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Pedro Lucas quer uso de reservistas na Polícia Militar e Corpo de Bombeiro

Proposta do deputado federal maranhense prevê a incorporação de pessoas que passaram pelo serviço militar obrigatório para serem utilizadas, temporariamente, nas forças auxiliares nos estados, incluindo o policiamento preventivo comunitário

 

Proposta de Pedro Lucas cria efetivo diferenciado nas PMs e Bombeiros para atuação voluntáriaUma proposta do deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) em tramitação na Câmara Federal pode amenizar o problema de falta de efetivo nas polícias militares e Corpo de Bombeiros em todo o país.

A proposta do parlamentar maranhense prevê a incorporação temporária de reservistas das Forças Armadas pelas PMs e Bombeiros, para atuarem em serviços preventivos e comunitários.

O projeto de Pedro Lucas altera a Lei nº 10.029/2000, que criou o serviço voluntário na PM e no Corpo de Bombeiros.

Pela nova proposta, o serviço de policiamento preventivo comunitário voluntário será feito por reservistas com uso de arma de fogo, o que hoje é proibido aos voluntários.

Atualmente, a lei prevê o serviço voluntário apenas para tarefas administrativas, em área auxiliar de saúde e na defesa civil. Também limita a contratação a 20% do efetivo de cada uma das corporações.

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Bolsonaristas reagem às forças armadas; Mercados reagem a Lula…

Militantes que esperavam o relatório do Exército sobre fraudes nas urnas eletrônicas decepcionaram-se com o documento e começam a se desmobilizar, sem influência na sociedade; por outro lado, os mais influentes empresários e banqueiros – que lucram com juros altos, arrocho fiscal e teto de gastos, mostram-se preocupados com as propostas de Lula, que visam garantir dinheiro para ajudar aos mais pobres

 

Militantes que estão em contrito nos muros dos quarteis frustraram-se com o relatório das Forças Armadas sobre as urnas e agora começam a se desmobilizar

A transição na República do Brasil tem construído um desenho que explica claramente o modelo de país defendido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Neste momento do país, Bolsonaro enfrenta a raiva de militantes da extrema direita, que queriam usar o relatório do Exército para estimular um golpe de estado e impedir Lula de assumir o governo.

As Forças Armadas não encontraram nada que pudesse provar fraude, ou mesmo falha, nas urnas eletrônicas, o que frustrou os militantes dos muros dos quarteis.

Por outro lado, Lula também já enfrenta resistências críticas, mas de uma turma acostumada a ficar cada vez mais rica com movimentações de governo: o chamado mercado.

Lula trabalha o Brasil do futuro, com mais acessos dos mais pobres ás riquezas do país; mas o mercado se assusta com esta possibilidade de perdas de ganhos

Para empresários e banqueiros, que lucram com o controle de gastos, com o ajuste fiscal e com o controle de investimentos sociais, Lula ameaça este status quo ao defender publicamente a quebra do teto para garantir recursos que vão beneficiar os mais pobres em 2023.

Tanto que a bolsa e o dólar se movimentaram negativamente esta semana.

É exatamente estes dois modelos de Brasil – um representado por Bolsonaro e outro por Lula – que vêm polarizando o debate desde 2013, quando se iniciou o golpe que apeou Dilma Rousseff (PT) do poder.

E explica também por que a maioria escolheu Lula novamente em 2022…

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Bolsonaristas agora buscam esperanças no relatório das Forças Armadas…

Manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições – e que vivem em uma realidade paralela desde o fim do segundo turno – agora apostam todas as fichas no que o Ministério da Defesa vai dizer sobre a segurança das urnas eletrônicas e do processo eleitoral no Brasil, embora o próprio Exército já tenha reconhecido não ter encontrado falhas ou fraudes

 

Bolsonarista virou meme agarrado à cabine de um caminhão, mas nem isso foi capaz de alterar o resultado das urnas no Brasil

Ensaio

Os bolsonaristas que entraram em estado de realidade paralela desde o fim do segundo turno já se agarraram a diversos tipos de “esperança” em busca da anulação da vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Primeiro, sabe-se lá com base em quê, apostaram que bastava o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) por um período de 72 horas para que as Forças Armadas entrassem em ação e decidissem, assim, do nada, que o resultado do segundo turno – e somente esta parte das eleições – estava anulado.

