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Senadores eleitos declaram apoio a Haddad…

Os novos senadores do Maranhão Weverton Rocha e Eliziane Gama declararam na tarde desta terça-feira (09), durante reunião na Famem – Federação dos Municípios do Maranhão, apoio ao candidato à presidência Fernando Haddad (PT) para o segundo turno das eleições.

Segundo Eliziane Gama seu apoio a Haddad se dá por entender que ele é o melhor para o Brasil e principalmente para o Maranhão e garantiu que independente disso jamais abrirá mão da defesa dos princípios cristãos.

Já Weverton Rocha afirmou que como membro da executiva nacional do PDT pedirá durante reunião nacional do partido  que acontece nesta quarta-feira (10),  que seja declarado apoio nacional a Haddad no segundo turno das eleições.

O presidente da Famem e prefeito de Tuntum Tema, também declarou apoio ao candidato e pediu aos prefeitos maranhenses que o apoiem também. Segundo ele a vitória de Haddad fortalecerá não só o Brasil, mas o governo do Maranhão, pois o governador reeleito Flavio Dino terá um presidente aliado aos seu compromisso de desenvolvimento do Estado.

Tema disse ainda que o governo de Haddad será municipalista, a exemplo dos governos do ex-presidente Lula.

Para o deputado Zé Inácio todo apoio a Fernando Haddad já representa uma vitória contra o fascismo e o preconceito. “Não podemos permitir que o Brasil retroceda e seu povo perca direitos conquistados a duras penas. Precisamos nos unir e garantir que o país volte a crescer” , disse o parlamentar.

Estiveram presentes ainda no encontro o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão Othelino Neto e prefeitos de alguns municípios do Estado.

O governador Flavio Dino também já declarou seu apoio ao candidato do PT…

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Por que os capelães da Assembleia de Deus não entregam seus cargos?!?

Ao criticar a deputada Eliziane Gama por apoiar Fernando Haddad e Manuela D’Ávilla, pastor presidente expõe o fisiologismo da Assembleia de Deus, que não aceita apoiar petistas e comunistas, mas aceita se beneficiar da troca de cargos e favores no mesmo governo comunista

 

POSTURA SELETIVA. Pastor Pedro Aldir: revolta com comunista só após eleger a filha deputada no próprio palanque comunista

O discurso visceral, agressivo e virulento do pastor-presidente da convenção estadual das Assembleias de Deus, Pedro Aldir Damasceno, expõe não apenas a truculência de evangélicos enfileirados em torno do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), mas também o jogo de interesses e a troca de favores políticos que marca a liderança desta denominação.

Damasceno expôs seu ódio religioso ao saber de um certo discurso da deputada federal e senadora eleita Eliziane Gama (PPS), de apoio a Fernando Haddad (PT), candidato do governador Flávio Dino (PCdoB).

Nada mais natural que Eliziane tomasse esta atitude, sobretudo diante da inequívoca força dada por Dino à sua eleição, quando poucos acreditavam nesta possibilidade.

Ao proferir palavras de ódio contra a posição da parlamentar, o líder religioso chegou a se utilizar de uma mentira – a de que a vice de Haddad, Manuela D’Ávilla, teria dito que Jesus era gay.

Mas se o pastor se revoltou com esta afirmação – sendo ela mentira ou não – por que o nobre líder religioso não fez este mesmo discurso no primeiro turno, quando sua filha disputava eleição no palanque do próprio Flávio Dino?

Por que o pastor assembleiano não se revoltou com os comunistas também quando eles nomearam uma “renca” de pastores para ser capelão militar sem concurso público?!?

O discurso seletivo e hipócrita do pastor Aldir Damasceno revela a face mais covarde das denominações religiosas, quando trata o fiel como gado, em currais eleitorais – para atender seus interesses – e se mostra indignado quando já com os interesses saciados.

Felizmente, os fiéis evangélicos – pelo menos uma parte deles – já não dá tanta importância para tipos como Pedro Aldir Damasceno.

