Simplício alfineta Brandão: “quem foi governador realmente pode esquecer?”

Numa clara resposta ao que governador cobrou do ministro Flávio Dino, ex-secretário lembrou que, no interior, “correntes políticas dominam prefeituras há décadas, por indicados ou familiares”

 

“ESQUECERAM DE MIM?!?”. Flávio Dino governou por oito anos; Brandão agora quer que ele esqueça disso e o deixe governar sozinho

O ex-secretário de Indústria e Comércio e ex-candidato a governador Simplício Araújo publicou nesta quarta-feira, 19, em suas redes sociais, uma espécie de exortação ao governador Carlos Brandão (PSB), uma resposta ao que Brandão cobrou do ex-governador Flávio Dino.

“E quando se elege um aliado, amigo ou parente para continuar no poder, isso significa realmente “virar a página” ou apenas manter o governo sob outra face? Afinal, onde começa o verdadeiro desapego ao poder?”, provocou Simplício.

  • no início da semana, em entrevista ao jornal O Globo, Brandão cobrou de Flávio Dino que ele deveria esquecer que foi governador e o deixasse governar;
  • o governador lamentou ainda que o ministro do STF use “grupinho” na Assembleia para criar problemas para seu governo a partir de ações no Supremo.

“Acho que, depois de governar, é preciso esquecer que foi governador. Quando tem muita interferência, começa a ter problema. Estamos politicamente afastados, mas não rompidos”, lamentou Brandão. (Relembre aqui)

Para Simplício Araújo , o mais importante para um ex-gestor é mesmo cuidar de sua vida e buscar pessoas competentes e capazes para a sucessão, “não parentes, sócios, amigos ou aliados de primeira hora”.

“Que governadores e prefeitos, ao deixarem seus cargos, abandonem qualquer pretensão de continuidade — seja de sonhos, políticas públicas, esquemas ou vaidades pessoais”, ressaltou o ex-secretário.

“O ministro Flávio Dino está obviamente fora das lides políticas. Agora, a passagem dele pela politica está registrada na história e por muito tempo será pauta, quer seja entre os políticos ou mesmo pelo povo”, respondeu o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade).

A mesma opinião parece fazer parte da avaliação de Simplício Araújo, cujas críticas são duras em relação ao governador.

O Palácio dos Leões não respondeu nenhuma das críticas à entrevista de Brandão…

Abaixo, o artigo de Simplício Araújo:

É possível esquecer que se governou?

Essa reflexão tem me incomodado nos últimos dias. Fui candidato a governador do Maranhão e, ao avaliar o estado sob diferentes perspectivas — tanto pelo que conheço da gestão pública quanto pela realidade maranhense —, me pergunto: quem governou realmente pode esquecer do que fez?

Ser governador é mais do que um sonho. É uma missão que ultrapassa limites pessoais, familiares e políticos. Quem ocupa o cargo tem a oportunidade de implementar planos e projetos estratégicos que vão além do tempo de um mandato. Mas o que acontece quando esse tempo acaba?

Em países desenvolvidos, o governante é um mero gerente de políticas públicas. Nos mais pobres, ele se torna o “dono do poder”, buscando, a qualquer custo, deixar isso claro — seja para permanecer diretamente no cargo, seja para perpetuar sua influência por meio de sucessores.

Percorrendo diversos municípios do Maranhão, percebo que uma mesma corrente política domina algumas prefeituras há décadas, seja por meio de indicados, seja através de familiares. Será que os governantes que iniciaram esses ciclos realmente esquecem o governo depois que saem, mesmo deixando sucessores no poder?

Não estou insinuando que todos fazem dos cargos públicos apenas um meio de enriquecimento pessoal ou de fortalecimento de grupos. Penso também nos gestores que iniciaram projetos de mudança e depois viram seus sucessores — muitas vezes eleitos pela força da máquina pública ou pelo legado do antecessor — alterarem drasticamente a direção das políticas públicas.

É possível que esses ex-governantes simplesmente esqueçam os projetos que começaram? Mais que isso: conseguiriam abrir mão dos privilégios e benesses que o poder confere? Se tivessem a chance, será que seus sucessores apagariam completamente sua memória, como os agentes K e J fazem no filme MIB – Homens de Preto?

Sarney, FHC, Bolsonaro, Dilma e até mesmo o próprio Lula esqueceram que foram presidentes? Ex-prefeitos e líderes que elegeram sucessores no Maranhão realmente se afastaram depois? Programas, políticas públicas, influência e experiência devem simplesmente ser jogados na lata do lixo?

