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Quem é Willer Tomaz?!?

Preso em São Luís na operação da Polícia Federal deflagrada após delação da JBS, advogados e Brasília tem forte relações políticas com maranhenses; mas ainda é um mistério a sua relação com o governador Flávio Dino

 

Willer Tomaz, o misterioso advogado preso em São Luís

Quando foi preso, na semana passada, em São Luís, o advogado Willer Tomaz estava pronto para uma apresentação na TV Difusora.

Logo surgiu a informação de que seria ele o misterioso comprador da emissora, assunto que parece incômodo tanto para a família Lobão quanto para o governo Flávio Dino (PCdoB) e seus aliados.

Também surgiu a informação de que Tomaz teria parentesco com o próprio Flávio Dino, uma vez que seria padrinho do seu falecido filho.

Sobre este tema, inclusive,  veio à tona uma suposta reunião de Tomaz e um certo “Flávio”, em Brasília, na tentativa de ampliar uma espécie de vingança a um promotor, o mesmo que não denunciou o médico que atendeu o filho do governador maranhense. (Entenda aqui)

Os investigadores não confirmam se o “Flávio” em questão era o comunista maranhense; e o governo nega qualquer relação com o advogado.

E, assim, Willer Tomaz continua sendo um mistério para o povo maranhense.

Porquê sua prisão em São Luís?

Porquê o silêncio de políticos do PMDB, do PDT, do PCdoB e de vários partidos?

Essas perguntas só deverão ser respondidas com o avanço das investigações.

Se é que o Ministério Público tem interesse em avançar…

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Ministério Público vai pedir novas diligências contra Flávio Dino…

Documento da Procuradoria-Geral da República deve ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, a quem cabe decidir  se autoriza ou não a investigação contra o governador maranhense

 

PROPINA
Dino é acusado de receber R$ 200 mil

A força-tarefa da Operação Lava Jato está finalizando um documento que será encaminhando ao Superior Tribunal de Justiça.

Trata-se de um aditivo ao inquérito já em tramitação no STJ.

No novo documento, é apresentada razões para que a Polícia Federal seja autorizada a realizar novas diligências contra os governadores denunciados por delatores da Construtora Odebrecht.

Entre eles o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Dino foi acusado por um dos executivos da Odebrecht de ter recebido R$ 200 mil em, propina nas eleições de 2010.

A força-tarefa quer que a Polícia Federal faça diligências para colher mais provas contra o governador.

Relator do caso no STJ, o ministro Luiz Felipe Salomão decidiu aguardar esses aditivos da PGR para, só então, decidir se autoriza ou não as investigações contra os governadores.

É aguardar e conferir…

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Os crimes de Temer na conversa com Joesley..

Como maior autoridade pública do Brasil, o presidente da República cometeu crimes de responsabilidade em série ao ouvir confissões de um criminoso e, além de não tomar providências, ainda estimular a prática criminosa

 

CUMPLICIDADE
Ao ouvir, complacente e omisso os crimes de Joesley Batista, Michel Temer cometeu crimes também

Editorial

Há quem ainda ache que o áudio gravado pelo bandido Joesley Batista – que assim deve ser tratado por que se confessou assim ao fazer delação – não tem incriminação contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Há, sim. E há em profusão.

Joesley confessa pelo menos quatro crimes diante de um temer omisso, cúmplice e até incentivador da prática criminosa.

E tudo isso é crime de responsabilidade.

O primeiro crime o gangster Joesley Batista confessa quando diz que está pagando R$ 50 mil a um procurador da força-tarefa para obter informações da Lava Jato.

Neste momento, como maior autoridade pública do país, Michel Temer deveria prender o criminoso, ma deu de ombros.

Joesley comenta outros dois crimes a um Temer omisso e leniente – o de comprar juízes e o de resolver suas pendências com Eduardo Cunha – até revelar o mais grave deles: pagar R$ 500 mil por semana pelo silêncio do ex-presidente da Câmara Federal.

E é aí que o presidente da República mostra-se tão criminoso quanto o dono da JBS-Friboi, ao proferir a já histórica rase: “mantenha isso, viu?!?”.

São, ao menos, crimes de Prevaricação, obstrução da Justiça e violação de sigilo funcional.

A Câmara Federal e o Supremo Tribunal Federal têm, portanto, elementos suficientes para cassar o mandato presidencial e mandar Michel Temer para a cadeia.

E quem não conseguiu ver incriminação do presidente no áudio, deve ouvi-lo novamente.

Uma, duas três, quatro vezes, que seja…

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Temer é flagrado negociando mesada em troca do silêncio de Cunha…

Presidente da JBS gravou presidente dando orientações para evitar que o ex-presidente da Câmara dos Deputados fizesse delação premiada

 

FLAGRANTE
Temer é pego com a boca na botija

O presidente Michel Temer (PSDB) foi flagrado em grampo negociando um pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em troca do seu silêncio.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 17, com exclusividade, pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

De acordo com a denúncia, Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, gravou Temer determinando o pagamento de R$ 500 mil a Cunha para evitar uma delação do ex-deputado.

