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Relatório da PF: dinheiro da Saúde enriqueceu jackistas e reinaldistas…

De acordo com o documentos da investigação que resultou na operação “Sermão ao Peixes”, Instituto Cidadania e Natureza beneficiou o ex-chefe da Casa Civil Aderson Lago e foi usado até na campanha de João Capiberibe, no Amapá

 

Alexandra e José Reinaldo comandaram o esquema

Alexandra e José Reinaldo comandaram o esquema

A cada dia o relatório da Polícia Federal que resultou na operação “Sermão aos Peixes”, deflagrada no início de novembro contra ex-dirigentes do sistema de Saúde do Maranhão e empresários do setor, traz mais revelações de como a coisa funcionava desde os governos José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT).

Segundo o documento, foi diretamente beneficiado com “as falcatruas na Saúde”, o ex-chefe da Casa Civil do governo Jackson Lago, Aderson Lago, pai do atual secretário de Transparência, Rodrigo Lago.

E até os chamados “balaios” – militantes pagos para fazer campanha contra a família Sarney, no Maranhão e fora dele – ganharam dinheiro do esquema.

– Com a administração da Maternidade Marly Sarney foram repassados R$ 16 milhões e outros R$ 34 milhões referentes à administração do Hospital Carlos Macieira: R$ 600 mil para o bolso do ex-chefe do gabinete civil Aderson Lago, R$ 980 mil para movimentação e sustentação e apoio aos balaios – diz o relatório da Polícia Federal.

É preciso ressaltar que os delegados da “Sermão ao Peixes” ignoraram essas informações do relatório, optando por fazer operação referente apenas ao período de 2010 a 2013.

Trecho do relatório mostra como era distribuído o dinheiro desviado

Trecho do relatório mostra como era distribuído o dinheiro desviado

Capiberibe levou R$ 500 mil

Na época investigada pela Polícia Federal, o então governador José Reinaldo Tavares tinha uma obsessão: ajudar o então senador  João Capiberibe a derrotar o senador José Sarney no Amapá.

E para tanto, Tavares não poupou dinheiro público, desviado via Instituto Cidadania e Natureza.

Para a campanha de Capiberibe foram encaminhados nada menos que R$ 500 mil reais, segundo revela o relatório da Polícia Federal ignorado na “Sermão aos Peixes”.

O documento fala ainda de uma “ex-secretária de Saúde”, cujo nome não é revelado, que “percebe mensalmente R$ 30 mil para dar continuidade às falcatruas da organização criminosa”.

Aderson Lago, o guloso

Aderson Lago: dinheiro pro bolso, diz Polícia Federal

Aderson Lago: dinheiro pro bolso, diz Polícia Federal

O relatório da Polícia Federal dedica parte substancial da investigação ao pai do atual secretário de transparência, Rodrigo Lago, o então chefe da Casa Civil, Aderson Lago – isso já no governo Jackson Lago.

O documento chega a relatar, com detalhes, a volúpia com que o ex-secretário avançava no dinheiro público.

– Também cito célebres desvios de recursos de convênios envolvendo o atual chefe da Casa Civil, Aderson Lago. No primeiro, parte do repasse mensal de R$ 120 mil para manutenção de hospital em Mata Roma era sacado por assessores de Aderson. No outro, a denúncia e que pelo menos R$ 100 mil dos R% 550 mil de convênios para compra de remédios em Caxias acabaram na conta da empresa Ópera Prima, do Rio de Janeiro, de propriedade de ninguém menos que Aderson Neto, filho do chefe da Casa Civil. Isso tudo em 2006 – diz o relatório.

Documento relata ações de Aderson sobre o dinheiro público

Documento relata ações de Aderson sobre o dinheiro público

Diante de todas essas informações é que este blog – e outros blogs maranhenses – tem questionado desde o início da operação: Por que a Polícia Federal ignorou estes personagens na Operação “Sermão aos Peixes”?

Em resposta, a assessoria da PF no Maranhão tem dito apenas que não se pronuncia sobre caso em investigação.

