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“Não adianta, o povo quer”, responde Wellington, sobre denúncia de invasão de terras públicas…

Candidato do PP a prefeito dá de ombros a mais uma acusação – como fez com a questão do uso de laranjas e da sonegação de impostos – e aposta no prestígio que demonstra nas camadas mais populares para passar incólume no processo eleitoral

 

Com forte apoio nas camadas populares, Wellington ignora denúncias, mesmo as mais graves

Com forte apoio nas camadas populares, Wellington ignora denúncias, mesmo as mais graves

O titular deste blog conversou com diversos assessores e colaboradores da campanha de Wellington do Curso (PP) – incluindo a sua coordenação de comunicação – desde que surgiram revelações de que ele havia invadido um terreno público no Sítio Santa Eulália e estava tentando vender por R$ 6 milhões.

A resposta foi sempre a mesma.

– Não adianta que não vai pegar. Quanto mais bate, mais ele cresce. O povo quer Wellington – responderam os assessores, de todos os níveis, durante toda a manhã desta terça-feira, 13.

Trecho da ação contra Wellington: mas "o povo quer"

Trecho da ação contra Wellington: “o povo quer”

De fato, Wellington do Curso demonstra uma força popular surpreendente nesta campanha, sobretudo nas camadas mais pobres do eleitorado.

Talvez por isso, ele entenda que não precisa explicar questões relativas à sua vida profissional, como a sonegação de ISS, o débito de IPTU do seus prédios e o fato de ter usado o nome da mãe e do irmão no controle da empresa que usa como exemplo de sucesso pessoal.

Obviamente, o eleitor mais pobre, com menos acesso à informação – que forma o grosso do eleitorado do candidato populista – pouco vai compreender ou discernir tais questões envolvendo a figura de Wellington.

Mas a questão envolvendo o terreno de R$ 6 milhões no Sítio Santa Eulália, é um crime de invasão de terras, de grilagem, que perpassa também pela falsificação de documentos e falsidade ideológica.

Wellington está sendo processado pela Procuradoria-Geral do Estado, em ação que corre na Vara da Fazenda Pública de São Luís. O Estado afirma ser dono da área e acusa o candidato do PP de tê-lo murado e posto à venda por R$ 6 milhões.

Até agora, Wellington não rebateu a acusação.

E a julgar pelo que diz sua assessoria, nem precisa, por que “o povo quer a sua eleição”.

Mesmo com tudo isso envolvendo seu nome…