0

Abstenção no segundo turno se mantém estável desde 2002…

Eleições presidenciais vêm tendo duas rodadas de votação há 20 anos, sempre com uma margem de faltosos na casa dos 20% de eleitores; maior índice foi registrado em 2010, às vésperas de um feriadão de finados

 

As campanhas dos presidenciáveis preocupam-se com a ausência do eleitor no segundo turno das eleições

Pesquisa histórica

Criado no Brasil a partir das eleições de 1998, o segundo turno eleitoral já foi realizado em seis das sete eleições com possibilidade de aplicação do dispositivo; apenas Fernando Henrique Cardoso (PSDB), exatamente em 1998, foi reeleito em primeiro turno desde então.

Preocupação das campanhas neste 2022, a abstenção no segundo turno se manteve em uma média instável, na casa dos 20% de eleitores faltosos entre 2002 e 2018:

20,46% em 2002;

18,99% em 2006;

21,47% em 2010;

21,1% em 2014;

e 21,29% em 2018.

O índice histórico foi ligeiramente maior em 2010, quando o segundo turno caiu no dia 31 de outubro, às vésperas do feriado de finados; a preocupação do feriado voltou a rondar as campanhas em 2022.

No Maranhão, por exemplo, o Governo do Estado e algumas prefeituras decidiram transferir o feriado do servidor público da sexta-feira, 28 para a segunda-feira, 31; e deram ponto facultativo no dia 1º de novembro, emendando com o feriado do dia 2.

O servidor público maranhense, portanto, ganhou um feriadão de três dias, até a quinta-feira, 3.

Mesmo nos estados onde não se comemora o Dia do Servidor Público, o feriado do dia 2, na quarta-feira, é motivo de preocupação para as campanhas.

Mas a tendência é que essa abstenção se mantenha na média histórica…

18

Entenda por que Lula será eleito presidente…

Surgido como um arroto da história após o golpe contra Dilma em 2016, Jair Bolsonaro nunca foi visto com bons olhos pelas elites tradicionais, as castas superiores do país. Aclamado apenas pela classe média pequeno-burguesa – formada por médicos, oficiais militares, pequenos empresários e novos ricos de toda sorte – o presidente não conseguiu chegar também aos mais pobres, beneficiados nos governos do PT; o resultado é o que se vê nas pesquisas e deve ser confirmado no domingo, 2

 

Despreparado para o cargo, Bolsonaro nunca conseguiu ser aceito na comunidade internacional; e conseguiu se isolar também no próprio país

Ensaio

As castas superiores da elite brasileira entenderam em 2016, a partir da cassação de Dilma, que era preciso dar um freio no PT pra que essas castas pudessem voltar a crescer.

Mas ninguém dessas castas – ninguém mesmo – imaginou, um dia, que pudesse ter um presidente como Jair Bolsonaro (PL) no Brasil. Eles apostavam em outras forças, digamos… mais sofisticadas.

Bolsonaro é apenas um arroto dessa história.

Junto com as castas mais inferiores – o que comumente se chama de classe média, ou pequena burguesia, pra ficar num termo pós-Idade Média – Bolsonaro foi o resultado dessa orquestração das elites.

E o que é a classe média?

É exatamente essa casta formada por médicos, oficiais militares, pequenos empresários, funcionários públicos superiores, novos ricos de toda sorte, gente que defende os valores católicos-apostólicos-romanos por tradição; por que entendem que é assim na tradição histórica e ponto.

E é essa gente – e somente esta gente – que ainda defende a manutenção de Bolsonaro no poder.

Também visto como exótico no Primeiro Mundo, Lula conseguiu se estabelecer internacionalmente pelos números dos governos do PT

Para a elite, hoje, Lula é melhor por que gera riqueza, faz girar o ambiente de negócios e atrai investimentos internacionais.

À elite soma-se a classe artístico-cultural, pelas razões todas que se conhece: da transgressão, da resistência, do ser diferente.

