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Maranhão chega a ter gasolina com litro a R$ 8,79…

Fake news divulgada pelo governador-tampão sobre ICMS não tem qualquer efeito sobre o preço dos combustíveis, que chega às alturas em municípios como Balsas, no Sul do estado; governo continua com ação no STF para impedir a redução do imposto

Tabela publicada pelo blog do Linhares Jr. mostra o preço da gasolina comum nos 12 maiores municípios maranhenses

O preço do litro da gasolina aditivada chega a R$ 8,79 no município de Balsas, no Sul do Maranhão. O município é um dos maiores produtores agrícolas do estado, mas depende das distribuidoras de São Luís para ter combustível, o que encarece o preço.

Lá, o preço da gasolina comum chega a R$ 8,69; o diesel também chega a R$ 8,79.

A fake news plantada pelo governador-tampão Carlos Brandão (PSB) sobre mexida no ICMS não tem qualquer efeito sobre os preços dos combustíveis, que permanecem alto em todo no Maranhão.

O governo Brandão é um dos poucos que decidiram entrar na Justiça contra a lei que fixou a alíquota do ICMS em 18% para combustíveis e energia; no Maranhão, esta alíquota é de 30,5%, uma das mais altas do Brasil.

 A redução na pauta do preço direto do distribuidor nada tem a ver com o corte de ICMS, por isso o preço continua alto.

Em São Luís, por exemplo, o preço médio da gasolina comum é de R$ 6,93, mas pode chegar a R$ 7,59, segundo publicou o blog do jornalista Linhares Júnior.

E não há perspectiva de queda sem o corte no ICMS…

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Brandão mente sobre ICMS; governo não tem poder para baixar preço de combustível

Pressionado pela opinião pública  – e com a imagem desgastada pela ação na Justiça tentando impedir o corte de impostos – governador-tampão usa artimanha tributária e fake news para tentar convencer a população de que agiu em seu favor, o que não é verdade

 

A menos que tenha feito mais um desses acordos obscuros com os capitães da indústria maranhense, Brandão mentiu sobre redução de preços de combustíveis no estado

Análise da notícia

É mais uma fake news do Palácio dos Leões a informação de que o governador-tampão Carlos Brandão (PSB)  baixou a alíquota do ICMS de combustíveis e que isso vai gerar redução no preço de gasolina, óleo diesel e etanol.

Primeiro, que não houve corte algum na alíquota do imposto, que permanece em 30,5%, uma das maiores do Brasil; segundo que o Governo do Estado não tem poder para interferir no preço dos combustíveis.

Desgastado e pressionado pela opinião pública, o que Brandão fez foi uma artimanha tributária para tentar minimizar o fato de que está na Justiça tentando impedir que o ICMS tenha, de fato, que ser reduzido no Maranhão.

Brandão é um dos poucos governadores que se recusam a baixar a alíquota do ICMS, cumprindo a lei aprovada no Congressos Nacional.

A artimanha tributária criada pelo governador-tampão mexeu apenas na pauta do ICMS para a gasolina; é fake news, portanto, que o preço da gasolina baixará algo em torno de R$ 0,38 nas bombas.

O governador não tem como saber disto por que não tem poder para interferir nos preços dos postos.

Brandão, portanto, faltou com a verdade ao cidadão maranhense.

Mais uma vez…

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Pressionado e desgastado, Brandão é obrigado a reduzir ICMS, mas mantém ação no STF…

Diante da repercussão negativa de sua resistência em ajudar na baixa dos preços dos combustíveis, governador-tampão tenta gerar um fato positivo com um anúncio truncado de corte no imposto, mas não diz se manterá o processo para impedir essa redução forçada

 

Desgastado por se recusar a baixar o ICMS dos combustíveis, Brandão é obrigado pela circunstâncias eleitorais a cortar a alíquota do imposto

A pressão da opinião pública e a crítica contundente dos adversários na disputa pelo governo levaram o governador-tampão Carlos Brandão (PSB) a anunciar neste sábado, 2, uma redução na alíquota do ICMS, o que, segundo ele, deverá baixar o preço dos combustíveis.

Mas Brandão mantém a ação no STF, por meio da qual tenta impedir a obrigatoriedade da redução no imposto.