O pagamento teria ocorrido em março deste ano, com a Lava Jato em pleno andamento.

A notícia movimentou os bastidores  da Brasília nesta quarta-feira.

O presidente Temer ainda não se manifestou…

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Vem aí as delações da OAS e da Camargo Correa…

Acordo para denúncias envolvendo as duas empreiteiras estava suspensa desde o ano passado, mas foi retomado no início de abril pelo procurador-geral Rodrigo Janot

 

TERROR DOS POLÍTICOS
Assim como Marcelo Odebrecht, Leo Pinheiro é visto como um fantasma a rondar partidos no Brasil

Os executivos das empreiteiras OAS e Camargo Corrêa devem iniciar, já no início de maio, as revelações de suas relações com políticos brasileiros.

As delações da OAS foram suspensas em 2016 pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas retomadas este mês.

No Maranhão, há uma grande expectativa em relação ao que vai dizer, por exemplo, o executivo Léo Pinheiro, um dos mais esperados.

E cria-se também expectativa em relação aos políticos maranhenses, como o governador Flávio Dino (PCdoB), já delatado por caixa 2 da Odebrecht.

É aguardar e conferir…

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Flávio Dino e Odebrecht: a conexão Alcântara…

Dossiê da Procuradoria-Geral da República montado a partir da delação do ex-diretor José de Carvalho Filho cita visitas do governador comunista à base de Alcântara, logo nos primeiros dias do seu governo, para discutir futuro da base, alvo da empreiteira desde 2010

 

Dino em Alcântara
Viagens coincidiram com período de crise no consórcio firmado entre Brasil e Ucrânia

Há no dossiê da Procuradoria-Geral da República relativo ao pagamento de caixa 2 de R$ 200 mil ao governador Flávio Dino (PCdoB) – para atender a interesses da Construtora Odebrecht – registros de visitas do comunista à Base de Lançamento de Alcântara.

O documento cataloga matérias de jornais e informações sobre o interesse do governador comunista no CLA. Para tentar entender os motivos dos registros da PGR, é preciso relembrar no tempo a relação de Dino com Alcântara.

A primeira visita do comunista se deu logo nos primeiros dias do seu governo, em 21 de janeiro de 2015.

O objetivo, segundo matéria da própria assessoria, era garantir a manutenção de investimentos em tecnologia no CLA. (Veja aqui)

O site do Ministério da Ciência e Tecnologia registra nova visita de Flávio Dino a Alcântara em 25 de novembro de 2015. Desta vez, o governador chamou o então ministro da Defesa, Celso Pansera, para tratar “dos rumos do programa espacial brasileiro“, após o rompimento do acordo Brasil/Ucrânia. (Leia a íntegra da matéria aqui)

Definição de rumos
Dino recebe o então ministro Pansera para discutir futuro de Alcântara após rompimento da Cyclone Space

A princípio, a visita do governador a Alcântara não aparenta nada de mais extraordinário.

É preciso voltar ainda mais no tempo, porém, para se chegar a um indício do que quer a PGR com os recortes de informações sobre a presença do comunista na base espacial.

Chega-se a 2010, mesmo ano em que, segundo a delação do ex-executivo José de Carvalho Filho, Flávio Dino recebeu R$ 200 mil em caixa 2 para sua primeira campanha ao governo. (Relembre aqui)

Naquela época, a Odebrecht disputava licitação, em consórcio com a Andrade Gutierrez, para construção de uma nova base para a empresa Cyclone Space, formada pelos governos do Brasil e da Ucrânia.

Mas em maio de 2010 o Conselho de Defesa Nacional decidiu encerrar a licitação, alegando necessidade de pressa na definição do calendário para a obra.

A revista Exame escreveu sobre o assunto. E disse o seguinte:

– Segundo EXAME apurou, o consórcio formado por Odebrecht e Andrade Gutierrez é o que está em negociações mais avançadas com a Agência Espacial Brasileira e os representantes ucranianos para o início da obra. (Leia a íntegra aqui)

Odebrecht em Alcântara
Torre Móvel de Integração feita para a construtora pela RCO soluções para indústrias

De fato, o consórcio Odebrecht/Andrade Gutierrez foi escolhido para tocar o projeto Cyclone 4.

Tanto que, em 19 de abril de 2012, o site da empresa RCO, especializada em equipamentos para indústrias, noticiou a entrega de uma Torre Móvel de Integração, de sua fabricação, para expansão da base de Alcântara, então sob a responsabilidade da Odebrecht. (Leia aqui)

Ocorre que, a partir de 2014, quando Dino disputava o governo maranhense pela segunda vez – agora com doação legal de R$ 200 mil da mesma Odebrecht – a parceria Brasil/Ucrânia em Alcântara começou a fazer água.

