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Assassino de Irialdo pega 17 anos, mas PMs permanecerão em liberdade…

Mecânico foi executado em praça pública por um mecânico que fazia as vezes de policial em Vitória do Mearim e teve a cobertura dos agentes públicos para cometer o crime

 

MOMENTO DA EXECUÇÃO DE IRIALDO, EM PRAÇA PÚBLICA, por um vigilante que agia como policial em Vitória do Mearim

O juiz Antonio Agenor Gomes, do 2º Tribunal do Júri, condenou a 17 ano de reclusão o vigilante Luiz Carlos Machado de Almeida, que executou em praça pública,  em 2015, o mecânico Irialdo Batalha.

O mesmo juiz também sentenciou o soldado PM Flávio Roberto Gomes dos Santos a um total de 11 anos e sete meses, pelo mesmo crime.

O sargento José Miguel de Castro, que estava no grupo que executou o mecânico, foi absolvido do crime de homicídio e condenado a 2 anos e 9 meses por Prevaricação, Denunciação caluniosa, Usurpação de Função Pública e Fraude Processual.

Detalhe: apenas o vigilante continuará preso; os dois PMs ganharam o direito de recorrer em liberdade.

OS ACUSADOS NO MOMENTO DA SENTENÇA: só o vigilante seguirá preso; PMs recorrerão em liberdade

Irialdo Batalha foi executado por Luiz Carlos em Vitória do Mearim, em 2015; ele não parou em uma blitz organizada pelos PMs José Miguel e Flávio Roberto, que passaram a persegui-lo. (Entenda aqui e aqui)

Atingido na perna, Irialdo caiu da moto, que era conduzida por Diego Gianni Ferreira Fernandes.

AS IMAGENS DA ÉPOCA DO CRIME MOSTRAM A RELAÇÃO DO VIGILANTE ASSASSINO COM OS PMS, que, inclusive, cediam vaga a ele em suas viaturas

O vigilante – que estava na viatura PM, acompanhado dos policiais – desceu e atirou na cabeça do mecânico, em frente aos curiosos que se aglomeraram.

O crime chocou o Maranhão e ganhou repercussão internacional. Após quatro anos, saiu a sentença.

Luiz Carlos, que já estava preso, continuará recolhido, mesmo recorrendo.

Já os PMs continuarão nas ruas…

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ONU confirma que denúncias de Hildo Rocha continuam sob investigação…

O escandaloso caso Irialdo Batalha: repugnância mundial

O escandaloso caso Irialdo Batalha: repugnância mundial

Os casos de violação dos direitos humanos denunciados pelo deputado Hildo Rocha (PMDB) continuam sob investigação e poderão acarretar em sanções ao governo do Maranhão. Em correspondência assinada por Peter Poschen, coordenador residente da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, a instituição confirmou que as denúncias feitas pelo deputado já chegaram ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Rocha disse que a lista de casos de violação dos direitos humanos no Maranhão é extensa. Mas, duas ocorrências emblemáticas colocam o estado em situação vergonhosa.

“A execução cruel do mecânico Irialdo Batalha, ocorrida no município de Vitória do Mearim, em maio do ano passado, e o resgate seguido de execução de dois presos, da delegacia de Buriti em fevereiro deste ano, são episódios graves que revelam que o governo do Maranhão banaliza a vida”, destacou o deputado.

O deputado disse que o governador Flávio Dino, mesmo com tudo que aconteceu, sabendo das violações dos direitos humanos no Maranhão, por culpa direta da sua administração, não tomou nenhuma providência concreta para melhorar a relação do estado com a sociedade maranhense.

“Dino fracassa, também, na melhoria do relacionamento do governo e a população. Não consegue ser bom em nenhuma área. Até mesmo naquela que se dizia militante, peca por omissão e inoperância”, argumentou.

Os policiais militares que participaram do crime contra o mecânico Irialdo Batalha, na cidade de Vitoria do Mearim foram liberados pela justiça e já vão voltar a trabalhar normalmente.

“Nitidamente o Estado erra ao colocar esses homens em liberdade. O estado põe, mais uma vez, a população em perigo”, destacou Rocha.

“Na condição de representante do povo maranhense, não posso ficar calado diante de tantos desmandos. Estarei sempre atento, continuarei contribuindo para mudar essa lamentável realidade, implantada pelo governo comunista de Flavio Dino. Irei persistir na luta em defesa da população humilde do nosso Estado. Vou buscar, novamente, os órgãos de defesa dos direitos humanos para comunicar os acontecimentos mais recentes”, enfatizou Hildo Rocha.

