Weverton é o preferido entre eleitores de Lula na Grande São Luís, diz Prever…

Na comparação com os também pré-candidatos lulistas Carlos Brandão e André Fufuca, senador pedetista é citado como opção pela maioria do eleitorado do presidente da República

 

LULISTAS RECONHECEM o senador Weverton Rocha como candidato mais identificado com o presidente da República

Líder na maioria dos cenários na disputa pelo Senado em 2026, o atual senador Weverton Rocha (PDT) é também o preferido quando ao eleitorado é dada a informação de que ele “é apoiado pelo presidente Lula (PT)”.

  • neste quesito específico, o pedetista tem índices entre 26,7% e 33%, dependendo do cenário;
  • também na base do governo Lula, Carlos Brandão (PSB) tem entre 24,5% e 29,5% entre lulistas;
  • o ministro dos Esportes André Fufuca (PP) aparece com 17% nos dois cenários da pesquisa Prever; 
  • a senadora Eliziane Gama (PSD) não foi incluída nestes cenários específicos do levantamento Prever.

 

No estudo encomendado pelo deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (PRTB), o Instituto Prever montou dois cenários nos quais quis saber a influência do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os eleitores da região metropolitana.

RELAÇÃO HISTÓRICA. Weverton é próximo de Lula desde os tempos de movimento estudantil e sempre esteve na base do presidente

Ao eleitor foi pedido que ele se manifestasse sobre as opções para o Senado em dois cenários:

  • no primeiro cenário, foi pedida a manifestação de voto em Dr. Yglésio e no ex-senador Roberto Rocha caso “apoiados por Bolsonaro”; (Veja quadro)
  • na relação dos “apoiados por Lula” foram listados o senador Weverton Rocha, o governador Carlos Brandão e o ministro  André Fufuca.

Entre os bolsonaristas, Yglésio e Roberto Rocha aparecem tecnicamente empatados, com 14,9% e 17%, respectivamente; quando Rocha é retirado do cenário, Yglésio vai a 20,5% em caso de apoiamento do ex-presidente.

Entre os lulistas, é pouco provável que os quatro pré-candidatos ligados ao ex-presidente – incluindo Eliziane Gama, que não foi incluída no levantamento – saiam todos candidatos, afinal são apenas duas vagas na eventual chapa; a menos que alguns decidam buscar chapas alternativas.

Mas esta é uma outra história…

Brandão se alinha mais a Lula e marca posição à esquerda…

Mais próximo do presidente da República, governador maranhense vai mostrando publicamente que pretende seguir o projeto eleitoral de 2022, independentemente da relação que se consolidar em 2026 com os demais grupos do campo progressista

 

ALIADOS PARA SEMPRE. Brandão recebeu ao lado de Lula os prefeitos que foram ao encontro com o presidente, em Brasília

Análise da Notícia

A presença do governador Carlos Brandão (PSB) ao lado do presidente Lula (PT) no encontro com os novos prefeitos e prefeitas eleitas e reeleitas do Brasil reforçou uma percepção que vem se tendo dele desde o início de 2025. 

  • o governador maranhense está cada vez mais alinhado ao presidente petista;
  • essa relação reforça também a posição que ele deve adotar nas eleições de 2026;
  • independentemente da relação com outros grupos, Brandão deve seguir à esquerda.

“O presidente Lula reforçou o compromisso de parceria com gestores de todas as regiões, anunciando mais investimentos e recursos para áreas como educação, saúde, segurança e infraestrutura. Vamos em busca de ainda mais avanços para a sociedade”, pregou, em suas redes sociais.

No início de janeiro, o governador foi o primeiro do país a destacar a posição de Lula nas pesquisas de intenção de votos para 2026 e de avaliação do governo, deixando claro seu posicionamento como aliado do presidente.

Na semana passada, este blog Marco Aurélio d’Eça divulgou em primeira mão análise sobre uma pesquisa gigante realizada pelo governo, que traz resultados importantes sobre a imagem e a gestão não apenas de Brandão, mas também de Lula e dos prefeitos de 134 municípios.

Mas suas movimentações pró-Lula deixam claro que o governador pretende seguir com o presidente nas eleições de 2026.

