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A dez dias da eleição, quadro de eleitos para a Assembléia praticamente se consolida…

Está praticamente fechada a lista de eleitos para a Asembléia Legislativa.

Faltando cerca de 10 dias para o pleito, restam poucas vagas em algumas coligações. Em outras, não mais.

Mas houve mudanças significativas desde o último prognóstico do blog.

Por exemplo: o chapão roseanista, formado por PMDB, DEM, PTB e PV deve fazer mesmo somente 16 parlamentares. Isto aumenta as chances da coligação jackista (PSDB/PDT/PTC) eleger sete deputados e também amplia as chances de a outra coligação roseanista, formada por PRB, PSL e outras legendas, eleger cinco parlamentares.

Para elaborar o prognóstico, este blog leva em consideração o desempenho individual do candidato (perfil, vínculos políticos, econômicos e sociais, experiência política e serviços prestados); trajetória e popularidade do partido, com base nas últimas cinco eleições; os recursos disponíveis (financeiros e humanos, como financiadores e militantes); a coligação e vinculação a candidatos majoritários (senador, governador e presidente); além do apoio governamental (máquinas municipais, estaduais e federal) e as pesquisas eleitorais.

Abaixo, a relação de eleitos e os que ainda têm chances:

1 – Coligação PMDB/DEM/PTB/PV
Candidatos com vagas praticamente asseguradas:
Ricardo Murad (PMDB), Victor Mendes (PV), Max Barros (DEM), Raimundo Cutrim (DEM), César Pires (DEM), Rigo Teles (PV), Roberto Costa (PMDB), Vianey Bringel (PMDB), Stênio rezende (PMDB), Antonio Pereira (DEM), Carlos Filho (PV) e Carlos Alberto Milhomem (DEM).

Disputam as últimas quatro vagas:  Fábio Braga (PMDB), Arnaldo Melo (PMDB), Chico Gomes (DEM), Eidlásio Júnior (PV), Alberto Franco (PMDB), Manoel Ribeiro (PTB), Afonso Manoel (PMDB), Hemetério Weba (PV), Márcia Marinho (PMDB), Magno Bacelar (DEM) e Jura Filho (PMDB).

2 – Coligação PDT/PSDB/PTC
Candidatos praticamente eleitos:
Gardênia Castelo (PSDB), Graça Paz (PDT), Camilo Figueiredo (PDT), Pavão Filho (PDT), Neto Evangelista (PSDB), André Fufuca e Carlinhos Amorim (PSDB).

Candidatos com remotas possibilidades: Aderson Lago (PSDB) e Edivaldo Holanda (PTC).

3 – Coligação PCdoB/PPS/PSB
Candidatos com eleição assegurada: Cleide Coutinho (PSB), Marcelo Tavares (PSB), Luciano Leitoa (PSB) e Rubens Pereira Júnior (PSB).

Brigam pela última vaga: Othelino Neto (PPS) e Eliziane Gama (PPS).

4 – Coligação PRB/PSL/PMN e outros…
Eleitos: Marcos Caldas (PRB), Nonato Aragão (PSL), Eduardo Braide (PMN)

Disputam mais duas vagas: Canindé Barros (PSL), Rogério Cafeteira (PMN), Carlinhos Florêncio (PMN), Lima Neto (PMN) e Edson Araújo (PSL).

5 – Coligação PR/PTdoB e outros:
Candidatos com eleição praticamente assegurada:
Jota Pinto (PR), Alexandre Almeida (PTdoB).

Dsiputam uma eventual terceira vaga: Darci Terceiro, Quininha e Marly Abdalla.

6 – Coligação PP/PSC e outros…
Seguramente eleitos:
Hélio Soares (PP) e Doutor Pádua (PP).

Disputam a terceira vaga: Penaldon Moreira (PSC), João Batista (PP) e Léo Cunha (PSC).

7 – PT
Candidatos com eleição praticamente assegurada:
Francisca Primo e Mauro Jorge.

Disputam uma eventual terceira vaga: Zé Carlos da Caixa, Fransuíla Soares, Edmilson Carneiro, Valdinar Barros e Bira do Pindaré.

Um novo prognóstico do blog deve ser divuglado ás vésperas da eleição. É pouco provável, no entanto, que haja alterações significativas a estas alturas.

É aguardar e conferir depois…

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No PSTU também é tudo em família?