Mas eles poderão continuar gritando desmedidamente seu ódio e seu proselitismo religioso…

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Flávio Dino quer Haddad com menos votos que ele no Maranhão…

Governador comunista faz “corpo mole” na campanha presidencial para sair-se como “dono da candidatura” em um eventual segundo turno entre o petista o capitão Jair Bolsonaro

 

CORPO MOLE. Flávio Dino quer submeter Fernando Haddad à sua liderança no Maranhão

O silêncio do governador Flávio Dino (PCdoB) sobre a campanha presidencial incomodou petistas que foram com ele nesta quinta-feira, 4, a evento de campanha em Santa Inês.

– Não havia santinhos no comitê nem material de campanha; e Flávio Dino não cita sequer o nome de Haddad em seus comícios – afirmou um petista presente ao evento, incomodado com o silêncio do comunista.

Mas há uma estratégia para o posicionamento do governador.

Além de não se queimar com eleitores do adversário de Haddad, o capitão Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Dino espera que o petista tenha menos votos que ele próprio no estado. (Entenda aqui)

Desde 2002, quando Lula se elegeu presidente pela primeira vez, o Maranhão dá votações estratosféricas aos candidatos do PT – e essas votações são sempre muito superiores às dos próprios governadores.

Flávio Dino quer quebrar esta lógica.

Ele espera ver Haddad com votação menor que a sua no primeiro turno para, no segundo, sair-se como pai de uma eventual campanha vitoriosa.

E chegar com respaldo na mesa de negociações de um eventual governo petista…

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Segundo turno no Maranhão…

Disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad coloca no mesmo polo os candidatos Flávio Dino e Roseana Sarney que devem disputar novo duelo no estado

 

Flávio Dino e seu palanque furta-cor incomodou Lula, que pediu a Roseana também entrar na campanha

Um forte debate tem dominado as redes sociais e os grupos de troca de mensagens em torno do posicionamento dos candidatos a governador no eventual segundo turno das eleições presidenciais.

Ao que tudo indica, devem disputar o segundo turno nacional os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). No Maranhão, caminha-se para um embate entre Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (MDB).

Até pela aliança que tem, natural seria que Flávio Dino se vinculasse ao candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad. Roseana, nesta questão, ficaria com Bolsonaro, certo? Errado.

Até pela postura furta-cor de Flávio Dino – que sempre tentou se beneficiar de tantos quantos presidenciáveis pudesse – a cúpula nacional do PT em geral, e o ex-presidente Lula, em particular, não confiam que o comunista maranhense possa levar Haddad a uma vitória tão inquestionável quanto a de Dilma, dada por Roseana, em 2014.

E o próprio Lula já determinou aos seus auxiliares mais próximos: “quero a família na campanha de Haddad. Roseana, portanto, até pela sua postura progressista, e pela relação que mantém com o PT, primeiro em âmbito nacional, depois no Maranhão, estará na linha de frente da campanha petista.

Jair Bolsonaro tem na candidatura de Maura Jorge ao Governo do Estado um palanque no Maranhão.

Mas independe disto para fazer sua campanha no estado, levada, em grande medida, por militantes da extrema direita, militares e toda sorte de pessoas avessas aos projetos da esquerda – de evangélicos a conservadores, passando por empresários e políticos.

E se dará dessa forma o embate de segundo turno no Maranhão.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Weverton reafirma apoio a Ciro e diz que nunca recebeu dinheiro em avião…

Candidato a senador classificou de “farsa” a reportagem da revista IstoÉ, que afirmou ter ele recebido R$ 6 milhões da campanha de Haddad para abandonar a candidatura de Ciro Gomes

 

Weverton Rocha ao lado de Ciro de Gomes, candidato do PDT a presidente

O deputado federal Weverton Rocha reagiu com veemência, na tarde desta sexta-feira, 28, à reportagem da revista IstoÉ, que atribui a ele o recebimento de R$ 6 milhões, encaminhados pela campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT), em troca do abandono da candidatura de Ciro Gomes (PDT).

