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Com chapa completa, PDT mantém tradição de disputar prefeitura há 36 anos…

Articulada pelo candidato a prefeito Fábio Câmara e montada pelo presidente municipal Raimundo Penha, chapa do partido apresentará 32 candidatos a vereador – com perspectiva de eleger entre dois e três representantes à Câmara Municipal – chegando à sua décima disputa ininterrupta pelo comando da capital maranhense

 

Raimundo Penha e Fábio Câmara montaram a chapa do PDT, que vai disputar pela 10ª vez seguida as eleições de São Luís com chapa completa

O PDT manterá nestas eleições municipais uma tradição que se iniciou 1988, com a candidatura vitoriosa do ex-prefeito Jackson Lago, que teve três mandatos em São Luís.

Desde então, são 36 anos que o partido disputa – e vence, de uma forma ou de outra – as eleições municipais, seja com candidato próprio, seja na coligação de candidato de outro partido, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça ainda em 2022 no post “O protagonismo do PDT nas eleições de São Luís…”.

Nas eleições de 2024, o PDT tem como candidato a prefeito o ex-vereador Fábio Câmara, que será um dos representantes do campo lulista em São Luís, mas o único exclusivamente na base do presidente petista, uma vez que o outro candidato da base lulista, Duarte Jr. (PSB), tem em sua base representantes também do bolsonarismo.

A chapa de candidatos a vereador terá 32 nomes, exatamente o máximo exigido pela Justiça Eleitoral.

Liderados pelo vereador Raimundo Penha, que concorre à reeleição, o PDT tem amplas chances de fazer entre dois e três vereadores, com nomes de forte densidade nas comunidades, incluindo o próprio Penha e o suplente Charles dos Carrinhos.

Sem nunca ter deixado de concorrer a uma eleição na capital maranhense, como protagonista ou coadjuvante de um dos vencedores, o PDT parte para sua décima eleição seguida presente em chapas majoritárias, único partido a ter este registro no Maranhão.

É uma história partidária relevante…

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Zé Raimundo Rodrigues agora também na blogosfera…

Lendário jornalista maranhense estreia na internet com o blog do Maranhão TV, referência ao histórico programa que comandou na televisão por décadas, como num dos mais importantes comunicadores maranhenses de todos os tempos

José Raimundo Rodrigues estreou na blogosfera na semana passada, após mais de cinco décadas como lenda do rádio e da TV maranhenses

O jornalista José Raimundo Rodrigues, lenda da TV e do rádio maranhenses é o mais novo membro da blogosfera; ele acaba de estrear o blog do Maranhão TV, acessível pelo domínio blogdomaranhaotv.com.br

Zé Raimundo é um dos mais importantes comunicadores maranhenses da história, efetivo no jornalismo em praticamente toda a segunda metade do Século XX, chegando ao Século XXI como uma das referências históricas da profissão.

No blog, o comunicador vai abordar temas da política, da cultura, do esporte e das relações sociais do Maranhão atual, sem deixar de fazer um resgate histórico dos fatos que marcaram o estado nos últimos 50 anos. (Veja exemplo aqui e aqui)

O Maranhão TV é um dos programas mais antigos da TV maranhense, com o maior acervo eletrônico da televisão, disponível também em todas as redes sociais.

Formado em jornalismo, José Raimundo é também radialista.

Foi repórter e apresentador de todas as emissoras de TV do Maranhão, além de correspondente da Rede Globo, da Band e do SBT durante anos. 

É o único jornalista maranhense que emplacou matérias em todos os programas da TV Globo, desde o Bom Dia Brasil até o Jornal Nacional, passando por Globo Esporte, Esporte Espetacular, Globo Rural, Fantástico, Som Brasil e até Cassino do Chacrinha.

O blog do Maranhão TV também estará disponível a partir desta terça-feira, 19, na aba de blogs parceiros deste blog Marco Aurélio d’Eça.

Para acessá-lo, basta clicar no nome Maranhão TV…

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Edivaldo Jr. reaparece em post parabenizando Flávio Dino…

Ex-prefeito que estava há três meses sem postar nada no instagram, no twitter ou em qualquer outra rede social desejou êxito ao novo ministro do Supremo Tribunal Federal e citou também a senadora Ana Paula Lobato, que assume o posto no Senado que poderia estar hoje com o próprio Holandinha

 

A postagem de Edivaldo: o que não deve passar pela cabeça do ex-prefeito de São Luís ao ver o desenrolar de 2022?

