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Flávio Dino não tem o que oferecer a Dilma…

Em profunda crise de credibilidade e de apoio, presidente petista quer dos governadores que convençam suas bases no Congresso a garantir a governabilidade; mas o governador maranhense simplesmente não tem base no Congresso

 

Flávio Dino com pate da bancada maranhense: a rigor, ele "controla" dois ou três...

Flávio Dino com parte da bancada maranhense: a rigor, ele “controla” dois ou três…

A mídia alinhada ao governador Flávio Dino (PCdoB) tenta, desde ontem, criar a ideia de que ele é um dos artífices do movimento de governadores em favor da moribunda presidente Dilma Rousseff (PT).

Mas o governador do Maranhão está apenas a reboque. E Dino está a reboque por que nada tem a oferecer a Dilma.

A presidente quer dos governadores que convençam seus deputados e senadores a garantir a governabilidade no Congresso, votando o “Ajuste Fiscal” e evitando rachas partidários.

Mas Flávio Dino não tem base parlamentar alguma no Congresso.

A começar pelo Senado, nenhum dos três senadores segue a cartilha do governador comunista.

Os peemedebistas Edson Lobão e João Alberto já compõem a própria base de Dilma e seguem o PMDB, querendo Dino ou não. O socialista Roberto Rocha, por sua vez, tem relações umbilicais – e projeto de poder – com o colega Aécio Neves (PSDB-MG); e dificilmente seguirá orientações de Dino para defender a presidente.

Na Câmara, a rigor, “fecham” incondicionalmente com o governador maranhense apenas os deputados Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSB) e Weverton Rocha (PDT).

Ocorre que Weverton e Pereira Júnior já compõem a base e tendem a seguir o Planalto, independentemente da vontade de Dino. Eliziane e José Reinaldo, por outro lado, fazem oposição ao PT e a Dilma, queira ou não o comunista maranhense.

Outros deputados, como Zé Carlos (PT), André Fufuca (PEN), Juscelino Filho (PRP), João Castelo (PSDB), Waldir Maranhão (PP) e Júnior Marreca (PEN) – embora possam se alinhar ao governador – seguem posicionamento próprio na Câmara.

João Castelo, Andre Fufuca e Waldir Maranhão, por exemplo, têm pouca afinidade com o governo Dilma. Castelo, por razões óbvias e partidárias; Fufuca e Maranhão pela relação que têm hoje com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Por último, há os sarneysistas, ou independentes: Hildo Rocha (PMDB), Sarney Filho (PV), Pedro Fernandes (PTB), Alberto Filho (PMDB), João Marcelo Sousa (PMDB), Aluísio Mendes (PSDC) e Victor Mendes (PV).

Dificilmente algum deles seguirá qualquer orientação do governador maranhense.

Como se vê, Flávio Dino nada tem a oferecer a Dilma Rousseff para aplacar a crise no Congresso.

E se quiser vender um pacote – em troca de investimentos que salve ele próprio no estado – não terá como entregar a mercadoria…