Bolsonaro falou antes, mas a esperança não acabou.

Agarrados em muros de quarteis ou em frente a caminhões – em lamentações 24 horas por dia – os bolsonaristas desamparados continuaram em vigília, agora por que um deles qualquer decidiu que o Exército, a Marinha e  a Aeronáutica, poderiam aplicar o artigo 142 da Constituição para repor a ordem no país.

Mas como a única desordem social estava sendo criada pelos próprios bolsonaristas, o Exército não saiu às ruas e coube a Polícia Rodoviária Federal e às polícias militares retirar os desordeiros das rodovias. 

Em uma espécie de realidade paralela, manifestantes pró-Bolsonaro transformaram a frente dos quartéis em muros das lamentações

Agora, a “última esperança” dos viajantes das galáxias que apoiam o presidente está no relatório do Ministério da Defesa sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Embora não haja nenhum indicativo de que o Exército encontrou falhas ou fraudes na votação do primeiro e do segundo turnos, os “patriotas” em frente aos quarteis entendem que as mesmas Forças Armadas vão declarar Bolsonaro eleito; e vão mais além: prender o ex-presidente Lula e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes.

É nesta realidade paralela – também conhecida por histeria coletiva – que ovelhas desgarradas do bolsonarismo decidiram paralisar a própria existência na esperança de ver mudado, nem que seja à força, o resultado das eleições.

Estarão ali nos muros dos quarteis ou pendurados em caminhões até às eleições de 2026?!?

É aguardar e conferir…

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Bolsonaro à beira de um ataque à democracia…

Presidente cogitou radicalizar contra as instituições brasileiras nesta quarta-feira, 26, e só não assumiu discurso golpista por conselho de auxiliares e aliados chamados ao Palácio do Planalto, que orientaram-no a esperar o resultado do pleito de domingo, 30, sob na de por em risco as chances de reeleição

 

Bolsonaro chamou militares ao Planalto, ameaçou radicalizar, recuou na última hora, mas manteve o clima de ameaça à democracia caso perca as eleições de domingo

O resultado da eleição do próximo domingo, 30, não cessará o clima golpista instalado no Brasil, seja quem for o vencedor do segundo turno.

O presidente Jair Bolsonaro está à beira de um ataque à democracia e vem tentando criar as condições para golpear o país em caso de derrota nas urnas.

Se Bolsonaro vencer, partirá para cima de instituições democráticas fortalecendo o discurso autoritário que tem controlado na campanha; se der Lula, o presidente dá sinais de que pode criar dificuldades para entregar o cargo, no qual ficará até janeiro de 2023.

Ao chamar ministros e membros das Forças Armadas para um pronunciamento nesta quarta-feira, 26, em frente ao Palácio do Planalto, Bolsonaro tinha sangue nos olhos e ameaçou radicalizar; Só não fez a ruptura por que ministros e líderes políticos ouvidos por ele alertaram para o risco de perder eleitores importantes no Sul e Sudeste.

Para dar o golpe o presidente precisa do apoio das massas e dos tanques nas ruas, mas também precisa do apoio político, o que parece ainda difícil de conseguir

O presidente que apareceu no vídeo em tom moderado – defendendo, inclusive, atuar dentro das quatro linhas da Constituição – não era o mesmo de minutos antes, quando falou claramente de “ir pra cima” do Superior Tribunal Eleitoral.

O clima para não reconhecer o resultado das urnas vem sendo buscado por Bolsonaro há semanas: primeiro com a tal censura à Jovem Pan; depois com os ataques de Roberto Jefferson e, por último, com a suposta fraude nas inserções de rádio.

