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ONU foi rechaçada ao querer saber da relação de Bolsonaro com a Ditadura

Comissários das Nações Unidas encaminharam cartas ao Itamaraty brasileiro e foram aconselhados a “não se meter em assuntos domésticos”; numa sala em Genebra, tiveram o silêncio como resposta à pergunta sobre o golpe de 1964

 

BOLSONARO COM O FILHO 03 E SEUS DIPLOMATAS NA ONU; mundo alarmado com declarações autoritárias em defesa do golpe militar

A declaração do filho do presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de reimplantar no Brasil um dispositivo como o AI-5 – ato mais terrorista da Ditadura Militar – chocou todos os países com assento na Organização das Nações Unidas.

Mas não é de hoje que a ONU se preocupa com o flerte dos Bolsonaro com o autoritarismo.

Desde que o presidente assumiu, comissários da ONU e diplomatas que servem nas Nações Unidas se preocupam com os riscos de o Brasil virar novamente uma ditadura.

E as respostas que ouvem dos representantes brasileiros só aumentam esta preocupação.

Em junho, durante um encontro em Genebra, os diplomatas brasileiros se recusaram a responder a uma pergunta se o Brasil atual considerava ou não 1964 como um golpe militar.

Além disso, a ONU encaminhou duas cartas ao governo Brasileiro com cobranças sobre a relação de Bolsonaro com a Ditadura.

Numa delas, recebeu resposta mal educada:  Brasília alertou o relator a não se meter em assuntos domésticos; e insistiu que 1964 se justificava.

A outra carta – que tratava sobre as declarações de Bolsonaro a respeito de Fernando Santa Cruz, morto pelo Regime Militar – sequer foi respondida.

Nesta quinta-feira, 31, quando o Bolsonaro 03 defendeu o AI-5 e a possibilidade de reimplantá-lo no Brasil mais uma vez, o mundo se alarmou.

Mas agora, já acostumado com a grosseria do atual governo brasileiro, preferiu só acompanhar aà distância a boçalidade do filho do presidente.

Que chegou a ser cotado para virar diplomata…

Com informações do UOL

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Com o Brasil sob risco de golpe, José Sarney sai em defesa da Democracia…

Ex-presidente se mostra perplexo com a ameaça do deputado Eduardo Bolsonaro, de implantar um novo AI-5 no Brasil, e diz lamentar que um parlamentar que assuma jurando a Constituição pense em tentar violá-la

 

JOSÉ SARNEY COM JAIR BOLSONARO E SEUS GENERAIS; o atual presidente tem muito o que aprender com o ex sobre democracia e respeito aos militares

O ex-presidente da República e ex-presidente do Senado José Sarney (MDB) emitiu nesta quarta-feira, 31, Nota em Defesa da Democracia, mostrando preocupação com as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Eduardo declarou à jornalista Lêda Nagle, em vídeo divulgado nesta quinta-feira, 31, que o governo do seu pai pode recorrer à implantação de um novo AI-5 se “a esquerda radicalizar” no país.

O Ato Institucional número 5, defendido pelo Bolsonaro 03, foi o pior ato da Ditadura Militar, que levou à perseguição política, à cassação das instituições democráticas à expulsão e à morte de brasileiros.

Para Sarney, que presidiu a transição democrática, foi relator da Emenda Constitucional que extinguiu o AI-5 e convocou a Constituinte que estabeleceu o Regime Democrático como primeira cláusula pétrea no Brasil., é lamentável a postura do filho do presidente.

– Presidi a Transição Democrática, que convocou a Constituinte e fez a Constituição de 1988. Sua primeira cláusula pétrea é o regime democrático. Lamento que um parlamentar, que começa seu mandato jurando a Constituição, sugira, em algum momento, tentar violá-la – posicionou-se o ex-presidente.

Sarney pregou a união do país em qualquer desestabilização das instituições e disse acreditar que expressa exatamente o sentimento do povo brasileiro.

