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Assistência à saúde de diabéticos e hipertensos é debatida em audiência pública

A assistência à saúde de diabéticos e hipertensos no Maranhão foi o tema central da audiência pública realizada nesta terça-feira (30) na Assembleia Legislativa pela Frente Parlamentar em Defesa de Diabéticos e Hipertensos, coordenada pelo deputado César Pires. Um dos principais pontos debatidos foi o fechamento do Centro de Medicina Especializada em Hipertensão e Diabetes (Cemesp) e a fragilidade das ações de prevenção das duas enfermidades nas redes municipais de saúde.

A reunião contou com a participação dos deputados Zito Rolim, Helena Duailibe, Roberto Costa, Daniella Tema e Wellington do Curso, e também da secretária adjunta de Assistência à Saúde, Carmem Belfort; o juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas Martins; o presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMESERH), Rodrigo Lopes; e dos presidentes da Associação dos Diabéticos do Maranhão (ADIMA), Edilson Vanderley, e da Associação Maranhenses de Diabéticos Tipo 1 (AMAD1), Aila, e do médico endrocrinologista Fernando Neves.

Os representantes dos pacientes presentes na audiência relataram inúmeras dificuldades enfrentadas após a transferência do atendimento prestado no Cemesp para o Centro de Especialidades Pam Diamante. Segundo eles, há demora na marcação de consultas, na realização de exames e falta de material para curativos especializados, em decorrência da redução no número de profissionais que dão atendimento especificamente a hipertensos e diabéticos.

Em contraponto, a secretária Carmem Belfort afirmou que o atendimento foi até ampliado com a transferência para o PAM Diamante, e destacou que a falta da prevenção nas redes municipais acaba sobrecarregando a assistência na capital e na rede estadual de saúde.

“É preciso eleger prioridades e garantir que a assistência aos hipertensos e diabéticos tenha qualidade. Nós vamos continuar nessa luta, para buscar soluções que assegurem os direitos dos pacientes”, afirmou César Pires ao final do encontro.

Ele concluiu anunciando que a Frente Parlamentar fará visita para verificar in loco o atendimento no PAM Diamante, que vai propor uma reunião com os dirigentes da Secretaria Municipal de Saúde de São Luís e com a Federação dos Municípios do Maranhão (FAMEM) para cobrar mais investimentos na atenção básica.

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Gastão Vieira enquadra ministro da Educação na Câmara….

Além de questionar os métodos de Ricardo Vélez, parlamentar maranhense disse que todo o debate sobre a Educação no país pode ser feito a partir das publicações da própria Comissão da Casa

 

GASTÃO VIEIRA EXIBE PUBLICAÇÕES DA CÂMARA QUE ESTÃO SENDO USADAS, sem citação, pelo Ministério da Educação

O deputado federal Gastão Vieira (Pros) enquadrou nesta quarta-feira, 27,. o ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodrigues, durante audiência na Comissão da Educação da Câmara Federal.

Lembrando ter sido duas vezes presidente da comissão e conhecer os bastidores do MEC, Gastão advertiu que, antes de discutir o setor educacional no país, Vélez precisa dizer o que quer.

– O senhor falou em Alfabetização, não citou o trabalho, mas vou lhe mostrar aqui. É desta comissão, quando eu era presidente, em 2004. Se o senhor quer discutir Educação Infantil, está aqui o primeiro livro, feito nesta Casa, por esta comissão; quer discutir reforma educativa? Está aqui o segundo livro; quer discutir Ensino Médio Diversificado? Está aqui o terceiro livro; Ensino à distância? tá aqui o livro, todos produzidos aqui – citou Gastão Vieira, exibindo pelo menos 10 trabalhos feitos na comissão.

Gastão lembrou que nos documentos da equipe de Vélez – que o maranhense diz não conhecer, pela primeira vez, em 20 anos de atuação parlamentar – são usados trechos de todos estes estudos, sem citação de fonte.

