Flávio Dino quer base com Duarte em 2024 para barrar Brandão em 2026…

Ministro da Justiça decidiu pressionar os partidos mais próximos do seu espectro político com o argumento de que tendo o vice-governador Felipe Camarão e o eventual prefeito de São Luís na sucessão estadual impedirá uma debandada do aliado do Palácio dos Leões, que aposta em outras candidaturas na capital maranhense

 

Com Duarte tendo o apoio de Lula em 2024, Dino entende que pode frear o projeto de Brandão para 2026

O grupo do ministro da Justiça Flávio Dino iniciou uma ofensiva nos partidos à esquerda para garantir uma base de apoio ao deputado federal Duarte Jr. (PSB) nas eleições de 2024; além do próprio PSB, já estão certos na coligação o PT, o PCdoB e o PV, que formam a federação Brasil-Esperança.

Dinistas falam ainda do PDT, do senador Weverton Rocha, hoje convencido de que pode ter um palanque com Dino em 2026; mas já trabalham também para ter o PL, do deputado Josimar de Maranhãozinho, e o PP, cujo presidente estadual André Fufuca é cogitado para o ministério.

Dino percebeu que Duarte Jr. seria sua única opção na sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD) ao ver a movimentação do governador Carlos Brandão (PSB) por alternativas próprias em São Luís, como o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil) e o vereador Paulo Victor (futuro PSDB).

Com Duarte eleito prefeito, entende o ministro da Justiça, Brandão teria ainda mais dificuldades, caso decida repetir o gesto de José Reinaldo Tavares, 20 anos depois, e ficar no governo até o final, inviabilizando o vice Felipe Camarão (PT) e apoiando outro candidato a governador.

Já está certo, por exemplo, que caberá à federação Brasil-Esperança o vice de Duarte Jr., provavelmente do PT, para envolver o presidente Lula diretamente na campanha; foi por isso que o PV decidiu barrar a entrada do ex-prefeito Edivaldo Júnior, que já não atende aso interesses políticos diretos de Dino.

O reforço à campanha de Duarte pressiona também o próprio Brandão a decidir-se logo sobre 2024; caso decida manter o palanque com Dino, garante as condições de eleger-se senador na chapa do candidato a governador, que, neste caso, seria, naturalmente, Felipe Camarão.

Neste momento da pré-campanha, no entanto, Brandão parece ter outros planos. Além do União Brasil, de Neto, e do PSDB, de Paulo Victor, o governador já conta com MDB e Podemos; e no Palácio dos Leões não se descarta, inclusive, uma aproximação com Eduardo Braide.

Mas esta é uma outra história…

O Globo só disse de Flávio Dino e Brandão o que este blog diz desde o fim da eleição…

Matéria do jornal carioca confirmando o afastamento entre o ministro da Justiça e o governador do Maranhão ganhou interpretação de acordo com a identificação ideológica de cada analista, mas nenhuma delas consegue mais esconder o óbvio, revelado pelo blog Marco Aurélio d’Eça ainda durante a transição: os dois já não são mais aliados nos mesmos níveis de outrora, como mostra a linha do tempo desde a pré-campanha de 2022

 

Visita de Brandão a Sarney em São Luís; ex-presidente é hoje a opção do governador para furar o bloqueio criado por Flávio Dino em torno de Lula

Análise da Notícia

Ganhou uma forte repercussão no Maranhão a matéria do jornal O Globo desta segunda-feira, 14, confirmando o afastamento político entre o ministro da Justiça Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB); a matéria é, na verdade, uma compilação de diversas situações ocorridas ao longo dos últimos dois anos, a maioria delas tratadas pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

O fato incontestável confirmado por O Globo, tratado pelos analistas maranhenses que abordaram a matéria do jornal carioca e que já havia sido antecipado nesta página: Flávio Dino e Brandão já não rezam a mesma cartilha.

O afastamento começou a ganhar cores públicas em março, quando Brandão decidiu afastar de sua gestão os principais operadores de Flávio Dino, a exemplo do ex-chefe da Casa Civil, Diego Galdino, do então secretário de Segurança, coronel Sílvio Leite e, principalmente, do presidente da Emap, Ted Lago.