E quando se elege um aliado, amigo ou parente para continuar no poder, isso significa realmente “virar a página” ou apenas manter o governo sob outra face? Afinal, onde começa o verdadeiro desapego ao poder?

Se a resposta for sim, se é possível esquecer, então que essa lógica valha para todos. Que governadores e prefeitos, ao deixarem seus cargos, abandonem qualquer pretensão de continuidade — seja de sonhos, políticas públicas, esquemas ou vaidades pessoais.

Final de mandato? O melhor seria cuidar da vida e esquecer que governaram. E, principalmente, buscar pessoas competentes e capazes para a sucessão — não parentes, sócios, amigos ou aliados de primeira hora.

Quem dera fosse assim!

* Simplício foi deputado federal, secretário de Industria e Comércio do Maranhão e candidato a governador em 2022. 

Camarão sobre exonerações na vice-governadoria: “movimentos normais de cargos”

Vice-governador reagiu com tranquilidade à decisão do governador Carlos Brandão de “desnomear” o procurador Rodrigo Maia e o delegado de Polícia Jefferson Portela, que iriam atuar como seus auxiliares

 

AÇÕES DE GOVERNO. Vice-governador reagiu com serenidade diante de decisões do governador sobre a vice-governadoria

O vice-governador Felipe Camarão (PT) mostrou serenidade ao abordar a publicação de duas decisões do governador Carlos Brandão (PSB), nesta segunda-feira, 17; Brandão havia nomeado para a vice-governadoria o procurador do Estado Rodrigo Maia e o delegado da Polícia Civil Jefferson Portela, mas voltou atrás e “desnomeou” ambos.

“Movimentos de cargos e peças fazem parte da estrutura do governo e cabe ao governador a palavra final”, disse Camarão, em conversa com este blog Marco Aurélio d’Eça.

DOIS DE UMA VEZ. As exonerações assinadas por Brandão que atingiram a vice-governadoria de Felipe Camarão

Também em resposta, via interlocutores, a este blog Marco Aurélio d’Eça, o governador falou sobre as exonerações.

  • Sobre Rodrigo Maia ele disse que “o Valdênio [procurador-geral do Estado]  pediu, por que estava precisando”;
  • em relação a Jefferson Portela, de acordo com o governador, “o delegado-geral disse precisar de delegados”.

A decisão de Brandão repercutiu na noite de segunda-feira, 17, como se fosse mais um ato de afastamento do vice-governador.

Mas sem o recibo de Felipe Camarão, segue o jogo…

Wellington pede cronograma de concursos de professores no governo e prefeitura

O deputado estadual Wellington voltou a cobrar, nesta terça-feira, 5, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, um cronograma claro para os concursos públicos destinados à contratação de professores tanto no Estado quanto no Município de São Luís.

O parlamentar enfatizou a necessidade urgente de atender às demandas da educação pública, especialmente após a decisão judicial que determinou a realização dos certames. A medida visa suprir a falta de professores efetivos nas escolas e garantir melhores condições de ensino para os estudantes.

Ao abordar o assunto, o deputado Wellington, que também é professor, cobrou agilidade nas ações do Governo do Estado e da Prefeitura de São Luís.

“É inadmissível que, com uma decisão judicial favorável, ainda não tenhamos um cronograma definido para a realização dos concursos. A educação pública tem que ser prioridade. Como professor, sei da importância de termos profissionais efetivos e capacitados para garantir um ensino de qualidade. Estou atento a essa questão e continuarei cobrando soluções para nossa categoria. Precisamos de um cronograma com todas as etapas dos concursos que estão por vir”, afirmou o parlamentar.

Da Assessoria

Etapa final dos JEMs/ParaJEMs 2024 terá abertura nesta sexta-feira (09) em São Luís

O Governo do Maranhão realizará a abertura oficial dos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs) e Jogos Paralímpicos Escolares Maranhenses (ParaJEMs) edição 2024 na sexta-feira (09), às 16h, no Ginásio Georgiana Pflueger (Castelinho), em São Luís. A cerimônia oficial, promovida pela Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), contará com a presença do governador Carlos Brandão, secretário da Sedel, Naldir Lopes, atletas consagrados no cenário esportivo, entre outras autoridades.

