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Tivemos problemas técnicos no sistema, reconhece juiz do lockdown…

Douglas de Melo Martins decidiu estender por mais três dias o bloqueio geral que terminaria neta quinta-feira, 14, mas exigiu do Governo do Estado e das prefeituras envolvidas provas efetivas dos resultados obtidos

 

O bloqueio geral em São Luís vai durar agora até domingo, mas o juiz que decretou a medida reconhece falhas técnicas no sistema

Ao decidir-se por mais três dias de lockdown na Grande São Luís, nesta terça-feira, 12, o juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins, cobrou resultados efetivos do governo e das prefeituras envolvidas.

– Quero dados sobre o funcionamento da atenção primária; dados sobre a diminuição do fluxo de pessoas e veículos no período pós-lockdown, dados sobre ocupação dos leitos públicos e privados, dados sobre efetivo de fiscalização e assistência à saúde – exigiu Martins, em seu relatório.

O bloqueio, que funcionaria até quinta-feira, 14, vai se estender até o domingo 17.

A audiência pública foi remota, com a participação de vários envolvidos diretamente no lockdown na Grande São Luís

No intervalo da audiência desta tarde, Douglas de Melo Martins conversou com o blog Marco Aurélio D’Eça sobre a atuação prática do lockdown, em vigor desde o dia 5. E mostrou-se apreensivo com a efetividade da medida.

– Tivemos muitos problemas técnicos com o sistema – afirmou.

Ele não especificou, porém, quais os problemas técnicos e se estes problemas técnicos comprometeram o resultado do bloqueio.

Até quinta-feira, o Governo do Estado e as prefeituras devem ditar regras específicas para o novo período de lockdown

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“Medidas pífias”, diz promotor sobre ações do governo contra CoVID-19…

Titular da Promotoria de Proteção à Pessoa Idosa, Augusto Cutrim denunciou o governador Flávio Dino por falta de transparência nas medidas adotadas no Maranhão e na divulgação dos valores aplicados na pandemia

 

Atuando na defesa da vida da pessoa idosa, Augusto Cutrim cobrou ações efetivas contra a CoVID-19, e mais transparência na divulgação de dados pelo governo Flávio Dino

É dura a denúncia do promotor de Proteção à Pessoa, Idosa, Augusto Cutrim, contra o governo Flávio Dino (PCdoB), apontado como incompetente na condução do combate à pandemia de coronavírus.

– Medidas que, ao final das contas, não se concretizaram, ou, na sua maioria, foram pífias em seu alcance quando comparadas à realidade, diante das inúmeras denúncias de falta de estrutura da saúde pública no Maranhão – afirmou Cutrim.

Na denúncia encaminhada ao titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins – o mesmo que determinou o lockdown na Grande São Luís – o promotor diz que falta transparência nas ações do governo.

– [o governo precisa ser obrigado] a demonstrar e comprovar, com total transparência, […] as medidas efetivamente adotadas e valores financeiros recebidos e despendidos de repasses da União, emendas parlamentares e doações privadas, gastos no enfrentamento da pandemia ocasionada pela propagação do coronavírus – diz o documento. 

Não é a primeira vez que o Ministério Público cobra ações mais efetivas do governo Flávio Dino, apontando incompetência do sistema de saúde no  combate à pandemia. 

No dia 2 de abril, a Promotora da Saúde, Glória Mafra, acionou o governo entendendo ter havido erro nos procedimentos após a morte da primeira vítima de coVID-19 no estado.

– É possível presumir que, após a realização da autópsia do paciente, ocorreu a contaminação da ambiência física do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) desta cidade, o que inclui os instrumentos de trabalho, equipamento, os servidores que realizaram o procedimento de autópsia, além de todos outros dos setores administrativo, serviços gerais, visitantes, etc., posto que ficaram literalmente expostos ao referido vírus – afirmou, à época, a promotora. (Entenda o caso aqui)

Há duas semanas, em discurso na sessão virtual da Assembleia Legislativa, o deputado César Pires (PV) também apontou incompetência do governo maranhense no combate ao coronavírus.