– Inclusive das nossas Forças Armadas, que asseguraram a Transição Democrática, que sempre proclamei que seria feita com elas, e não contra elas – concluiu.

Abaixo, a íntegra da Nota de José Sarney:

Em defesa da Democracia

Fui o Relator no Congresso Nacional da Emenda Constitucional que extinguiu o AI-5, enviada pelo Presidente Geisel.

Presidi a Transição Democrática, que convocou a Constituinte e fez a Constituição de 1988. Sua primeira cláusula pétrea é o regime democrático.

Lamento que um parlamentar, que começa seu mandato jurando a Constituição, sugira, em algum momento, tentar violá-la.

Devemos unir o País em qualquer desestabilização das instituições. E sei que expresso o sentimento do povo brasileiro, inclusive das nossas Forças Armadas, que asseguraram a Transição Democrática, que sempre proclamei que seria feita com elas, e não contra elas.

José Sarney

Ex-Presidente da República

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Eduardo Bolsonaro confirma intenção em golpe de estado…

Horas depois do editorial deste blog, o deputado federal filho do presidente diz que pode ser decretado um novo AI-5 no pais, “se a esquerda insistir em radicalizar” o debate; declaração é, por si só, uma ameaça ao país

 

BOLSONARO CONTINUA TRANSFORMANDO SEU GOVERNO EM UMA ESPÉCIE DE TRINCHEIRA DE ABSOLVIÇÃO DA DITADURA MILITAR, que ele tanto admira

O blog Marco Aurélio D’Eça trouxe na abertura dos trabalhos desta quinta-feira, 31, o Editorial “Riscos de golpe cada vez mais acentuados no BrasiL…”.

O texto fazia uma avaliação das últimas declarações de aliados de Jair Bolsonaro (PSL) e dos ataques do próprio presidente às instituições e à imprensa livre; e mais uma vez alertava para o perigo de uma ditadura militar.

Poucas horas depois, em entrevista à jornalista Lêda Nagle, na internet, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente, defendeu abertamente a instituição de um decreto nos moldes do Ato Institucional número 5, que implantou definitivamente a ditadura no Brasil, em 1968.

– Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada – afirmou o parlamentar.

Baixado em 13 de dezembro de 1968, o Ato Institucional nº 5 foi o mais duro golpe à democracia brasileira durante a ditadura militar. Instituído no governo do general Costa e Silva, o AI-5 deu poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados. (Entenda aqui)

O filho de Bolsonaro expressa um sentimento que vigora no núcleo mais duro do governo do pai, é defendido abertamente pelos seus ideólogos, como o “filósofo” Olavo de Carvalho e tem adeptos nos quartéis.

Desde o início do golpe que depôs a presidente Dilma Rousseff (PT), em 2013, o blog Marco Aurélio D’Eça vem alertando a sociedade para os riscos que é ter militares no comando do país, sobretudo em clima de tensão provocado pela incompetência de quem foi eleito.

Este alerta pode ser visto nos seguintes posts:

Protestos e golpe militar…

A construção de um golpe de estado…

Fantasmas da ditadura militar já rondam o país…

Os amantes da ditadura sempre andaram por aí…

Num regime sob a égide de um AI-5, qualquer um que seja considerado “inimigo do presidente” pode ser levado aos porões dos quartéis, desaparecer ou, simplesmente ser exilado do país.

A convocação de uma greve ou um protesto contra o governo, por exemplo, pode ser considerado ato de terror e os líderes serem chamados às falas.

Foi assim no Brasil a partir de 1968; pode voltar a ser assim, nas palavras do próprio Eduardo Bolsonaro

O mais grave é que há, na população comum do Brasil, quem apoie absurdos como este.