E ironizou: – Se o senhor quer reforma, basta sentar e mandar seu secretário executar isto que está aqui nos relatórios. E até frases foram usadas nos documentos.

Ao encerrar, Gastão Vieira deu um recado ao ministro:

– É hora de trabalhar, ministro; o seu primeiro conflito ideológico está começando agora; muitos tiveram aqui com o pessoal da esquerda. mas vamos trabalhar, ministro.

Acesse aqui o vídeo da intervenção de Gastão

 

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Sem reformas ninguém vai conseguir governar, afirma Roberto Rocha

Em Entrevista ao Programa Ponto Final, na Mirante AM, nesta segunda (11), o senador Roberto Rocha (PSDB) falou, entre outros temas, sobre economia, Reforma da Previdência e a Corregedoria do Senado.  

Líder do PSDB no senado, o parlamentar maranhense foi forte articulador para a eleição do senador Davi Alcolumbre ( DEM-AP) à presidência do senado. Roberto Rocha também está à frente da Corregedoria do Senado e conduz as investigações acerca do processo eleitoral ocorrido no dia 02 de fevereiro.

“Foi uma eleição muito acirrada e cheia de polêmicas, com cenas lamentáveis que deixaram o senado ruim perante a opinião pública e que a população cobra uma resposta”, analisou o senador.

“As imagens já se encontram conosco em HD, são muitas horas de imagens. E a equipe do meu gabinete se debruçou no final de semana pra ver. Após checar essas imagens, voto a voto, nós vamos pegar o testemunho daqueles que participaram da mesa, sejam senadores ou servidores, para esclarecimento do caso. Penso que nós teremos que fazer uma investigação mais profunda em um ou dois votos”, informou.

Questionado sobre o posicionamento do seu partido diante do Governo Bolsonaro, Rocha afirmou com tranquilidade que não haverá dificuldades, considerando que a agenda prioritária da bancada tucana, no momento, é a mesma do atual governo.

“Temos uma agenda prioritária que é a agenda econômica. Precisamos destravar a economia, fazer o país retomar o crescimento econômico. Não há possibilidade de gerar emprego se a economia não crescer. Emprego é a maior obra social. Na medida em que você promove o desenvolvimento econômico, você, claro, gera emprego”, constatou o parlamentar.

O senador maranhense aponta, ainda, como mudança fundamental para a economia do País, as reformas que virão. No caso, a tributária e a da Previdência.

“Na hora em que o Brasil, ainda no primeiro semestre, se for possível, aprovar a Reforma da Previdência, esse país cresce mais ou menos o que vai crescer o mundo, em 2019: 3,5%. Isso significa que a arrecadação tributária cresce 10%, porque pra cada 1% de crescimento do PIB, cresce 3% a arrecadação tributária. Nós precisamos disso. Nós brasileiros.  Ninguém vai conseguir governar nada, daqui a mais quatro anos, se as reformas não forem feitas. Todo o dinheiro do Brasil vai ser pra pagar a previdência. E não haverá mais dinheiro sequer pra pagar folhas de funcionários”,  concluiu.

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Hildo Rocha apresenta projeto de lei que moderniza a legislação de saneamento ambiental

Em debate, na TV Câmara, sobre mudanças na legislação referente aos serviços de saneamento ambiental, o deputado federal Hildo Rocha foi enfático ao afirmar que “sem atualização da legislação não haverá melhorias nos serviços de saneamento ambiental”. Mediado pela apresentadora Vânia Alves, o debate teve a participação do deputado Afonso Florence (PT/BA).

Hildo Rocha foi presidente da Comissão Especial da Medida Provisória 844/2018, que reformula o Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil. O parlamentar tem demonstrado preocupação com as questões referentes ao setor, em especial, quanto ao que poderá acontecer se o parlamento brasileiro não promover uma reformulação na legislação pertinente ao tema.

“Se  não modernizarmos a legislação referente ao setor de saneamento ambiental, em poucos anos haverá um colapso no abastecimento de água, e sérios problemas decorrentes da precariedade da coleta e tratamento de resíduos domiciliares”, argumentou Hildo Rocha.