Segundo ele, há fragilidade técnica na equipe de Flávio Dino destacada para o combate.

– Ao contrário do que vemos em outros estados, onde as decisões têm a orientação de infectologistas e outros especialistas, aqui no Maranhão sentimos a ausência de virologistas, infectologistas e demais profissionais da área junto ao secretário de Saúde Carlos Lula – opinou Pires. (Leia a íntegra aqui)

Flávio Dino costuma apresentar, sozinho, dados e ações contra a pandemia de coronavírus, sem auxílio de especialistas da área

O blog Marco Aurélio D’Eça também apontou fragilidade e insegurança na atuação do governo maranhense frente ao coronavírus.

Em 1º de maio, mostrou a insegurança do próprio governador na tomada de decisões mais radicais, no post “Efetivo na pandemia, Flávio Dino mostra-se inseguro ao tomar decisões…”

Um dia depois, mostrou-se a fragilidade técnica da equipe do comunista e a incapacidade de seus auxiliares de apontar caminhos, no post: “Falta um Mandetta na equipe de Flávio Dino…”

Diante de todas as evidências, que culimaram com a decisão da Justiça sobre o lockdown – assumindo o papel que deveria ser do governador – o Ministério Público decidiu cobrar do mesmo juiz um posicionamento contra o governo.

É aguardar e conferir a decisão de Douglas de Melo Martins…

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Efetivo na pandemia, Flávio Dino mostra-se inseguro ao tomar decisões

Governador tem sido um dos mais atuantes nas ações de combate ao coronavírus, sabia que já não tinha estrutura para segurar a demanda de doentes, mas demonstrou falta de coragem para assumir riscos de medidas radicais, como o lockdown, sendo salvo pela Justiça

 

Ao lado dos eu secretário de Saúde, Flávio Dino demonstrou extrema insegurança no momento mais delicado da pandemia no Maranhão

Editorial

Não há dúvidas de que o governador Flávio Dino (PCdoB) tem sido um dos principais líderes políticos em âmbito nacional na linha de frente do combate à pandemia de coronavírus.

Desde o início do isolamento vertical assumiu para si as ações que visavam evitar a proliferação do vírus e a luta pela estrutura que garantisse atendimento digno aos infectados. (Relembre aqui)

Mas, a despeito das ações de Dino, a pandemia avançou forte no estado – tanto pela indiferença da população com a quarentena quanto pela falta de fiscalização dos órgãos de controle e segurança – e chegou o momento de medidas mais radicais.

Mas Flávio Dino demonstra, agora, uma evidente insegurança na tomada da decisão mais dura e necessária, o chamado lockdown, bloqueio geral das atividades.

Há pelo menos duas semanas, o governo maranhense dava sinais de que sua estrutura de saúde já havia chegado ao limite do atendimento aos infectados pela coVID-19. (Entenda aqui, aqui e aqui)

Mas ele não teve a coragem necessária para decretar o lockdown.

Pressionado pelos profissionais de saúde a declarar o fechamento total das atividades, Dino também recebe pressão de outros setores da economia, que pretendem manter o lucro mesmo com a pandemia. (Saiba mais aqui)

A pressão deixou o governador claramente inseguro quanto ao que fazer.

Nesse período, já foi e voltou diversas vezes em relação ao fechamento do comercio, à liberação das atividades e às restrições de circulação no estado.

E nada deu certo.

Restou ao juiz Douglas Martins determinar que o governador decrete o lockdown que ele estava temendo há duas semanas

Para Amenizar sua claudicância, o governador comunista foi “salvo” nesta quinta-feira, 30, pelo juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, que determinou ao governo as providências para decretação do lockdown.

Agora ele tem a desculpa de que foi obrigado a decretar o bloqueio – sem sofrer o desgaste que tanto temia – e ganha tempo para reestruturar sua rede de atendimento, que já estava em colapso.

Mas o que saltou aos olhos foi a insegurança do governador.

E no momento mais radical da pandemia…