempos de pandemia do coronavírus, é necessário se pensar cada vez mais em políticas públicas relacionadas à área da saúde e, também, à questão da segurança, outro grande problema vivido no município.

– A capital do estado vive um momento delicado e repetir fórmulas que não atendem à necessidade do povo seria um erro. Este olhar de gestor é necessário para que São Luís consiga superar o abandono da rede municipal de saúde e repense formas de garantir que o cidadão ludovicense se sinta seguro – reforçou.

– Estamos buscando incentivar novas lideranças. É isso que o Maranhão precisa. É isso que São Luís precisa – afirmou Simplício.

– A pré-candidatura de Carlos Madeira traz maturidade para a discussão, possibilidade de uma visão de quem realmente conhece os gargalos que atrapalham a vida dos habitantes de São Luís de perto, porque viveu e venceu a maioria deles – acrescentou o Presidente Estadual do Solidariedade.