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Hildo Rocha ainda luta por punição a assassinos de Irialdo…

Deputado visitou a família do cidadão arariense que foi executado em praça pública, e desarmado, por um vigilante que atuava em conjunto com policiais militares, em Vitória do Mearim

 

 

Hildo Rocha ouviu os elatos dos familiares de irialdo, após um ano do crime

Hildo Rocha ouviu os relatos dos familiares de irialdo, após um ano do crime

 

O Deputado Federal Hildo Rocha (PMDB) visitou, no último fim de semana, familiares de Irialdo Batalha, cidadão arariense que foi assassinado por um vigilante da prefeitura de Vitória do Mearim, no dia 28 de maio de 2015, durante operação da polícia militar.

Rocha reafirmou o compromisso de continuar buscando punição para os envolvidos no episódio que ele classificou como um dos mais bárbaros já presenciados na história do Maranhão.

Vim trazer uma palavra de conforto e de esperança para os familiares de Irialdo Batalha e também reafirmar que vamos continuar na luta. Não podemos deixar esse episódio cair no esquecimento. O Esquecimento não pode vencer a justiça. A justiça tem que prevalecer”, declarou o parlamentar.

O mecânico foi executado já inerte pelo vigilante que atuava como policial

O mecânico foi executado já inerte pelo vigilante que atuava como policial…

A mãe, as tias e primos de Irialdo fizeram relatos emocionados.

Ele gostava de jogar bola. Até hoje quando eu vejo alguém, algum amigo dele ou vizinho se preparando para jogar me dá um aperto no coração, eu choro de tristeza”, declarou Antônia da Graça Batalha, mãe de Irialdo.

O crime

Irialdo Batalha foi atingido nas costas, por disparos efetuados por policiais militares que faziam uma blitz na rodovia MA-22, no trecho localizado no município de Vitória do Mearim. Agonizando no chão, o mecânico foi executado por um vigilante da prefeitura de Vitória do Mearim, que atuava na cidade como se fosse policial.

...E que teve auxílio dos próprios policiais para jogar a vítima na viatura

…E que teve auxílio dos próprios policiais para jogar a vítima na viatura

A utilização de pessoas estranhas aos quadros da policia maranhense tem sido objeto de denúncias feitas por Hildo Rocha, em plenário e também aos organismos de defesa dos direitos humanos.

Segundo o deputado, o governo do Maranhão e os comandantes da operação policial que vitimou Irialdo Batalha devem ser responsabilizados pelo crime porque permitiram a participação de vigilante em atividade que é privativa de agentes públicos.

Ao lado dos familiares, Hildo relatou os esforços que tem feito para que os criminosos sejam punidos e o estado responsabilizado

Ao lado dos familiares, Hildo relatou os esforços que tem feito para que os criminosos sejam punidos e o estado responsabilizado

Entre as ações do deputado Hildo Rocha, referentes ao caso, constam quatro pronunciamentos na tribuna da Câmara – 03/06/2015; 10/06/2015 e 02/06/2016) – e a formalização de denúncias ao presidente Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal; à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); à Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República; na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); na Procuradoria Geral da República; e no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Anistia Internacional na cola de Flávio Dino…

Entidade Internacional confirmou ao deputado federal Hildo Rocha que pode denunciar o governo maranhense pela execução do mecânico Irialdo batalha, em Vitória do Mearim

 

A Anistia Internacional encaminhou documento ao deputado federal Hildo Rocha (PMDB) em que anuncia a possibilidade de processar o Governo do Maranhão pela execução do mecânico Irialdo Batalha, assassinado em praça pública por um vigilante que agia ao lado policiais militares em Vitória do Mearim, município do interior maranhense.

 

anistiaPara quem se elegeu prometendo uma revolução no campo administrativo e inaugurar uma nova era no campo da ética ser acionado judicialmente por um organismo internacional configura falta de preparo para o exercício do cargo. Decepcionante”

Hildo Rocha, deputado federal

No documento, assinado pelo seu diretor Executivo, Átila Roque, a entidade confirma o recebimento da denúncia e das provas e diz que estão sendo avaliados para eventual ação.

A denúncia contra o governo Flávio Dino (PCdoB) foi feita pelo próprio Hildo Rocha, que levou o caso também ao conhecimento da Câmara dos Deputados e a vários outros órgãos e entidades.

– Acusamos o recebimento do material enviado pelo senhor. Iremos analisar o material e avaliar a possibilidade de ação por parte da Anistia Internacional – afirma Roque, em resposta a Rocha.

Irialdo Batalha foi executado por um vigilante que participou de uma operação policial, ocorrida na cidade de Vitória do Mearim, no dia 29 de maio. Após furar um bloqueio, por estar sem os documentos da moto que pilotava, o mecânico foi alvejado com um tiro e caiu da moto.

O vigilante chegou em seguida e, diante dos olhares de várias testemunhas, desferiu um tiro, à queima-roupa, na cabeça da vítima.

Em seguida, ajudado ajudado por policias militares, jogou o corpo na viatura da PM e fugiu.