A imagem mostra vários outros militantes do PSTU maranhense, além das figurinhas carimbadas

O PSTU se notabilizou nas eleições do Maranhão por reivindicar para si a supremacia da crítica a todos os demais grupos políticos que exercem o poder no estado – dos Sarney aos Lago, passando pelos Lobão, pelos Murad e agora também pelos Dino.

As contradições do discurso e as revelações de que, no seio da legenda, também funciona uma espécie de “panelinha” na divisão do poder, pode tirar da sigla o charme da postura contestadora que a marcou em 16 anos de vida.

O PSTU maranhense indicou para vice-presidente na chapa do candidato José Maria, a educadora Cláudia Durans. 

Nome habilitado para o posto, elogiado inclusive aqui neste blog.

Mas Claudia também tem outros familiares na disputa eleitoral deste ano – exatamente como os Lobão, os Sarney…

A irmã da candidata a vice-presidente – Cláudicéia Durans – é um dos candidatos do partido ao Senado; divide a chapa com o economista Luiz Noleto Chaves.

Detalhe: o PSTU é radical na crítica à participação de parentes de políticos nas disputas eleitorais.

A mãe das meninas, Maria do Carmo Durans, vem a ser a primeira suplente na chapa de Noleto.

Em comentário neste blog, coube a Noleto explicar a profusão de parentes entre os candidatos unificados.

– Somos contrários a utilização de suplentes, independente de parentesco. Neste momento, só lançamos candidatos a suplentes por obrigação eleitoral – diz o candidato.

Mas tinha que ser três candidatos de uma única família? Não havia outros nomes na legenda capazes de assumir o posto com a mesma qualidade?

E o leitor, o que pensa a respeito???

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O “novo” não empolgou…

Roberto Rocha atrás na disputa pelo Senado

Os deputados federais Flávio Dino (PCdoB) e Roberto Rocha (PSDB) se apresentam como o novo nestas eleições.

Só eles podem mudar o Maranhão; só eles têm a capacidade de levar o estado ao desenvolvimento sustentável – é assim que se apresentam ao eleitorado.

Flávio não consegue ultrapassar Jackson

Nenhum dos dois empolgou a população.

Flávio Dino patina nas intenções de votos em todos os institutos – sempre entre 13% e 17%. E está cada vez mais distante de Jackson Lago (PDT), consolidado na segunda posição.

Roberto Rocha apostou em ser o diferencial de mudança na disputa pelo Senado. Está em quinto lugar, segundo o Ibope, com um discurso mais conservador que todos os demais adversários.

Este blog chegou a postar texto em que apontava Flávio e Roberto como adversários em uma disputa particular nestas eleiçoes – que significaria espaço de liderança em eleições futuras.

A disputa particular continua.

Agora cada vez mais na parte debaixo das pesquisas…

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Canindezinhos são sequestrados pela Setur; candidato atribui apreensão à filha do prefeito

Canindezinho jogado no depósito da Setur, como mostra a inscrição no carro

Um conjunto de displays de propaganda do candidato a deputado estadual Canindé Barros (PSL) foi encontrado nesta tarde em um depósito pertencente à Secretaria de Terras e Urbanismo, antiga Semthurb.

A apreensão das peças – apelidadas de “canindezinhos” e espalhadas em várias áreas de São Luís e do interior – seria ilegal, segundo avaliação do candidato.

– A prefeitura não tem autoridade para recolher peças de propaganda eleitoral, que são regulamentadas e fiscalizadas pela própria Justiça Eleitoral. Os “canindezinhos” estão de acordo com o padrão definido pelo TRE. Só posso atribuir o recolhimento das peças à perseguiçãopolítica e à represália eleitoral – desabafou Canindé Barros, ao constatar que os painéis estavam no depósito da Setur. (veja fotos ao longo do texto)

bonecos foram jogados no depósito

Canindé tem sua base eleitoral na capital maranhense – onde disputa o favoritismo com a filha do prefeito João Castelo (PSDB), Gardeninha Castelo (PSDB). Para ele, o recolhimento das peças seria resultado do incômodo da candidata com o sucesso dos “canindezinhos”.

A propaganda eleitoral é regulamentada pelos tribunais eleitorais, que dispõem de uma comissão específica para tratar do assunto. Os “canindezinhos” foram uma criação do próprio Canindé Barros, seguindo o padrão definido pela Justiça.