Este ano, os JEMs atingiram um recorde histórico com 126 municípios inscritos. Pela primeira vez, as cidades de Conceição do Lago-Açu, Mata Roma, Santana do Maranhão, Santo Antônio dos Lopes e Satubinha participaram do maior evento de esporte educacional do estado. Entre as novidades desta edição, está a volta do beach soccer, além de uma competição experimental da capoeira, que terá um espaço especial para ser realizado dentro da programação do evento.

Disputas

Os jogos acontecerão entre os dias 10 de agosto a 02 de setembro e contará com 20 modalidades de disputas individuais e 5 coletivas para crianças e adolescentes na faixa etária de 12 a 14 anos (infantil) e 15 a 17 anos (infanto), e 16 modalidades esportivas para pessoas com deficiência.

O primeiro bloco das competições inicia com as modalidades coletivas (12 a 14 anos) e segue até o dia 15 de agosto com basquete, futsal, futsal intelectual, futebol de 5, futebol PC, goalball, handebol, handebol intelectual, voleibol e voleibol sentado. Do dia 18 a 23 de agosto, a disputa será na categoria infanto com as modalidades de beach soccer, basquete, futsal, handebol, voleibol, ginástica artística e rítmica. No terceiro bloco, que começa no dia 26 e vai até o dia 28, estarão presentes as modalidades de atletismo (12 a 14 anos), atletismo adaptado, badminton (12 a 14 anos), capoeira, natação, tênis de mesa (12 a 14 anos), tênis de mesa em cadeira de rodas, tiro com arco, triatlo, xadrez (12 a 14 anos) e judô. No último bloco, de 31 de agosto a 02 de setembro, as competições acontecerão nas modalidades de atletismo (15 a 17 anos), atletismo + 18 ParaJEMs, badminton (15 a 17 anos), halterofilismo, karatê, parabadminton, skate, taekwondo, tênis de mesa (14 a 17 anos), wrestling e vôlei de praia.

Os campeões do JEMs, na categoria de 15 a 17 anos, representarão o Maranhão na etapa nacional dos Jogos da Juventude, que acontecerão de 13 a 28 de novembro, em João Pessoa, no estado da Paraíba. Já os campeões de 12 a 14 anos representarão o Maranhão nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), que acontecerão de 20 de setembro a 02 de outubro, em Recife, no estado do Pernambuco.

Para a realização do maior evento esportivo do Maranhão, a Sedel conta com a parceria do Corpo de Bombeiros do Maranhão, Polícia Militar do Maranhão, Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), Cerimonial do Governo e das Secretarias de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Administração Penitenciária (Seap), Saúde (SES), Comunicação (Secom), Cultura (Secma), Turismo (Setur), Desenvolvimento Social (Sedes), Educação (Seduc), Juventude (Seejuv) e do IPREV.

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Núcleo familiar do governo Brandão é o que mais incomoda Dino

Ministro da Justiça não vê com bons olhos a presença ostensiva de parentes do governador em todas as pastas e a nomeação de outros em postos de poder no estado

 

Flávio Dino manteve-se o tempo inteiro distante de Brandão durante a passagem de Lula pelo Maranhão

O ministro da Justiça Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB) deram mostras claras neste fim de semana do distanciamento que estão vivendo; durante a passagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os dois nem sequer se cumprimentaram publicamente.

Mas para além das divergências políticas, uma outra questão tem incomodado Flávio Dino: a profusão de parentes do governador em cargos públicos, tanto no governo quanto fora dele.

Para os mais próximos, Dino diz que o nepotismo estabelecido por Brandão não encontra precedente nem mesmo nos períodos mais fisiológicos da política maranhense.

Além dos cargos mais vistosos, no Executivo, no Legislativo e em setores do Judiciário, Brandão montou um núcleo familiar em cada secretaria.

Para Dino, a presença dos familiares do governador em postos estratégicos pode trazer dores de cabeça para Brandão no futuro.

Por isso o ministro prefere acompanhar à distância…

 

Dois meses após assumir, Brandão vai se afastar do governo…

Recuperando-se de uma cirurgia para retirada de cisto, governador-tampão terá que se afastar a partir desta quarta-feira, 1º por que, constitucionalmente, a partir do 15º fora do governo precisa ser substituído

 

Paulo Velten vai substituir Carlos Brandão no governo pelos próximos 15 dias; mas precisa ficar atento a Flávio Dino, que ainda insiste em exercer o cargo

Assim como já havia anunciado o blog Marco Aurélio D’Eça, o governador-tampão vai ter que se afastar do governo nesta quarta-fgeria,1 º, exatamente 60 dias após ter assumido o comando do estado.

