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Polícia invade garagens para garantir ônibus nas ruas…

Governador Flávio Dino quer forçar as empresas a rodar mesmo sem a garantia de que não haverá problemas com os veículos. Detalhe: outro ônibus foi atacado agora à noite, no Alto do Turu

 

Flávio Dino, com seus agentes de segurança e o prefeito Edivaldo Júnior: pressão nas empresas para garantir ônibus nas ruas

Flávio Dino, com seus agentes de segurança e o prefeito Edivaldo Júnior: pressão nas empresas para garantir ônibus nas ruas

Um oficial da Polícia Militar e um fiscal do Procon-MA foram encaminhados no início da noite destes domingo para as garagens das empresas de ônibus.

O objetivo é garantir que os veículos saiam às ruas, mesmo diante da ameaça de incêndio.

Pelo menos foi isso que ficou decidido em reunião agora à tarde, entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), com a presença também dos comandantes das forças de segurança.

– Para dar segurança e garantir o direito de ir e vir da nossa população, a partir de hoje, cada empresa terá um oficial da PM e um fiscal do Procon dentro do escritório para assegurar que os ônibus não sejam mais retirados antes do horário – anunciou o prefeito, agora há pouco, em seu perfil no Facebook.

ônibus em chamas e policial filmando a cena; o prejuízos é das empresas (imagem ilustrativa)

ônibus em chamas e policial filmando a cena; o prejuízos é das empresas (imagem ilustrativa)

Os empresários temem que seus veículos sejam incendiados por bandidos, diante da incapacidade do governo de impedir os ataques.

Pelo menos 14 ônibus foram queimados desde a última quinta-feira, quando começaram os ataques criminosos.

Até a noite do sábado, 21, ainda houve três tentativas de ataque, mesmo com as afirmações de Flávio Dino de que a cidade está segura.

Em tempo: outro ônibus foi atacado na noite deste domingo, 22, na região do Alto do Turu.

E Dino mantém a exigência às empresas…

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Ataques a ônibus: o risco do exagero…

Na ânsia de dar respostas rápidas à população, por exigência do próprio governador, cúpula da Segurança pode meter os pés pelas mãos e causar uma tragédia ainda maior que a protagonizada pelas facções criminosas

 

ônibus ardendo em chamas em São Luís; facções descontroladas

ônibus ardendo em chamas em São Luís; facções descontroladas

Acuado pela repercussão negativa da queima em série de ônibus na Grande São Luís, o governador Flávio Dino (PCdoB) exigiu de sua cúpula da Segurança Pública resposta rápida no combate às facções criminosas.

E desde então, todo tipo de policial e agente de segurança está nas ruas – dos mais preparados aos mais incapazes; dos menos equipados aos mais fora de forma.

E a ação policial sem controle nas ruas é tão nociva quanto o que eles deveriam combater.

Mais de 30 suspeitos já foram presos; a maioria, no entanto, sem qualquer ligação com a criminalidade de Pedrinhas.

Policiais enlameados em buca de suspeitos no mangues; açodamento pode levar a abusos

Policiais enlameados em buca de suspeitos no mangues; açodamento pode levar a abusos

Diálogo com criminosos?

Em outra frente, o governo Flávio Dino tem buscado o perigoso diálogo com os criminosos.

A cúpula da Segurança Pública mantém numa espécie de monitoramento, desde sexta-feira, 20, o homem conhecido por Sadrak, muito popular entre as facções nas redes sociais.

É a Sadrak que Flávio Dino tenta recorrer para evitar os ataques a ônibus na capital maranhense.

Mas esta é uma outra história…

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“Com o crime não se dialoga; aplica-se a Lei”, diz Sebastião Uchôa, sobre crise em Pedrinhas…

Ex-secretário de Administração Penitenciária revela que os atuais ataques a ônibus estavam anunciados desde antes do Dia das Mães, e diz que os que veem o ato como reação às ações do governo não conhecem a realidade dos presídios

 

Sebastião Uchôa: crítica aos que querem agradar o overno

Sebastião Uchôa: crítica aos que querem agradar o overno

O ex-secretário de Administração Penitenciária, delegado Sebastião Uchôa, criticou os que apontam os ataques a ônibus em São Luís, como reação às ações do governo Flávio Dino (PCdoB) no Complexo de Pedrinhas.