Desaparecido das redes sociais desde novembro – quando postou o recebimento de sua carteira da OAB-MA – o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior (sem partido) postou nesta quinta-feira, 22, homenagem ao novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.

– Parabenizo o amigo Flavio Dino pela posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) desejando êxito neste novo desafio. Com a sua experiência e competência, contribuirá muito com a Suprema Corte, fortalecendo a democracia brasileira – declarou Edivaldo.

N a postagem, Edivaldo também desejou sucesso à nova senadora Ana Paula Lobato (PSB),que assume a vaga de Dino no Senado.

– Que Deus a abençoe em sua missão – disse.

Curiosamente, a vaga que Ana Paula assumiu poderia ter sido do próprio Edivaldo Jr., caso ele não tivesse buscado o caminho que buscou nas eleições de 2022.

No início daquele ano, contam os bastidores da política, o ainda governador  Flávio Dino chamou o ex-aliado para uma conversa no Palácio dos Leões e ofereceu a ele postos na futura chapa eleitoral a ser encabeçada pelo então vice Carlos Brandão.

Holandinha poderia escolher entre ser o vice de Brandão ou compor a chapa do próprio Dino, como primeiro suplente de senador; o ex-prefeito preferiu apostar em uma candidatura a governador e amargou apenas o quarto lugar.

E o restante da história todos já conhecem…

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Imagem do dia: o fim de um ciclo; ou será o começo?!?

O ex-senador, ex-governador, ex-deputado federal, ex-juiz e ex-candidato a prefeito de São Luís Flávio Dino encerrou nesta quinta-feira, 22, sua trajetória política de 18 anos, iniciada em abril de 2006, quando decidiu renunciar ao cargo de juiz federal para concorrer pela primeira vez em uma eleição; ele fica no STF até 2046; ou pode voltar antes disso

 

Flávio Dino entre Lula e Roberto Barroso chefe dos poderes Executivo e Judiciário; ciclo que se encerra para dar início a outro

Foi nos primeiros dias de abril de 2006, quando decidiu renunciar ao cargo de juiz federal, que o advogado e professor universitário Flávio Dino de Castro e Costa tomou a decisão que iria mudar a sua vida.

Nesses 18 anos de atuação política, ele construiu uma trajetória vitoriosíssima:

  • foi deputado federal em 2006;
  • disputou o segundo turno pela Prefeitura de São Luís em 2008;
  • ficou em segundo lugar na disputa pelo Governo do Estado em 2010;
  • foi presidente da Embratur no Governo Dilma entre 2011 e 2014;
  • venceu em primeiro turno o Governo do Estado em 2014;
  • reelegeu-se também em primeiro tuno em 2018;
  • elegeu-se senador da República com mais de 2 milhões de votos em 2022;
  • foi ministro da Justiça entre janeiro de 2023 e fevereiro de 2024;
  • foi indicado pelo presidente Lula e aprovado no Senado para o Supremo Tribunal Federal.

Neste meio tempo, o agora magistrado da elite do judiciário brasileiro elegeu todos os senadores maranhenses entre 2014 e 2022, elegeu o prefeito de São Luís em 2012 e 2016 e ajudou a construir inúmeras lideranças da nova geração de políticos maranhenses – aliadas ou adversárias – que hoje estão no topo do debate político.

Este ciclo histórico de Flávio encerrou-se nesta quinta-feira, 22, quando ele tomou posse no cargo de ministro do STF.

Embora mantenha forte influência política nos bastidores, o agora ministro não poderá mais exercer a atividade política plena, com reuniões partidárias e eleitorais, indicação de candidatos, pedidos de votos ou mesmo articulações para formação de chapas; pelo menos não publicamente.

Ele seguirá essas diretrizes até 2046.