– O meu candidato a presidente é o Ciro Gomes, do PDT, para quem voto e peço voto. E não poderia ser diferente. Sou filiado ao PDT desde os 16 anos. Sou presidente do PDT do Maranhão, membro da Executiva Nacional e, por dois anos (2016 e 2017), fui líder da Bancada do PDT na Câmara dos Deputados, funções a que cheguei pela história de lealdade e comprometimento com o partido – afirmou Rocha.

O deputado disse que defende a união das esquerdas, mas só no segundo turno, para “evitar o retrocesso no Brasil”.

De acordo com a IstoÉ, os R$ 6 milhões enviados ao pedetista foram trazidos ao Maranhão em um avião de uma construtora, que chegou a cair durante a viagem, no dia 14 de setembro.

– A reportagem da revista IstoÉ é uma farsa, que desrespeita os princípios básicos do jornalismo e não se dá nem mesmo ao trabalho de checar os fatos. Se o fizesse, não teria publicado o absurdo de que um suposto avião com dinheiro para minha campanha caiu a caminho do Maranhão. Como consta em relatório da Aeronáutica, o avião mencionado na matéria viajava de Mossoró (RN) para Crateús (CE), bem longe do Maranhão.  E nunca recebi esse dinheiro – afirmou.

A nota de Weverton Rocha ressalta ainda que ele é grato ao apoio do PT maranhense.

Leia a íntegra da nota abaixo:

NOTA

Repudio com veemência a falsa notícia publicada na edição desta semana da revista IstoÉ. O meu candidato a presidente é o Ciro Gomes, do PDT, para quem voto e peço voto. E não poderia ser diferente. Sou filiado ao PDT desde os 16 anos. Sou presidente do PDT do Maranhão, membro da Executiva Nacional e, por dois anos (2016 e 2017), fui líder da Bancada do PDT na Câmara dos Deputados, funções a que cheguei pela história de lealdade e comprometimento com o partido.

A reportagem da revista IstoÉ é uma farsa, que desrespeita os princípios básicos do jornalismo e não se dá nem mesmo ao trabalho de checar os fatos. Se o fizesse, não teria publicado o absurdo de que um suposto avião com dinheiro para minha campanha caiu a caminho do Maranhão. Como consta em relatório da Aeronáutica, o avião mencionado na matéria viajava de Mossoró (RN) para Crateús (CE), bem longe do Maranhão.  E nunca recebi esse dinheiro.

Recebi com gratidão o apoio do PT do Maranhão, do ex-presidente Lula e do candidato Fernando Haddad como resposta aos meus posicionamentos como parlamentar, em todos os principais momentos da história recente do País. Não faço campanha para Haddad e ele sabe disso. Defendo que em um segundo turno todas as forças de centro-esquerda se unam para impedir o retrocesso no Brasil.

Como as pesquisas mostram que tenho chances reais de me eleger, estou sofrendo as conseqüências de ousar ameaçar a hegemonia da família que nunca esteve fora do Congresso Nacional desde a redemocratização do Brasil. Mas os tempos estão mudando e as tramas de sempre não prevalecerão.

Weverton Rocha

deputado federal e candidato ao Senado pelo Maranhão

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Lula quer Haddad com o grupo Sarney…

Entre os bilhetes – manuscritos e não digitados – divulgados pela revista IstoÉ, que está nas bancas, há um recado direto do ex-presidente, dizendo que quer a família da ex-governadora Roseana no apoio ao seu candidato

 

COM TODOS NO MARANHÃO. a capa de IstoÉ com a ilustração dos recados a Dino e aos Sarney: projeto Haddad

Reportagem da revista IstoÉ, que começa a circular nesta sexta-feira, 28, traz uma série de bilhetes manuscritos do ex-presidente Lula, com recados para a arregimentação da campanha do petista Fernando Haddad.