A decisão de cortar – a contragosto – o ICMS só veio depois da forte repercussão negativa de sua ação na Justiça; e diante de fortes críticas de adversários, como o senador  Weverton Rocha (PSDT) e o ex-secretário Simplício Araújo (Solidariedade).

Em outras palavras: Brandão só baixou o ICMS por que vinha tendo a imagem eleitoral desgastada.

Em mais um desgaste desnecessário…

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Redução de impostos em vários estados impõe pressão sobre Flávio Dino

Com sucessivos aumentos de ICMS, governador está sendo associado aos custos do gás de cozinha e dos combustíveis; e a ação de outros governadores mostra que ele pode, se quiser, também ajudar na redução desses custos no Maranhão

 

A redução de ICMS no Mato Grosso atingiu vários produtos do dia-dia

O Governo do Mato Grosso anunciou nesta quinta-feira, 30, a redução da incidência do ICMS em itens como gás de cozinha, óleo diesel, gasolina e energia elétrica.

O objetivo é ajudar na redução do preço destes produtos, cuja alta de impostos vem gerando aumentos sucessivos desde o início de 2021.

A decisão do governador de Mato Grosso põe ainda mais pressão sobre o governador  Flávio Dino (PSB) cuja imagem de governador do “mais impostos” tem incomodado seus marqueteiros.

Além de Mato Grosso, os estados do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo – cujo governador é do mesmo partido de Flávio Dino – também já reduziram incidência de ICMS nesses produtos.

Flávio Dino prefere pagar campanhas para melhorar a imagem a ter que reduzir o ICMS no Maranhão

A gasolina e o gás de cozinha vendidos no Maranhão têm hoje preços que estão entre os mais altos do país; mas Flávio Dino nega que os valores sejam resultado do aumento de ICMS.

A opinião pública, no entanto, tem cobrado cada vez mais o corte no percentual de impostos.

Nas próximas semanas, ao invés de seguir o exemplo dos colegas, o governador vai iniciar uma campanha de marketing para amenizar a imagem de cobrador de impostos.

E a população pagará também esta conta…

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Wellington vai à Justiça por redução de ICMS da gasolina

O deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) informou hoje (22) nas redes sociais que ajuizou Ação Popular com o objetivo de reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS e, consequentemente, diminuir o preço dos combustíveis no Maranhão.

Como fundamento, a Ação aborda a inconstitucionalidade do art. 23, VII, “i” da Lei Estadual 7.799/02, devendo o estado do Maranhão ser condenado a observar o princípio da essencialidade do serviço e produto e capacidade contributiva e com sua consequente redução da alíquota aplicável a gasolina de 28,5% para o patamar de 18%, o mesmo aplicável a comercialização de outros produtos essenciais. A ação popular é assinada pelo deputado Wellington e assessorada pelos advogados Aécio Bezerra e Ellen Félix.

Ao justificar a ação, o deputado Wellington lamentou a postura do Governo do Estado de manipular uma legislação com o intuito de aumentar a carga tributária e, consequentemente, penalizar a população.

“É lamentável que o governador Flávio Dino seja capaz de manipular uma legislação, de incluir o combustível no rol de produtos supérfluos e, ainda assim, tenha a coragem de dizer que não tem culpa alguma. Basta analisar o art. 23, VII, “i” da Lei Estadual 7.799/02 e ver que, entre as alíquotas, a gasolina é identificada no último patamar, o que por si só já indica sua classificação como mercadoria supérflua para o Estado do Maranhão. Como se não bastasse a errônea classificação do combustível, mercadoria indispensável à todos os maranhenses, como produto supérfluo, é categorizado na mesma faixa joias, metais preciosos, embarcações esportivas e aeronaves. Será que uma joia é uma pedra preciosa é tão essencial quanto um combustível? Certamente, não. Por isso, ingressamos com ação popular para que haja essa correção e a alíquota do ICMS seja reajustada, diminuindo o preço dos combustíveis no Maranhão”, afirmou o deputado Wellington.