A exoneração de Lago do comando do Porto do Itaqui, aliás, foi destrinchada pelo blog Marco Aurélio d’Eça em post próprio, em janeiro, com o título “Demissão de Ted Lago foi a maior pera de Flávio Dino no governo Brandão…”.

Mas o clima já não vinha bom desde o fim da campanha, com a reaproximação pública do governador, agora reeleito, e o grupo Sarney, relação avalizada no início pelo próprio Dino, que depois passou a reclamar a aliados no Maranhão e em Brasília.

Brandão abraçou os Sarney, levou diversos membros do grupo para o coração do governo e estreitou ainda mais a relação que já era íntima entre Dino e o grupo Mirante, braço de comunicação da família do ex-presidente da República.

Outro golpe do governador nas pretensões de hegemonia do grupo dinista se deu na eleição da Assembleia, novamente antecipada pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

Ainda em novembro, quando toda a mídia maranhense reforçava uma possível reeleição do presidente Othelino Neto (PcdoB) – ou, no máximo, uma disputa deste com decanos, tipo Antonio Pereira (PSB) ou Arnaldo Melo (PP) – o blog Marco Aurélio d’Eça trouxe a informação definitiva, no post “Brandão quer homenagear mulheres com Iracema Vale no comando da Assembleia…”.

Iracema foi eleita presidente da Assembleia em fevereiro; e reeleita em junho para um segundo mandato a ser iniciado apenas em 2025, fato contestado no Supremo Tribunal Federal, como uma espécie de troco de Dino, assim como apontado no post “Tese contra reeleição de Iracema foi levandata pelo próprio PSB…”.

Esvaziado no governo, Flávio Dino decidiu dedicar suas atenções para o governo Lula, no qual fora alçado ministro da Justiça.

E desde então criou uma espécie de muro entre Brandão e Lula; para não ficar sem acesso ao presidente em Brasília, o governador procurou quem? Ninguém menos que o próprio Sarney, história também contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “A guerra entre Flávio Dino e Sarney por Brandão em Brasília…”.

Os Sarney deram a Brandão o comando do MDB maranhense, numa movimentação que passa pelas eleições municipais de 2024, mas tem como pano de fundo a ainda distante sucessão de 2026.

Três dias antes da reportagem de O Globo – e seis dias depois do post do blog Marco Aurélio d’Eça sobre a guerra entre Dino e Sarney por acesso de Brandão a Lula – Brandão gerou a imagem que ilustra este post, com uma visita pessoal ao ex-presidente Sarney, que estava se recuperando de uma queda em sua casa.

Esta é a linha do tempo da relação de Flávio Dino e Carlos Brandão, história que também foi antecipada no blog Marco Aurélio d’Eça, ainda em maio de 2021, no visionário post intitulado “Pauta de centro-esquerda tende a aproximar agendas de Flávio Dino e Weverton Rocha…”.

Mas esta é uma outra história…

A doce ilusão que Flávio Dino cria em aliados de Weverton e Eliziane…

Ministro da Justiça estaria vendendo aos dois, ao mesmo tempo, a ideia de que vai liderar uma chapa para governador em 2026, caso o atual ocupante do Palácio dos Leões, Carlos Brandão, decida permanecer no cargo para eleger um aliado; estaria nesta estratégia dinista a razão para a indefinição dos grupos destes parlamentares entre ele e Brandão

 

Flávio Dino encantou Weverton e Eliziane com a ilusão de que pode repetir em 2026 a chapa vencedora de 2022

Editorial

Quem conversa com aliados do senador Weverton Rocha (PDT) no Maranhão e em Brasília ouve a seguinte sentença: “Flávio vai liderar uma chapa para o governo em 2026; e já trabalha reaproximação com Weverton, que disputará a reeleição. A outra vaga Eliziane terá que disputar com André Fufuca”.

A convicção deste pessoal é a mesma de aliados da senadora Eliziane Gama (PSD). Só que, no caso destes, será Weverton, e não ela, quem terá que disputar a segunda vaga de senador com Fufuca.

O Fufuca citado nas conversas é o deputado federal André Fufuca (PP), cotado para ministro do governo Lula (PT) e forte apoiador do governador Carlos Brandão (PSB); o parlamentar navega em faixa própria, alheio ao embate entre wevertistas e elizianistas.