Ou não…

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A histórica e transparente relação de Eliziane com as igrejas…

Pauta de desconstrução da imagem da senadora maranhense nas denominações evangélicas é gerada por grupos adversários, ligados ao bolsonarismo, que ainda se ressentem da derrota de 2022 e da perda de espaço com a chegada ao poder de um governo mais à esquerda, ao qual, organicamente, a parlamentar sempre foi mais identificada

 

 

Desde 2006 Eliziane aproximou os governos das igrejas e as igrejas do Palácio dos Leões, começando com Jackson Lago e se consolidando com Flávio Dino

Ensaio

Nascida e criada no evangelho – dentro das mais rígidas regras do pentecostalismo pregado pela Assembleia de Deus nos rincões do Maranhão nos idos de 1970 – a senadora Eliziane Gama (PSD) sempre teve, mesmo assim, postura progressista, o que não a impediu de construir uma carreira de destaque como jornalista e como política evangélica, de deputada estadual, passando por deputada federal e chegando a senadora.

Nestes 18 anos de vida parlamentar ela sempre teve o apoio das lideranças e da base da Assembleia de Deus e de outras denominações evangélicas, sobretudo pela sua fidelidade e lealdade aos princípios cristãos e por suas ações políticas de fortalecimento e empoderamento deste segmento social ao longo de vários mandatos.

Como deputada estadual, a atual senadora comandou a CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa, quando o assunto ainda era tabu, sobretudo nas igrejas; é de sua autoria, também, a lei que instituiu os retiros evangélicos – e católicos – na agenda cultural do Maranhão, o que permitiu luz sobre estes movimentos que, no mínimo, protegem jovens no carnaval.

Igreja de nascimento de Eliziane, a Assembleia de Deus sabe que sua carreira política tem identificação pessoal com a do agora ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – e anterior a ele, ela também sempre foi ligada historicamente a Jackson Lago, outro ícone da esquerda maranhense.

Eliziane aproximou as igrejas tanto de Jackson quanto de Flávio Dino e tornou a relação mais leve; lideranças evangélicas, tanto da AD quanto de outras denominações passaram a ter acesso ao poder a partir de seus movimentos.

Não é exagero afirmar que, graças a Eliziane Gama, vários outros homens e mulheres das igrejas com vocação política puderam sonhar com um mandato parlamentar ou no executivo ao longo desses 18 anos.

Foi a partir da ascensão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que a promiscuidade política passou a impregnar as igrejas; manipulando a fé e mesclando a doutrina religiosa com a pauta da direita radical, Bolsonaro atraiu figuras nocivas da agenda evangélica, tipos como Silas Malafaia, Marcos Feliciano, Valdomiro Santiago e outros mercadores da fé.

Mas é claro que, no Maranhão – e dentro das igrejas – houve quem se beneficiasse dessa agenda bolsonarista; e começou aí a hostilização à senadora, que se posicionou contra os deturpados ideais do então presidente e a manipulação da fé evangélica com interesse político.

Dentro da Igreja Assembleia de Deus – e no segmento evangélico – Eliziane Gama se mantém historicamente onde sempre esteve, com a ciência de todas as lideranças assembleianas e evangélicas do Maranhão.

E é assim que ela mantém seu espaço dentro do movimento cristão maranhense.

Que completará 20 anos exatamente em 2026.

Na renovação do seu mandato no Senado…

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Governistas já comparam Braide a Castelo; aliados do prefeito preferem lembrar “Força Total” de Jaime Santana…

Aliados do governador Carlos Brandão entendem que o prefeito de São Luís caminha para repetir 2012, quando o então gestor do PSDB perdeu a eleição por isolamento político; mas os braidistas preferem outra disputa, a de 1985, quando o então deputado federal Jaime Santana – com apoio da prefeitura, do governo e do presidente da República –  perdeu, mesmo assim, a eleição para Gardênia Gonçalves

 

Castelo e Dona Gardênia, com a filha, Gardeninha, em imagem do início de 2011; personagens icônicos da política, hoje lembrados como case eleitoral

Ensaio

Dez entre dez aliados do governador Carlos Brandão (PSB) têm convicção neste momento da pré-campanha que o prefeito Eduardo Braide (PSD) repetirá as eleições de 2012, quando o então prefeito João Castelo (PSDB) perdeu a reeleição para o deputado federal Edivaldo Júnior (então no PTC), por isolado político-partidário.

