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Influencer revela esquema do Joguinho do Tigre: “a gente ganha para fazer você perder”

Semanas depois da operação da Polícia Civil – baseada em denúncias do deputado Dr. Yglésio Moyses na Assembleia Legislativa  – MC Pipokinha grava vídeo dizendo como as plataformas de jogos digitais pagam influenciadoras para enganar os seguidores a apostar e perder dinheiro; outras influencer’s também estão denunciando os joguinhos

 

MC Pipokinha revelou quanto o Joguinho do Tigre paga pra os influenciadores fazer seus seguidores perderem nas apostas

A digital influencer MC Pipokinha gravou em seu perfil na rede social Tik Tok, vídeo em que revela, pela primeira vez, como a plataforma de jogos digitais Fortune Tiger – ou Joguinho do Tigre – paga fortunas a esse influenciadores para fazer as pessoas perderem dinheiro nas apostas.

Pipokinha é uma cantora de músicas de forte apelo sexual que acaba fazendo sucesso nessas redes sociais.

Ela tem um rede de seguidores e garante que nunca aceitou o dinheiro da Fortune Tiger para manipular esses seguidores a fazer apostas e perder dinheiro na plataforma; mas garante que outros receberam R$ 300 mil, R$ 500 mil, R$ 1 milhão por mês.

– Já me ofereceram R$ 800 mil por mês, mas eu não faço, por que eu me acho suja fazendo isso. Gente, deixa eu falar com vocês sobre esse Joguinho aí do Tigre; eu sempre falei pra vocês, a gente ganha muito dinheiro. Um influencer que só pensa nele ganha R$ 300 mil, R$ 400 mil, R$ 800 mil por mês pra divulgar, enquanto o público dele, que deixou ele famoso, perde – disse a MC.

Os influenciadores pagos pela plataforma Joguinho do Tigre foram alvos de operação policial no mês passado; a que mais reagiu à ação da polícia foi Skarlete Melo, que teve bens e dinheiro apreendidos e está sob risco de prisão.

A operação foi resultado de denúncias do deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (sem partido), que chegou a se passar por influencer e recebeu proposta do Tigrinho para enganar os seguidores a fazer apostas e perder dinheiro. 

Além do vídeo da MC Pipokinha, o blog Marco Aurélio d’Eça recebeu vídeos de outras influencer’s digitais que também estão indo às redes sociais para desmascarar o Joguinho do Tigre e os influenciadores que ganham dinheiro para iludir seus seguidores.

– A gente ganha dinheiro pra fazer vocês jogarem e vocês não ganham nada, vocês só perdem. A gente é pago para fazer vocês perderem dinheiro – admitiu Pipokinha.

Outra influencer publicou vídeo falando da influenciadora Lindaci Luna, que, segundo ela, recusou R$ 150 mil para convencer internautas a perder dinheiro na plataforma

– Esse Tigre?!? Meu deus do céu!!! Eu nunca fui a favor desses joguinhos de apostas. Vejo muito influencer que eu admirava muito mentindo na cara dura; eu mesma deixei de seguir muitos influencer’s por causa desse joguinho – disse a companheira de Lindaci.

A revelação das influenciadoras fecha ainda mais o cerco contra as plataformas de jogos fake e os influenciadores que se deixam usar para manipular seguidores.

E pode resultar em outras operações da Polícia Civil.

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Polícia apreende carros, motos e jetski com influenciadora do esquema do Tigre…

Skarleth Melo é uma das digitais influencer’s acusadas de usar sua força nas redes sociais para manipular seguidores a jogar na plataforma, suspeita de ser uma espécie de pirâmide financeira; a operação da Polícia Civil se deu após denúncia do deputado estadual Dr. Yglésio Moyses

 

Divulgadora do Joguinho do Tigre, Skarleth Melo mostra uma vida de glamour nas redes sociais; e foi alvo da polícia civil nesta terça-feira, 26

A Polícia Civil maranhense iniciou nesta terça-feira, 21, operação contra influenciadores digitais que recebem dinheiro do Joguinho do Tigre para manipular seus seguidores a apostar na plataforma.

Uma dessas influencer’s investigadas é Skarleth Melo; dela, a polícia levou dois veículos de luxo, duas motocicletas e um jetski, suspeitos de serem comprados com dinheiro arrecadado na pirâmide financeira patrocinada pelo Joguinho do Tigre.

A própria Skarleth tentou se defender nas redes sociais nesta manhã; ela é uma das influenciadoras que atribuíram à inveja as denúncias contra o jogo, feitas à Assembleia Legislativa pelo deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (sem partido).