Nova proposta já tramita na Câmara Federal

Aprovada no ano passado, na Comissão Especial, a Medida Provisória 844/2018, que foi presidida pelo parlamentar maranhense, poderia representar um grande avanço. Entretanto, o dispositivo perdeu a eficácia no final de dezembro de 2018 por não ter sido votado no plenário da Câmara.

Preocupado com a situação, Hildo Rocha apresentou um Projeto de Lei com teor semelhante ao da MP 844 objetivando modernizar toda a área de saneamento no país.

“O modelo atual está esgotado. É preciso que sejam feitas mudanças na legislação a fim de que sejam criadas condições para atrair investimentos privados para o setor de saneamento – sem abandonar as metas de universalização e qualidade na prestação dos serviços, por isso apresentei um projeto de lei que poderá suprir a urgente necessidade de atualização da nossa legislação”, explicou Hildo Rocha.

Segurança jurídica

O deputado disse que é necessário permitir que empresas da iniciativa privada também possam fazer saneamento.

“O poder público não tem recurso suficientes para investir. Sem investimentos os serviços irão piorar. Então, é necessário atrair investimentos. Mas, para isso os investidores precisam ter a certeza de que irão atuar num ambiente propício para a realização das suas atividades, onde haja a necessária segurança jurídica pois só assim eles terão condições de ofertar serviços eficientes e, consequentemente, promover melhorias no setor”, destacou o parlamentar.

A preocupante realidade

Atualmente, 36% da população brasileira não tem água tratada; mais da metade da população não tem direito ao esgotamento sanitário, nas suas residências. Estimativas do Governo Federal, indicam que, para resolver as enormes carências no tratamento de água e esgoto são necessários recursos da ordem de R$ 300 a R$ 500 bilhões.

“Esses números mostram que algo tem que ser feito urgentemente. No meu entendimento, o ponto inicial dessa mudança é a modernização da nossa legislação. Sem isso a parcela mais pobre da população permanecerá desassistida, a situação irá se agravar. Portanto, o parlamento brasileiro não pode ficar alheio a esse debate” advertiu Hildo Rocha.

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Flávio Dino vai gastar R$ 25 milhões apenas com lanches no Palácio dos Leões…

Gasto consta de edital de licitação no valor global de R$ 46,6 milhões, aberto pelo comunista para contratação de alimentos para a despensa da sede do governo; garrafa de água mineral de 500 ml chega a custar mais de R$ 2,00

 

COMILÃO. Flávio Dino exibiu sobrepeso no debate da Mirante; mas com este tanto de lanche no Palácio não era para menos

O Edital de Licitação número 0047924/2018, publicado na sessão “Terceiros” do Diário Oficial do Estado, em 10 de julho de 2018, prevê o gasto de R$ 46,6 milhões para compra de produtos para a despensa do Palácio dos Leões.

Autorizada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) a contratação prevê gastos de R$ 25 milhões apenas na compra de lanches, cada um a R$ 30,00.

São mais de 1 milhão de lanches até o final do governo.

O que chama atenção no gasto com este tipo de coisa para o Palácio dos Leões é o fato de Flávio Dino ter criticado o governo anterior por contratar este mesmo tipo de serviço.

Na sua lista de compra para o Palácio dos Leões, Flávio Dino não fez questão de economizar.  Vai gastar, por exemplo, R$ 64,00 por cada unidade de quentinha.

PROVA CABAL. Documento da licitação publicado no blog de Filipe Mota. Contrato já em andamento

Segundo revelou o blog de Filipe Mota, umas das empresas participantes da licitação, Vitória Serviços Gerais e Empreendimentos LTDA., ainda tentou impugnar o certame, mas teve seu pedido indeferido em 23 de julho. (Leia aqui)

O edital do Palácio dos Leões é mantido em sigilo pelo governo comunista e não se tem acesso às informações no Portal da Transparência, o que torna difícil saber questões como a vencedora e a vigência.