– Falar que é reação da nova ordem colocada em Pedrinhas é de uma infantilidade, ignorância do que está acontecendo, de fato, nos porões das unidades prisionais. Imaturidade e total postura serviçal, é o que se pode concluir – ressalta Uchôa.

Juiz Gervásio Protázio: servilismo e militância

Juiz Gervásio Protázio: servilismo e militância

Mesmo sem citar nomes, a crítica do delegado é uma resposta à postura do presidente da Associação de Magistrados do Maranhão, juiz Gervásio Protázio dos Santos, que chegou a se posicionar politicamente no episódio, em defesa do governo Flávio Dino.

Usando termo do próprio governador, Sebastião Uchôa vai mais fundo, e sentencia:

– Com o crime não se dialoga; aplica-se a lei e faz-se um confronto inteligente, respeitando direitos para aplicar as obrigações decorrentes – ensina o ex-secretário.

de acordo com o delegado, os ataques vinham sendo anunciados desde antes do dia das mães, e foram negligenciados pelo sistema de Segurança Pública.

– Subestimaram e insistem em subestimar o crime – afirmou Uchôa…

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Fim de regalias em Pedrinhas gerou ataques a ônibus…

Por determinação da vara de Execuções Penais, a polícia decidiu, nas últimas semanas, endurecer o jogo com as facções que dominam o Complexo de Pedrinhas, o que gerou revolta nos seus líderes

 

Os líderes das facções em Pedrinhas; perda de regalias gerou ataques

Os líderes das facções em Pedrinhas; perda de regalias gerou ataques

 

As primeiras investigações da Secretaria de Segurança Pública já confirmaram que as ordens para os ataques a ônibus na quinta e na sexta-feira partiram do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

A  Polícia já sabe, também, que os ataques são uma represália à ação no presídio contra os líderes de facções.

Por determinação da Vara de execuções Penais, a Segup cortou algumas regalias aos líderes das facções que dominam os presídios.

O governo Flávio Dino (PCdoB) não admite, mas a Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos já denunciou que essas regalias eram uma espécie de garantia de paz em Pedrinhas.

Desde quinta-feira, mais de 30 criminosos foram presos, sob suspeita de envolvimento com os incêndios em ônibus, muitos deles foram identificados dentro do próprio presídio.

A polícia pretende concluir a investigação durante o fim de semana…

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Frase do dia: bravata infeliz…

dinoTodo o efetivo da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros está mobilizado. A Guarda Municipal também está engajada. O sistema de Segurança Pública está totalmente mobilizado para garantir a paz, especialmente na noite desta sexta-feira”,  declaração do governador Flávio Dino, na tarde desta sexta-feira, 21, tentando tranquilizar a população. Horas depois, mais três ônibus foram atacados por criminosos, forçando as empresas a suspender o sistema de transporte. Resultado: a sexta-feira da população não foi em paz, como bravateou o governador

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“A segurança está garantida”, diz Flávio Dino, sobre onda de ataques a ônibus…

Em entrevista ao programa “Agora”, da TV Meio Norte, governador do Maranhão garantiu que sua equipe está mobilizada para garantir a paz nesta sexta-feira

 

Flávio Dino e um oficial da PM: garantia de segurança?

Flávio Dino e um oficial da PM: garantia de segurança?

O governador Flávio Dino garantiu que a população pode ficar tranquila para viver sua vida, mesmo após os ataques a ônibus ocorridos na noite de quinta-feira, 19, e na manhã desta sexta-feira, 20.

– Todo o efetivo da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros está mobilizado. A Guarda Municipal também está engajada. O sistema de Segurança Pública está totalmente mobilizado para garantir a paz, especialmente na noite desta sexta-feira – afirmou o governador, em entrevista ao programa “Agora”, da TV Meio Norte.

Flávio Dino voltou a dizer que os ataques a ônibus são reações às ações da própria polícia no combate ao crime.

