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Enem/Sisu: Gastão Vieira defende auditoria da Polícia Federal

Nesta segunda-feira (27), o deputado federal Gastão Vieira, em entrevista na Rádio Mirante AM e nas redes sociais, defendeu uma auditoria da Polícia Federal após os problemas constatados no Enem (Exame Nacional de Ensino Médio), com a falha na correção de cerca de 30 mil provas e o adiamento na divulgação do resultado do Sisu (Sistema de Seleção Unificada).

“Vão ter que rever tudo, porque ninguém tem mais qualquer confiança no que o Ministério da Educação está fazendo. Acho que temos que colocar a Polícia Federal na investigação sobre o Enem e o Sisu. Eu defendo que somente uma auditoria da Polícia Federal possa esclarecer o que aconteceu no Enem e no Sisu”, disse em entrevista ao Ponto Final, na Rádio Mirante AM.

Nas redes sociais, Gastão voltou a afirmar que o Ministério Público Federal deveria acionar a Polícia Federal. O parlamentar lembrou ainda que o Enem mexe com o sonho de muitas famílias.

A presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargadora Therezinha Cazerta, rejeitou na noite de domingo (26) pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para derrubar a decisão que suspende a divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) assim que as inscrições forem encerradas – às 23h59 deste domingo.
Com a decisão do TRF-3, segue em vigor a liminar (decisão provisória) concedida pela Justiça Federal de São Paulo – que impede que os resultados sejam divulgados na terça-feira (28), data estimada pelo governo. A AGU anunciou que recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.

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Caso Décio: Polícia ainda bate cabeça…

Restaurante onde o crime ocorreu: polícia sequer isolou a área

Parece haver apenas uma utilidade prática para o sigilo decretado pela Secretaria de Segurança nas investigações do caso Décio Sá: esconder a própria incapacidade da polícia de elucidar o crime.

Sem os holofotes midiáticos, as investigações vão ocorrendo com base em dois fatores típicos da polícia maranhense: sorte e acaso.

Pode parecer surreal, mas, só ontem, a polícia ouviu os dois PMs que empreenderam “perseguição” à moto que deu fuga aos suspeitos, no dia do crime.

A polícia sequer conseguiu abrir e-mails de Décio Sá, e não sabe como acessar a página de administração do seu blog – tanto que pediu ajuda a colegas e técnicos que auxiliavam o jornalista na manutenção.

A patética operação no morro da Litorânea

O retrato falado já está pronto há semanas, mas Aluísio Mendes só mostra para políticos (?).

Se não pode ser divulgado, pra que foi feito?

Sem saber por onde andar, a polícia bate-cabeça diariamente. Só esta semana, por exemplo, começou a ouvir os guardadores de carro que atuam em frente ao Sistema Mirante.

Só esta semana, flanelinhas da Mirante começaram a ser ouvidos

Desde o dia do crime, em conversa com o próprio Aluísio Mendes, o titular deste blog comunicou a presença de um motoqueiro estranho na porta do prédio – que chegou a onversar com os guardadores.

Depois de  18 dias, como eles ainda poderiam se lembrar das características?

E o que dizer daquela cena de policiais vasculhando o morro na Litorânea quase 15 dias depois do crime?

Rua por onde o matador fugiu: só há imagens do dia do crime?

São falhas evidentes, detectadas por qualquer leigo. Por isso existe o sigilo nas investigações – para escondê-las da sociedade.

Sem saber o que está acotecendo, imaginam eles, a imprensa não poderá divulgar e a sociedade não poderá saber.

Lêdo engano.

Este blog conversa diariamente com policiais, checa informações de gente ouvida pela polícia e ouve especialistas em investigações para chegar às suas conclusões.

E a conclusão que se tem é que a polícia parece não saber o que está fazendo…

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É assim mesmo que a polícia age???

Polícia: parando ou sem saber para onde ir?

Pode parecer incrível, mas a polícia maranhense, até agora, sequer solicitou à família do jornalista Décio Sá que disponibilizasse o seu carro para perícia.

Seria desnecessário?

No carro estão a mochila com seu bloco de anotações e vários documentos originais das matérias publicadas em seu blog – o que também pode servir como auxílio nas investigações.

Também não cogitou a perícia em seu computador pessoal, que continua intocável no escritório de sua casa. Lá há e-mails e arquivos gravados.

A polícia também parece ter esquecido de divulgar o retrato falado do assassino.

Ou, ao que parece, não teve condições de confeccioná-lo.

Na quinta-feira, após intensa insistência dos próprios delegados, levou-se a viúva de Décio para conversar com um deles.

Foi uma decepção.

O delegado mostrava-se absolutamente desinformado em relação ao caso, sequer tinha conhecimento dos dois celulares do jornalista e chegou a pedir a senha do blog para poder acessá-lo.

Nem ao menos tomou o depoimento oficialmente, sendo mais perguntado que perguntador.

A menos que tenha passado distanciamento para não comprometer as investigações, mostrou que, dele, pouca coisa poderia se esperar em relação ao caso.

Na sexta-feira, Aluísio Mendes mudou a equipe de delegados e decretou o sigilo nas investigações.

E até gora, nada…