Naquela eleição, Castelo era o favorito, mas brigou com “deus-e-o-mundo” e perdeu aliados importantes, no PDT, DEM, PSB, MDB e outras legendas, que avalizaram a candidatura do insípido Holandinha. 

Deputados federais, estaduais, jornalistas e auxiliares do governador ouvidos por este blog Marco Aurélio d’Eça ao longo das últimas semanas não têm dúvidas de que a postura de Braide o levará à derrota para o deputado federal Duarte Júnior (PSB), “que vem forte, apoiado por Brandão e pelo presidente Lula (PT)”.

De fato, Duarte Júnior ampliou sua base de apoio significativamente na virada do ano, ao receber o apoio de Brandão e atuar diretamente na base de Lula; o deputado reúne a maioria dos grandes partidos maranhenses, de todas as correntes, do PSDB ao MDB, do PSB ao PT, passando por PP, Podemos, e, provavelmente, o União Brasil e o PL.

Mas os aliados do prefeito Eduardo Braide, que lidera as pesquisas e tem a gestão aprovada pela população, preferem lembrar de uma outra eleição, bem mais antiga: a disputa de 1985, entre a então ex-primeira-dama do Maranhão Gardênia Gonçalves (PDS) e o então deputado federal Jaime Santana, da lendária “Frente Liberal”.

Á época, Santana chegou à disputa com apoio do então prefeito Mauro Fecury (PFL), do então governador Luiz Rocha e de ninguém menos que o então presidente da República José Sarney – exatamente o que ocorre hoje com Duarte Júnior; a “Força Total” embalou Jaime Santana durante toda campanha com uma ação conjunta de prefeitura, governo e presidência nunca vista em São Luís.

São Luís nunca viu tanto asfalto jogado nos bairros mais longínquos da cidade; nunca viu tanto aterro espalhado por toda parte; obras, ações, vereadores e deputados presentes nos bairros; o resultado foi uma vitória consagradora de Gardênia, com o apoio solitário do marido, o mesmo João Castelo de 2012.

Este blog Marco Aurélio d’Eça abordou a história de 1985 exatamente em junho de 2012, no post “A onipresença de João Castelo”, em que lembra suas façanhas contra a “Força Total” de Jaime Santana e outra, igualmente poderosa, que embalou o hoje futuro ministro do STF, Flávio Dino, em 2008.

As histórias lembradas neste início de campanha eleitoral são significativas para entender o momento político no Maranhão;

Braide, com seu isolamento, assim como o Castelo de 2012, mas também como a Gardênia de 85.

E Duarte Júnior, com a mesma “força total” que embalou Jaime Santana.

O tempo dirá quem tem razão…

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Aliados querem manter influência de Flávio Dino na política do MA…

Senadores, deputados federais e estaduais mais próximos do futuro ministro do Supremo Tribunal Federal já trabalham uma agenda eleitoral própria em 2024 e ainda o veem como “força organizadora da política” no estado

 

Márcio Jerry entre Dino e Brandão nos atos sobre o 8 de Janeiro, em Brasília; ministro do STF como “força organizadora da política no Maranhão”

O futuro ministro do Supremo tribunal Federal Flávio Dino vai passar cerca de 40 dias exercendo o mandato de senador para o qual fora eleito em 2022; ele assume o cargo no STF em 22 de fevereiro, mas seus aliados na política já têm uma agenda própria para manter sua influência no poder do Maranhão.

O papel dele como ator político muda, mas não dá para sepultar o dinismo, esquecer ou apagar o seu legado. A influência dele vai continuar super forte, viva e organizadora da política – repetiu nesta terça-feira, 9, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), um dos mais próximos de Dino.

Além de Márcio Jerry, Flávio Dino conta com outros atores na política do Maranhão para manter sua influência, ainda que indireta.

O vice-presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Lago, e o ex-presidente da Casa, Othelino Neto (ambos do PCdoB) já atuam em agenda própria, ainda que na base do governador Carlos Brandão (PSB); na mesma Assembleia ele tem ainda os deputados Carlos Lula (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB) e Leandro Bello (Podemos).

