A seleção da Itália mudou a história do futebol mundial em 1982.
Na época, a seleção brasileira encantava o mundo com o futebol arte da escola de Telê Santana e chegou à Copa da Espanha como favorita ao título.
A Itália vinha de escândalos de manipulação de resultados e com uma seleção medíocre. Mesmo assim, derrotou o Brasil e foi campeã do mundo.
Foi a partir daí que o futebol começou a ter a retranca como arma.
Times com mil volantes e sem criatividade, é o que vigora até hoje, com suas variações táticas sobre o mesmo tema. O resultado – 1X0 que seja – é o que importa, num modelo que se replicou mundo a fora, dando origem a treinadores como Carlos Alberto Parreira, Sebastião Lazaroni e a chamada era Dunga.
Trinta anos depois, a Itália chega novamente ao patamar das grandes.
Exatamente num momento em que o Calcio sofre novamente com escândalos de manipulação de resultados, e necessitando de renovação, a seleção alcança a final da Eurocopa derrotando a todo-poderosa Alemanha.
E pode mudar novamente os paradigmas do futebol mundial.
Desde 2008 que a Espanha e o Barcelona – com seu futebol chato, de toquinhos laterais, mas de resultados práticos – servem de modelo para a armação tática do futebol.
Se a Itália jogar o que jogou contra a Alemanha – pra frente, ofensivamente, num futebol alegre e bonito de se ver – certamente vencerá a modorrenta Espanha.
E imporá um novo paradigma no futebol, valorizando as armações ofensivas.
E assim, poderá corrigir um erro de 30 anos…