E por último somam-se as castas mais baixas da sociedade – os pobres mesmos – pelas razões históricas todas que a gente já conhece desde o início dos governos do PT.

É por isso que Lula vai ganhar a eleição.

Para europeus e norte-americanos, tanto Lula quanto Bolsonaro são exóticos do ponto de vista das nações “mais civilizadas”

Mas o fato de Lula melhorar a vida dos pobres, o transforma em mais palatável internacionalmente.

O resto é blablablá ideológico ou fanático-religioso…

1

Sarney, o oráculo…

Peregrinação de candidatos à presidência da República à casa do ex-presidente mostra que, mesmo afastado da política, já com 92 anos, o maranhense é ainda o maior político da história do Brasil

 

Do alto dos seus 92 anos, Sarney tem prestígio, poder e influência sobre a política nacional, tudo o que qualquer político sonha em ter um dia

O ex-presidente José Sarney (MDSB) tornou-se uma espécie de oráculo nesta fase da pré-campanha que se aproxima da definição oficial dos candidatos.

Já passaram pela sua casa o ex-presidente Lula (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL), a senadora Simone Tebet (MDB), e até o filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL); todos querem ouvir de Sarney opiniões e impressões sobre a sucessão presidencial;.

Mesmo afastado da política e do alto dos seus 92 anos, Sarney é, ainda hoje, a principal referência no que diz respeito a influencias partidárias no país.

O maranhense representa o que todo político gostaria de ter: prestígio, poder e influência entre os poderosos de Brasília.

Se sonha ser como ele, o ex-governador Flávio Dino deveria passar uns dias em sua casa na capital federal…  

17

Zé Inácio ressalta possibilidade de Lula vencer já em primeiro turno…

Ao analisar pesquisas de intenção de votos deste início de ano eleitoral, deputado estadual diz que os números mostram a insatisfação do povo brasileiro com o governo Jair Bolsonaro, reprovado por 64% da população

 

O deputado estadual Zé Inácio (PT) apontou a possibilidade de o ex-presidente Lula vencer a eleição de outubro ainda em primeiro turno.

Analisando números de pesquisas divulgadas neste início de 2022, o parlamentar ressaltou dados que mostram Lula vencendo de todos os outros candidatos juntos.

– Essas pesquisas que estou me referindo, a maioria é deste ano, registradas no Superior Tribunal Eleitoral e pesquisas feitas por diferentes institutos, todas apontando larga vantagem do presidente Lula, inclusive colocando com possibilidade de vitória em primeiro turno – disse Inácio.

Ele ressaltou ainda que os números refletem o fracasso do governo Bolsonaro e sua reprovação pela população brasileira.

– A reprovação a esse Governo que está aí, é por conta do aumento da inflação, a fome que voltou, o aumento abusivo da gasolina, por conta da política econômica do Bolsonaro e do Guedes, o aumento do gás de cozinha, o aumento da cesta básica, que demonstram a incapacidade, tanto de Bolsonaro como do Guedes, de resolver os principais problemas do nosso povo. Aí não tem outra: é a saudade do ex-presidente Lula e a reprovação em quase 70% desse (des)governo que está aí – afirmou.

Zé Inácio também atribui a alta reprovação do governo Bolsonaro, a guerra que o atual presidente trava contra a ciência e contra a vacinação, mostrando seu desprezo pela vida da população brasileira.

– São quase 650 mil brasileiros que foram mortos pelo Covid, fruto de uma política negacionista, que nega a eficácia das vacinas. Mais de 80% das pessoas internadas hoje em decorrência da Covid são aquelas que seguem Bolsonaro e se recusam a tomar a vacina – disse.

No estado de São Paulo Lula aparece com 32% e Bolsonaro 27% das intenções de voto, no Rio de Janeiro – estado de Bolsonaro – Lula tem 43% e o presidente 30%, no Paraná Lula também lidera as pesquisas com 32% enquanto Bolsonaro aparece com 29% e na região nordeste Lula mantem o favoritismo chegando a 57% das intenções de voto e Bolsonaro não ultrapassa 30%. Já nas pesquisas feitas entre os evangélicos Lula tem tido um crescimento significativo e aparece com 32% das intenções contra 40% de Bolsonaro.