O acordo bilateral foi oficialmente rompido em julho de 2015. (Saiba mais aqui)

E provavelmente esteja exatamente aí a relação entre as duas visitas de Dino ao Centro de Lançamento, já na condição de governador.

Mas isto só poderá ser esclarecido pelo Ministério Público…

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“Porquê o governador não anunciou que vai processar o delator?!?”, cobra Eduardo Braide

Em aparte ao colega Edilázio Júnior, deputado diz que o governo comunista erra ao tentar desqualificar a Operação Lava Jato ao invés de ir buscar reparação de quem o acusa

 

O deputado Eduardo Braide (PMN) cobrou do governador Flávio Dino (PCdoB) e de seus aliados respeito ao Ministério Público e à operação Lava Jato.

Em aparte ao colega Edilázio Júnior (PV), Braide lembrou que a acusação do delator José de Carvalho Filho, se não comprovada, configura calúnia.

– Como ex-juiz, Flávio Dino sabe que uma acusação sem prova é calúnia. Então por que ele não anuncia que vai processar o delator? Ao invés disso, fica tentando desqualificar a Lava jato e o Ministério Público – disse Braide.

O parlamentar foi duro ao dizer que já passou por isso, mas, ao invés de atacar as instituições, optou por processar os caluniadores; e ganhou na Justiça.

– O conselho que dou ao governador é: respeite as instituições, processe o delator e prove que é inocente.

Veja o vídeo acima…

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O interesse do PCdoB no projeto que gerou o caixa 2 a Flávio Dino…

Desde o início de sua tramitação, o PL 2279/2007, que tratava de benefícios a investimentos em Cuba, foi fortemente abraçado por deputados comunistas até 2015, quando a proposta foi definitivamente esquecida na Câmara Federal

 

Flávio Dino no Porto do Itaqui, com Dilma, seu aliado Chico Lopes, e outros comunistas: forte interesse no PL 2279

Desde Flávio Dino, que, segundo delação, recebeu R$ 400 mil para cuidar da proposta, há uma forte ligação entre o Projeto de Lei 2279/2007 e os membros do PCdoB na Câmara Federal.

O PL 2279 foi apresentado em 24 de outubro de 2007, por uma lista de deputados encabeçada pela então deputada Vanessa Graziotin, hoje senadora pelo PCdoB do Amazonas. (Veja aqui)

O enunciado da proposta deixa claro o seu teor específico de ajudar Cuba, país comunista que mantinha fortes relações com o governo Lula (PT).

Veja a ementa:

– Dispõe sobre a não aplicação de leis estrangeiras de caráter discriminatório e que possuam efeitos extraterritoriais a todos os jurisdicionados brasileiros e dá outras providências.

Na época, a Odebrecht estava sendo chamada a construir o Porto de Mariel, em Cuba, mas temia retaliação dos Estados Unidos, onde também tinha obras. O Porto tinha financiamento de 80% do governo brasileiro.

Entre 2009 e 2010, o então deputado federal Flávio Dino assumiu a relatoria do projeto e passou a ter reuniões com executivos da Odebrecht. Foi nessa época que, segundo o delator José de Carvalho Filho, o comunista pediu ajuda para sua campanha eleitoral. (Releia aqui)

O valor de R$ 200 mil de caixa 2 a Dino foi definido pelo responsável da Odebrecht, no Nordeste. R$ 200 mil era o teto da propina a candidatos a governador, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. (Leia aqui)

Dino teria recebido outros R$ 200 mil em 2014.

Para garantir a tramitação da proposta dentro dos interesses da Odebrecht, Flávio Dino se comprometeu a indicar o seu substituto na relatoria, como de fato aconteceu em dezembro de 2010, quando Chico Lopes, do PCdoB do Ceará, assumiu o lugar do colega maranhense.

Dilma e Raul Castro na inauguração do Porto de Mariel

A proposta continuou sem movimentação na Comissão de Constituição e Justiça, mas a Odebrecht conseguiu financiamento do BNDES para a construção do Porto de Cuba, inaugurado em 2014, com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT). (Leia aqui)

Em 2 de fevereiro de 2015, uma outra deputada comunista, Jô Moraes (PCdoB-MG) – também com fortes ligações a Flávio Dino – tentou desarquivar o PL 2279/2007, mas teve o Requerimento julgado prejudicado na CCJ. (Saiba mais aqui)

E assim foi a vida do projeto que gerou propina ao governador comunista do Maranhão.

Uma tramitação fortemente vinculada ao PCdoB, a Cuba, ao governo do PT e a Flávio Dino.

Estes são os fatos, sem tirar nem por…