Seja com um ou dois palanques no campo progressista do Maranhão…

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O BBB pós-ascensão do bolsonarismo no Brasil…

Num país em que ganhou força política a defesa de noções e conceitos abjetos – como racismo, machismo e a homofobia – até a votação do popular reality show da Rede Globo se transforma em um intenso debate ideológico

 

Disputa entre Felipe Prior e Manu Gavassi ganha ares de batalha ideológica entre bolsomínions e militantes de esquerda

Editorial

O programa Big Brother Brasil apresenta nesta terça-feira, 31, mais um paredão entre seus participantes, o que não seria nada demais para quem não é fã da atração da Rede Globo.

Mas, em tempos de ascensão do bolsonarismo, a disputa entre o arquiteto Felipe Prior e a cantora e escritora Manu Gavassi se transformou em mais uma batalha ideológica entre militantes da direita e da esquerda brasileiras.

Tanto que a outra emparedada, a digital influencer Mari Gonzalez, passa praticamente despercebida.

Manu Gavassi é a típica feminista empoderada e de posições sociais estridentes contra posturas consideradas fora da ordem mundial. Seu posicionamento despertou a atenção de militantes de esquerda e artistas, entre elas a atriz Bruna Marquezine.

Tanto que ganhou comentário atribuído à popstar americana Taylor Swift, apontando que o seu adversário não representaria os valores reais do povo brasileiro.

– Eu sou definitivamente #ForaPrior pois não posso apoiar alguém como ele, e acho que os valores dele não refletem os valores brasileiros – diz o texto, em inglês, atribuído a Taylor Swift, depois desmentido pelos próprios fãs de Gavassi.

Típico representante das classes mais caraterísticas da base dos bolsomínions, Prior é apontado pelos próprios bolsonaristas como “politicamente incorreto”.

Seus valores incluem de atitudes abertamente machistas, racistas e homofóbicas até a relativização de práticas bizarras, como a pedofilia e a zoofilia. (Saiba mais aqui)

Ele recebe nas redes sociais apoios igualmente típicos do bolsonarismo, como de jogadores de futebol e de astros sertanejos.

Manifestação de Eduardo Bolsonaro sobre BBB 20: defesa dos valores típicos do bolsonarismo representados em Prior

Mas o que chamou atenção foi o comentário de ninguém menos que Eduardo Bolsonaro – logo ele, que chama a Globo de Lixo?!? – em defesa do arquiteto.

– Tem uma militante de esquerda concorrendo com um cara que é politicamente incorreto e ganhou apoio de quem odeia mimimi, muitos jogadores de futebol, por exemplo – ressaltou o 03 do presidente Jair Bolsonaro, logicamente orgulhoso com mais esta pérola do pensamento bolsomínion.

Prior já havia recebido apoio de figuras como Neymar e Felipe Melo.

Mas a manifestação de um dos Bolsonaro-filhos é que pode ter definido o seu futuro no Big Brother Brasil.

Para o bem ou para o mal…

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“Sei quem não me quer candidato, inclusive as razões políticas”, diz Lula

Em carta encaminhada à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ex-presidente desabafa em relação ao debate sobre sua candidatura a presidente, numa espécie de resposta ao governador Flávio Dino, que pregou a inviabilidade da presença do petista na disputa

 

FOGO AMIGO. Lula desabafou com a companheira Gleisi contra os ataques dos próprios aliados da esquerda

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ontem à presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, uma carta-desabafo contra os que tentam tirá-lo precocemente da disputa presidencial.

– Quem quer que eu não seja candidato eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes. Outros acham que fui condenado em 2a. instância, então sou culpado e estou no limbo da Lei da Ficha Suja – desabafou Lula.

A carta a Gleisi Hoffmann – a qual este blog teve acesso com exclusividade no Maranhão – seria uma espécie de resposta de Lula ao governador Flávio Dino (PCdoB), que pregou o abandono de sua candidatura pelo PCdoB, PT e PDT, por suposta inviabilidade legal.

Este blog apontou ontem, em Editorial, as razões de Dino para tirar Lula da disputa. (Releia aqui)

Na carta a Gleisi, a quem o ex-presidente chama de “querida” e diz saber o quanto ela “está sendo atacada”, Lula não cita nomes, mas indica de quem ele fala – muito provavelmente, além de Dino, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que teve o nome defendido pelo comunista maranhense.

Na verdade, Lula já havia dado a resposta ao PCdoB, a Dino e a Ciro Gomes já na segunda-feira, ao bispo Leonardo Boff, que o visitou com a proposta de um nome para sucedê-lo.

– Os meus acusadores sabem que sou inocente. Procuradores, juiz,TRF-4, sabem que eu sou inocente. Os meus advogados sabem que eu sou inocente. A maioria do povo sabe que eu sou inocente. Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime. Não cometi nenhum crime – afirmou.