Todas as tentativas fracassaram, mas o presidente está cada vez mais enfurecido; e as pesquisas que mostram vitória de Lula estimulam ainda mais o espírito golpista do bolsonarismo.

Resta saber se ele terá o apoio para esse intento…

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Militares não vêem irregularidades e Bolsonaro proíbe relatório sobre urnas

Representantes das Forças Armadas acompanharam todo o processo de totalização dos votos no primeiro turno e não encontraram nenhum tipo de problema, mas o presidente disse que “as informações não batem” com o que ele sabe; e cobrou mais esforço dos oficiais

 

Bolsonaro ouviu dos militares informações sobre as urnas eletrônicas, mas não quis torná-las públicas por que não atenderam aos seus interesses contrários ao sistema eleitoral

Frustrado com o resultado da investigação das Forças Armadas no processo de totalização dos votos do primeiro turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) proibiu que o relatório fosse divulgado.

O documento oficial dos militares foi entregue desde o fim de de semana passado ao presidente, mas ele decidiu não torná-lo público.

A cruzada de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas começou ainda em 2020, quando as pesquisas começaram a apontar preferência por Lula (PT) nas eleições de 2022. Mas ele nunca conseguiu provar nenhuma das acusações contra o sistema eleitoral brasileiro.

Mesmo assim, conseguiu impor ao Tribunal Superior Eleitoral uma espécie de fiscalização militar.

Mas não quer divulgar o resultado por que sabe que será desmoralizado…

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Bolsonaro desmoraliza evangélicos e militares ao mesmo tempo…

Principais bases eleitorais do atual presidente foram expostas ao ridículo em casos de corrupção que envolvem desde pastores da Assembleia de Deus cobrando propina em ouro puro em troca de verbas da educação até a compra de próteses penianas e viagra para as forças armadas

 

Bolsonaro em oração com os pastores envolvidos em corrupção no seu governo; lideranças evangélicas com acesso irrestrito aos ministérios e muita sede de ouro

Análise da notícia

As recentes denúncias de corrupção envolvendo – ao mesmo tempo – pastores da igreja Assembleia de Deus e chefes das Forças Armadas, é a culminância de um erro histórico que resultou, em 2018, na eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os militares e os evangélicos formam a principal base eleitoral de Bolsonaro; e são eles os dois principais segmentos sociais de defesa do atual presidente nas redes sociais, igrejas, quartéis e outros setores da sociedade.

A corrupção revelada agora talvez explique a absoluta devoção dos dois segmentos. 

Líderes da igreja Assembleia de Deus desmoralizaram os evangélicos ao serem flagrados em busca de propina no Ministério da Educação em troca da liberação de verbas a prefeitos.

Já os superiores de Exército, Marinha e Aeronáutica desmoralizam os militares ao serem flagrados com compras superfaturadas de produtos exóticos, como próteses penianas e até viagra para serem usados nas três forças. 

Vista em retrospectiva, não há qualquer dúvida de que os militares e os evangélicos foram os principais responsáveis pela ascensão e chegada ao poder de Bolsonaro, um ex-deputado medíocre, que habitava o baixíssimo clero da Câmara Federal.

Desde sua vitória, figuras como os pastores Silas Malafaia e Valdomiro Santiago passaram a ter forte influência na República, a ponto de indicarem até membros do Supremo Tribunal Federal; agora, a ação de outros pastores, como Gilmar Santos e Arilton Moura mostram que os líderes evangélicos não queriam apenas poder, mas também dinheiro.

E ouro, muito ouro.

Conversas de pé-de-ouvido com generais e compra de produtos exóticos, como viagra e próteses penianas para hospitais das Forças Armadas

Desde a vitória de Bolsonaro militares com aberta defesa de teses autoritárias e antidemocráticas – como o ministro da Defesa, General Braga Neto – passaram a habitar com mais desenvoltura a Praça dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a ponto de mandar recados abertos ao Congresso Nacional e ao STF; e agora se vê que esses líderes militares também gastam, e gastam muito.