Que se preparem os que lutam pela democracia…

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Eliziane vê “atitude intolerável de Bolsonaro” contra ex-presidente do Chile…

Como sempre faz ao tentar defender a ditadura militar presidente brasileiro ofendeu a memória da família de Michele Bachellet ao ironizar a morte do pai dela durante o regime de Augusto Pinochet

 

ELIZIANE MANTÉM FIRME POSICIONAMENTO CONTRA O QUE CONSIDERA ERRADO NA POSTURA DE JAIR BOLSONARO, em discurso e posicionamentos certeiros

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) lamentou profundamente o destempero verbal do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que, desta feita, teve como vítima a ex-presidente do Chile, Michele Bachelet, hoje Alta Comissáira da ONU para os Direitos Humanos.

Para rebater posicionamento de Bachelet na ONU, Bolsonaro disse que a ditadura de Augusto Pinochet “livrou o Chile de virar uma Cuba”.

– Graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973 – afirmou O desbocado presidente.

O pai de Michele Bachelet foi uma das vítimas de Pinochet.

A POSTURA DE BOLSONARO TEM SIDO A DE UM COVARDE, POR USAR O POSTO DE PRESIDENTE para atacar lideranças que mostram posicionamento ideológico contrário aos seus

Na avaliação de Eliziane Gama, mostra o despreparo de Bolsonaro para o comando do país.

– Além de criar mais uma crise diplomática desnecessária, as declarações desumanas do presidente em relaçāo ao pai da ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, sāo agressões a uma família. Atitude intolerável – afirmou a senadora.

Elizaine tem sido uma das principais críticas dos destemperos de Bolsonaro – que demonstra descontrole tanto nas ações quanto nos discursos à frente do país.

O ataque à ex-presidente do Chile repercutiu no mundo inteiro, em mais um desgaste internacional do mandatário brasileiro…

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Bolsonaro é saudoso da tortura que não praticou….

Desprezado pelos próprios próceres do Regime Militar, o patético presidente da República – eleito na esteira dos desmandos da Lava jato – mostra-se afeito aos piores aspectos da ditadura e força a barra para que as Forças Armadas mergulhem de volta no esgoto que ele queria ter vivenciado

Por Reinaldo Azevedo

BOLSONARO ENTRE MILITARES: CAPITÃO MEDÍOCRE, QUE ERA DESPREZADO PELOS PRÓCERES DE REGIME, mas sonhava participar dos porões da Ditadura

O presidente Jair Bolsonaro é uma figura especialmente patética porque sente saudade da tortura que não praticou, das sevícias que não impôs aos adversários, da repressão de que não fez parte.

Alimentava, é verdade, ambições terroristas, golpistas, quiçá homicidas, quando militar, mas não chegou a realizá-las. Ficou no esboço.

Reportagem da revista “Veja”, de outubro de 1987, informa que o capitão Bolsonaro e um parceiro, Fábio Passos, chegaram a planejar a explosão de bombas em quarteis e na adutora do Guandu, que abastece o Rio. Seria uma forma de demonstrar o descontentamento com os vencimentos pagos pelo Exército e de pressionar o então ministro da Força, Leônidas Pires Gonçalves.

Bolsonaro chegou a fazer um croqui demonstrando como explodiria a adutora.

Perícia da PF apontou que o desenho era mesmo de sua autoria. Coronéis que investigaram a sua conduta afirmaram:

“O Justificante [Bolsonaro] mentiu durante todo o processo quando negou a autoria dos esboços publicados na revista VEJA, como comprovam os laudos periciais.”

Disseram mais a respeito do agora presidente: “Revelou comportamento aético e incompatível com o pundonor militar e o decoro da classe ao passar à imprensa informações sobre sua instituição”.

Não custa lembrar: quem estava no Planalto era o general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar.

Bolsonaro era, diga-se, desprezado por próceres do antigo regime.