Ou seja, pelo menos há uma investigação, é o que se espera…

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Relatório aponta possível direcionamento da Polícia Federal na investigação da Saúde…

Blog Atual 7 divulgou partes do relatório que mostram o conhecimento dos delegados da operação “Sermão aos Peixes” sobre as operações do Instituto Cidadania e Natureza desde 2004

 

Os delegados e procuradores federais e dois dos citados nos relatórios da PF: Helena Duailibe e José Reinaldo Tavares: poupados? (imagem: Atual 7)

Os delegados e procuradores federais e dois dos citados nos relatórios da PF: Helena Duailibe e José Reinaldo Tavares: poupados? (imagem: Atual 7)

A operação “Sermão aos Peixes”, da Polícia Federal, pode ter sido direcionada politicamente para atingir apenas o ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, poupando aliados do governador Flávio Dino (PCdoB), como os ex-governadores José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT).

Trecho do realtório da PF confirma: invesigação vem desde 2004, ao contrário do que afirmaram o delegados

Trecho do relatório da PF confirma: investigação vem desde 2004, ao contrário do que afirmaram o delegados

A suspeita foi levantada nesta segunda-feira, 30,  pelo blog Atual 7, que publicou partes do relatório da investigação, dando conta do conhecimento da polícia sobre as operações do Instituto Cidadania e Natureza desde o governo José Reinaldo Tavares (PSB), em 2004.

As revelações do Atual 7 corroboram coma s suspeitas já levantadas em posts deste blog. (Releia aqui e aqui)

Na entrevista coletiva da operação “Sermão aos Peixes, os delegados federais Sandro Jansen e Alexandre Saraiva, e os representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), afirmaram que o suposto esquema teria sido criado e comandado pelo ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, adversário político do governador Flávio Dino (PCdoB), que tem o irmão Nicolao Dino como sub-procurador Geral da República.

Mas o que mostra o relatório da investigação da própria Polícia Federal é outra coisa.

De acordo com Atual 7, o documento confirma que a Polícia Federal tinha conhecimento que o ICN e dois de seus donos – Péricles Silva Filho e Raimundo Sacramento Mendes – operavam desde maio de 2004 nos cofres da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

– Desde o início da década passada o ICN foi contratado pela Secretaria Estadual de Saúde para administrar algumas unidades hospitalares da rede pública estadual. Desde então até os dias atuais sérias denúncias de desvio de verba pública através da citada OSCIP são veiculadas na Internet, apontando o Instituto como um ‘propinoduto’ por onde escoaria a verba pública desviada – afirma o relatório da investigação, ainda em seu volume 01.

Ou seja, os documentos oficiais da Polícia Federal desmentem os próprios chefes da Polícia Federal no Maranhão…

Leia aqui a matéria completa do Atual 7

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O que fazer com Marcos Pacheco?!?

Um dos piores secretários do governo Flávio Dino em termos de gestão, o titular da Saúde é agora, oficialmente, suspeito de beneficiar o esquema do ICN desbaratado pela Polícia Federal

 

Pacheco e Dino: o secretáriorn ponto de desgaste do governo comunista

Pacheco e Dino: o secretáriorn ponto de desgaste do governo comunista

O secretário de Saúde é um dos calcanhares-de-aquiles do governo Flávio Dino (PCdoB).

Tímido como gestor, ele não conseguiu implementar as políticas próprias da Secretaria de Saúde e ainda acabou com o serviço de excelência nas unidades de antedimento mantidas na gestão passada.

Só por este aspecto, Pacheco era visto como inoperante pelo próprio governador Flávio Dino, e constantemente ameaçado de demissão.

Mas agora, Marcos Pacheco se complica ainda mais.

A Polícia Federal confirmou em relatório – embora, estranhamente, não tenha tido interesse em investigar – que Pacheco participou de conversas suspeitas com os donos do Instituto Cidadania e Natureza, investigado pela operação “Sermão aos Peixes”.

O que a PF diz ´que Pacheco pode ter favorecido o ICN na licitação de quase R$ 200 milhões para o setor da Saúde.

Pacheco era tido como um dos secretários incapazes de manter o ritmo do governo Dino.

Agora, é visto também como ponto fora da ética do governo.

E o que fazer com ele?!?

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A farra do ICN no governo Flávio Dino…

Instituto investigado por suspeita de desvio de recursos tem entre seus controladores gente que, mesmo com prisão decretada, “não foi encontrado” pela Polícia Federal e tem fortes ligações no Palácio dos Leões

 

Marcelo e Márcio: ICN acaba perpassando pelos dois

Marcelo e Márcio: ICN acaba perpassando pelos dois

A Polícia Federal deveria aprofundar as investigações no Instituto Cidadania e Natureza também para os contratos com o governo Flávio Dino (PCdoB).