E até com coisas exóticas, para não dizer eróticas.

Curiosamente, foi o próprio Braga Neto, quem, no ano passado, às véspera do aniversário do Golpe de 64, juntou no mesmo discurso militares e evangélicos para defender a ditadura, afirmando que estes dois segmentos deram base ao período militar brasileiro, de triste memória.

– Os brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, dos segmentos empresariais, de diversos setores da sociedade organizada e da Forças Armadas – disse Braga Neto. (Relembre aqui)

Felizmente, a descoberta das maracutaias evangélico-militares se deu antes das eleições de outubro, com Bolsonaro já em desgraça nos demais setores sociais e com riscos eleitorais evidentes.

Pelo menos, o Brasil tem a chance de corrigir o seu erro histórico…

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Acuado, Bolsonaro está a um passo do golpe no Brasil

Às vésperas do aniversário do golpe militar, acontecimentos contra e a favor nas últimas semanas – como a perda do apoio do setor econômico e a troca do comando das Forças Armadas – criaram o caldo cultural necessário para que o presidente, irresponsável como é, e com apoio da massa alienada evangélica, decida se perpetuar no poder sem as regras básicas da Constituição Brasileira

 

Em uma ruptura histórica com o núcleo militar do seu governo, Bolsonaro decidiu cercar-se de generais que o seguem, numa ameaça que só tem precedentes no próprio golpe militar

Editorial

No dia 23 de março, o blog Marco Aurélio D’Eça publicou o post “Perdido e incapaz de mudar, Bolsonaro vai ficando só….”.

O texto mostrava o rompimento dos barões da indústria e dos banqueiros com o presidente; e lembrava que Bolsonaro continuava no poder apenas com apoio dos militares e dos evangélicos, grupos dispostos a tudo para manter os benefícios garantidos pelo tresloucado chefe.

Nas semanas que seguiram, outros movimentos mostraram a Bolsonaro que ele estava cada vez menor como chefe maior do país – perdido na pandemia, pressionado pelo Senado e pela Câmara, ameaçado pela força popular do ex-presidente Lula e vigiado pelo Supremo Tribunal Federal.

Na segunda-feira, 29, a troca em massa de ministros – o que continuou ontem, com a troca do próprio comando militar do seu governo, às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964, que acontece nesta quarta-feira, 31 – foi uma ameaça clara do presidente ao país.

Desde o início do seu governo – e bem antes dele – o blog Marco Aurélio D’Eça alerta o Maranhão e o país sobre a ameaça que Bolsonaro representa de um, novo golpe militar no país – com ele protagonista ou mesmo contra ele próprio. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Ontem, Bolsonaro trocou o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica por que seus comandantes não aceitavam ter as Forças Armadas usadas para capricho de um cidadão mergulhado no descrédito.

Já havia trocado também o ministro da Defesa por outro mais afinado ao seu projeto, o general Braga Netto.

E o recado de Braga Netto, na véspera do 31 de março – e fazendo alusão ao próprio golpe – foi bem claro, lembrando que “as igrejas, os empresários e segmentos sociais compreenderam o movimento e saíram em defesa do que chama de revolução, mergulhando o Brasil em 21 anos de escuridão e morte.

A parte mais alienadas dos evangélicos segue Bolsonaro de olhos fechados, até mesmo nos conceitos mais absurdos pregados pelo presidente

É a mesma “igreja” – ou sua massa alienada e manipulada por líderes tresloucados – que agora grita sozinha em defesa do governo

Acuado, portanto, Bolsonaro está a um passo do golpe.