GENERAL MOURÃO O ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO: responsabilidade das Forças Armadas aumenta com aumento das fanfarronices do presidente

Em 1993, o ex-presidente Geisel referiu-se a ele assim: “Presentemente, o que há de militares no Congresso? Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar.”

Mais recentemente, em 2011, aos 91 anos então, Jarbas Passarinho desancou o “Mito” numa entrevista à Terra Magazine: “Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM)”.

Coronel, um dos mais importantes intelectuais do regime militar, Passarinho referia-se ao fato de que, no tribunal, Bolsonaro foi considerado “não-culpado” – o que não quer dizer inocente – dos planos terroristas que esboçou.

Diz mais: “Já tive com ele (Bolsonaro) aborrecimentos sérios. Ele é um radical, e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os da direita. Pior ainda os da direita, porque só me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir sobre ‘O pensamento de direita, hoje’: ‘O pensamento da direita é um só: o medo’. O medo de perder privilégios.”

FANFARRÃO

Testemunhos de militares graduados fazem de Bolsonaro um fanfarrão.

E o é, agora digo eu, da pior espécie porque ele se mostra um nostálgico dos piores aspectos do regime militar. Não por acaso, o seu herói e autor de seu livro de cabeceira é o torturador Brilhante Ustra.

Com Passarinho – que morreu em 2016, aos 96 anos – seu relacionamento era péssimo.

Bolsonaro considerava um dos signatários do AI-5 um… esquerdista! Na entrevista, diz Passarinho sobre um artigo de autoria de Bolsonaro, que acabou não sendo publicado:

“Ele (Bolsonaro) me insultou, dizendo que eu era um escondido da esquerda, um infiltrado, não sei o quê. E mais ofensas de natureza pessoal. O ‘Correio’ não publicou. Ele ficou indignado. Eu não gosto nem de falar sobre ele, porque tudo isso vem à mente.”

Eis aí o bufão do baixo clero militar e da Câmara que acabou chegando à Presidência da República à esteira dos desmandos da Lava Jato e que agora tenta forçar a mão para que as Forças Armadas mergulhem uma vez mais no esgoto que ele gostaria de ter vivenciado.

O desaparecimento de Fernando Santa Cruz Oliveira – pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB – nas dependências do DOI-CODI do Rio está amplamente documentado. As duas versões alternativas apresentadas por Bolsonaro são falsas.

Em 2011, afirmou que Fernando havia sumido, depois de uma bebedeira, comemorando o Carnaval. Nesta segunda, disse que foi morto por militantes de esquerda.

Não tem vergonha nem mesmo de contar uma mentira em 2011 e outra em 2019 sobre o mesmo fato.

É bom que os militares de alta patente, da ativa e da reserva, ouçam algumas vozes autorizadas do passado – segundo seus próprios critérios – e comecem a perceber onde foram amarrar o seu burro.

As Forças Armadas brasileiras correm o risco de ver enlameada de novo a sua honra depois de um esforço para separar o joio do trigo, para distinguir do banditismo uma história que é também meritória.

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Jair Bolsonaro: da indignidade ao asco…

Inadequado para o posto que ora exerce no país, presidente se torna ainda mais asqueroso ao agredir violentamente a memória de um militante morto pela Ditadura Militar que ele ovaciona

 

BOLSONARO CONTINUA TRANSFORMANDO SEU GOVERNO EM UMA ESPÉCIE DE TRINCHEIRA DE ABSOLVIÇÃO DA DITADURA MILITAR, que ele tanto admira

Editorial

A indignidade abaixo foi postada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), em redes sociais, contra a memória do militante de esquerda Fernando Santa Cruz, sequestrado e morto pela Ditadura Militar:

“Não foram os militares que mataram, não. Muito fácil culpar os militares por tudo o que acontece”, disse. Até porque ninguém duvida, todo mundo tem certeza, que havia justiçamento. As pessoas da própria esquerda, quando desconfiavam de alguém, simplesmente executavam”, acrescentou.

