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Dados divergentes sobre coVID-19 dificultam ações no Maranhão

Relatórios da Secretaria de Saúde continuam sendo divulgados com informações defasadas – tanto em relação ao número de municípios com casos confirmados quanto ao total de contaminados nesses municípios – o que torna “às cegas” qualquer planejamento contra a pandemia

 

Flávio Dino e seus auxiliares carecem de informações exatas para traçar o planejamento de ações contra o coronavírus

O governo Flávio Dino (PCdoB) deve anunciar “às cegas”, na tarde desta quarta-feira, 20, novo decreto com regras para o enfrentamento da pandemia de coronavírus no Maranhão.

O documento sai às cegas por que, a julgar pelos relatórios da própria Secretaria de Saúde, Flávio Dino trabalha com dados defasados sobre número de municípios com casos confirmados e número de casos em cada cidade, o que impossibilita o planejamento de ações.

Para se ter ideia da diferença de informações entre governo e prefeituras, o último relatório estadual deixou de fora pelo menos cinco municípios que já apresentam casos de coVID-19, segundo revelou nesta quarta-feira, 20, o blog do Jorge Aragão. (Leia aqui)

O mais grave: municípios com alto número de casos aparecem com índices reduzidos nos relatórios da SES. 

A falta de comunicação direta entre prefeituras e Governo do Estado sobre a coVID-19 foi tratado neste blog em dois posts sucessivos.

O Governo do Estado não consegue atualizar os dados da coVID-19 nos municípios, o que deixa diversos casos sem a informação devida à população

O primeiro, no dia 9 de maio, tratou da “maquiagem que o governo realizava nos números da coVID-19, ignorando casos em vários municípios”…

Dois dias depois, novo post, agora noticiando que, “após denúncia, governo começou a revelar dados reais da coVID-19…”

Depois disso, a Secretaria de Saúde chegou a equalizar os seus dados com o dos municípios, mas voltou a ficar defasada em relação à realidade.

E sem a comunicação clara dos números da pandemia no estado, qualquer planejamento de ações do governo fica prejudicado, como aconteceu com o lockdown e com o rodízio. (Entenda aqui, aqui e aqui)

E corre o risco de ser mais um tiro pela culatra…