O blog Marco Aurélio d’Eça apurou que a ilusão sonhada e pregada por aliados dos dois jovens senadores é criada pelo próprio Flávio Dino, por intermédio de interlocutores.

Estes aliados espalham no Maranhão e em Brasília que o ministro da Justiça será candidato a governador, caso o atual Carlos Brandão decida ficar até o final do mandato para lançar um nome mais próximo, inviabilizando o vice Felipe Camarão (PT).

Weverton e Eliziane figuraram na chapa de Flávio Dino em 2018 e derrotaram figurões da política maranhense, como o então senador Edison Lobão (MDB) e o então deputado federal Sarney Filho (PV).

O blog Marco Aurélio d’Eça apontou esta vitória antes mesmo da definição das chapas, em janeiro daquele ano, no post “Confronto de gerações nas eleições maranhenses…”

A possibilidade de repetição desta chapa em 2026 parece ter encantado o entorno dos dois parlamentares, contaminando os próprios senadores.

Nas últimas semanas, Weverton Rocha voltou a criticar fortemente o governo Brandão; o blog Marco Aurélio d’Eça também apurou que o senador pedetista recusou dois convites para conversar com o atual governador – um em São Luís, outro em Brasília.

Sinal de que, não apenas seus aliados, mas ele também, já fora picado pela mosca azul enviada por Dino.

Eliziane, por sua vez, apoiou Brandão em 2022 com a garantia de que seriam ela e ele os candidatos a senador em 2026; ganhou forte projeção no Senado durante o governo Lula, mas tem dependência histórica de Flávio Dino.

Essa esperança gerada por Dino seria a explicação para Weverton, Eliziane estarem, neste momento, numa espécie de muro imaginário entre o governador e o ministro esperando o momento para definir o lado a descer.

Só há um problema nesta equação: há duas vagas em disputa no Senado em 2026 e não três; e é óbvio que se decidir chutar o pau da barraca em relação a Dino, Brandão terá um nome próprio, que concorrerá com a estrutura do Governo do Estado sob seu comando.

Flávio Dino, portanto, está enganando alguém.

Ou a todos eles…

Weverton tem maior desafio de sua trajetória: controlar o próprio partido…

Senador tenta montar um discurso de oposição ao governo Carlos Brandão enquanto deputados federais, estaduais, vereadores, lideranças do PDT e aliados políticos se alinham publicamente ao projeto de poder que o Palácio dos Leões vem montando no estado desde janeiro, quando o atual governador tomou posse

 

Weverton votou a empunhar a bandeira histórica do PDT contra a hegemonia do poder no Maranhão; mas, como comandante, precisa definir o rumo do partido

Análise da Notícia

O senador Weverton Rocha (PDT) fez nesta terça-feira, 11, sua terceira manifestação pública de contraponto  ao governador Carlos Brandão (PSB), com quem disputou as eleições de 2022: de forma justa, cobrou de Brandão que não esqueça de lembrar a origem dos recursos quando anuncia benefícios para o Maranhão.

O senador pedetista foi um dos responsáveis pela aquisição de viaturas e armamentos entregues nesta segunda-feira, 10, para a Segurança Pública em São Luís e no interior; as emendas parlamentares do senador e de outros, foi ignorada por Brandão na cerimônia de entrega dos equipamentos. 

Ao reclamar nas redes sociais, Weverton põe as coisas no devido lugar.

Mas ocorre que na plateia do evento – e entre os beneficiários das viaturas e armas – estavam deputados federais, estaduais, vereadores, prefeitos, lideranças pedetistas e outros aliados políticos do próprio senador.

Derrotado nas eleições de 2022, Weverton Rocha vive hoje o maior desafio de sua reluzente carreira política: controlar o PDT, seu próprio partido.

Depois de um período de silêncio de oito meses no pós eleição, o senador pedetista começou a se movimentar mais abertamente, se não como claro oposicionista, pelo menos como contraponto a Brandão; mas àquelas alturas, o único deputado federal do PDT – Márcio Honaiser – a bancada de deputados estaduais e, sobretudo, os vereadores do partido, já estavam absolutamente alinhados ao projeto de Brandão. 