– Os evangélicos estão enxergando que o presidente Lula, de fato, é a esperança do povo brasileiro para dias melhores, para acabar com essa carestia dos preços altos, garantir comida no prato, moradia digna, retomar a geração de emprego e renda, uma educação de qualidade e saúde para o povo. Isso sim é valorizar a família, e é essa luta que nós vamos travar de forma muito firme em 2022 – finalizou Zé Inácio.

17

Este blog aponta de novo: eleição presidencial caminha para embate Lula X Moro

Com a ameaça cada vez mais iminente de que o presidente Jair Bolsonaro nem chegue ao segundo turno, ex-juiz federal pode angariar apoios no mercado, nos quarteis e nas igrejas – onde o bolsonarismo se criou em 2018 – levando a disputa para um confronto direto com o ex-presidente petista

 

O ex-presidente e o ex-juiz federal podem jogar Bolsonaro nos porões da história e polarizar uma disputa que deveria ter ocorrido já em 2018

Ensaio

Terceiro colocado nas pesquisas sobre a sucessão presidencial, o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) já pode ser considerado a terceira via na disputa; e tende a polarizar a eleição com o ex-presidente Lula (PT). 

Em dezembro de 2021, o blog Marco Aurélio D’Eça já apontava esta tendência, no post “2022 caminha para polarização entre Lula e Moro…”

Este blog volta a afirmar esta possibilidade diante da movimentação cada vez mais clara do ex-juiz federal rumo á conquista dos setores mais conservadores do bolsonarismo, diante da possibilidade cada vez mais real de o presidente Jair Bolsonaro (PL) sequer chegar ao segundo turno.

Incompetente, despreparado, mal-educado, boçal, desqualificado, grosseiro, homofóbico, racista, preconceituoso, machista, corrupto, provinciano, raso, reducionista e incapaz, é, de fato, um arroto da história, que só chegou ao poder graças ao equívoco das elites de tentar apear o PT do poder sem ter alternativa viável.

Arroto da histórica política recente, Bolsonaro é cada vez mais figura sombria na disputa presidencial; e tende a voltar para os porões da política

Este arroto da história tende a se esvair ao longo da campanha, sobretudo se Moro alcançar mesmo o interesse do Mercado, dos quarteis e dos evangélicos todos desiludidos com o fracasso do bolsonarismo.

Se isso ocorrer, se terá em outubro o embate político que já se deu no âmbito judicial, entre o ex-juiz federal acusado de usar o cargo para perseguir um ex-presidente afastado de uma eleição que depois beneficiou o próprio ex-juiz.

E Bolsonaro estará, definitivamente, nos porões da história.

De onde nunca deveria ter saído… 

1

Carlos Brandão assume apoio candidato presidencial do PSDB

Vice-governador tucano vai cerrar fileiras em favor do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tido como a potencial escolha do mercado e da mídia para encarnar a terceira via no embate com o presidente Jair Bolsonaro e com o ex-presidente Lula

 

Carlos Brandão está fechado com Eduardo Leite, que deve representar o mercado e a grande mídia no embate com o ex-presidente Lula nas eleições de 2022

O governador  Carlos Brandão (PSDB) assumiu definitivamente o seu apoio à candidatura presidencial ao colega de partido  Eduardo Leite, governador  do Rio Grande do Sul.

O blog Marco Aurélio D’Eça já havia apontado a preferência de Brandão pelo tucano gaúcho, na disputa interna do PSDB contra o governador de São Paulo, João Dória.

Apesar das tentativas de ter o PT em seu palanque no Maranhão, Brandão vai atuar diretamente na campanha de Leite, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador do Rio Grande do Sul é visto hoje como o principal nome para encarnar a terceira via na disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente Lula.

