Base do governo Brandão vai comandar mais de 3 milhões de eleitores…

Partidos aliados ao governador elegeram 157 prefeitos em todo o estado, o que garante um eleitorado de exatos 3.204.423, contra 835.140 eleitores conquistados pelos partidos considerados de oposição

Os treze partidos da base do governador Carlos Brandão – PSB, MDB, PP, Podemos, PSDB, PT, PCdoB, PV, União Brasil, Republicanos, Mobiliza, PSD e Cidadania – conquistaram nas eleições municipais um eleitorado de 3.204.423 eleitores.

Este é o total de eleitores dos municípios vencidos pelos 157 prefeitos eleitos na base aliada ao Palácio dos Leões.

O total de votos conquistados pelo grupo Brandão é quase quatro vezes mais do que tiveram os partidos chamados de oposição, que elegeram prefeitos em cidades que totalizam 835.140 eleitores.

  • com 40 prefeitos, representando 648.072 votos, o PL está em negociação de aliança com o governo;
  • além do PL, apenas outros três partidos de oposição – PDT, Solidariedade e Avante – elegeram prefeitos;
  • com seus 283.199 votos conquistados em 18 municípios, o PDT também já negocia sua entrada no governo.

Em 2022, Brandão foi reeleito governador em primeiro turno com 1.769.187 votos, praticamente a metade dos votos conquistados nestas eleições municipais.

O governo já tinha comemorado a vitória pelo número de prefeitos eleitos pelos partidos de sua base.

Agora, pode festejar também pelo total de eleitores administráveis a partir de janeiro…

1

Centro-esquerda tem 48% dos votos maranhenses; direita soma 36%

O chamado campo mais progressista – com forte vinculação às lutas sociais e dos trabalhadores, garante quase metade do eleitorado no estado; os setores da sociedade mais conservadora, por outro lado, superam 1/3 do eleitorado maranhense

 

Claramente divididos como opções de esquerda e de direita, os pré-candidatos a governador alcançam 84% da população maranhense já pesquisada

Ensaio

O números da última pesquisa Escutec/TV Mirante sobre as eleições maranhenses revelam uma forte divisão entre os campos da direita e da esquerda na busca pelo eleitorado.

O chamado campo progressista, que reúne candidatos de centro-esquerda soma 48% das intenções de voto; são 22% em Carlos Brandão (PSB), 21% de Weverton Rocha (PDT), 2% de Enilton Rodrigues (PSOL), 2% de Simplício Araújo (Solidariedade) e 1% de Hertz Dias (PSTU).

Do outro lado, estão os candidatos da direita – a maioria vinculada ao bolsonarismo, em maior ou menor grau – que juntam nada menos que 36% do eleitorado maranhense.

São 12% de Edivaldo Júnior (PSD), 10% de Roberto Rocha (PTB), 9% de Lahésio Bonfim (PSC) e 5% de Josimar Maranhãozinho (PL).

A análise dos números revela que – com dois candidatos no topo da tabela – a esquerda pode estar sozinha em um eventual segundo turno; e a direita seria o fiel da balança nessa disputa.

Mas as chances de um representante da direita chegar ao segundo turno existe – ainda que remota – e vai depender do grau de polarização da disputa nacional entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Essa disputa com um bolsonarista é sonhada pelo Palácio dos Leões, que jogou pesado – mas fracassou – na tentativa de esvaziar o senador Weverton Rocha.

Os números da Escutec reforçaram a capilaridade eleitoral do pedetista.

Com maior vínculo que Brandão nos movimentos sociais, sindicais do campo progressistas e nos segmentos mais populares, Weverton tende a se consolidar como opção de segundo turno, seja contra Brandão, seja contra um representante da direita.

E a pesquisa Escutec também já mostrou esse vínculo direto com a população…