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Flávio Dino vai se reunir com Lula ainda em janeiro…

Conversa entre o comunista e o líder petista está prevista para o dia 17; os dois devem tratar da sucessão presidencial e dos movimentos do governador maranhense no cenário nacional

 

Em forte ascensão no cenário político nacional, apontado como provável nome em chapas de várias tendências  na corrida presidencial, o governador Flávio Dino (PCdoB) deve se reunir com o ex-presidente Lula ainda neste início de ano.

A conversa foi convocada pelo próprio petista, que quer ouvir de Dino suas impressões sobre o atual governo Jair Bolsonaro e sobre os nomes já postos na disputa.

O próprio Flávio Dino é um dos nomes cotados à corrida presidencial – seja como candidato a presidente, seja como companheiro de chapa.

A reunião foi noticiada no blog do Rovai, da revista Fórum, de viés esquerdista. (Leia aqui)

Nesta semana a imprensa revelou que Dino já se reuniu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSD) e com o apresentador Luciano Huck, que é cotado à presidência.

A conversa chamada por Lula se deu exatamente dos movimentos do comunista com segmentos mais liberais da política.

Sinal de que o político maranhense está, de fato, inserido no debate nacional…

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Flávio Dino autoinserido nas pesquisas sobre 2022…

Ao antecipar sua condição de pré-candidato a presidente, governador comunista se antecipa ao debate e passa a ser o primeiro nome de oposição ao governo que acaba de começar

 

Dino quer ocupar espaços nacionais a partir de agora, para chegar como opção consolidada em 2022

Ainda não teve a repercussão que, provavelmente, era esperada pelo próprio. E a precocidade do ato também foi vista como prematura por aliados e adversários.

Mas o lançamento de seu nome para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) garantiu um espaço de fala ao governador Flávio Dino (PCdoB).

A partir de agora, ele passa a ser o primeiro nome da oposição a Bolsonaro apresentado como seu possível adversário em 2022.

Isso garante, entre outras coisas, a inclusão do seu nome em qualquer pesquisa de intenção de votos sobre as eleições presidenciais – ainda que elas surjam só em 2020, ou 2021, tanto faz.

O maranhense vai precisar, agora, desprender-se do engessamento ideológico que o PCdoB lhe dá – ainda que seja o PCdoB o único responsável, neste momento, por promover sua pré-candidatura a ponto de incluí-la nas pesquisas.

Com o PCdoB, ele tem também atrelado ao seu nome apoios a ditadores como Nicolas Maduro, da Venezuela, e a corrupção que marcou as esquerdas nos últimos anos.

Outro partido, portanto, deve ser um segundo passo no projeto dinista de poder nacional em 2022.

Mas esta é uma outra história…

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O PT quer vencer no voto; e isso deve ser respeitado…

Partido de Lula errou muito nos últimos anos, pagou por esses erros – e continua pagando – mas o partido busca democraticamente a volta ao poder; e não são os petistas que estão pregando golpes ou praguejando contra eventual resultado das eleições

 

Editorial

O Partido dos Trabalhadores cometeu muitos erros graves nos últimos anos, isso é verdade.

Suas lideranças condenadas por vários crimes, seu principal líder preso em uma cela em Curitiba, a cassação de sua presidente eleita pelo povo e a perda de credibilidade são frutos destes erros.

E a legenda continua a pagar por seus erros.

Mas o PT está disputando no voto a retomada do poder. Com seu candidato Fernando Haddad, disputa com outros 10 representantes o direito de ter o presidente da República.

E não é o PT que anda pregando ou ameaçando golpes de estado.

Não é o PT que está levantando suspeitas sobre as urnas eletrônicas.

Não é o PT que ameaça não aceitar o resultado do pleito.

O partido de Lula deu a cara a tapa, se expôs ao país e está pedindo, democraticamente, nova oportunidade de comandá-lo.

E disputa o pleito com outras várias opções de candidatos, visões de mundo, ideias de gestão e projetos de poder.

Cabe ao eleitor escolher um deles.

E é o eleitor quem precisa ser respeitado.

E respeitar o eleitor é respeitar o resultado das urnas.

Simples assim…

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O discurso nacional de Flávio Dino…

Em franca campanha para vender-se como liderança nacional, comunista opta por falar de economia e política internacional durante abertura dos trabalhos da Assembleia, de olho num eventual pós-Lula

 

DE OLHO NO PÓS-LULA. Dino tenta se vender como conhecedor de política nacional e internacional

Em mensagem apresentada pessoalmente à Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira, 5, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) adotou um estranho discurso nacionalizado, com foco na imagem que tenta vender, de líder de esquerda, diante da possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser preso – após condenação no caso do tríplex do Guarujá – e não ser candidato em outubro.

O tom do seu discurso foi todo voltado para a política e a economia nacionais.

– Todos nós acompanhamos que o ano de 2017 no Brasil foi marcado pela persistência do quadro de anomalia institucional que estamos vivendo praticamente há 4 anos – declarou.

Até a crise comercial envolvendo as empresas Boyer e Bombardier – duas gigantes da aviação internacional foi usado por Dino para impressionar os deputados.

– Nós que acreditamos num Brasil de verdade queremos instituições de estado fortes para defender o nosso país, inclusive defender o nosso mercado, defender as nossas empresas. Assim é nos Estados Unidos, assim é no Canadá, assim foi na Irlanda, na cidade de Belfast, onde esses empregos são gerados. Portanto, o papel do poder público é insubstituível – afirmou, para então tentar emendar.

O discurso de Flávio Dino chamou atenção porque, ele próprio, tem afirmado não ter interesse na disputa presidencial de 2018.

Mas pelo visto, tem declarado o contrário do que espera…