Ele tem o apoio do mercado e da grande mídia; e defende bandeiras simpáticas ao atual momento político, o que o torna potencial adversário de um dos dois principais candidatos num eventual segundo turno.

Brandão esteve, inclusive, no Rio Grande do Sul, para firmar apoio a Eduardo leite, visita também revelada pelo blog Marco Aurélio D’Eça.

As prévias do PSDB para escolha do candidato a presidente serão realizadas neste mês de novembro…

0

Weverton Rocha no centro das discussões nacionais do PDT

Ao lado do presidente do partido, Carlos Lupi, senador maranhense articula alianças nacionais com PT, PSB, PSOL, PCdoB e partidos de centro, como PSD e DEM, em que inclui no debate também as eleições nos estados

 

A articulação de Weverton com Lula parte da eleição presidencial e prevê a aliança entre o PDT e o PT em vários estados, incluindo o Maranhão

Tendo o ex-ministro Ciro Gomes como pré-candidato a presidente, o PDT é um dos partidos com maior articulação nacional para as eleições de 2022; e no centro destas discussões está o senador maranhense Weverton Rocha, ele próprio um pré-candidato a governador.

Ao lado do presidente nacional do partido, Calos Lupi, Weverton é interlocutor direto de lideranças do PT, do PSOL, do PCdoB, do PSB e até com partidos de centro, como o PSD e o DEM. 

Em todas as discussões, além da corrida presidencial, o PDT discute também as alianças nos estados, com foco nas candidaturas aos governos e suas contrapartidas na eleição presidencial.

Interlocutor privilegiado no partido, Weverton Rocha já esteve com o ex-presidente Lula (PT), com o ex-presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) e com o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Com todos eles, o senador maranhense discutiu alianças nos estados, incluindo o Maranhão.

Weverton tem articulado com o psolista Guilherme Boulos e o comunista Orlando Silva alianças de centro-esquerda em São Paulo, no Rio e no Maranhão

Nas últimas semanas, Weverton recebeu de Carlos Lupi a missão de conversar também com o PSD, de Gilberto Kassab, que deve ter como candidato a presidente o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Além da articulação nacional, o PSD tem pré-candidatos a governador em vários estados, incluindo o Maranhão, onde terá o ex-prefeito Edivaldo Júnior.

Como pré-candidato a governador e interlocução privilegiada no PDT, Weverton tem autonomia para discutir alianças, propor acordos e montagem de chapas, ampliando seu poder de articulação para além do Senado.

E esta articulação terá influência direta também nas eleições maranhenses…

4

Flávio Dino mantém percentual discreto, mas crescente em pesquisas

Levantamento do DataPoder divulgado nesta quinta-feira, 17, mostra que o governador do Maranhão oscila entre 3% e 4% das intenções de votos para presidente, dependendo do cenário pesquisado

 

O governador Flávio Dino (PCdoB) mantém-se com tendência de crescimento – ainda que discreto – nas pesquisas de intenção de votos para presidente da República.

No último levantamento, divulgado nesta quinta-ferira, 17, pelo DataPoder, Dino oscila entre 3% e 4% de intenção de votos, de acordo com o cenário – se com Lula ou com Haddad representando o PT.

O destaque é que o índice de Dino é o praticamente o mesmo de Ciro Gomes (PDT), já candidato há várias eleições.

Mais um sinal dde que o governador maranhense está inserido no contexto nacional…

1

“Agora é hora do diálogo”, diz Eliziane, sobre aliança Dino/Huck…

No mesmo dia em que o ex-presidente Lula e o PT praticamente fecharam as portas para o governador do Maranhão, senadora maranhense fala de “frente ampla, suprapartidária, que derrube muros” para 2022

 

Tanto pelo lado do Cidadania quanto pelo apoio ao próprio Flávio Dino, Eliziane Gama está no projeto de “frente ampla” para as eleições de 2022

A senadora Eliziane Gama (Cidadania) expressou, em uma de suas raras manifestações na rede social Twitter, sua clara simpatia pelo projeto de “frente ampla” nas eleições de 2022, envolvendo não apenas a esquerda, mas o centro político no debate presidencial.