– Estamos recuperando a autoridade do estado, que estava degradada. O dia de hoje está sendo de acompanhamento. E garanto que a segurança está mantida – afirmou.

Mesmo diante das afirmações do governador, os empresários do setor de Transportes ainda ameaçam recolher os ônibus logo que anoitecer.

Ninguém quer pagar para ver a garantia do governador…

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Ataques a ônibus: duas visões para o mesmo fato…

Flávio Dino e seus homens em pose de cinema: só os bandidos parecem não se intimidar

Flávio Dino e seus homens em pose de cinema: só os bandidos parecem não se intimidar

 

Postado como uma espécie de rambo moderno, em meio a militares e líderes do sistema de Segurança, o governador Flávio Dino (PCdoB) diz que os ataques são respostas da criminalidade ás ações do governo no setor.

Pior: tem até gente boa, como o presidentes da Associação de Magistrados, juiz Gervásio Protázio, que vai na lábia do comunista.

A oposição na Assembleia: falta de inteligência inviabiliza ações contra a violência

A oposição na Assembleia: falta de inteligência inviabiliza ações contra a violência

Para os oposicionistas, no entanto, “os bandidos nunca estiveram tão à vontade como agora no Maranhão”, como resumiu o deputado Edilázio Júnior (PV).

A deputada An0drea Murad (PMDB) entende que Flávio Dino e seu governo falham ao agir apenas depois do fato. “Serviço de inteligência, monitoramento, ações preventivas é que irão inibir e impedir que cenas como estas se repitam. Graças a Deus não há caso de feridos e morte”, disse Andrea Murad.

São duas visões para o mesmo fato.

E a população ainda espera garantias de segurança…

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Blablablá de Flávio Dino não explica ataque a ônibus…

Nota do governo comunista é a repetição de trechos do governo passado – criticado por ele próprio – e não dá sequer indícios de causas da violência vivida em São Luís na noite passada

 

Um dos ônibus queimados ontem; terror na noite de São Luís

Um dos ônibus queimados ontem; terror na noite de São Luís

Soa como deboche a Nota Oficial do governo Flávio Dino, divulgada pelo secretário de comunicação, Márcio Jerry – em redes sociais e aplicativos de celular – sobre os ataques a ônibus na noite desta quinta-feira, 19, em São Luís.

Ao lembrar que “os episódios de incêndios criminosos a ônibus estavam há mais de 17 meses sem ocorrer”, e ao mesmo tempo dizer que essas ações são “reações de vários tipos, como os evento de ontem” são respostas às ações do governo, Jerry trata o povo maranhense como idiota.

Ora, secretário, se os incêndios são reações às ações do governo contra a criminalidade, por que os criminosos esperaram exatos 17 meses para reagir?!? 

Leia também:

Os números da violência e os interesses do governo comunista…

A preocupação é de quem?!?

Estadão diz que governo Flávio Dino se rendeu a criminosos…

População perplexa diante do caos: a quem recorrer?!?

População perplexa diante do caos: a quem recorrer?!?

A nota assinada por Jerry parece até tirada dos arquivos de documentos do governo passado, que ele tanto criticou.

O que o governo Flávio Dino não explicou até agora é o que levou bandidos a reagir queimando ônibus. Detalhe: pela primeira vez, ocorreu ataque até durante o dia, já na manhã desta sexta-feira, 20, no São Cristovão.

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos já denunciou, inclusive neste blog, que o governo comunista fez uma espécie de pacto com facções criminosas para garantir a paz nos presídios. (Relembre aqui)

Suspeitos presos pela polícia; mas eles reagiram a quê, exatamente?!?

Suspeitos presos pela polícia; mas eles reagiram a quê, exatamente?!? E por que os ataques continuaram?!?

Por isso é que, no entendimento da SMDH, os casos como o de ontem “estavam há mais de 17 meses sem ocorrer”, para usar a expressão do próprio Márcio Jerry.

Flávio Dino e seus auxiliares, portanto, têm que parar de blablablá e explicar claramente o que trouxe os bandidos de volta às ruas.

É simples assim…

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Agiotagem: os mesmos alvos de sempre?!?