Ao fim do escrito, o ex-presidente diz ainda que sua candidatura é em respeito ao povo, que merece o direito de escolha.

– Por isso sou candidato – disse.

Abaixo, a íntegra da carta de Lula:

Querida Gleisi,

Estou acompanhando na imprensa o debate da minha candidatura, ou Plano B ou apoiar outro candidato.
Sei quanto você está sendo atacada. Por isso resolvi dar uma declaração sobre o assunto.

Quem quer que eu não seja candidato eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes. Outros acham que fui condenado em 2a. instância, então sou culpado e estou no limbo da Lei da Ficha Suja.

Os meus acusadores sabem que sou inocente. Procuradores, juiz,TRF-4, eu sou inocente. Os meus advogados sabem que eu sou inocente. A maioria do povo sabe que eu sou inocente.

Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime.

Não cometi nenhum crime.

Por isso sou candidato até que a verdade apareça e que a mídia, juízes e procuradores mostrem o crime que cometi ou parem de mentir.

O povo merece respeito. O povo tem que ter seus direitos e uma vida digna.

Por isso queremos uma sociedade sem privilégios para ninguém, mas com direitos para todos.

Lula

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Esquerda x Direita…

Com a movimentação partidária da pré-campanha, desenha-se três blocos para as eleições maranhenses: um encabeçado pelo PCdoB, tendo PT, PDT e PSB como expoentes, e outros dois com PMDB, PSDB, DEM, PSD, PP e PR, não necessariamente no mesmo palanque

 

Flávio Dino reunirá o grosso da esquerda; Roseana terá PMDB, PV, PSD e expoentes da direita

Desenha-se para 2018 uma disputa mais aberta entre os valores das ideologias de direita e da esquerda política no Brasil. A tendência é que o debate hoje posto encaminhe, para um lado, partidos como PT, PCdoB, PSB e PDT; e para outro PMDB, PSDB, DEM, PSD, PT e PP.

Essa dicotomia ideológica – mesmo que sem o viés programático mais acentuado – também se mostra encaminhada no Maranhão, sobretudo com a indefinição de partidos como PSDB, PSB e DEM.

A tendência é que o governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição, reúna em seu palanque todas as legendas ditas de esquerda, com um ou outro partido mais afastado ideologicamente. Nesse projeto, caberá a legendas de direita, como DEM, PP e PTB, caso permaneçam vinculadas a Dino, o papel de coadjuvante na coligação esquerdista do governador.

Roberto Rocha tem o caminho mais curto para o PSDB, que pode atrair DEM, PSD, PPS, PR e PP

Os partidos da chamada direita se dividirão em dois blocos. Se tiver candidato, o PMDB poderá atrair PSD e o PV. No outro pólo, PSDB – se confirmar a filiação do senador Roberto Rocha – poderá ter condições de atrair PPS, PP, PR e até o DEM.

Sobrariam num terceiro pólo legendas como Podemos, PMN e os chamados partidos de ultraesquerda, formando o desenho final da eleição maranhense.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Zé Inácio media debates do ciclo “Esquerda Volver”…

Evento organizado pela Fundação Perseu Abramo, realizado na última sexta-feira, e reuniu alguns dos principais pensadores da esquerda política no Brasil

 

Zé Inácio entre os intelectuais de esquerda: em busca de novos rumos

O deputado estadual Zé Inácio (PT) foi um dos mediadores do ciclo de debates “Esquerda Volver”, promovido sexta-feira, 16, pela Fundação Perseu Abramo, em parceira com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Maranhão e o Partido dos Trabalhadores (PT) do Maranhão.

O evento aconteceu no auditório Neiva Moreira, na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Zé Inácio mediou o debate da mesa  formada pelo cientista político e professor Emir Sader, do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPFH/UERJ) pelo professor Saulo Pinto, do Departamento de Economia da UFMA; Júlia Nogueira, da Executiva Nacional da CUT, e Ulisses Manassés, coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A mesa teve como tema “O Brasil que queremos”, título do livro organizado por Emir Sader.

Foram abordados, ainda, temas como o atual cenário político e a crise que o Brasil vem enfrentando.

A primeira mesa teve como tema “A Democracia, o Impacto do Golpe e o Futuro da Esquerda” e foi composta também pelo professor Emir Sader, pelo secretário de Direitos Humanos e Participação Popular do Maranhão, Francisco Gonçalves, e pela professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA, Ilse Gomes.