Na avaliação da parlamentar, com a democracia sendo fustigada dia após dia com ascensão do governo Bolsonaro, só a unidade dos divergentes pode salvar o futuro do Brasil.

– Nesse contexto, me honra muito estar tanto no Cidadania  quanto na base política do governador Flávio Dino, dois grupos que, mesmo tendo divergências pontuais programáticas, têm na defesa da democracia e das garantias individuais seu ponto de convergência – disse a senadora.

O mais importante é que Eliziane Gama defendeu seu ponto de vista – que aponta claramente para o diálogo entre Flávio Dino (PCdoB)) e o apresentador Luciano Huck, nome do Cidadania para as eleições presidenciais – ocorreu no mesmo dia 28 em que o ex-presidente Lula e o PT praticamente fecharam as portas para o comunista maranhense em 2022.

– Essas convergências só podem surgir em um ambiente de diálogo. E estes diálogos só podem ocorrer em uma frente ampla, que derrubem muros – disse a senadora.

Flávio Dino tem buscado diálogo com as forças políticas dos mais diversos campos ideológicos, mas centra suas articulações nas conversas com o apresentador Luciano Huck, cujo projeto eleitoral é influenciado pelo empresário Jorge Paulo Lemman, o homem mais rico da América Latina, e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, fundador do PSDB.

A movimentação do comunista maranhense tem sido atacada pelo PT e por Lula, que defendem uma unidade unicamente de esquerda, mas capitaneada pelos próprios petistas.

Líder do Cidadania no Congresso Nacional e uma das principais lideranças nacionais do partido, Eliziane mostrou que apoia o projeto de centro-esquerda, que pode ter, inclusive, repercussão também nas eleições estaduais de 2022 no Maranhão.

Mas esta é uma outra história…

1

Propostas de Lula e de Flávio Dino para o país são antagônicas

Enquanto o ex-presidente Lula e seu partido, o PT, reforçam a radicalização à esquerda, liderada por eles próprios, governador do Maranhão busca opções de centro e até liberais; ambos na tentativa de frear a extrema direita brasileira

 

Lula e Dino têm o mesmo objetivo, o enfrentamento da extrema direita brasileira; mas suas propostas são diferentes e até antagônicas

O início de 2020 no Brasil começou com uma espécie de polarização das lideranças nacionais de esquerda, protagonizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

E está cada vez mais claro o antagonismo das propostas de Lula e de Dino, embora ambos mantenham o discurso de aliados e o mesmo objetivo: frear a onda radical da extrema direita brasileira.

Desde que deixou a prisão em Curitiba (PR), Lula tem reforçado o discurso de unidade à esquerda, mas deixa claro que essa unidade só pode ser construída a partir da liderança do PT. Em seus discursos e entrevistas, o ex-presidente vê as demais legendas do campo progressista – PCdoB, PDT, PSB, PSOL – como meros coadjuvantes petistas nas eleições de 2022.

Flávio Dino, por sua vez, faz movimentos rumo ao centro – e chega a flertar até com propostas mais liberais.

Cotado como presidenciável em 22, o comunista maranhense já buscou diálogo com lideranças do PSDB e do Novo, mantém forte relação com o comando do DEM e busca aproximar outro nome da oposição, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que anda ausente do debate.

O movimento de Dino tem gerado críticas do próprio PT, que defende radicalmente a dicotomia Esquerda X Direita como plataforma político-eleitoral no momento atual do país e do mundo.

Tanto o movimento de Lula quanto o de Flávio Dino têm um objetivo claro: frear as pretensões da extrema direita brasileira que chegou ao poder ancorada em propostas autoritárias, com viés de fascismo e flertando publicamente com o nazismo.

O tempo dirá se as duas propostas convergem para uma aliança mais radical ou se concentra ao centro, reunindo nomes e propostas de todos os espectros políticos.

As ideias já estão postas…