Em seu lugar assume o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Paulo Velten.

A posse de Velten se dá pelo fato de que o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB) – primeiro na linha de sucessão – é candidato nas eleições de outubro.

Afastado do cargo desde o dia 17 de maio, Brandão só esteve efetivamente no comando do governo por 45 dias desde que substituiu o ex-governador Flávio Dino (PSB).

Mesmo sem mandato, Dino tem feito ás vezes de governador, assumindo direcionamento de obras, entregando ordens de serviços e usando a estrutura do estado em proveito pessoal.

Resta saber se o desembargador Paulo Velten também se deixará usurpar por Flávio Dino…

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Com quase 60 dias no cargo, Brandão só governou metade deles…

Demonstrado pouca aptidão para o exercício do governo, tucanosocialista tem sido usurpado em suas funções pelo ex-governador Flávio Dino, que usa as prerrogativas mesmo sem mandato; agora, por motivo de saúde, tampão, que já está fora há 15 dias, ficará mais 10 dias afastado das funções

 

Brandão parece gostar da condição de acmado; afinal, como eterno vice, deixa Flávio Dino governar em seu lugar

A mídia alinhada ao Palácio dos Leões anuncia desde ontem que o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) vai tirar licença de 10 dias para cuidar da saúde.

O tampão já está afastado há 14 dias do posto, que vem sendo exercido de forma criminosa pelo ex-governador Flávio Dino (PSB).

Com a licença, que vale a partir desta quarta-feira, 1º, Brandão ficará exatos 25 dias fora do cargo.

A pouca presença do governador-tampão no mandato – e a falta de projetos estruturantes no estado, cuja miséria aumentou no período de Flávio Dino – tem sido criticado duramente pela classe política, mesmo entre aliados.

No final de semana, quando tampão se recuperava fora do estado de uma cirurgia surgida de uma hora para outra, era Flávio Dino, mesmo sem mandato, quem fazia as vezes de chefe do governo no interior maranhense.

O uso do helicóptero pago com dinheiro público pelo ex-governador mereceu dura crítica do senador Roberto Rocha (PTB), que pretende denunciar o caso à Justiça Eleitoral.

Nesta segunda-feira, 30, foi a vez do também candidato a governador, Simplício Araújo (Solidariedade), declarar que o tampão ainda não disse a que veio no governo.

Até hoje, não há maiores explicações sobre a doença que levou o governador-tampão a uma cirurgia que ele mesmo declarou poderia ter sido feita depois.

Mas ele não parece preocupado com o comando do estado.

Afinal, como eterno vice, prefere ficar á sombra de Flávio Dino…

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Brandão promete a mesma pasta a vários e gera crise entre aliados

Deputados Fábio Macedo, Duarte Júnior e Pedro Lucas, além do irmão da senadora Eliziane Gama, Eliel Gama, tinham espaços garantidos no futuro governo pelo vice-governador, que agora negocia com novos apoiadores de última hora

 

Para construir base eleitoral a qualquer custo, Brandão oferece o mesmo cargo a mais de um apoiador, o que tem provocado desgaste entre aliados

A tentativa de consolidar sua base eleitoral tem levado o vice-governador Carlos Brandão (ainda no PSDB) a gerar crises entre aliados por causa de espaços no futuro governo, que começa dia 2 de abril.

Já manifestaram insatisfação com as múltiplas negociações de Brandão o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) e os estaduais Fábio Macedo (PROS) e Duarte Júnior (PSB).

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, o problema ocorre por que Brandão – para criar artificialmente uma base de apoio – tem loteado o governo prometendo a mesma pasta a dois ou até três pretensos apoiadores, o que gera o desgaste.

No caso de Duarte Júnior – que, segundo a imprensa ameaçou até deixar o PSB – Brandão teria oferecido o Viva Procon, gerenciado pela sua mulher, em troca do apoio do MDB.

A insatisfação de Macedo, ainda segundo apurou este blog, se dá pela decisão de Brandão de entregar o controle, do Detran ao deputado federal André Fufuca (PP); o deputado estadual tinha como certo que o órgão seria presidido pelo seu irmão, ex-prefeito de Dom Pedro Hernando Macedo.