Abalada, ela disse estar sendo vítima de uma questão pessoal.

A princípio, os influenciadores – incluindo o vereador de São Luís Andrey Monteiro – tentaram negar esquema para iludir seguidores, mas o parlamentar conseguiu se infiltrar na plataforma, com perfil falso, e mostrou como funciona o golpe.

Os digitais influencer’s recebem um login e uma senha da plataforma para simular ganhos nos jogos, que não passam de golpe. Para cada 100 pessoas que acessarem o jogo pelo link disponibilizado por Skarleth e outros influenciadores, a banca paga R$ 1 mil.

Duas pessoas se suicidaram no Maranhão após perderem dinheiro nas apostas do Tigre.

No total, a polícia apreendeu cinco carros de luxo, três motos de luxo e um jetski, além de aparelhos celulares, joias e dinheiro.

Um total de R$ 8 milhões foram bloqueados nas contas dos influenciadores…

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Zé Inácio Rodrigues volta a usar o nome parlamentar Zé Inácio

Em 2018, deputado estadual acrescentou o epíteto “Lula” ao seu nome político, como forma de homenagear o então ex-presidente em seu momento mais difícil – vítima de um golpe que o levou para a cadeia e o tirou daquelas eleições – momento que, no entender do petista, foi superado com a sua eleição para presidente em 2022

 

Zé Inácio agora com o nome original na Assemblei Legislativa

O deputado estadual Zé Inácio Rodrigues (PT) anunciou nesta segunda-feira, 20, que voltará a usar o nome parlamentar Zé Inácio, após quatro anos incluindo o epíteto “Lula”, em homenagem ao agora presidente da República.

Inácio explicou que decidira incluir o nome Lula em seu nome parlamenta, em 2018, em homenagem ao líder petista, que havia sofrido um golpe político sem precedentes, que o tirou das eleições da quele ano e o levou para a cadeia.

– Àquela época, Lula enfrentava um dos momentos mais difíceis de sua vida como vítima de uma perseguição política implacável, que culminou em sua prisão ilegal, injusta e sem provas, cujo objetivo era tão somente impedi-lo de concorrer e vencer as eleições de 2018 – explicou o parlamentar do PT.

À época, a decisão de Zé Inácio foi destacada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Sobre nomes e sobrenomes…”

Ao lembrar que foi voz resistente na Assembleia Legislativa durante o cárcere de Lula, Zé Inácio destacou que seu mandato sempre pautou a defesa do ex-presidente e do seu legado para o Brasil, o que se intensificou ainda mais durante a prisão política do Presidente.

– A nossa luta por justiça para Lula e em defesa do Estado Democrático de Direito valeu a pena! Lula foi inocentado, deu a volta por cima e se tornou novamente Presidente do povo brasileiro, e hoje é a maior expressão da esperança de um País melhor e mais justo – declarou.

A decisão de retirar agora o nome de Lula do seu nome parlamentar, explica Zé Inácio, se dá pelo fato de que a mensagem que quis transmitir foi transmitida nestes quatro anos de defesa do ex-presidente.

– Nesse sentido, como o nosso objetivo nunca foi usar o nome de Lula para nos promover ou obter qualquer ganho político indevido, nesse terceiro mandato não mais adotaremos “Lula” em nosso nome político, mas tão somente Zé Inácio, uma vez que já transmitimos a mensagem que pretendíamos e conquistamos a vitória do nosso Presidente – justificou.

Zé Inácio está no terceiro mandato de deputado estadual pelo PT…

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Lula diplomado põe fim a mais uma esperança de bolsonaristas…

Militantes da extrema direita que estão em frente aos quartéis desde o segundo turno das eleições esperavam que o presidente Jair Bolsonaro, sabe-se lá como, impediria a diplomação ou realizasse um ato contrário no mesmo dia, o que não ocorreu; presidente eleito agora está apto para a posse

 

Lula recebe o diploma do ministro Alexandre de Moraes, sob a vista dos presidentes do STF, Rosa Weber, e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco

A diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), na tarde desta segunda-feira, 12, pôs fim a mais uma esperança dos militantes bolsonaristas que cerram fileiras em frente aos quarteis do Exército em vários estados.

Estes militantes da extrema direita esperavam que a diplomação de Lula não ocorresse – ou mesmo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tomasse alguma atitude contrária á s0olendiade do Tribunal Superior Eleitoral.

