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Zé Inácio destaca os 30 anos do ECA

Em sessão da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 15, deputado estadual ressalta as conquistas e os novos desafios do estatuto ao longo desses anos

Em sessão parlamentar, nesta quarta-feira, o deputado Zé Inácio (PT) fez um breve registro sobre os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), comemorado na última segunda-feira, 13.

“E no Brasil afora, essa data foi comemorada como uma importante conquista. É bem verdade que a simples criação do Estatuto, não garantiu os direitos lá previstos na sua plenitude, mas com o Estatuto, meninos e meninas em todo Brasil, passaram a ser sujeitos de direitos e muitos avanços aconteceram durante esses 30 anos”, disse o parlamentar. 

O Estatuto 

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é um conjunto de normas e regras jurídicas no âmbito brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, sendo considerado um marco legal e regulatório dos direitos humanos. Sua primeira publicação ocorreu em 1990.

O ECA veio amparar o artigo 227 da Constituição Federal em termos de: proteção integral; absoluta prioridade; direitos fundamentais; registro civil; adoção; punições; proteção sexual; educação e outras garantias da lei, como autorização para viagens, pré-natal entre outros.

Avanços e desafios 

Em 30 anos de existência do ECA houve avanços principalmente nos direitos das crianças e dos adolescentes, como queda na mortalidade infantil, cuidados com o pré-natal, aumento de matrículas nas unidades escolares e diminuição do trabalho infantil.

Porém, temos ainda o trabalho infantil com números expressivos. Em torno de 2,4 milhões de crianças e adolescentes com menos de 14 anos trabalham, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PnadC), de 2016, e muitos estão expostos a situações de risco e outros 1, 7 milhões fora das escolas, de acordo com o Observatório da Juventude da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

No que diz respeito à violência, os dados são alarmantes e têm como consequência a elevada mortalidade de jovens em situação de vulnerabilidade.

Esses dados reforçam a necessidade mantermos um olhar atento ao aumento da violência, trabalho infantil, evasão escolar, entre outros.

Com o cenário da pandemia, o ECA ganhou novos desafios. O cuidado para o não agravamento da vulnerabilidade social das crianças e adolescentes, sendo fato que crianças e adolescentes têm sofrido os impactos econômicos e sociais em que será essencial as políticas públicas exercerem medidas de mitigação.

Diante deste cenário de pandemia os desafios aumentaram consideravelmente, agravada com a crise econômica e as desigualdades sociais, em que o ECA deverá ter um papel relevante na proteção das crianças e adolescentes, mas também no que tange contribuir com a permanência de crianças e jovens na escola.

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Comissão da maioridade penal vai a Pedrinhas…

Weverton em ação na comissão da maioridade

A Comissão Especial que discute a redução da maioridade penal  vai visitar complexos penitenciários de São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia e do Maranhão.

As propostas são de autoria do deputado federal Weverton Rocha (PDT).

Titular da comissão, Weverton justificou que o objetivo das visitas parte da necessidade dos parlamentares conhecerem, na prática, a funcionalidade do sistema penitenciário brasileiro.

– Conhecendo os espaços para onde mandaremos nossos jovens, teremos mais argumentos e uma visão mais ampla de qual a ação para ressocializar esses menores – defendeu o parlamentar.

Em sua fala, o parlamentar rebateu, também, o posicionamento do deputado Aluísio Mendes (PSDC), ex-secretário de Segurança, sobre os números de crimes realizados por menores e a falência do sistema prisional maranhense.

A melhoria no artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata sobre as punições a menores infratores, entre 12 e 17 anos, vigentes hoje em dia, foi outro ponto destacado pelo parlamentar.