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou com exclusividade, ainda em dezembro de 2022, a agenda política que o futuro ministro iria manter no fim de ano, com reuniões pessoais com sua base, os chamados “raízes” do dinismo; foi nessa articulação que ele garantiu o apoio do governador Carlos Brandão ao seu candidato em São Luís, deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Apesar da aliança com Brandão, Flávio Dino e seu grupo pretendem manter presença política forte no Maranhão; uma fala do mesmo Márcio Jerry, que repercutiu na imprensa local e nacional, deixa bem claro este objetivo.

– Toda a história construída por Flávio Dino na política do Maranhão desde a eleição de 2006, passando por 2010, mas sobretudo a partir de 2014, deixa um legado gigantesco, com repercussões fortes na estruturação do campo político maranhense por muitos anos – acredita o parlamentar.  

Como ministro do STF, Flávio Dino não pode mais fazer campanhas políticas e participar de eventos político-eleitorais; mas isso não impede que ele possa receber a classe política, eventualmente, tanto em sua casa quanto em seu gabinete, para passar instruções e ouvir sobre o Maranhão.

No projeto de “força organizadora da política no estado”, Flávio Dino e seu grupo esperam contar também com o senador Weverton Rocha, que lidera o PDT e tem grupo próprio no Maranhão; Rocha se aproximou do futuro ministro durante o processo de sabatina no Senado, e espera tanto dele quanto do presidente Lula (PT) um reconhecimento nas eleições de 2026.

Mas esta é uma outra história…

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Obra literária “Tudo Azul de Bolinhas Brancas” é lançada por Nery Mendonça na Livraria Amei

Livro da escritora e museóloga – que relata passagens da história de dona Raimunda Mendonça, testemunha de fatos marcantes da história de São Luís – é prefaciada pelo advogado Carlos Nina e tem revisão de Edmilson Sanches

 

A autora e sua obra: históricas do cotidiano, testemunho e homenagem a uma personagem icônica de São Luís

A escritora e museóloga Nery Mendonça lançou na noite deste sábado, 6, na Livraria Amei, no São Luís Shopping, o livro “Tudo Azul de Bolinhas Brancas”, com passagens da história de dona Raimunda Mendonça, testemunha de fatos marcantes da história de São Luís

Para o filho Fernando Mendonça, que é juiz de Direito e marido da Autora, o livro é “bem gostoso de ler e narra o passar de cinco gerações das famílias Rego e Mendonça”.

– São muitas deliciosas histórias de vidas, experiência de família, recheadas de boas pitadas de informações sobre o ambiente da floresta amazônica no começo do século passado, a miscigenação de raças e fatos históricos da Velha São Luís – diz o magistrado.

A obra é prefaciada pelo advogado Carlos Nina, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão e do Rotary Club.

– Dona Raimunda Mendonça de Sousa era assim, múltipla ao longo de sua vida, sendo ela mesma, sempre. Determinada, mas compreensiva; tolerante, mas persistente; humilde, mas altiva; realista, mas otimista. Assim enfrentou as adversidades que suas circunstâncias lhe impuseram quando constituiu sua própria família. Nada disso impediu que seus filhos fossem criados em ‘clima de união familiar, de respeito, bondade e solidariedade – pontuou Nina.

Nery Mendonça selecionou diversas fotografias que integram a obra e documentou no livro depoimentos e testemunhos de amigos e familiares, que enriquecem o conjunto de referências pessoais e históricas.

Os trabalhos de revisão e supervisão editorial do livro foram feitas pelo jornalista e escritor maranhense Edmilson Sanches, que também assina o texto da quarta capa.

– De entrada, este livro revela dois encantos: a história maiúscula de dona Raimunda Mendonça, sua vida ricamente simples, seu exemplo simplesmente rico; e a leveza, fluidez, mansuetude textual, de estilo, de Nery Mendonça. Quem estiver com este livro não estará apenas com uma obra de papel e tinta, mas com um relicário de quase um século de vida, vida em abundância, como a vivida por Dona Raimundinha. Abundância que não é fartura, excesso, opulência, mas riqueza — riqueza, primeiro, de bom e firme caráter (sem o que, honestamente falando e agindo, não se vai adiante). Riqueza de vontade, de visão, de talentos potenciais e de energia para fazer acontecer – escreveu o revisor.

Durante o lançamento do livro os amigos da homenageada – os cantores Marco Duailibe, Plínio Fontenele, Alessandro Batista, Fernando de Carvalho, Ruber Rosha, Thaynara Oliveira – acompanhados pelo pianista Renato Serra, prestaram a sua homenagem a Dª Raimunda Mendonça, cantando as suas canções preferidas.