No debate da TV Mirante, Flávio Dino mentiu quando questionado sobre os gastos pela ex-governadora Roseana Sarney.

– Trata-se de Ata de Registro de preço, com validade de cinco anos, que poderia ou não se tornar gasto efetivo” – afirmou Dino.

O D.O.E. desmente o comunista e prova que o gasto de R$ 46,6 milhões está em plena efetivação.

E talvez por tantos lanches o governador exibiu sobrepeso no programa da TV Mirante…

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O fator Maura Jorge…

Candidata do PSL surfa na onda de crescimento do candidato a presidente Jair Bolsonaro e tem perspectiva de crescimento até domingo, alcançando os dois dígitos  na votação do primeiro turno

 

A candidata do PSL, Maura Jorge, experimentou nos últimos dias uma sensação de crescimento no volume de sua campanha, nas ruas e nas redes sociais, sobretudo vinculada também ao crescimento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). E ela pode ser um fator fundamental para definir a ida da disputa no Maranhão para um segundo turno.

Principal adversária do governador Flávio Dino (PCdoB), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) polarizou a campanha contra o comunista durante todo o período eleitoral. E alcançou um patamar de votos que gira entre 35% e 40% das intenções de votos.

É um potencial gigantesco para uma disputa contra um governador que não tem a menor cerimônia em usar todos os instrumentos à disposição para se manter no poder, inclusive a própria máquina do governo.

Nesta reta final, no entanto, Roseana necessita do crescimento dos dois outros principais adversários de Flávio Dino – a própria Maura Jorge e o senador Roberto Rocha (PSDB).

Com a pouca movimentação eleitoral de Rocha – impactado também por um tratamento de saúde de um dos seus filhos, o que praticamente o tirou do dia dia da campanha – a expectativa se voltou para Maura Jorge, que tem sabido surfar na onda do bolsonarismo.

A pesquisa Real Time Big Data, divulgada ontem, mostra que Maura Jorge já registra até 8% dos votos válidos, dependendo do cenário. A esse percentual soma-se os votos de Roseana, Roberto Rocha, Odívio Netto (PSOL) e Ramon Zapatta (PSTU), o que torna o cenário das eleições maranhenses indefinido até domingo.

E até lá, o campo bolsonarista está aberto para o crescimento da candidata…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Fábio Macedo participa de Plenária sobre segurança Pública…

O deputado estadual é candidato a reeleição, Fábio Macedo, participou nesta quarta-feira (29), da plenária que discutiu a segurança  pública.

O evento, contou com a participação do Governador Flávio Dino e vários setores da sociedade para apontar melhorias que precisam ser feiras e os avanços na segurança do Maranhão. 

– Estou muito feliz e honrado com o carinho e o apoio que recebemos dos Agentes Penitenciários, durante a Plenária. Em nossa campanha, firmamos o compromisso de lutar por mais melhorias na segurança, e uma das nossas bandeiras é justamente a valorização desses agentes que realizam uma tarefa tão importante dentro dos presídios. Hoje temos como uma das nossas maiores lideranças, o professor Cavalcante, que é o Diretor Geral da Academia de Administração Penitenciária, o que reforça mais o nosso compromisso com a categoria – disse Fábio. 

O parlamentar ainda destacou os avanços promovidos por Flávio Dino na Segurança Pública. Foram nomeados 3.535 homens e mulheres entre policiais militares, civis e bombeiros para reforçar o sistema de segurança, assim como 8 mil promoções na carreira militar, melhoria dos salários, aquisição de novos equipamentos como armas, coletes e mais de mil viaturas para reforçar o trabalho policial nas ruas.