O blog Marco Aurelio d’Eça registrou esta retomada de Weverton no post “Embora ainda tímido, Weverton quebra o silêncio…”.

Todos os deputados estaduais do PDT – Glalbert Cutrim, Osmar Filho, Cláudia Coutinho e Drª Viviane – estão na bancada governista e têm sido agraciados com ações de Brandão; entre os vereadores, o alinhamento é ainda mais intenso, com Raimundo Penha, Pavão Filho e Nato Júnior fechados, inclusive, com o projeto eleitoral de Brandão para as eleições de 2024. 

Não há dúvidas de que o período sabático experimentado pelo líder pedetista contribuiu para a debandada dos aliados, que inclui ainda prefeitos e parlamentares de outras legendas que somaram com ele nas eleições do ano passado.

Mas ainda há algumas dúvidas sobre atual momento político maranhense: haverá um desdobramento prático na guerra fria travada entre o governador Carlos Brandão e o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB)? E este desdobramento significará dois grupos políticos na disputa pelo Palácio dos Leões em 2026?

Se aposta neste rompimento, Weverton toma a posição correta ao se posicionar – ainda que timidamente – em contraponto a Carlos Brandão, apostando no realinhamento a Flávio Dino, com quem sempre teve maior identidade ideológica.

Mas para ter, de fato, a importância necessária no embate de 2026 precisa vencer este atual desafio.

E tomar as rédeas do próprio partido…

Com mais de 182 mil eleitores, Imperatriz está prestes a ter segundo turno pela primeira vez em sua história…

Município está a menos de 18 mil eleitores para conquistar o direito de escolher seu prefeito em dois turnos, patamar que pode ou não ser alcançado em 2024, mas fatalmente será a partir de 2026, levando em consideração o aumento no número de aptos a votar registrados entre as eleições de 2020 e 2022; no Maranhão, apenas a capital, São Luís, pode realizar dois turnos nas eleições de presidentes, governadores e prefeitos

 

Imperatriz está prestes a se tornar o segundo colégio eleitoral maranhense a realizar eleições em dois turnos

Ensaio

Aproveitando a divulgação do Censo do IBGE nesta quarta-feira, 28, o blog Marco Aurélio d’Eça avança um passo e discute neste ensaio que o município de Imperatriz está próximo de ser a segunda cidade maranhense a ter eleições em dois turnos.

Para isso, precisa atingir um eleitorado de 200.001 eleitores nos próximos pleitos, segundo exige os artigos 28 e 29 da Constituição Federal.

Nas últimas eleições, em 2022, Imperatriz apresentou eleitorado de 182.605 eleitores; estaria, portanto, a 17.396 eleitores para ter, pela primeira vez, segundo turno nas eleições de prefeito.

Levando em consideração que o total de eleitores na Princesa do Tocantins cresceu 13.388 entre 2020 e 2022 – uma taxa de 7,9% – se não alcançar os 200 mil eleitores em 2024, fatalmente o município terá segundo turno já nas eleições gerais de 2026.

De acordo com o Censo do IBGE divulgado nesta quarta-feira, 28, a população de Imperatriz chegou a 273.110 habitantes.

Resta saber quantos deles atingirá a idade para votar nas próximas eleições…

“Sim, meu nome continua à disposição”, diz Iracema, sobre nova eleição na Assembleia…

Projeto de Resolução antecipando a data para 20 de junho foi aprovada em primeiro turno nesta quinta-feira, 1º; atual presidente diz que vai conversar com os colegas para formação da nova Meda Diretora

 

Iracema Vale deve ser confirmada para novo mandato à frente da Assembleia Legislativa

A deputada Iracema Vale (PSB) confirmou nesta quinta-feira, 1º, que irá mesmo buscar a sua reeleição para a presidência da Assembleia Legislativa.

O projeto de Resolução antecipando a votação – de fevereiro de 2025 para o próximo dia 20 de junho – foi aprovado em primeiro turno, na sessão de ontem.

– Sim, meu nome está novamente à disposição dos colegas – disse a presidente.

Perguntado pelo blog Marco Aurélio d’Eça se os atuais membros da Mesa Diretora continuarão os mesmos, ela declarou que ainda irá conversar com os colegas sobre a formação da chapa.