Entre outras coisas, os bilhetes confirmam abordagem deste blog e reforça a suspeita de que a suposta carta assinada por Lula em favor de Flávio Dino (PCdoB) – digitada e não manuscrita – é, de fato, forjada pelos comunistas. (Entenda aqui)

Um dos bilhetes – manuscrito e não digitado – tem um recado direto para o grupo da ex-governadora Roseana Sarney.

– Quero a família Sarney na campanha de Haddad – determina Lula, segundo a IstoÉ.

Outro trecho da reportagem mostra um Lula chateado com o apoio do governador Flávio Dino a Ciro Gomes, com um recado direto ao comunista: “Dino tem que deixar de apoiar Ciro”.

REFORÇANDO A CAMPANHA. Lula pede aos seus mensageiros que encaminhem recursos à campanha de Weverton Rocha, principal nome do PDT

Até mesmo o deputado pedetista Weverton Rocha foi lembrado pelo ex-presidente, que, segundo a revista,  encaminhou recursos para a campanha dele ao Senado.

Em troca, Rocha também passaria a apoiar Haddad.

De acordo com a revista IstoÉ, o objetivo de Lula é reforçar as posições de Haddad no Nordeste, com apoio das principais lideranças da região, a fim de contrapor o potencial dos adversários no Sul do país.

A revista IstoÉ está nas bancas desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira…

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FHC prega união de candidatos contra extremos…

Em carta distribuída na internet ex-presidente faz claro posicionamento contra os candidatos Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, pregando que o próximo governo tenha serenidade para reconstruir o Brasil

 

FHC mostra preocupação com o futuro do Brasil e prega serenidade

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota em seu perfil no Twitter, nesta quinta-feira, 20, em que prega a unidade dos candidatos “moderados” para evitar uma “disputa de extremos nestas eleições”.

Mesmo sem citar nomes, FHC indica que a escolha entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) é sombrio.

– Ante a dramaticidade do quadro atual, ou se busca a coesão política, com coragem para falar o que já se sabe e a sensatez para juntar os mais capazes para evitar que o barco naufrague, ou o remendo eleitoral da escolha de um salvador da Pátria ou de um demagogo, mesmo que bem intencionado, nos levará ao aprofundamento da crise econômica, social e política – definiu FHC.

Abaixo, a íntegra da carta de FHC:

Carta aos eleitores e eleitoras

Em poucas semanas escolheremos os candidatos que passarão ao segundo turno. Em minha já longa vida recordo-me de poucos momentos tão decisivos para o futuro do Brasil em que as soluções dos grandes desafios dependeram do povo. Que hoje dependam, é mérito do próprio povo e de dirigentes políticos que lutaram contra o autoritarismo nas ruas e no Congresso e criaram as condições para a promulgação, há trinta anos, da Constituição que nos rege.

Em plena vigência do estado de direito nosso primeiro compromisso há de ser com a continuidade da democracia. Ganhe quem ganhar, o povo terá decidido soberanamente o vencedor e ponto final.

A democracia para mim é um valor pétreo. Mas ela não opera no vazio. Em poucas ocasiões vi condições políticas e sociais tão desafiadoras quanto as atuais. Fui ministro de um governo fruto de outro impeachment, processo sempre traumático. Na época, a inflação beirava 1000 por cento ao ano. O presidente Itamar Franco percebeu que a coesão política era essencial para enfrentar os problemas. Formou um ministério com políticos de vários partidos, incluída a oposição ao seu governo, tal era sua angústia com o possível despedaçamento do país. Com meu apoio e de muitas outras pessoas, lançou-se a estabilizar a economia. Criara as bases políticas para tanto.

Agora, a fragmentação social e política é maior ainda. Tanto porque as economias contemporâneas criam novas ocupações, mas destroem muitas outras, gerando angústia e medo do futuro, como porque as conexões entre as pessoas se multiplicaram. Ao lado das mídias tradicionais, as “mídias sociais” permitem a cada pessoa participar diretamente da rede de informações (verdadeiras e falsas) que formam a opinião pública. Sem mídia livre não há democracia. 