Uma das suspeitas que ronda o instituto nesta gestão envolve o chefe da Casa Civil de Flávio Dino, Marcelo Tavares.

Um dos pedidos de prisão da Polícia Federal alcançava ninguém menos que Benedito Silva Carvalho, tido pela própria Polícia Federal como um dos cabeças do instituto. 

O poderoso Benedito controla também a Cooperativa Centervita, que administra sete unidades de saúde em São Luís, uma em Colinas e uma em Timon.

Benedito Carvalho é apontado como tio de Marcelo Tavares. Com prisão preventiva decretada, foi o único, curiosamente, a não ser encontrado pela Polícia Federal. (Leia aqui)

Supersalários a amigos de Jerry

Outra suspeita é que o ICN – assim como outras Oscip’s que atuam no governo Dino – pagam altos salários a indicados pelo chefe da Articulação Política, Márcio Jerry.

Keilane e o contracheque de Marajá: namorada do amigo de Márcio Jerry

Keilane e o contracheque engordado da Bemviver: namorada do amigo de Márcio Jerry

Um destes contracheques – de uma enfermeira ligada a um assessor de Jerry – no valor de mais de R$ 13 mil, veio à tona ainda no mês de abril. (Relembre aqui)

A Justiça Federal determinou ontem o rompimento do contrato do ICN com o governo Flávio Dino.

Deveria também determinar a investigação desses contratos do governo comunista. 

Afinal, o procedimento é o mesmo que ocorria no período entre 2010 e 2013.

Simples assim…

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Justiça obriga Flávio Dino a romper contrato com ICN…

Informação foi dada ontem à noite pela própria Secretaria de Saúde, que negou ter havido determinação de intervenção na pasta

 

A Justiça Federal determinou ontem que o governo Flávio Dino (PCdoB) rompesse o contrato de gestão com o Instituto Cidadania e Natureza, investigado pela Polícia Federal por suspeita de desvios de verbas na Secretaria de Saúde.

A própria secretaria confirmou, em nota, a determinação judicial.

Sobre a operação da Polícia Federal (PF) “Sermão aos Peixes”, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que, por determinação da Justiça Federal, foi obrigada a rescindir o contrato de gestão com o Instituto Cidadania e Natureza (ICN), Oscip que venceu a concorrência pública para a gestão de parte das unidades da rede estadual de saúde. A partir desta terça-feira (17), as unidades de saúde antes sob gestão do ICN serão geridas pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH)”, disse a SES.

O ICN comandava diversas unidades de Saúde no governo Flávio Dino, entre elas as UPAs de São Luís.

De acordo com a nota, o novo instituto já assumiu os serviços desde ontem…

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ICN controla 22 unidades de Saúde no governo Flávio Dino…

Instituto acusado de desvios de recursos já operou também nos governos José Reinaldo e Jackson Lago, mas a Polícia Federal só investigou sua atuação entre 2010 e 2013

 

O Instituto Cidadania e Natureza (ICN), cujos sócios foram presos esta semana pela Polícia Federal, sob a acusação de desvios de recursos, controla atualmente 22 unidades de saúde no governo Flávio Dinbo (PCdoB).

Na gestão de Flávio Dino, o ICN ganhou, por exemplo, o direito de controlar todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de São Luís, que tinha atendimento de excelência na gestão passada.

A entidade também administra contratos em unidades de grande porte ou especializados na capital e no interior, como o Centro de Especialidades Médicas e Diagnóstico (PAM Diamante); Centro de Medicina Especializada (Cemesp); Centro de Saúde, dr. Genésio Rêgo; Hospital Presidente Vargas; Hospital do Câncer do Maranhão, Dr. Tarquínio Lopes Filho (Hospital Geral); Hospital Geral de Matões do Norte; Hospital Geral de Morros; Hospital Geral de Grajaú; Hospital de Urgência e Emergência de Presidente Dutra, Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz, e Hospital Regional Dr. Carlos Macieira, situado no município de Colinas.

Criado em 2002, o instituto teve passagem também pelos governos  José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT).

Mas a Polícia Federal, auxiliada pela Controladoria Geral da União, decidiu investigar a atuação do ICN apenas no período de 2010 a 2013.

Será por que?!?