O projeto de Resolução é e autoria do deputado Antonio Pereira (PSB).

Aprovada em primeiro turno, a proposição respeitará intervalo de mais duas sessões para voltar a ser apreciado em plenário, o que deve ocorrer na terça-feira, 13.

Sete dias depois, em 20 de junho, haverá a nova eleição da mesa.

Que ficará no comando da Casa até fevereiro de 2027…

Flávio Dino declara apoio a Lula em 2026, mas inclui, do nada, 2030 no debate…

Ministro da Justiça diz que vai estar na militância em favor da reeleição do atual presidente, que, segundo ele, vem se reafirmando e criando as condições para disputar novamente o comando do pais; mesmo assim, sempre inclui nas entrevistas um pleito quer está bem distante no cenário político

 

Flávio Dino tenta não ofuscar Lula com declarações sobre 2026, mas inclui pessoalmente o debate sobre 2030 nas entrevistas

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) voltou a declarar apoio à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao site 247.

Para Dino, o presidente está se reafirmando como governo e deve disputar a reeleição.

– Eu tenho um candidato em 2026 que se chama Luiz Inácio Lula da Silva. É meu candidato, terá meu voto, meu apoio e militância – disse o ministro.

Na entrevista, porém, Dino vem abrindo a discussão para 2030, como tem feito em todas as conversas sobre a sucessão presidencial; do nada, ele diz ao interlocutor que ainda é cedo para discutir 2030.

– Quem faz plano para 2030 está precisando de tratamento médico. Eu não faço plano – afirma.

A postura de Dino sobre a sucessão de Lula mudou desde que o PT começou a mostrar ciúmes de sua performance midiática no governo, assunto que foi abordado no blog Marco Aurélio d’Eça em fevereiro, no post “Flávio Dino tenta ofuscar brilho de Lula e quebra a primeira Lei do Poder…”.

Mas não é a primeira vez que Flávio Dino inclui no debate sobre a sucessão de Lula o ano de 2030, quando o presidente, se reeleito em 2026, estará concluindo o segundo mandato sem poder mais disputar outro pleito.

Em 10 de maio, ele disse coisa parecida ao UOL, em entrevista reproduzida no maranhão pelo blog do jornalista John Cutrim. (Leia aqui)

– Já tenho candidato em 2026: o presidente Lula. E 2030 está muito, muito, muito longe – disse ele, também sem que ninguém perguntasse por 2030.

Dino, portanto, é nome interessado na sucessão presidencial.

Em 206 ou 2030, tanto faz…

Reeleição de Iracema à presidência da Assembleia já tem apoio de 33 deputados…

Projeto de Resolução de autoria do deputado Antônio Pereira foi protocolado nesta quinta-feira, 25, e antecipa a votação na Casa – que só ocorreria em fevereiro de 2025 – para o dia 20 de junho deste ano

 

Carlos Brandão já garantiu a presidência da Assembleia para Iracema Vale até 2027

A deputada Iracema Vale (PSB) deve ser reeleita presidente da Assembleia Legislativa no próximo dia 20 de junho para um novo mandato como chefe do Poder Legislativo, que vai de 2025 a 2027.

Para garantir esta reeleição ela já tem apoio de 33 deputados, que subscreveram o Projeto de Resolução de autoria do colega Antônio Pereira (PSB) estabelecendo a nova data da eleição.

Iracema foi eleita há apenas três meses para presidir a Assembleia. Na prática, o projeto de Pereira vai garantir a ela mais dois anos de mandato exatamente 21 meses antes de terminar o primeiro.

O Projeto de Resolução deve ser apreciado na Assembleia já na semana que vem; e deve ser aprovado por unanimidade, apesar de não contar com a assinatura de nove parlamentares.

A reeleição de Iracema na Assembleia já vinha sendo discutida nos bastidores desde que ela tomou posse, em fevereiro. A articulação é do próprio governador Carlos Brandão (PSB), que quer incluí-la na sua linha de sucessão em 2026.

A garantia de permanência da deputada na chefia do Poder Legislativo até 2027 é a primeira etapa de um projeto de poder de Brandão, que passa pelas eleições municipais.