E os que acreditam na democracia plena precisam estar alertas…

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Flávio Dino: “Queiroz, rachadinhas e fake news são assuntos judiciais, não militares”

Governador utilizou sua conta no Twitter para alertar que – diante da prisão de aliados – o presidente Jair Bolsonaro pode insistir na tentativa de intimidar o Judiciário usando as Forças Armadas

 

Assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz foi preso por suspeita de tentar atrapalhar as investigações sobre rachadinhas

 

O governador Flávio Dino (PCdoB) fez uma espécie de comemoração e alerta em sua conta na rede social Twitter, nesta quinta-feira, 18, após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.

Dino chamou de facção o grupo que gira em torno do presidente Jair Bolsonaro e que agora está sendo pilhado pelas investigações.

O governador alertou que a prisão de Queiroz pode levar Bolsonaro a insistir na tentativa de intimidação ao Judiciário, usando a imagem das Forças Armadas.

– Com mais integrantes da facção de Bolsonaro presos, é provável que ele insista na intimidação sobre o Judiciário, usando a imagem das Forças Armadas. Espero que os comandos destas desautorizem o uso indevido – disse Dino.

Flávio Dino ironizou prisão do assessor de 01 e alertou Forças Armadas a não chancelar a reação de Jair Bolsonaro

Para o governador maranhense, é fundamental que o comando das Forças Armadas evitem chancelar as ações criminosas de Bolsonaro, familiares e aliados.   

– Queiroz, rachadinhas e fake news são assuntos judiciais, não militares – afirmou Dino.

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Bolsonaro é saudoso da tortura que não praticou….

Desprezado pelos próprios próceres do Regime Militar, o patético presidente da República – eleito na esteira dos desmandos da Lava jato – mostra-se afeito aos piores aspectos da ditadura e força a barra para que as Forças Armadas mergulhem de volta no esgoto que ele queria ter vivenciado

Por Reinaldo Azevedo

BOLSONARO ENTRE MILITARES: CAPITÃO MEDÍOCRE, QUE ERA DESPREZADO PELOS PRÓCERES DE REGIME, mas sonhava participar dos porões da Ditadura

O presidente Jair Bolsonaro é uma figura especialmente patética porque sente saudade da tortura que não praticou, das sevícias que não impôs aos adversários, da repressão de que não fez parte.

Alimentava, é verdade, ambições terroristas, golpistas, quiçá homicidas, quando militar, mas não chegou a realizá-las. Ficou no esboço.

Reportagem da revista “Veja”, de outubro de 1987, informa que o capitão Bolsonaro e um parceiro, Fábio Passos, chegaram a planejar a explosão de bombas em quarteis e na adutora do Guandu, que abastece o Rio. Seria uma forma de demonstrar o descontentamento com os vencimentos pagos pelo Exército e de pressionar o então ministro da Força, Leônidas Pires Gonçalves.

Bolsonaro chegou a fazer um croqui demonstrando como explodiria a adutora.

Perícia da PF apontou que o desenho era mesmo de sua autoria. Coronéis que investigaram a sua conduta afirmaram:

“O Justificante [Bolsonaro] mentiu durante todo o processo quando negou a autoria dos esboços publicados na revista VEJA, como comprovam os laudos periciais.”

Disseram mais a respeito do agora presidente: “Revelou comportamento aético e incompatível com o pundonor militar e o decoro da classe ao passar à imprensa informações sobre sua instituição”.

Não custa lembrar: quem estava no Planalto era o general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar.

Bolsonaro era, diga-se, desprezado por próceres do antigo regime.

GENERAL MOURÃO O ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO: responsabilidade das Forças Armadas aumenta com aumento das fanfarronices do presidente

Em 1993, o ex-presidente Geisel referiu-se a ele assim: “Presentemente, o que há de militares no Congresso? Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar.”

Mais recentemente, em 2011, aos 91 anos então, Jarbas Passarinho desancou o “Mito” numa entrevista à Terra Magazine: “Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM)”.

Coronel, um dos mais importantes intelectuais do regime militar, Passarinho referia-se ao fato de que, no tribunal, Bolsonaro foi considerado “não-culpado” – o que não quer dizer inocente – dos planos terroristas que esboçou.