Nas últimas semanas, era comum ouvir de bolsonaristas que Lula não seria diplomado ou que Bolsoanro faria um ato antes mesmo desta etapa do processo eleitoral, o que não ocorreu.

Nos últimos dias, quando a diplomação j´[a estava marcada e sacramentada, bolsonaristas começaram a espalhar que Bolsonaro faria um ato no próximo domingo, 18, data da final da Copa do Mundo.

Mas esta esperança também tende a cair por terra…

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Brasil segue rumo democrático e torna inúteis as manifestações golpistas

Governo atual e governo eleito iniciam a transição e os preparativos para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto manifestantes desorientados seguem em frente aos quarteis defendendo uma tal “intervenção federal” que a maioria sabe sequer o que significa

 

Coordenador do processo de transição, vice-presidente eleito Geraldo Alckmin foca neste primeiro momento nas articulações para garantir aumento do Auxílio brasil e do salário mínimo

A tradição democrática do Brasil está preservada.

Representantes dos governos atual e eleito iniciaram nesta quinta-feira, 3, a transição e os preparativos para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reafirmando a legalidade das eleições e a vitória dos eleitos.

O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu a derrota e – sem apoio político ou militar – esqueceu o discurso golpista.

A movimentação política e administrativa em Brasília torna inúteis as manifestações em favor de um golpe militar, que ocorrem em frente a quartéis do Exército em várias capitais; essa turba defende uma tal ‘intervenção federal” que a maioria nem sabe o que significa.

Lula foi eleito pela maioria dos brasileiros e as instituições garantiram a sequência natural do processo, com o Brasil seguindo seu rumo administrativo.

Inócuas, as manifestações tendem a esvaziar por falta de apoio político e popular…

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Discurso de Bolsonaro esvazia manifetações por golpe…

Em pronunciamento a jato no Palácio da Alvorada, presidente critica bloqueios de estradas e defende o direito de ir e vir, mas não falou absolutamente nada a respeito do resultado das eleições; Ciro Nogueira anuncia que coordenará transição para o novo governo

 

Bolsonaro falou por menos de dois minutos sobre seu posicionamento em relação ao resultado das eleições presidenciais

O presidente Jair Bolsonaro (PL) frustrou as massas bolsonaristas que estão se manifestando desde domingo, 30, nas rodovias federais e em frente a quartéis do Exército em todo o país.

Em um pronunciamento rapidíssimo no Palácio da Alvorada, Bolsonaro criticou os bloqueios de rodovias e defendeu o direito de ir e vir; nada falou a respeito do resultado das eleições, e a única queixa em relação ao processo eleitoral foi classificá-lo de injusto.

– Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição – disse Bolsonaro.

O discurso do presidente durou menos de dois minutos, em que afirmou cumprir todos os mandamentos da Constituição.

A postura de Bolsonaro esvazia por completo a tentativa de bolsonaristas mais radicais, que vinham pregando o golpe em rodovias federais, portas de quarteis do Exército e nas redes sociais.

A transição de poder para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se dará por intermédio do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).

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Bolsonaro à beira de um ataque à democracia…

Presidente cogitou radicalizar contra as instituições brasileiras nesta quarta-feira, 26, e só não assumiu discurso golpista por conselho de auxiliares e aliados chamados ao Palácio do Planalto, que orientaram-no a esperar o resultado do pleito de domingo, 30, sob na de por em risco as chances de reeleição

 

Bolsonaro chamou militares ao Planalto, ameaçou radicalizar, recuou na última hora, mas manteve o clima de ameaça à democracia caso perca as eleições de domingo

O resultado da eleição do próximo domingo, 30, não cessará o clima golpista instalado no Brasil, seja quem for o vencedor do segundo turno.

O presidente Jair Bolsonaro está à beira de um ataque à democracia e vem tentando criar as condições para golpear o país em caso de derrota nas urnas.

Se Bolsonaro vencer, partirá para cima de instituições democráticas fortalecendo o discurso autoritário que tem controlado na campanha; se der Lula, o presidente dá sinais de que pode criar dificuldades para entregar o cargo, no qual ficará até janeiro de 2023.

Ao chamar ministros e membros das Forças Armadas para um pronunciamento nesta quarta-feira, 26, em frente ao Palácio do Planalto, Bolsonaro tinha sangue nos olhos e ameaçou radicalizar; Só não fez a ruptura por que ministros e líderes políticos ouvidos por ele alertaram para o risco de perder eleitores importantes no Sul e Sudeste.