Colaborador da Ditadura, admirador de torturadores e agressor de militantes de esquerda, Jiar Bolonaro nunca foi digno do mandato presidencial. Com a fala sobre Santa Cruz, torna-se também asqueroso do ponto de vista da história.

Preso pelo DOI-Codi em 22 de fevereiro de 1974, Fernando Santa Cruz morreu um dia depois, segundo o atestado de óbito, documento à disposição na Comissão da Verdade.

Bolsonaro já havia atacado a memória de Santa Cruz – ao sugerir que sabia como o militante foi morto – na tentativa de rebater críticas do filho, o advogado Felipe Santa Cruz, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.

Indigno, covarde e asqueroso, Bolsonaro vai construindo uma memória histórica digna dos regimes tirânicos, mesmo em estado democrático.

Uma triste lembrança para a memória brasileira…

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A história fala; a ditadura se cala…

Imagem de menina cruzando os braços durante cumprimento do presidente Jair Bolsonaro – que viralizou na internet – reproduz com precisão outro fato histórico, ocorrido no regime militar

 

A MENINA YASMIN E SUAS COLEGUINHAS EM IMAGEM ICÔNICA, que entrará para a história; relembranças do golpe de 64

Viralizou na internet a imagem da menina identificada por Yasmim, que se recusou – acompanhada de outras coleguinhas – a cumprimentar o presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante evento de páscoa.

Os alunos de uma escola do Distrito Federal foram levados ao Palácio do Planalto, na quarta-feira, 17, para cerimônia em comemoração à Pascoa.

Bolsonaro cumprimento os alunos, mas a menina Yasmim cruzou o braços. uma outra menina, fez sinal de dedo pra baixo, que significa desaprovação.

As fotos e o vídeo ganharam as redes sociais, blogs, sites e portais de internet, viralizando diante da reação da garota.

A HISTÓRICA IMAGEM DE FIGUEIREDO REJEITADO POR UMA MENINA DE 4 ANOS; a história repetida como tragédia

O episódio faz lembrar um outro envolvendo um presidente militar.

Em 1979, a menina Raquel Menezes, de apenas 4 anos, recusou-se a cumprimentar o então presidente João Batista Figueiredo, o último dos generais que governaram o Brasil após o golpe de 1964.

A imagem de Raquel Coelho é considerada histórica.

E agora terá a companhia da imagem de Yasmin…

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Othelino desmente cessão da Assembleia para “culto à ditadura”…

Em postagem no Twitter, presidente do Poder Legislativo maranhense diz que considera “aviltantes atos que reverenciem o golpe militar de 64”; coronel Monteiro e movimento Endireita Maranhão ainda não se manifestaram

 

OTHELINO NETO: POSTURA CLARA SOBRE O GOLPE DE 64, impede culto à ditadura à Assembleia

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB) negou que tenha cedido espaços da Casa para uma to de culto à Ditadura Militar, na próxima quinta-feira, 4.

– A Assembleia nem sequer recebeu pedido de cessão de espaços internos para esse evento – disse o comunista, desmentindo teor de panfleto espalhado na internet. (Reveja aqui)

E mesmo se tivesse, o presidente deixa claro seu posicionamento político.

– Ademais, considero aviltantes atos que reverenciem o golpe militar de 64 – disparou.

A MANIFESTAÇÃO DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA nas redes sociais

O suposto ato “55 Anos da Revolução de 64” – como os defensores da Ditadura chamam o golpe militar – está sendo anunciado em panfleto espalhado na internet desde quinta-feira, 28.

O blog Marco Aurélio D’Eça procurou tanto o movimento “Endireita Maranhão” quanto o coronel Monteiro para falar sobre o assunto.