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Custos com coronavírus já chegam a R$ 850 milhões no MA…

Governador Flávio Dino disse que prejuízos se dão pela não-arrecadação de tributos como ICMS e IPVA, somada aos gastos com ações contra a proliferação da CoVID-19; mas o governo não informa a economia com suspensão de dívidas e recursos extras recebidos

 

Flávio Dino fala de custos de R$ 850 milhões no Maranhão, mas nada diz sobre a economia do estado com suspensão de dívidas

O governador Flávio Dino apontou nesta quarta-feria, 15, um custo de R$ 850 milhões com o coronavírus no Maranhão.

Segundo ele, esse valor é resultado direto da não-arrecadação de impostos como ICMS e IPVA, além dos gastos com equipamentos, suprimentos, medicamentos e ações de combate ao coronavírus.

Mas, se por um lado, o estado gastou com o vírus, por outro, teve economia, com a suspensão de pagamentos de dívidas e a liberação de recursos extras pelo Governo Federal.

Mas o governador não informou esta conta. 

O cruzamento do que o estado gasta na pandemia com o que deixou de pagar e o que recebeu de ajuda é a equação necessária para apontar o custo do coronavírus no Maranhão.

E é fundamental que o Governo do Estado informe esta diferença…

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Proposta de Pedro Lucas para reduzir preço do gás ganha destaque nacional

Deputado federal maranhense apresentou Emenda à Constituição que reduz a incidência de ICMS no valor do produto, o que deve reduzir o preço ao consumidor final

 

Tem ganhado destaque na mídia nacional a Proposta de Emenda Constitucional do deputado federal maranhense Pedro Lucas Fernandes (PTB), que visa reduzir o preço final do gás de cozinha.

A revista IstoÉ traz nesta quinta-feira, 3, ampla reportagem destacando a importância da proposta.

– Para o autor do projeto, deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) a medida visa reduzir o preço do gás de cozinha. A proposta acrescenta na Constituição Federal que o gás de cozinha fará parte da lista de produtos que não podem ser tributados. Hoje, estão na listagem livros, jornais, periódicos, o papel destinado à impressão, templos de qualquer culto, patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos – destaca a revista.

A PEC de Pedro Lucas dá imunidade tributária ao gás liquefeito de petróleo (GLP) que é usado nos botijões. Assim, o produto deixaria de ter a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O recolhimento é feito pelos estados. O ICMS representa, conforme a Petrobras, 16% do preço do GLP.

A proposta foi aprovada esta semana na Comissão de Constituição e Justiça a Câmara Federal.

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Jerry toma as dores de Dino e também é enquadrado por jovem na Net

Deputado foi às redes sociais do rapaz – que criticou os sucessivos aumentos de impostos no Maranhão – mas acabou sendo também enquadrado

O deputado federal Márcio Jerry também ouviu das suas ao tentar questionar o jovem Gustavo Carvalho, que gravou vídeo ao lado de Flávio Dino com duras críticas ao governador.

No vídeo, publicado em primeira mão pelo blog de Luís Cardoso, o jovem aproveita a presença de Dino em um voo e grava vídeo em que questiona os sucessivos aumentos de ICMS no governo do comunista.

– Governador como é que você diz que defende o pobre e só nos últimos anos foram quatro aumentos de ICMS?!? – questionou o rapaz.

Visivelmente constrangido, Dino vira de costas para não ser gravado e tenta se afastar; Carvalho insiste e faz várias outras críticas. (Veja o vídeo acima)

Logo depois, Márcio Jerry foi ás redes sociais do garoto para questionar, alegando ter sido desrespeito ao abordar Dino, que estava acompanhado do filho.

E acabou ouvindo também o que não queria.

– Governador Flávio Dino não respeita a população e quer pedir respeito – questionou Carvalho. (Veja o print acima)

O vídeo elevou o patamar das redes sociais do rapaz e tem repercutido em todo o país.

Ruim para quem tenta se viabilizar como candidato a presidente…

 

 

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Mesmo com redução nas refinarias, postos mantêm preço dos combustíveis em São Luís…

Revendedores alegam que frequentes aumentos de ICMS impedem redução drástica, e diz que preços começarão a cair após recebimento de novas cargas, o que não ocorre quando há aumento

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na última sexta-feira, 31, redução de 6% no preço do diesel e de 7% no litro da gasolina nas refinarias.

