Ver jornalista festejar as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes como se fosse um título da seleção brasileira em Copa do Mundo é constatar o declínio desta formação profissional

SERVILISMO AO IMPERIALISMO. Acatar como cachorrinhos tudo o que se impõe de fora para dentro é ser vira-latas como essência
Editorial
A primeira capacidade que um jornalista precisa ter é senso crítico. E a visão crítica é, por sua própria natureza, forjada na rebeldia, na contestação.
É naturalmente impossível ao jornalista estar do lado dos que batem. Se isso ocorre, é preciso revisar com absoluto critério todo o processo de formação deste profissional.
- ver jornalista festejar as sanções dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes é constatar o mais inatingível fundo do poço da profissão;
- é preciso gritar o mais rápido possível pelo fim do processo de formação alienante aberto com a profusão de cursos nesta área específica.
“Escrever sabendo não haver jornalismo neutro ou imparcial. O campo de jogo nunca é nivelado, mas sempre inclinado a favor dos ricos e poderosos. A verdadeira objetividade está em tentar compensar essa desigualdade estrutural, tomando sempre o partido do oprimido. E, mais do que isso, que fazê-lo requer uma identificação aberta com, e participação nas lutas daqueles que tentam pôr fim à exploração e opressão”, ensina o pesquisador John Rees, no livro “Imperialismo e Resistência”, ainda sem tradução no Brasil. (Veja aqui)
O Maranhão vive esse drama!!!
A abertura incondicional do processo de formação e a liberdade experimentada pelas redes sociais – que não são um mal por si só – levaram às antigas redações e aos “modernos” estúdios de podcast, “jornalistas” sem a menor capacidade de exercer a profissão e que se tornaram, de uma hora para oura “analistas políticos” e “comentaristas da sociedade”.
- o imperialismo político e econômico é uma perversidade mundial que precisa ser combatida;
- aplaudir o imperialismo – e aplaudi-lo por interesses pessoais – mais do que alienação, é idiotia.
“A intensificação dos processos de alienação dados pelo capitalismo em momento de plataformização do trabalho acomete os jornalistas do ponto de vista não só do enfraquecimento de sua subjetividade e corrosão de seu papel enquanto sujeito histórico, mas também de um conjunto de epifenômenos que se manifestam na condição precária da profissão”, aponta o professor Rafael Bellan Rodrigues de Sousa, do Centro de Pós-Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo, em seu livro “Jornalismo, Trabalho e Marxismo“. (Editora Edufes).
Não há nenhuma dúvida social, econômica, política ou estrutural de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua família fizeram mal, muito mal ao Brasil.
E são eles, não os que o denunciam, acusam e os julgam, que precisam ser banidos do país.
Para o bem até dos alienados, jornalistas ou não…
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