Até agora aguarda manifestação…

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Movimentos anunciam Assembleia como palco de evento da “revolução de 64″…

Panfleto distribuído na internet, com  assinatura do “Endireita Maranhão”, chama para debate com o coronel Monteiro, que tenta dar uma nova visão – nos moldes do que quer o presidente Jair Bolsonaro – sobre o golpe que levou à ditadura militar

 

CORONEL MONTEIRO COM O PRESIDENTE QUER QUER TRANSFORMAR O GOLPE EM UMA FESTA; e vai usar a Assembleia Legislativa como palco

O auditório Fernando Falcão, da Assembleia Legislativa do Maranhão, está sendo anunciado como palco de um evento de exaltação à Ditadura Militar, no dia 4 de abril, nos moldes do que quer o presidente Jair Bolsonaro.

O local – um espaço pago com dinheiro público – é anunciado em panfleto dos movimentos “Resistência Cultural” e “Endireita Maranhão”, que circula na internet,  para comemoração dos “55 Anos da Revolução de 1964”.

O termo “Revolução” é a forma como os membros do governo Bolsonaro chamam o golpe militar que levou à ditadura no Brasil.

O evento terá como um dos palestrantes o coronel Monteiro,que representa no Maranhão o governo de Jair Bolsonaro (PSL).

O curioso é que os militares usam como palco de sua tentativa de negar a ditadura protagonizada por eles o auditório de uma Assembleia, exatamente o símbolo maior da resistência contra o golpe de 64.

“Festa do golpe”

O PANFLETO DA FESTINHA QUE MILITARES QUER FAZER NA CASA DO POVO; Revolução que matou milhares

Na semana passada, Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que ordenasse ao quartéis “comemorar devidamente” o dia 31 de março de 1964, dia do golpe.

A festa de exaltação à ditadura gerou polêmica e o Ministério Público Federal orientou os chefes militares em todo o país a se abster de realizar tais eventos, sob pena de Improbidade Administrativa.

Mas o uso da Assembleia Legislativa em um evento de cunho notadamente revisionista do ponto de vista histórico e político é, também, uma improbidade.

Agora no poder, os militares tentam de todas as formas negar que o Brasil foi vítima de uma ditadura protagonizada por eles.

Mas usar a estrutura de um poder – que simboliza exatamente a resistência contra a opressão – é ir longe demais.

O blog Marco Aurélio D’Eça solicitou informações ao presidente da Assembleia, Othelino Neto (PCdoB) sobre os argumentos para ceder o espaço ao evento pró-ditadura.

Aguarda resposta…

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A absurda comemoração de Jair Bolsonaro…

Presidente determina que se promova festas em alusão ao início do golpe militar do Brasil, numa atitude tão estúpida quanto sua defesa do coronel Ustra, durante o impeachment de Dilma

Por enquanto, a notícia tem ganhado pouca referência na mídia, a não ser por uma ou outra manifestação crítica.

Mas é isso mesmo: o capitão Jair Bolsonaro (PSL), atualmente no posto de presidente da República quer comemorar, em todo o país, no dia 31 de março, o golpe militar de 1964.

Atitude tão estúpida quanto sua defesa do coronel Brilhante Ustra – considerado o maior torturador do Brasil – durante o impeachment de Dilma Roussseff (PT),  a decisão de Bolsonaro tem um efeito simbólico quase tão cruel quanto a defesa do nazismo por um nazista ou do racismo por um branco.

Quem defende torturadores apoia a tortura; quem festeja a ditadura é também um ditador.

Por mais que esteja no comando do país, o chefe do governo brasileiro não tem direito de usar o poder para tentar forçar a nação a relembrar o que centenas, milhares ou talvez milhões de famílias precisam esquecer.

Não houve nada o que o Brasil possa comemorar em 1964; houve um golpe de estado, que levou muitos à morte e outros tantos ao desaparecimento ou à fuga do país.

Apenas pelas cenas que ilustram este post, esta data deveria passar em branco no país.

Ou melhor, deveria ser lembrada como um luto eterno.

Com todos de roupas negras pela triste memória…