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Ausência de debates é principal empecilho para candidatura de Eduardo Braide…

Além de tempo suficiente na propaganda eleitoral, deputado precisa de um partido que garanta a chamada aos programas de TV durante o primeiro turno, nos quais sempre tem performance respeitável

 

Braide tem forte articulação com a Rede Sustentabilidade, mas carece de legenda que garanta tempo na TV e presença nos debates

O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) aparece sempre em terceiro lugar em qualquer pesquisa de intenção de votos para o Governo do Maranhão. Para qualquer candidato, essa posição seria suficiente para garantir sua presença na disputa.

Mas não é bem assim.

Sem um partido forte, sem coligação que sustente sua propaganda eleitoral no rádio e na televisão, Braide precisa ainda de uma legenda que tenha presença efetiva na Câmara Federal.

Só assim terá presença garantida nos debates com os candidatos em todas as emissoras de rádio e TV.

A Lei Eleitoral faculta às emissoras a estabelecer critérios para convidar candidatos aos seus programas de debates. Um deles é um percentual mínimo de intenção de votos nas pesquisas, definido pelas próprias empresas.

O outro é a presença nas coligações de partidos que tenham, pelo menos, cinco deputados federais, o que impede as emissoras de vetá-lo.

De acordo com as pesquisas já registradas na Justiça Eleitoral, Braide apresenta entre 5% e 8% das intenções de votos; se uma emissora decidir que apenas candidatos com dois dígitos podem participar, ele estaria fora.

Eduardo Braide negocia desde abril uma aliança com o PSC, que tem cerca de 10 deputados federais. Além disso, espera coligação com o PR, o que garantiria outros tanos deputados.

Só assim, ele teria a certeza de tempo na propaganda e presença nos debates.

Caso, contrário, dificilmente entrará na disputa…

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Eduardo Braide vence o debate da Mirante…

No PSC, Luana Costa encaminha aliança com Braide…

Eduardo Braide continua em silêncio…

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Júnior Verde conduz reunião para discutir Plano de Ação da Pesca e Aquicultura

O presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Pesca e Aquicultura do Maranhão, deputado Júnior Verde (PRB), presidiu e coordenou, na tarde desta terça-feira (29), na Sala das Comissões, mais uma reunião para debater a elaboração de um plano de ação para alavancar o desenvolvimento desse setor produtivo no Maranhão.

Foi a segunda reunião realizada, neste semestre, e a pauta de discussão foi a constituição de um grupo de trabalho, com a indicação de titular e suplente por parte dos segmentos de produtores, poder público, organizações não governamentais e iniciativa privada, direta e indiretamente vinculados à cadeia produtiva da pesca e aquicultura. E também consolidar a integração e parceria entre as instituições.

“Esta reunião é a concretização de um dos encaminhamentos decididos na primeira, qual seja, o da constituição de um grupo de trabalho para elaborar um plano de ação capaz de alavancar a cadeia produtiva da pesca e aquicultura em nosso estado”, esclareceu o parlamentar ao abrir a reunião.

Participaram representantes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima); Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Sempab); Secretaria de Estado de Indústria e Comércio; Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged); Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae);  Agência Estadual de Pesquisa, Agropecuária e Extensão Rural (Agerp); Universidade Estadual do Maranhão (Uema); Banco do Nordete (BN); Vyva Consulting – empresa de assessoria e consultoria técnica na área de piscicultura e aquicultura e, ainda, os produtores e psicicultores Flávio Teixeira e Júnior, respectivamente, de Igarapé do Meio e Bom Lugar.

Debate e propostas

Shielbert Santos, da Vyva Consulting, defendeu a instalação de uma Câmara Setorial da Pesca e Aquicultura. “A instalação da Câmara Setorial do Leite do Maranhão, tempos atrás, passou pelas mesmas dificuldades que estamos enfrentando para constituir a Câmara Setorial da Pesca e Aquicultura. Mas estamos avançando e acho que essa reunião, definitivamente, vai tornar realidade esse anseio de muitos gestores e produtores maranhenses”, assinalou.

