5

Uma afronta da Justiça aos pais brasileiros…

Liberar uma assassina do próprio pai  para que possa comemorar o Dia dos Pais é uma agressão à sociedade que não encontra justificativa sequer na letra fria da lei

 

Suzane, a assassina: festa no Dia dos Pais

Suzane, a assassina: festa no Dia dos Pais

A Justiça brasileira tem sido pródiga em produzir aberrações, característica clara de um setor social que se acha mesmo acima do bem e do mal.

Mas a liberação da assassina Suzane Von Richthofen no dia dos pais – para comemorar o Dia dos Pais – é uma afronta do Judiciário à toda a sociedade brasileira.

Justificar o beneplácito à assassina com a cantilena de que a lei é para ser cumprida, mostra, além da afronta, o desprezo desta classe ao cidadão comum.

Suzane Von Richthofen é uma assassina.

Suzane Von Richthofen é uma assassina do próprio pai.

A mulher que hoje está nas ruas para comemorar o dia dos pais matou o próprio pai a pauladas, assim como matou a própria mãe – e ganhou da Justiça o indulto do dia das mães.

Em qualquer país civilizado, as leis servem para punir o transgressor e proteger o cidadão de bem. No Brasil, as leis servem para humilhar, ridicularizar e afrontar apenas quem ousa contestar os homens da lei.

Neste momento, por exemplo, no Maranhão, mais de 400 bandidos de toda espécie estão nas ruas, livres, como os mesmos cidadãos que seguem as regras violadas por eles.

Já seria imoral Suzane Von Richthofem deixar o presídio onde cumpre pena – repita-se: pela morte dos pais a pauladas – em épocas como Natal, Semana Santa e outros feriados.

Mas beneficiar com indulto de dia dos pais a assassina do próprio pai é a agressão-mor do Judiciário a qualquer princípio de civilidade.

Fruto típico do endeusamento de juízes…

0

Premiados com indulto das crianças, 54 não voltaram a Pedrinhas…

No total, só em 2015, quase 200 condenados que tiveram o benefício não voltaram ao presídio e muitos ainda estão nas ruas, como foragidos

 

A juiza tentando convencer os condenados: será que eles atendem?

A juíza Ana Maria Almeida tentando convencer os condenados a voltar; muitos ignoraram o apelo

Pelo menos 54 dos 337 condenados que deixaram o Complexo de pedrinhas semana passada – beneficiados com o indulto do Dia das Crianças – continuam nas ruas.

A data limite para que o presos voltassem era a última quinta-feira, 15. Todos já têm mandados de prisão, demandando tempo da polícia e gastos públicos para tentar recapturá-los.

Só este ano, 191 presos que tiveram o benefício do indulto não voltaram a Pedrinhas.

Significa dizer que a população convive, desde então, com quase 200 foragidos, que podem ou não ser de alta periculosidade; e podem – ou não – estar cometendo crimes.

Mas a lei é assim…

2

Precisa isso, doutora?!?

A juiza tentando convencer os condenados: será que eles atendem?

A juíza tentando convencer os condenados: será que eles atendem?

A imagem acima mostra a juíza Ana Maria Vieira, da Vara de Execuções Penais, em reunião com os detentos de Pedrinhas que ganharam o direito de passar o Dia das Crianças com a família. A juíza estava acompanhada do promotor Marco Aurélio e do Defensor Bruno Dixon. Os 337 beneficiados assinaram um termo de compromisso. Parece ter sido a primeira vez que isso acontece – o que leva a crer numa preocupação da magistrada nos riscos de botar este povo nas ruas. E não for a primeira vez, diante dos números de detentos que não voltam, o blog faz outra pergunta: adianta alguma coisa este compromisso?!?

2

Biju monitorável…

Justiça decide monitorar por tornozeleira uma acusada que, em tese, nenhum risco oferece a sociedade, mas libera para o Dia das Crianças – sem nenhum tipo de monitoramento – mais de 300 condenados, muitos dos quais prontos para praticar novos crimes

Lidiane Leite agora ostenta tornozeleira eletrônica

Lidiane Leite agora ostenta tornozeleira eletrônica

“Ostentando” uma bela tornozeleira (destinada ao monitoramento eletrônico de presos e investigados de Justiça), a ex-prefeita de Bom Jardim Lidiane Leite deixou ontem o dormitório do Corpo de Bombeiros de São Luís, após ser presa sob suspeita de integrar esquema de corrupção naquele município. Às vésperas do Dia das Crianças, Lidiane passará em casa o feriado prolongado.

Assim como ela, 337 detentos do regime semiaberto do Complexo Penitenciário de Pedrinhas também passarão o feriadão em casa, na companhia de seus familiares. Ou pelo menos é isso que deveriam fazer, já que o Dia das Crianças é a motivação desta que é a quarta saída temporária de presos este ano.

Mas, diferentemente de Lidiane, os detentos não poderão ostentar uma “biju monitorável” como a dela. Afinal de contas, não passam de reles anônimos na multidão, ao contrário da ex-gestora hoje reconhecida em todo Brasil como a “prefeita ostentação”. Ao que tudo indica, tornozeleira virou artigo de exibição da Justiça somente em casos de presos especiais e famosos.

Resultado: livres e desimpedidos, muitos costumam aproveitar a saída temporária para prolongar não apenas o feriado, mas também sua estada fora da prisão.

pedrinhasO custo mensal de um apenado na unidade estava em torno de R$ 3 mil por mês. Um preso monitorado custaria R$ 250,00 mensais.

Só este ano, 137 beneficiados não retornaram a Pedrinhas. Como foragidas da Justiça, não é de se esperar que essas pessoas busquem meios legais para ganhar a vida. E São Luís, já assolada pela violência, passa a contar com mais “soldados” na linha de frente do crime.

Sobre monitoramento de presos, vale lembrar que em outubro do ano passado o Comitê de Gestão Integrada – criado para combater a crise no sistema penitenciário do estado – aplicou a utilização de 135 tornozeleiras em detentos provisórios.

A medida visava, além da redução da população carcerária, diminuir gastos com o sistema prisional. O custo mensal de um apenado na unidade estava em torno de R$ 3 mil por mês. Um preso monitorado custaria R$ 250,00 mensais.

Pergunta que não quer calar: com a violência em alta, não seria mais barato investir numa política eficaz de vigília eletrônica do que pagar o preço imensurável de ter mais bandidos à solta, agravando o pânico da população?

Enfim, em breve se saberá quantos detentos, dessa vez, não retornarão a Pedrinhas.

De O EstadoMaranhão, com ilustração do blog