A produção do evento foi assinada pelo designer e produtor Suassuna Filho….

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Treze governos depois, Avenida Litorânea chega aos 30 anos ainda em obras

Projeto iniciado no governo Luiz Rocha foi ignorado por Cafeteira, teve a primeira etapa no governo Lobão, passou por ajustes no governo Roseana, ficou parada sob José Reinaldo e Jackson Lago – ganhou prolongamento feito, curiosamente, pelo prefeito João Castelo – e teve dois novos trechos sob Flávio Dino, chegando, finalmente, ao Olho d’Água, palco da festa de revèillon popular neste domingo, 31

 

Imagem de 40 anos do local onde hoje funciona o parquinho e praça de alimentação da Litorânea (fonte: imirante.com)

 

História

Poucas das milhares de pessoas que estarão festejando este revèillon dariam importância se soubessem que exatamente neste domingo, 31, a Avenida Litorânea, que corta as principais praias de São Luís, está completando 30 anos de inauguração; a mais cosmopolita das avenidas da capital é um símbolo da sua força turística nunca aproveitada efetivamente.

Entregue pelo governador Edson Lobão exatamente no dia 31 de dezembro de 1993, a avenida teve o plano de obras iniciado 10 anos antes, em 1983, no governo Luiz Rocha (que durou até 1987).

No governo de Epitácio Cafeteira (1987-1990) a obra foi completamente ignorada, sendo retomada, ainda que timidamente, apenas no governo João Alberto (1990/91). E sua primeira etapa, de 5,5 quilômetros, foi feita por Lobão (1991-1994).

Roseana teve quatro mandatos de governadora (1995-2002 e 2009-2014), e contribuiu com a ampliação de  sua extensão, concluída por Flávio Dino (2015-2022); Sob José Reinaldo Tavares (2002-2006) a obra ficou parada, assim como no governo Jackson Lago (2007-2009).

Curiosamente, foi um prefeito e não um governador – João Castelo (2009 e 2012) – quem retomou a obra, ampliando um trecho de menos de 1 quilômetro, levando a avenida até o limite entre Calhau e Olho d’Água, lugar conhecido por Caolho.

O mais novo trecho da Litorânea é este, que vai até à avenida do Sesc, no Olho d’Água, local das comemorações de revèillon neste domingo, 31

A obra só voltaria a ganhar importância de fato no terceiro mandato de Roseana, que iniciou a segunda etapa, entre o Caolho e o Olho d’Agua. Flávio Dino recebeu a obra e a ampliou até a entrada do Sesc Olho d’Água, inaugurada em 2022, já por Carlos Brandão (2022-2026), que acaba de implementar uma reforma em vários trechos.

O projeto original pensado ainda na década de 80 prévia a Litorânea ligando as praias da Ponta d’Areia ao Araçagy. São exatamente os dois trechos mais difíceis de executar.

O trecho da Ponta da Areia se inicia onde é hoje a Praça do Pescador, mas tem a antiga casa de veraneio do governo bem no meio do caminho, além da maré, que chega no asfalto em toda a extensão da praia.

Já o trecho do Araçagy tem como maior desafio o gigantesco paredão natural que se debruça na beira do mar, tornando quase impossível cortar uma avenida no meio da montanha de calcário, barro e piçarra.

Mas ainda há quem sonhe não apenas com estes dois trechos, mas seguir avante coma Litorânea dos dois lados.

Criando, finalmente, o verdadeiro anel viário à beira-mar, circulando toda a Ilha de São Luís…

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PDT tem votação média em São Luís na casa dos 15%, mostra estudo…

Partido que venceu todas as eleições na capital maranhense desde 1988 alcançou nas duas últimas eleições – por suas próprias forças – pouco mais de 80 mil votos, o que põe a candidatura do ex-vereador Fábio Câmara – com seus cerca de 12 mil votos em 2022 – em condições de quebrar a polarização que o governador Carlos Brandão deseja no pleito de 2024

 

Em 2020, Neto Evangelista enfrentou as duas máquinas e, com apoio do PDT, alcançou mais de 83 mil votos na capital maranhense