O engenheiro de pesca da Sagrima, Hélio dos Santos, sugeriu que seja criada a Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura, alegando que fica mais difícil se elaborar e executar uma política pública para o setor quando faltam as condições mínimas como, por exemplo, autonomia financeira e de gestão. “Todas as vezes que vinculam o setor de Pesca e Aquicultura a outro órgão, temos um retrocesso nas ações de desenvolvimento dessa cadeia produtiva”, ressaltou.

O produtor e piscicultor Flávio Teixeira cobrou mais apoio por parte do poder público e a criação da Câmara Setorial. “Precisamos de incentivo por parte do governo. Estamos, por conta e risco, expandindo a piscicultura no Maranhão. A criação da Câmara Setorial é uma reivindicação dos piscicultores do Maranhão, deliberada em recente encontro realizado em Balsas”, acrescentou.

Avaliação

“A cada momento que a gente discute a cadeia, avançamos um pouco com as políticas públicas voltadas para o segmento. Acho que, hoje, demos o ponta pé para conduzir todo um trabalho no campo, que é planejar estrategicamente a cadeia. E o Sebrae está engajado e acompanhará esse trabalho junto às outras instituições e entidades. Precisamos direcionar a todos para um único propósito”, avaliou Larissa Leite, coordenadora de Agronegócios do Sebrae.

Para o deputado Júnior Verde, houve avanços nas discussões com o aprimoramento de algumas propostas. “Vamos realizar a oficina de elaboração do planejamento estratégico dessa cadeia produtiva e buscar, junto à Sema, a facilitação dos procedimentos para a concessão da outorga da água. Nós precisamos mostrar para o governo as necessidades do setor. Vamos, conjuntamente, formalizar um Termo de Cooperação Técnica para que, de fato, possamos chegar ao produtor e dizer que os órgãos, cada um, estão com suas competências bem definidas no sentido de alavancar essa cadeia produtiva”, salientou.

“Achei a reunião muito proveitosa. Daqui, acho que sairão muitas coisas boas para a piscicultura do Maranhão. Espero que as propostas apresentadas sejam concretizadas e que esse setor produtivo, que tem um imenso potencial, possa, finalmente, receber o apoio do Governo do Estado”, afirmou Flávio Teixeira.

Encaminhamentos

Dentre outros, foram aprovados os seguintes encaminhamentos: a) Propor a criação da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura; b) Fazer tratativas junto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), as quais viabilizem procedimentos de facilitação da outorga da água superficiais; c) Realizar uma oficina, coordenada pelo Sebrae, de elaboração do Planejamento Estratégico da Cadeia Produtiva da Pesca e Aquicultura do Maranhão; d) Elaborar um Termo de Cooperação Técnica entre todos os segmentos representados no Grupo de Trabalho para a execução de um Plano de Ação de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do Maranhão.

Da assessoria

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Projeto de carcinicultura em Santa Rita é reprovado em audiência realizada por César Pires

Em audiência pública proposta pelo deputado César Pires (PV), por meio da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa, a maioria dos participantes manifestou ser contra a implantação de um projeto de carcinicultura nos campos alagados do município de Santa Rita.

Do debate participaram vereadores, secretários municipais e estaduais, representantes do Ministério Público Estadual e da sociedade civil.

“Foi a audiência pública mais positiva de que eu já participei, ao longo de meu trabalho no parlamento. Dez dos 13 vereadores e todos os secretários estiveram presentes, assim como a promotora Karine Guará. As manifestações da população contra a venda dos nossos campos de Santa Rita também foram muito importantes”, avaliou César Pires.

Na opinião do deputado, os representantes da empresa Bomar fizeram explanações técnicas do projeto de carcinicultura, mas esqueceram de falar dos impactos ambientais e sociais do empreendimento, que atingirá as famílias que vivem da pesca e da criação de animais nos campos alagados.“Todas as consequências negativas de um projeto como esse passariam despercebidas se não houvesse essa audiência pública. É preciso preservar o nosso ecossistema e, também, cumprir o que diz a Constituição Federal. Vamos travar uma luta sem tréguas em defesa do campo e da população”, frisou César Pires.