Também esperava espaço de poder consolidado no governo Brandão o presidente do Cidadania, pastor Eliel Gama, que é irmão da senadora Eliziane Gama (Cidadania); a ele, também teria sido oferecido o mesmo Detran “dado” a Macedo e a Fufuca.

O problema para Eliel é que o Cidadania está e em federação com o PSDB, que já se posicionou pelo apoio a Weverton Rocha no Maranhão.

Para Pedro Lucas, que anunciou apoio ao vice-governador há duas semanas, a condição para garantia de espaços de poder é a entrega do União Brasil, hoje apoiando o senador  Weverton Rocha (PDT); para conseguir, Fernandes precisa vencer a queda de braço com o colega deputado Juscelino Filho.

A guerra de bastidores no governo Brandão tende a se intensificar depois do dia 2 de abril, quando a gestão começa de fato e o loteamento dos espaços tende a ser intensificado.

O problema é que, depois disso, nenhum dos aliados poderá mais mudar de partido, caso seja preterido nas articulações…

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Carlos Brandão que lute; Flávio Dino mantém aliados no governo

Governador deixou nas mãos dos adjuntos as pastas que perderam secretários nas últimas semanas, incluindo os postos do PDT e a secretaria comandada pelo pré-candidato a governador Simplício Araújo; a tendência é que o próprio vice-governador tenha que efetivar as mudanças quando assumir o mandato

 

Flávio Dino vai empurrando com a barriga as mudanças no secretariado, deixando tudo para Carlos Brandão resolver

Uma semana depois de anunciar definitivamente que o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) é o seu candidato nas eleições de outubro, o governador Flávio Dino (PSB) não efetivou nenhuma mudança em seu governo.

Mesmo nas pastas cujos titulares anunciaram a saída, exatamente por causa das eleições – Dino manteve adjuntos.

O posicionamento de Dino leva ao entendimento de que caberá apenas ao próprio Brandão efetivar as mudanças políticas em seu governo, trocando as pastas cujos titulares não estejam em seu palanque.

Já anunciaram saída do governo os secretários de Indústria e Comércio, Simplício Araújo (Solidariedade), de Desenvolvimento Social, Márcio Honaiser (PDT), e de Segurança, Jefferson Portela (PDT); mas todas as pastas estão sendo comandadas por adjuntos.

Tanto no PDT, do senador Weverton Rocha, quanto no Solidariedade, de Simplício, os militantes já foram comunicados que devem se preparar para deixar os cargos no governo.

Mas Flávio Dino parece não ter interesse de fazer a troca, preocupado que está com a eleição de senador.

E Carlos Brandão que lute…

Dino perde 6 pontos para o Senado; Weverton cresce 6 para o governo

Curiosamente, a pesquisa Escutec/O Estado registrou oscilação – negativa para um e positiva para outro – nos índices de preferência eleitoral do governador e do senador ao longo de 2021

 

Caberá a Flávio Dino dizer se prefere carregar nas costas a candidatura de Carlos Brandão ou garantir capilaridade à sua candidatura de senador no palanque de Weverton Rocha

Analise de conjuntura

A pesquisa Escutec divulgada neste sábado, 2, pelo jornal O EstadoMaranhão, registrou um curioso dado envolvendo o governador Flávio Dino (PSB) e o senador Weverton Rocha (PDT).

Enquanto o governador perdeu vertiginosos seis pontos percentuais entre as pesquisas de março e de setembro, o senador foi o que mais cresceu, ganhando, no mesmo período, os mesmos seis pontos perdidos por Dino.

A leitura precisa dos números leva a um entendimento óbvio: Weverton tem hoje maior penetração popular que o governador, passados sete anos da era Dino no estado.

Em outras palavras, Flávio Dino vai precisar da força político-eleitoral de Weverton para consolidar-se como candidato a senador.

A situação do governador para o senado é  considerada arriscada, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post “Flávio Dino já experimenta riscos para o Senado…”

E o risco torna-se ainda maior porque o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – que muitos tentam forçar como escolhido do governador, de qualquer jeito – patina nas pesquisas e não consegue estabilizar-se nos dois dígitos.

A solução, também óbvia, é o governador ter um candidato de peso para impulsionar sua candidatura ao Senado, e não o contrário.

Flávio Dino voltou a afirmar, ontem, que escolherá seu candidato em novembro, com base nos critérios da carta-compromisso de julho.

Até lá, Weverton Rocha segue consolidado como o principal nome da base do governo na disputa de 2022.

A escolha é de Flávio Dino…