Mudanças bruscas de escolhas eleitorais são possíveis, para o bem ou para o mal, a depender da ação de cada um de nós.

Nas escolhas que faremos o pano de fundo é sombrio. Desatinos de política econômica, herdados pelo atual governo, levaram a uma situação na qual há cerca de treze milhões de desempregados e um déficit público acumulado, sem contar os juros, de quase R$ 400 bilhões só nos últimos quatro anos, aos quais se somarão mais de R$ 100 bilhões em 2018. Essa sequência de déficits primários levou a dívida pública do governo federal a quase R$ 4 trilhões e a dívida pública total a mais de R$ 5 trilhões, cerca de 80% do PIB este ano, a despeito da redução da taxa de juros básica nos últimos dois anos. A situação fiscal da União é precária e a de vários Estados, dramática. 

Como o novo governo terá gastos obrigatórios (principalmente salários do funcionalismo e benefícios da previdência) que já consomem cerca de 80% das receitas da União, além de uma conta de juros estimada em R$ 380 bilhões em 2019, o quadro fiscal da União tende a se agravar. O agravamento colocará em perigo o controle da inflação e forçará a elevação da taxa de juros. Sem a reversão desse círculo vicioso o país, mais cedo que tarde, mergulhará em uma crise econômica ainda mais profunda.

Diante de tão dramática situação, os candidatos à Presidência deveriam se recordar do que prometeu Churchill aos ingleses na guerra: sangue, suor e lágrimas. Poucos têm coragem e condição política para isso. No geral, acenam com promessas que não se realizarão com soluções simplistas, que não resolvem as questões desafiadoras. É necessária uma clara definição de rumo, a começar pelo compromisso com o ajuste inadiável das contas públicas.  São medidas que exigem explicação ao povo e tempo para que seus benefícios sejam sentidos. A primeira dessas medidas é uma lei da Previdência que elimine privilégios e assegure o equilíbrio do sistema em face do envelhecimento da população brasileira. A fixação de idades mínimas para a aposentadoria é inadiável. Ou os homens públicos em geral e os candidatos em particular dizem a verdade e mostram a insensatez das promessas enganadoras ou, ganhe quem ganhar, o pião continuará a girar sem sair do lugar, sobre um terreno que está afundando.

Ante a dramaticidade do quadro atual, ou se busca a coesão política, com coragem para falar o que já se sabe e a sensatez para juntar os mais capazes para evitar que o barco naufrague, ou o remendo eleitoral da escolha de um salvador da Pátria ou de um demagogo, mesmo que bem intencionado, nos levará ao aprofundamento da crise econômica, social e política.

Os partidos têm responsabilidade nessa crise. Nos últimos anos, lançaram-se com voracidade crescente ao butim do Estado, enredando-se na corrupção, não apenas individual, mas institucional: nomeando agentes políticos para, em conivência com chefes de empresas, privadas e públicas, desviarem recursos para os cofres partidários e suas campanhas. É um fato a desmoralização do sistema político inteiro, mesmo que nem todos hajam participado da sanha devastadora de recursos públicos. A proliferação dos partidos (mais de 20 na Câmara Federal e muitos outros na fila para serem registrados) acelerou o “dá-cá, toma-lá” e levou de roldão o sistema eleitoral-partidário que montamos na Constituição de 1988. Ou se restabelece a confiança nos partidos e na política ou nada de duradouro será feito.

É neste quadro preocupante que se vê a radicalização dos sentimentos políticos. A gravidade de uma facada com intenções assassinas haver ferido o candidato que está à frente nas pesquisas eleitorais deveria servir como um grito de alerta: basta de pregar o ódio, tantas vezes estimulado pela própria vítima do atentado. O fato de ser este o candidato à frente das pesquisas e ter ele como principal opositor quem representa um líder preso por acusações de corrupção mostra o ponto a que chegamos.