Diz mais: “Já tive com ele (Bolsonaro) aborrecimentos sérios. Ele é um radical, e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os da direita. Pior ainda os da direita, porque só me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir sobre ‘O pensamento de direita, hoje’: ‘O pensamento da direita é um só: o medo’. O medo de perder privilégios.”

FANFARRÃO

Testemunhos de militares graduados fazem de Bolsonaro um fanfarrão.

E o é, agora digo eu, da pior espécie porque ele se mostra um nostálgico dos piores aspectos do regime militar. Não por acaso, o seu herói e autor de seu livro de cabeceira é o torturador Brilhante Ustra.

Com Passarinho – que morreu em 2016, aos 96 anos – seu relacionamento era péssimo.

Bolsonaro considerava um dos signatários do AI-5 um… esquerdista! Na entrevista, diz Passarinho sobre um artigo de autoria de Bolsonaro, que acabou não sendo publicado:

“Ele (Bolsonaro) me insultou, dizendo que eu era um escondido da esquerda, um infiltrado, não sei o quê. E mais ofensas de natureza pessoal. O ‘Correio’ não publicou. Ele ficou indignado. Eu não gosto nem de falar sobre ele, porque tudo isso vem à mente.”

Eis aí o bufão do baixo clero militar e da Câmara que acabou chegando à Presidência da República à esteira dos desmandos da Lava Jato e que agora tenta forçar a mão para que as Forças Armadas mergulhem uma vez mais no esgoto que ele gostaria de ter vivenciado.

O desaparecimento de Fernando Santa Cruz Oliveira – pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB – nas dependências do DOI-CODI do Rio está amplamente documentado. As duas versões alternativas apresentadas por Bolsonaro são falsas.

Em 2011, afirmou que Fernando havia sumido, depois de uma bebedeira, comemorando o Carnaval. Nesta segunda, disse que foi morto por militantes de esquerda.

Não tem vergonha nem mesmo de contar uma mentira em 2011 e outra em 2019 sobre o mesmo fato.

É bom que os militares de alta patente, da ativa e da reserva, ouçam algumas vozes autorizadas do passado – segundo seus próprios critérios – e comecem a perceber onde foram amarrar o seu burro.

As Forças Armadas brasileiras correm o risco de ver enlameada de novo a sua honra depois de um esforço para separar o joio do trigo, para distinguir do banditismo uma história que é também meritória.

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Por que não te calas, Bolsonaro?!?

Mais uma estupidez do presidente Jair Bolsonaro – que condicionou estas duas bases dos países livres à vontade das Forças Armadas – só reforça a ideia de que o país caminhou errado em 2018

 

ARMADO E PERIGOSO. Com o comando do país nas mãos, e cercado de militares, Bolsonaro exibe cada vez mais estupidez no cargo de presidente

Editorial

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus filhos 01,02 e 03 parecem não cansar de gerar estupidez no Brasil.

Apenas dois dias depois de escandalizar o mundo ao publicar – mesmo na condição de presidente da República – um vídeo com teor pornográfico nas redes sociais – o presidente Bolsonaro apronta mais uma estupidez.

– (…) democracia e liberdade, só existe quando a sua respectiva Forças Armadas assim o quer – (sic), disse o presidente, em mais um dos seus discursos de improviso, que nunca caem bem.

O significado das palavras do presidente levou, mais uma vez, assessores a tentar reinterpretar a declaração para para fazê-la não parecer o que, de fato, é.

O episódio, que já ganhou novamente a repercussão negativa e desnecessária contra Bolsonaro, é mais um a reforçar a ideia cada vez mais crescente de que o Brasil elegeu um estúpido – e apenas estúpido – para comandar o país.

– Uma frase mal colocada – resumiu bem o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Porque, quando um presidente fala, o país para para ouvir. É preciso, portanto, saber o que fala e como fala.

Em outras palavras, Bolsonaro tem que se manter calado.

Simples assim…