Os representantes da Bomar relataram que pretendem implantar o projeto de carcinicultura em uma área de 4.100 hectares, com a instalação de 63 tanques de criação de camarão em 1.800 hectares, alcançando a construção de 1.680 viveiros de camarão e gerando de 300 a 600 vagas de emprego.

“Até agora, não foi emitida nenhuma licença. Estamos aguardando os estudos de impacto ambiental, de uso e ocupação de solo, além de outros documentos, para saber se o pedido será deferido ou não”, disse Diego Matos, secretário adjunto de Licenciamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente.

A promotora de Justiça Karine Guará Bruzaca destacou a importância do Ministério Público na audiência. “Essa é uma questão que está nos preocupando muito. O que depender do Ministério Público será feito. Já oficiamos diversos órgãos e estamos nos cercando de toda legalidade para garantir que tudo seja feito de forma adequada”, afirmou ela.

Preocupação

“Eu não poderia deixar de expressar minha preocupação, pois as pessoas serão prejudicadas com a implantação dessa empresa. Sei das consequências que isto trará para o povo de Santa Rita e região, pois os campos naturais são de suma importância para as famílias, que dependem deles para retirar seu sustento. Como filho de Santa Rita, eu e os vereadores não podemos permitir que a empresa se instale aqui, sem um estudo de impacto ambiental, sem prejuízos para as famílias”, acentuou o presidente da Câmara,  Fredilson Carvalho.

Os vereadores André, Jackson Fogoso, Reginaldo, Antônio Felipe, Evandro, Patrício, Jansen Mauro, Derreth, de Santa Rita, e o vereador Dair, de Anajatuba, também afirmaram que são contra a implantação do projeto.

Os diretores da Bomargarantiram ainda que a empresa vai qualificar os moradores da cidade para trabalhar no projeto. “A nossa intensão é ter uma relação harmoniosa com toda a comunidade de Santa Rita. Nossa empresa é idônea e cumprirá todas as normas ambientais, pois isso aqui é o futuro do Maranhão na aquicultura. A Bomar vai trazer futuro para o Maranhão, pois 98% da mão-de-obra será daqui. Vamos qualifica-los para trabalhar na nossa empresa. As portas estão abertas para esclarecer todas as dúvidas. Não temos nada para esconder. Os documentos são claros”, acentuou Gentil Linhares, diretor-presidente da empresa.

Posição contrária

A maioria dos participantes afirmou ser contrária à implantação do camaroeiro na região, porque desempregará famílias de mais de 40 povoados que dependem da pesca e da criação de animais para suas sobrevivências. Também afirmaram que, além de não terem sido comunicados previamente sobre o projeto, se a Bomar for instalada nos campos naturais, isto prejudicará, além de Santa Rita, as cidades de Bacabeira, Itapecuru-Mirim e Anajatuba, que também tiram do campo o alimento e fonte de renda para o sustento de suas famílias.

“A gente vive bem, pois moramos e nascemos aqui, criando os nossos animais para sobreviver. Até hoje, ninguém da empresa nos procurou para conversar.  Por isso, tememos com a chegada dessa empresa. Se tapar os igarapés, é o mesmo que nos colocar na rua, porque não temos do que sobreviver. A água represada vai tomar conta de tudo. Essa reunião é importante porque queremos que as autoridades tomem providências, pois não podemos ficar sem os nossos animais. Essa é nossa fonte de renda”,  afirmou o criador de peixe José de Ribamar Tores, que mora no povoado Mata dos Pires há mais de 60 anos.

O agente comunitário de Saúde, Carlos Alberto de Souza, morador do povoado Infesado, também disse que a população será prejudicada.

“Todo mundo será prejudicado. Além disso, o camarão será vendido para outros países. A empresa não dará emprego e nem renda para os pais de família que dependem da pesca e da criação de animais para sobreviver. Então, se é uma empresa que não vai trazer benefícios para o nosso povo, não pode ser instalada aqui”.