Para dar o golpe o presidente precisa do apoio das massas e dos tanques nas ruas, mas também precisa do apoio político, o que parece ainda difícil de conseguir

O presidente que apareceu no vídeo em tom moderado – defendendo, inclusive, atuar dentro das quatro linhas da Constituição – não era o mesmo de minutos antes, quando falou claramente de “ir pra cima” do Superior Tribunal Eleitoral.

O clima para não reconhecer o resultado das urnas vem sendo buscado por Bolsonaro há semanas: primeiro com a tal censura à Jovem Pan; depois com os ataques de Roberto Jefferson e, por último, com a suposta fraude nas inserções de rádio.

Todas as tentativas fracassaram, mas o presidente está cada vez mais enfurecido; e as pesquisas que mostram vitória de Lula estimulam ainda mais o espírito golpista do bolsonarismo.

Resta saber se ele terá o apoio para esse intento…

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Bolsonaro cria as condições para se recusar a deixar o cargo em caso de derrota…

Denúncias de suposta censura da Justiça Eleitoral – que resultou na prisão do ex-deputado Roberto Jefferson – soma-se às denúncias de censura do TSE e de suposto prejuízo na veiculação de inserções de rádio e criam na campanha do presidente o clima que ele precisava para alegar ilegitimidade do resultado das urnas de domingo

 

Bolsonaro tem apoio de setores dos quarteis para se manter no poder em qualquer circunstância; e o caldo vem sendo engrossado neste segundo turno

Ensaio

No ambiente democrático, o período de transição entre a vitória de um presidente e sua posse em substituição ao que ocupa eventualmente o cargo, é salutar para o processo de reconhecimento do governo e da dinâmica da gestão.

Sob as condições de governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), esse interstício entre a vitória e a posse é um risco para qualquer eleito.

E esse risco aumentou nos últimos dias com algumas ações que parecem calculadas para criar o clima que Bolsonaro precisa para rejeitar deixar o cargo caso perca a eleição de domingo, 30.

Os ataques covardes dos ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) na semana passada não tinham outro objetivo a não ser provocar sua prisão; e a reação do aliado de Bolsonaro parece ter sido calculada para reverberar nas redes sociais.

Antes dele, a campanha bolsonarista já havia criado o clima de mentirosa censura da Justiça Eleitoral à Rádio Jovem Pan – o que resultou, inclusive, em postagens de outros personagens bolsonaristas com falsas determinações do TSE para retirada das redes (lembra do pastor André Valadão?)

Esta semana surgiu nova denúncia, segundo a qual emissoras de rádio do Nordeste deixaram de veicular inserções de rádio da campanha de Bolsonaro, o que teria prejudicado o presidente.

Era o que faltava para os bolsonaristas engrossarem o caldo que vêm tentando desde 2019: descredibilizar a campanha e acusar o TSE de favorecimento.

É preciso lembrar que as Forças Armadas escondem desde o primeiro turno um relatório sobre auditoria nas urnas eletrônicas, que Bolsonaro proibiu de ser divulgado; a ordem é deixar para janeiro, exatamente no período de posse do eleito.

A eleição está polarizada, o que dá a Bolsonaro a condição de mobilizar metade do eleitorado nas ruas, seja qual for o seu motivo; e todos conhecem o perfil do eleitorado médio bolsonarista.

Com este povo nas ruas, tomar posse como presidente será mais uma tarefa de risco numa eventual vitória de Lula…

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Vendo-se descartado como candidato, Brandão manda recado aos comunistas: “Jackson vive!”

Com o anunciado companheiro de chapa Felipe Camarão assumindo a condição de candidato no interior – e já tido como carta fora do baralho pelos próprios aliados – governador-tampão postou foto ao lado do líder pedetista, que foi descartado e humilhado como candidato por Flávio Dino nas eleições de 2010

 

A imagem postada por Brandão ao lado de Jackson Lago: sintoma claro de um desinteresse dos comunistas pela sua candidatura

Chamou atenção uma postagem do tipo “#TBT” nesta quinta-feira, 16, nas redes sociais do governador-tampão afastado Carlos Brandão (PSB): numa foto antiga ao lado de Jackson, Brandão faz referências à história do ex-governador, ressalta sua família e finaliza em tom enigmático.

– Neste tbt a lembrança: Jackson vive! Vamos em frente – disse ele.

Para a maior parte dos analistas mais perspicazes, a postagem é um recado direto ao ex-governador Flávio Dino (PSB) e aos comunistas, que já o veem como carta fora do baralho nas eleições de outubro e trabalham sua substituição pelo pré-candidato a vice Felipe Camarão (PT).