Ele garante nunca ter sido notificado pela Justiça Eleitoral sobre qualquer irregularidade em suas peças.

– Caberia ao próprio TRE comunicar à minha coordenaçãod e campanha se houvesse irregularidade nas peças. Isso não ocorreu. A apreensão da Setur foi arbitrária e eleitoreira – desabafa o candidato.

Ele anunciou que entrará com uma representação contra a Prefeitura e contra a própria candidata, além de requerer da Justiça Eleitoral a busca e apreensão das peças jogadas no dépósito da Setur.

– Os canindezinhos precisam voltar para as ruas, onde é o seu lugar – relaxa o candidato.

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“Meu governo não avaliou corretamente o processo no TSE”, admite Jackson

Jackson na Mirante AM

O ex-governador Jackson Lago (PDT) reconheceu hoje ter cometido o maior erro do seu governo contra ele ao não avaliar corretamente o processo que tramitava no Tribunal Superior Eleitoral.

– Não podíamos imaginar que seria possível afastar um governador eleito por mais de 1,4 milhão de eleitores – disse Jackson, durante sabatina da rádio Mirante AM.

Na verdade, o problema de Jackson foi a arrogância do seu primo, Aderson Lago (PSDB), que era chefe da Casa Civil e desdenhou do processo.

O resultado foi a cassação do seu mandato, em abril de 2009…

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Procuradores José Leite e Juraci Guimarães lançam livro sobre Reforma Eleitoral

Aproveitando o momento da campanha política, os procuradores regionais da República José Leite Filho e Juraci Guimarães Júnior devem lançar no dia 31 de agosto o livro “Reforma Eleitoral”, com comentários às leis que tratam de eleições e partidos políticos.

Há comentários, inclusive, sobre a Lei da Ficha Limpa, aprovada este ano e com aplicação já nestas eleições.

O livro é uma espécie de compêndio das leis que resultaram numa extensa reforma eleitoral (Lei nº 12.034/2009 e Lei Complementar nº 135/2010, a Lei da Ficha Limpa).

Os dois estudiosos comentam artigo por artigo.

– Os artigos foram comentados na ordem em que introduzidos no respectivo diploma, facilitando a contextualização – diz a apresentação do livro.

Especialista em Ciências Criminais pela Universidade de Santa Catarina, José Leite Filho é Pós-Graduado em Direito Penal Econômico e Europeu pela Universidade de Coimbra. Foi promotor de Justiça no Maranhão. É professor de Pós-Graduação em Direito Eleitoral (Ufma) e professor da Escola Superior do Ministério Público.

Juraci Guimarães Júnior é Pós-Graduado em Direito Processual Civil pelo Centro Universitário de Brasília e Pós-Graduado em Ministério Público e Ordem Jurídica pela Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal. É professor universitário, da Escola de Magistratura e da Escola do Ministério Público do Maranhão.

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Ao contrário do que plantam reinaldistas, Roseana nunca usou sobrenome em suas campanhas

A governadora Roseana Sarney (PMDB) disputou a primeira eleição em 1990. Foi candidata a deputada federal, sendo a mais votada do estado.

Na época, ela já usava como marca o “R” estilizado e o nome Roseana – sem o Sarney – como mostra este cartaz da época, do arquivo do blog.

Foi a forma encontrada por ela de dar identidade própria à sua iniciante carreira política. Afinal, tratava-se da filha de um ex-presidente da República em busca de vôo próprio.

Em 1994, Roseana disputou o governo pela primeira vez, também com a marca “Roseana” e o erre estilizado com as cores do Maranhão (Veja imagem de campanha do arquivo do jornal “O Estado do Maranhão”).

Reelegeu-se em 1998, no primeiro turno, com vitória também em São Luís.

Em 2002, ela deixou o governo em abril, para se candidatar ao Senado. Seus adesivos – a exemplo do que ilustra esta página – traziam apenas a inscrição “Roseana Senadora”, em fundo vermelho, cor tradicional das campanhas roseanistas.

O  mesmo estilo de campanha foi usado também em 2006 e agora, em 2010.

Nada a ver, portanto, com qualquer determinação do publicitário Duda Mendonça, como tentam fazer os alugados reinaldistas na imprensa.

As fotos  contam a história e mostram a verdade dos fatos.

E contra fatos, não há argumentos…