E influenciará diretamente o futuro político do próprio governador…

Assembleia deve começar a discutir reeleição de Iracema Vale…

Cresce entre os deputados estaduais movimento em favor da antecipação da eleição para a diretoria da Casa e consequente renovação do mandato da atual presidente, o que confirma os planos do grupo do governador Carlos Brandão rumo às eleições de 2026, já antecipados neste blog Marco Aurélio d’Eça

 

Movimentação da base indica conversa de Brandão sobre novo  mandato de Iracema na presidência da Alema

Análise da notícia

Em 17 de fevereiro, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “Estratégia política de Brandão visa o pós-2026…”.

O texto deixou claro o papel-chave da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), neste processo de construção do projeto brandonista.

[Brandão] conta com três peças-chave: o vice-governador Felipe Camarão (PT), o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB), e a presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Iracema Vale (PSB); Felipe e Paulo Victor terão papel importante na sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD), o que, na montagem dos cenários políticos de Brandão, garantirá a Iracema papel importante também em 2026 – disse o post.

Pouco mais de três meses depois, já é praticamente consenso na base de apoio de Brandão a antecipação da eleição da Assembleia para o biênio 2025/2027, como manifestou o deputado Júlio Mendonça (PCdoB) – ligado ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – ao blog de Domingos Costa.

– A tendência natural, sim, é a recondução da presidente Iracema – afirmou Mendonça. (Leia aqui)

Desde o início do novo mandato, o governador usou uma estratégia psicológica de poder: tem feito de forma rápida e imediata tudo o que precisa ser feito em relação à consolidação do governo; dentro deste conceito, pretende definir a reeleição da aliada na Assembleia antes mesmo do recesso parlamentar de meio de ano.

Por isso é que os deputados do seu grupo político começaram a se manifestar mais abertamente sobre a antecipação da eleição da mesa diretora.

Eventualmente reeleita, Iracema Vale assumirá novo mandato em 2025, com tempo de comando até 2027.

E sua presença no comando da Assembleia terá forte influência nas eleições de 2026.

Estratégica para o futuro do próprio Brandão…

MDB é trunfo de Brandão para 2026…

Com o irmão Marcus no comando do partido, governador garante mais uma legenda de peso em seu raio de influência, que pode ser fortalecido ainda mais com sua especulada entrada no União Brasil; e com força partidária, ele se transforma no maior líder do estado, com tudo o que isso traz de bom e de ruim à política

 

Com o portfólio partidário que vem montando, Carlos Brandão deixa de ser mero retrato nas mãos de Flávio Dino

Análise da notícia  

Com quase cinco meses de  mandato próprio – para o qual fora eleito em outubro – o governador Carlos Brandão (PSB) conseguiu fazer tudo o que quis no Maranhão.

Elegeu o sobrinho Daniel Brandão para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), garantiu o irmão Marcus Brandão numa diretoria de peso na Assembleia Legislativa e caminha para fazer o próximo desembargador do Tribunal de Justiça, além de alocar parentes e aliados próximos como olheiros em praticamente todas as secretarias do seu governo.

Mas as ações que lhe garantem controle administrativo do estado são apenas um aspecto do poder que Brandão vem construindo desde que reelegeu-se e deixou para trás o mandato herdado do ministro Flávio Dino (PSB).

O governador tem se mostrado uma felpuda raposa política, como poucos no Maranhão.

O controle do MDB sarneysista é o seu principal trunfo eleitoral, tanto nas eleições de 2024 quanto – e principalmente – nas eleições de 2026.

A sigla historicamente ligada à família Sarney tem poder de fogo, com uma das maiores cotas do Fundo Partidário anual e, sobretudo, do Fundo Eleitoral, distribuído em ano de eleições.

Com o controle do MDB – que será presidido por Marcus Brandão – o governador sai da linha de influência do ministro Flávio Dino, controlador do PSB , e ganha condições para navegar em faixa própria nos dois próximos pleitos.

E se conseguir o controle também do União Brasil – hoje dividido entre os deputados federais Pedro Lucas Fernandes e Juscelino Filho – Brandão passa a ser o principal líder partidário do estado, com todos os desdobramentos que isso possa significar.

Para o bem e para o mal…