Além da Anistia Internacional, Hildo Rocha denunciou o caso a várias entidades nacionais e estrangeiras…

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Projeto de Hildo Rocha institui normas para gravações de operação policiais….

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O deputado federal Hildo Rocha apresentou Projeto de Lei à Câmara com o objetivo de coibir ocorrências semelhantes à que vitimou o mecânico Irialdo Batalha (34 anos), executado durante operação policial, na cidade de Vitória do Mearim, no dia 29 de maio.

A norma, proposta pelo parlamentar, estabelece que todas as operações policiais serão obrigatoriamente gravadas individualmente por todos os participantes da ação.

– As imagens serão preservadas por um período mínimo de seis meses e, com base na Lei de Acesso à Informação (12.527) poderão ser requisitadas por qualquer cidadão que manifeste interesse em obtê-las – explicou Rocha.

O parlamentar ressaltou que a norma servirá para preservar os bons policiais e dará mais segurança aos cidadãos e cidadãs, evitando que violações dos direitos humanos, como o caso Irialdo, voltem a acontecer com outros maranhenses.

Caso Irialdo

Segundo informações divulgadas pelo Governo do Maranhão, Irialdo Batalha teria praticado assalto e, durante a perseguição, havia furado o bloqueio e, em seguida, abatido durante trocado tiros com os policiais.

Porém, as investigações comprovaram que Irialdo não havia participado do suposto assalto e, embora tenha sido atingido, ainda respirava quando um vigilante particular, passando-se por policial, executou a vitima.

O autor do crime ainda ajudou a colocar o corpo na viatura da polícia e saiu do local junto com os policiais envolvidos na operação.

Filmagens esclarecedoras

Na tribuna da Câmara, o deputado ressaltou que o episódio só foi esclarecido porque diversas pessoas, que presenciaram a ação, filmaram a execução.

– Irialdo Batalha foi assassinado pelas mãos do Estado. O governo, com base na ocorrência de Vitória do Mearim, deveria pelo menos ter editado um decreto proibindo a utilização de mão-de-obra terceirizada nas ações policiais externas e nas ações internas exclusivas de agentes policiais. Entretanto, Flávio Dino não tomou nenhuma atitude, nenhuma providência, para que casos semelhantes voltem a acontecer com outros maranhenses. Mas, eu, na condição de parlamentar, de representante do povo do meu Estado, estou tomando as providências. Peço o apoio dos nobres deputados e deputadas para a aprovação deste projeto – enfatizou.

Serviços terceirizados

Rocha voltou a criticar a falta de atitude do Governador Flávio Dino para impedir que pessoas alheias aos quadros das polícias continuem prestando serviços ao aparelho de segurança pública do Estado.

– As atividades policiais são exclusivas do serviço público, não podem ser terceirizadas, somente pessoas habilitadas, treinadas e qualificadas podem participar – argumentou o parlamentar.

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Uso de leigos na polícia é comum no interior, diz mulher de soldado preso

Gisele Tavares Santos defende o marido – acusado de cumplicidade na execução do mecânico Irialdo Batalha, em Vitória o Mearim – e acusa prefeitos e o comando da PM por manter a prática de gente sem formação nas ações policiais em todo o Maranhão 

 

Após executa o mecânico, vigilante é ajudado por PM a colocar o corpo na iatura da polícia; cena comum no interior?

Após executa o mecânico, vigilante é ajudado por PM a colocar o corpo na iatura da polícia; cena comum no interior? (imagens: Portal “É Maranhão”)

O  comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Alves, em entrevista ao Fantástico, classificou de “fato isolado” a participação do vigilante Luiz Carlos Machado – executor do mecânico Irialdo Batalha, em Vitória do Mearim – em uma operação da PM no município.

Mas não foi fato isolado, segundo Gisele Tavares Santos, mulher do soldado Gomes, preso na operação, acusado de cumplicidade no crime.

Segundo Gisele, a prática de usar leigos em ações da polícia é comum no interior do Maranhão, facilitada por prefeitos e acatada pelo comando da PM.

– Até onde tenho conhecimento este fato ocorre não só em Vitória do Mearim, mas em todo o Maranhão – disse a esposa do militar, em desabafo que ganhou as redes sociais na semana passada.

De acordo com Gisele Tavares, a prática é influenciada por prefeitos, que tentam controlar as ações policiais. E aceita pelo comando da PM.

– O que dizer dos prefeito que autorizam e mantêm esta prática? O que dizer do comando da PM, que acata tal situação? – questiona a mulher do militar.

A denúncia de Gisele Tavares abre nova pauta sobre o caso de Vitória.

E não encerra a questão na punição aos dois PMs envolvidos no caso.

Ela vai bem mais além, e precisa ser esclarecida…