Ainda há tempo para deter a marcha da insensatez. Como nas Diretas-já, não é o partidarismo, nem muito menos o personalismo, que devolverá rumo ao desenvolvimento social e econômico. É preciso revalorizar a virtude da tolerância à política, requisito para que a democracia funcione. Qualquer dos polos da radicalização atual que seja vencedor terá enormes dificuldades para obter a coesão nacional suficiente e necessária para adoção das medidas que levem à superação da crise. As promessas que têm sido feitas são irrealizáveis. As demandas do povo se transformarão em insatisfação ainda maior, num quadro de violência crescente e expansão do crime organizado.

Sem que haja escolha de uma liderança serena que saiba ouvir, que seja honesto, que tenha experiência e capacidade política para pacificar e governar o país; sem que a sociedade civil volte a atuar como tal e não como massa de manobra de partidos; sem que os candidatos que não apostam em soluções extremas se reúnam e decidam apoiar quem melhores condições de êxito eleitoral tiver, a crise tenderá certamente a se agravar. Os maiores interessados nesse encontro e nessa convergência devem ser os próprios candidatos que não se aliam às visões radicais que opõem “eles” contra ”nós”.

Não é de estagnação econômica, regressão política e social que o Brasil precisa. Somos todos responsáveis para evitar esse descaminho. É hora de juntar forças e escolher bem, antes que os acontecimentos nos levem para uma perigosa radicalização. Pensemos no país e não apenas nos partidos, neste ou naquele candidato. Caso contrário, será impossível mudar para melhor a vida do povo. É isto o que está em jogo: o povo e o país. A Nação é o que importa neste momento decisivo.

Fernando Henrique Cardoso

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Como fica no Maranhão?!?

Eventual disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad pela presidência da República terá palco no Maranhão com provável segundo turno entre o governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney, ambos vinculados ao PT e a Lula e sem relação com o capitão do Exército

 

Um eventual segundo turno entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) – o mais provável cenário, a partir da leitura das pesquisas de intenção de votos – poderá reordenar as forças políticas nacionais no estado e redefinir projetos para os próximos quatro anos.

A campanha local iniciou-se em agosto, com a declaração aberta do agora candidato Fernando Haddad (PT) – ainda na condição de vice – de apoio a Flávio Dino, antagônico ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).

A possibilidade de Haddad no segundo turno forçará ainda mais o antagonismo de Dino em relação a Bolsonaro.

O candidato do PSL e capitão do Exército tem no Maranhão como aliada a ex-prefeita Maura Jorge (PSL). E parece ter pouca ou nenhuma relação com Roseana ou qualquer um dos seus aliados mais próximos.

Mesmo com Fernando Haddad vinculado ao palanque de Flávio Dino, Roseana tem usado em campanha a condição legítima de aliada de Lula, para reivindicar os votos mais próximos ao ex-presidente.

Mas terá de se posicionar no embate direto contra Dino, sobretudo diante do fato de que o comunista jamais se juntará ao capitão do Exército.

E isso pode ser um trunfo também para mostrar aos maranhenses que, sob Dino, o estado terá ainda mais dificuldade na relação com o Palácio do Planalto.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Zé Inácio participa de ato político com Haddad em São Luís

Zé Inácio com Fernando Haddad e a militância do PT

O deputado estadual Zé Inácio (PT) participou do ato político com Fernando Haddad no Centro Histórico de São Luís, nesta sexta-feira, 24. Ao lado do governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição e a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB-RS).

O parlamentar recepcionou Fernando Haddad, desde sua chegada no aeroporto de São Luís.

“Haddad trouxe aos maranhenses a mensagem do presidente Lula, de que ele é nosso candidato a presidente, e as pessoas precisam saber disso, já que Lula vence em todas as pesquisas.  E também falar sobre os programas do seu governo que foram implantados no Maranhão e que juntos podemos fazer ainda mais”, disse o deputado.

Haddad, que é o candidato à vice na chapa de Lula, tem visitado  a região nordeste com o objetivo mostrar ao país o plano de governo de Lula, que “resgata a soberania nacional e popular”.

Após o ato, Haddad participou de um encontro com a militância petista na sede do partido.