Ensaio

As eleições de 2024 tendem a se afunilar entre quatro ou cinco candidatos, sobretudo com a tentativa de polarização que o governo Carlos Brandão (PSB) tenta impor ao prefeito Eduardo Braide (PSD) com a candidatura do deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Esta tendência de afunilamento, já mostrada neste blog Marco Aurélio d’Eça, aponta para o enxugamento de candidaturas, sobretudo na base do governo, o que deixa a disputa restrita ao prefeito, ao candidato do Palácio dos Leões, às candidaturas chamadas “de menor influência”, e a do candidato do PDT, ex-vereador Fábio Câmara.

Neste estudo, este blog Marco Aurélio d’Eça faz um recorte analítico para mostrar o potencial do PDT – partido que venceu todas as eleições na capital maranhense desde 1988 – no caso de se confirmar a tendência de polarização e enxugamento das candidaturas desejada pelo Palácio dos Leões.

Nas duas últimas eleições as candidaturas majoritárias do PDT – em 2020, para prefeito, com a do deputado estadual Neto Evangelista (DEM); e a de 2022, com o senador Weverton Rocha ao governo – alcançaram uma média de 15% dos votos em São Luís, mesmo em condições adversas, concorrendo contra máquinas poderosas.

Em 2020, Evangelista foi apoiado pelo PDT, que indicou a vice, mas não teve o apoio do então prefeito Edivaldo Júnior, mesmo este ainda filiado ao partido do senador Weverton;  Ao fim do primeiro turno, o deputado democrata ficou em terceiro, com 16,24% dos votos, ou 83.138.

Nas eleições de 2022, Weverton entrou na disputa pelo governo também em condições adversas; enfrentou, apenas com a militância pedetista, a força do hoje presidente Lula (PT), do agora ministro do STF Flávio Dino, e a máquina do governador Carlos Brandão (PSB); e foi engolido pela polarização do então presidente Jair Bolsonaro (PL) com Lula, que favoreceu Lahésio Bonfim (PSC).

Mesmo assim, Weverton registrou em São Luís exatos 14,73%, ou 82.744 votos. Agora preste atenção nos números:

  • Em 2020, só com sua força pessoal e o apoio do PDT, Neto Evangelista teve mais de 83 mil votos em São Luís;
  • Em 2022, só com sua força pessoal e o apoio do PDT, Weverton Rocha teve mais de 82 mil votos em São Luís.

Candidatura pedetista pode ser fiel da balança em 24

Enfrentando várias máquinas e a polarização entre Lula e Bolsonaro, Weverton teve mais de 82 mil votos em São Luís apenas com apoio da militância pedetista

Em 2024, o PDT apresenta à disputa o ex-vereador Fábio Câmara, suplente de deputado federal e também ex-candidato a prefeito.

Self-made-men, Câmara é um representante das camadas mais populares na política; e assim como o PDT, seus números também são consolidados na capital maranhense.

Eleito vereador em 2012, entrou na disputa pela Prefeitura de São Luís em 2016 pelo MDB, também em condições adversas, sem apoio da própria legenda, abandonado pelas lideranças do partido e enfrentando estruturas poderosas das máquinas estadual e municipal; o ex-vereador registrou 19.045 votos, ou 3,63% do total.

Em 2022, já no PDT, o ex-vereador concorreu a deputado federal; ficou entre os 10 mais votados na capital maranhense, obtendo 12.462 votos (2,14%).

  • Em 2016, com sua força pessoal e amigos, Câmara alcançou como candidato a prefeito quase 20 mil votos em São Luís;
  • em 2020, como candidato a deputado federal pelo PDT, o ex-vereador registrou em São Luís mais de 12 mil votos.

Como se vê, historicamente, o PDT é o partido com votação mais consolidada em São Luís, graças à força da legenda e à militância historicamente aguerrida, capaz de sair das condições mais adversas.

Este blog Marco Aurélio d’Eça tem mostrado desde meados de 2023 que apenas o PDT – com seu candidato Fábio Câmara e a liderança do senador Weverton Rocha – são capazes de quebrar a polarização desejada em São Luís pelo governador Carlos Brandão.

Os números da história estão aí para mostrar.

E eles não mentem, jamais…