Até agora, no entanto, nenhum posto apresentou redução nas bombas capaz de ser percebida pelos consumidores.

O Sindicato dos Revendedores de Combustível alega que os  frequentes aumentos de ICMS pelo Governo do Estado inibe essa redução, mesmo com cortes nas refinarias.

Curiosamente, o sindicato alega que só ao longo da semana esses preços começarão a ser reduzidos, quando os postos receberem os novos fornecimentos.

Não é o que acontece, no entanto, quando há aumento; nesses casos, o reajuste é repassado imediatamente após o anúncio.

E o Procon também nãos e manifesta…

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Devo, pago quando livre estiver…

Anna Graziella Santana Neiva Costa*

Mariana Costa Heluy*

O Artigo 5º, LXVII da Constituição Federal diz que “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”.

A assertiva constitucional está em xeque no tocante à prisão por dívida tributária.

Recentemente, decidiu o STJ que deixar de recolher o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido por operações próprias é crime, mesmo que o imposto tenha sido corretamente escriturado e declarado ao fisco. Nos termos da decisão, o empresário que embute o valor do ICMS no preço do produto e deixa de fazer o repasse ao Estado, apropria-se indevidamente do tributo.

Em outras palavras, a hipótese não seria de simples inadimplência tributária, mas ato gravoso apto a justificar aplicação de pena de detenção de 6 meses a 2 anos.

O assunto – que tem potencial de impactar vários setores da atividade econômica – preocupa advogados, assim como deixa alvoroçada a classe produtiva e geradora de empregos do nosso país. Prova disso é a ansiedade que envolve o julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus n.º 163.334, em trâmite perante o STF, no qual se discute a subsunção da conduta de não recolhimento de ICMS próprio – regularmente escriturado e declarado pelo contribuinte – ao tipo penal do art. 2º, II, da Lei n.º 8.137/1990. O relator, Ministro Luís Roberto Barroso, ao constatar a relevância temática e a sua controvérsia, bem como o impacto que o tema trará a dezenas de milhares de contribuintes em todo o país, reputou que sua apreciação seja feita pelo Plenário da Corte “em homenagem à segurança jurídica”.

Oportuno enfatizar que o Ministro Barroso intui que é da Suprema Corte o mister do equilíbrio entre os três pilares do Estado Democrático de Direito: governo da maioria, limitação do poder e respeito aos direitos fundamentais. Por coincidência (ou não), o tema está em evidência no Estado do Maranhão face  à entrada em vigor de mais um projeto de lei – o de n° 239/18 – de iniciativa do Governador Flávio Dino (PCdoB) que majora, pela terceira vez, em menos de cinco anos, alíquotas do ICMS impactando, severamente, a população e os empresários. 

Nesse momento, frases célebres voltam à tona, a exemplo de uma atribuída ao estadista Winston Churchill: “Uma nação que tenta prosperar à base de impostos é como um homem com os pés num balde tentando levantar-se puxando a alça”. Noutro giro, o filósofo Karl Marx – que nunca foi um entusiasta das utopias tributárias – durante a revolução alemã de 1848 escreveu: “A partir de hoje, impostos estão abolidos! É alta traição pagar impostos! Recusar pagar imposto é a primeira obrigação de um cidadão”.

Antes mesmo da concepção do Estado Moderno, a garantia da arrecadação estatal sempre foi uma preocupação constante dos governantes. Ao nosso ver, o sistema punitivo desenhado pelo legislador deve ser interpretado com bom senso e sabedoria sendo inconcebível, hodiernamente, contribuir para o aumento da população carcerária brasileira implementando a prisão de devedor inadimplente.

O consequencialismo jurídico é uma realidade do julgador contemporâneo e a distribuição de justiça com tenaz eficiência, no presente caso, aponta para medidas que repercutam na esfera patrimonial do responsável pela eventual dívida. Recorrer à prisão por dívida de tributos, transformando o Direito Penal em instrumento de política fiscal, é prática vedada pela Carta Magna e por diversos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

*Advogadas

Publicado originalmente em O Estado e S. Paulo, edição de 08/03/2019