Jackson Lago sofreu situação parecida com a de Brandão nas eleições de 2010, tendo como algoz o mesmo Flávio Dino.

Naquelas eleições, o ex-governador que havia sido apeado do poder um ano antes, em uma controversa decisão judicial, tinha condições de vencer a então governadora Roseana Sarney (MDB) se houvesse a união das oposições.

Então deputado federal pelo PCdoB, Flávio Dino não apenas recusou a aliança com Jackson como também passou a anunciar no interior que o ex-governador estava inelegível para aquelas eleições, além de muito doente.

A atitude de Flávio Dino magoou profundamente o próprio Jackson e a família do ex-governador, além de favorecer claramente a vitória de Roseana, eleita em primeiro turno com meros 0,08% além do necessário para tal.

O líder pedetista morreu no ano seguinte, sem mais falar com Flávio Dino.

Passados 12 anos – curiosamente o mesmo número 12 do pedetista Jackson – Brandão parece ser vítima da mesma artimanha.

Quem vê as fotos postadas por Flávio Dino e Felipe Camarão em suas redes sociais percebe claramente que o petista assumiu o papel de candidato do Palácio dos Leões a governador, ainda que temporário. (Entenda aqui)

Talvez seja por causa destas imagens, a postagem de Carlos Brandão nesta quinta-feira, de Corpus Christi.

Postagem de quem se vê largado pelos próprios companheiros de jornada…

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Flávio Dino prega destituição de Bolsonaro e posse de Mourão

Governador do Maranhão vê um presidente atormentado no cargo, sem condições de continuar à frente do país e com reiteradas indicações de que tentará invadir o Congresso e o STF, o que já seria suficiente para um pedido de impeachment

 

Flávio Dino prega aos colegas governadores que se articulem pelo impeachment de Bolsonaro como forma de garantir as eleições de 2022

O governador  Flávio Dino (PSB) defendeu nesta segunda-feria, 23, o impeachment imediato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e declarou que os ataques de Bolsonaro aos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso já seriam motivos para a destituição do cargo em outros países.

– Sou favorável ao impeachment. A oposição tem tentado, mas o que nós não temos são votos neste instante. Somos minoria na Câmara, mas temos tentado. Eu sou a favor do impeachment não só pelos aspectos políticos, mas também pelos aspectos jurídicos. Nós temos crimes de responsabilidade sendo perpetrados gravemente. Somente esse episódio de ameaçar, coagir o ministro Barroso, coagir o ministro Alexandre de Moraes, em qualquer país seria suficiente para o impeachment – disse Dino, no fórum de governadores.

Na sexta-feira (20), Bolsonaro apresentou ao Senado Federal o pedido de impeachment de Moraes. Essa é a primeira vez que um presidente da República pede a destituição de um ministro da Corte.

Para Dino, o clima que Bolsonaro está criando para as eleições de 2022 pode gerar uma guerra civil.

– Porque se nós formos para a eleição nesse clima gerado pelo Bolsonaro, nós podemos não ter problemas agora no 7 de setembro, mas podemos ter problema no outro 7 de setembro quando se avizinhará a derrota eleitoral do Bolsonaro. E, aí sim, no ambiente eleitoral eles podem perpetrar algum tipo de confrontação, assolar ódio, gerar uma espécie de guerra civil – alertou o governador do Maranhão. 

Para Dino, diante dos últimos posicionamentos do presidente “tudo indica” que o chefe do Executivo tentará invadir o Congresso Nacional ou mesmo do STF (Supremo Tribunal Federal) em uma tentativa de golpe.

 – Acho que a atitude nesse momento deve ser de serenidade, porém, de firmeza porque mesmo que ele [Bolsonaro] não tenha êxito nessas tentativas de invadir o Congresso, invadir o Supremo, coisas desse tipo, tudo indica que algo desse tipo será tentado. E ao tentar, já há vítimas. Nós vimos isso no Capitólio, nos EUA. E temos que evitar essa confrontação entre brasileiros. A paz deve prevalecer, o respeito às regras da democracia deve prevalecer – afirmou o governador.

O governador do maranhão entende que o vice-presidente Hamilton Mourão tem mais condições de estar à frente do país que Bolsonaro, para conduzir a transição até as eleições de 2022.

– Seria uma saída de transição quem sabe ou será uma saída de transição uma vez que Bolsonaro a essa altura está atormentado de desgovernado, inclusive, psicologicamente. Então, talvez fosse uma saída de transição para que haja eleições em paz no Brasil – ressaltou.