As operações da Secretaria de Segurança contra a agiotagem no Maranhão parecem direcionadas sob o comando do secretário Jefferson Portela, já que atingem apenas adversários e poupa aliados do governador Flávio Dino

 

Flávio Dino com o prefeito de São Mateus, Hamilton Aragão, jamais incomodado pelas ações da Polícia

Flávio Dino com o prefeito de São Mateus, Hamilton Aragão, jamais incomodado pelas ações da Polícia contra agiotagem

Sempre que o governador Flávio Dino (PCdoB) aparece em maus lençóis na opinião pública, o seu secretário de segurança Pública, Jefferson Portela, trata de arrumar uma ação, como que para desviar a atenção.

E a suposta investigação da agiotagem no Maranhão parece ser o principal foco dessa cortina de fumaça.

Ocorre que as operações comandadas por Jefferson Portela – como a desta quinta-feira, 19, vão sempre nos mesmos alvos, que podem ser citados até de cor, dado o número de vezes em que foram presos.

Eduardo DP, o Imperador, de Dom Pedro; sua mãe, a ex-prefeita Arlene Barros, o empresário Pacovan e o ex-prefeito de Bacabal Raimundo Lisboa viraram figurinhas fáceis nas ações midiáticas supostamente contra a agiotagem.

Leia também:

Operações contra agiotagem param após atingir aliados de Flávio Dino…

A estranha conversa de Portela com prefeito citado em agiotagem…

Agiotagem cada vez mais próxima de Flávio Dino...

Este blog usa o termo “supostamente” pelo fato de que, bem próximos destes alvos, há gente muito mais poderosa fazendo a mesma coisa, sem ser incomodado por ninguém do governo.

E isso ocorre em Dom Pedro, em Bacabal, em Vargem Grande, em São Mateus e em vários outros municípios por onde a Polícia de Jefferson Portela passa nessas operações.

Mas os agiotas invisíveis para o governo estão na lista de amigos e aliados do governador.

Desta forma, passam incólumes pelas midiáticas ações de Jefferson Portela…

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Base governista veta pedido sobre gastos de Dino em Brasília…

Edilázio: agora só resta a Justiça pelas informações

Edilázio: agora só resta a Justiça pelas informações

A base do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, rejeitou, na manhã desta terça-feira, 17, requerimento de número 229/2016, de autoria do deputado estadual Edilázio Júnior (PV), à Mesa Diretora da Casa, que pedia informações ao secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), sobre os gastos públicos do governador Flávio Dino (PCdoB) com viagens a Brasília, realizadas durante a primeira fase do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

O requerimento foi primeiro vetado pela Mesa Diretora, após o líder do governo, deputado Rogério Cafeteira (PSB), orientar os parlamentares pela rejeição do pedido.

A oposição então recorreu ao plenário, e o veto foi confirmado por 17 votos a 5.

Edilázio lamentou a postura do governo, e afirmou que a negativa vai de encontro ao discurso de transparência utilizado pelo governador durante a campanha eleitoral, em 2014, e no início do mandato.

“Logo o governador, que criou a Secretaria de Estado de Transparência e Controle. Vai de encontro a todo o seu discurso de lisura. Ele ainda noticia que o seu governo é o mais transparente do Brasil”, disse.

Apesar de ter o requerimento rejeitado, Edilázio Júnior chamou atenção para o fato de parte da base governista ter evitado votar, e ao mesmo tempo seguir, a orientação da liderança do Executivo na Casa.

Isso porque quando o recurso ter sido colocado para votação, cerca de 20 deputados deixaram o Plenário do Legislativo.

“Eu já me dou por satisfeito. Para um Governo que até bem pouco tempo tinha 38 deputados aliados, agora consegue com muita luta 17 votos. Essa é uma vitória para a oposição”, considerou o parlamentar.

No início do mês, a coluna Esplanada, assinada pelo jornalista Leandro Mazzini, mostrou que o governador Flávio Dino gastou R$ 2.577,89 apenas com táxi aéreo, em 23 dias. Os dados são do Portal de Transparência do Governo do Estado. O valor foi pago à empresa Heringer Táxi Aéreo. Parte das viagens foi feita a Brasília, justamente no período da primeira etapa do processo de impeachment.