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Oposição não se une nem na dor do luto de seu maior líder…

Nem a morte de Jackson uniu a oposição...

Do blog de Luís Cardoso

A oposição no Maranhão não existe. Aliás, com a morte de seu maior líder, o ex-governador Jackson Lago, agora mesmo é que não se firmará.

A oposição não se une nem na hora da dor do luto da sua maior liderança nos últimos 40 anos. Alguns travestidos de oposicionistas aproveitam a momento para tirar casquinha.

Não respeitam nem a dor da família enlutada. Uns agora acusam outros de abandonar Jackson Lago nos momentos difíceis da última campanha para governador.

Outros apontam o dedo para quem subtraiu do erário e não ajudou na campanha. Tem até quem ache que Lago entrou em depressão por causa dos boatos de que ele seria inelegível. Uma bagunça generalizada. Um oposição porra louca.

A oposição se uniu em vez no Maranhão, praticamente no último ano do governo de José Reinaldo Tavares. Também, pudera, havia um cofre enorme à disposição dos interesses da turma.

O grupo Sarney se mantém até hoje no poder porque sempre apostou na divisão da oposição. Antes mesmo do falecimento do doutor Jackson Lago, seu PDT já andava namorando com o governo.

Aliás, de papel passado com o deputado Ricardo Murad. Esse, sim, o maior algoz de Lago. Assim caminha a oposição no Maranhão.

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Igor Lago…

Foi na campanha eleitoral de 2010 – na qual ele não esperava a participação do pai, Jackson – que o médico Igor Lago começou a surgir mais efetivamente no cenário político maranhense.

Crítico da gestão dos pedetistas e tucanos no governo do pai, ele defendia a

O médico Igor Lago...

refundação do partido ao mesmo tempo em pregava a aposentadoria política do ex-governador.

Gentil, solícito e afável, mesmo com os adversários, o médico, ainda que não demonstrase interesse, ocupou naturalmente o vácuo político no PDT, que nunca conseguiu forjar um sucessor para o seu principal líder maranhense.

Mas foi o agravamento da saúde de Jackson Lago que elevou o filho ao patamar de referência política da família e do partido.

É Igor quem fala hoje em nome do pai – seja sobre política ou em assuntos particulares – e lidera as irmãs e a madrasta na condução dos trâmites burocráticos do sepultamento de Jackson.

É Igor também quem trata com as principais lideranças políticas – do PDT e de outros partidos.

Educado, falou ontem com a governadora Roseana Sarney (PMDB) e com o presidente da Assembléia, Arnaldo Melo (PMDB) – aos quais explicou querer respeitar o desejo do pai, de ser velado no PDT.

E a ele são dirigidas todas as manifestações de condolências, solidariedade e reconhecimento da trajetória do ex-governador.

Relutando ou não, Igor Lago é parte legítima do legado de Jackson Lago.

Para a família, para o PDT e para o Maranhão…

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O silêncio de José Reinaldo…

Lideranças políticas de todas as patentes já se manifestaram sobr a morte do ex-governador Jackson Lago (PDT).

Jackson partiu ontem, em São Paulo...

Aliados e adversários, amigos e desafetos, todos lamentaram, sinceramente ou protocolarmente, a perda de um dos principais homens públicos do Maranhão.

Falaram a governadora Roseana Sarney (PMDB), o prefeito João Castelo (PSDB), o senador José Sarney (PMDB), o vice-governador Washington Oliviera (PT), petistas, pedetistas, deputados, vereadores…

O também ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) continua em silêncio – pelo menos ainda não se viu, até agora, manifestação pública vinda dele.

Em seu blog, hoje, preferiu tentar, mais uma vez, atacar a família Sarney, coisa que faz desde que decidiu romper com ela, em 2002.

Na semana passada, em atigo publicado na imprensa, o filho de Jackson, Igor Lago, criticou José Reinaldo e o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB), chamando-os de “oportunistas, gatunos loucos e sedentos de poder”. (Leia aqui)

Hoje, foi a vez do ex-ministro Edson Vidigal (PSDB), que, mesmo sem citar nomes, também atribui aos ex-companheiros do ex-governador alguma causa pelo seu desânimo a partir das eleições de 2010.

José Reinaldo segue, sozinho, o caminho da traição...

O que o abateu mesmo foi a depressão profunda em que mergulhou decepcionado com os falsos e envergonhado por ter dedicado todo o tempo em que passou palmilhando a estrada na luta pelos outros e vendo a vitoria definitiva quase chegando ter confiado em uns tantos em quem não valeu a pena confiar – declarou Vidigal.

Também criticado, Flávio Dino manifestou-se em relação à morte de Jackson por meio do seu perfil, no twitter. Uma espécie de artigo pontilhado, em que relembra os momentos ao lado do pedetista – e, obviamente, ignora aqueles de distanciamento. (Veja aqui)

José Reinaldo não falou e é melhor que não fale.

Afinal, ele nada tem a falar…

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Jackson Lago: o PDT era ele…

Jackson Lago foi o PDT, do início ao fim

O ex-governador Jackson Lago foi o líder inconteste no PDT durante toda a história do partido.

Seu principal legado na política é este: conseguir manter forte no Maranhão um partido que perdeu sua força no restante do país após a morte do seu fundador, Leonel Brizola.

Nos últimos 25 anos, o PDT liderou a oposição em todas as campanhas eleitorais em São Luís e no Maranhão – sempre com Jackson Lago à frente, com seus erros e acertos.

Mesmo quando o Brasil se encantava com o liberalismo do PSDB; mesmo quando o PT mostrava-se como principal alternativa à esquerda.

O exemplo do ex-governador foi, exatamente, manter-se fiel aos seus princípios mesmo quando se alinhou a outro projeto de poder, contraditoriamente ou não.

Esteve com Epitácio Cafeteira (PTB), mas não se identificou cafeteirista. Esteve com Lula sem ser lulista. Foi aliado de José Reinaldo, mas não reinaldista.

Até com o grupo Sarney já esteve, sem ser sarneysista.

O ex-governador marcou sua trajetória pelo que sempre foi, desde que construiu o PDT.

Um autêntico – e talvez único – pedetista…

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Velório de Jackson será no PDT, por desejo dele…

Jackson Lago faleceu hoje em São Paulo

O ex-governador Jackson Lago será velado, a princípio, na sede do diretório regional do PDT, na Rua dos Afogados, no Centro de São Luís. O local é um desejo do próprio Jackson, expressado à família.

No PDT já estão, desde o início da noite, todas lideranças do partido – hoje seria  aposse da nova diretoria, que tinha o ex-governador como presidente.

– Ele expressou o desejo de ser velado na sede do PDT, seu partido do coração.  O desejo da família e das lideranças do partido é atender a este desejo – disse ao blog Weverton Rocha, o novo secretário-geral da legenda.

O ex-governador morreu no final da tarde, no Hospital do Coração, em São Paulo, onde se submetia tratamento desde dezembro.

A previsão é que o seu corpo chegue ao Maranhão até o meio-dia desta terça-feira.

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Mais do mesmo no PDT…

Jackson terá agora Weverton Rocha na retaguarda

O novo comando do PDT maranhense, a ser nomeado hoje pela Executiva Nacional da legenda, sérá uma espécie variação sobre o mesmo tema.

Terá o ex-governador Jackson Lago como presidente, acompanhado do ex-deputado Julião Amin na vice – como ocorre há pelo menos 20 anos.

A “renovação” pedetista, propalada há meses, se resume à substituição do secretário-geral Cândido Lima pelo controvertido suplente de deputado federal Weverton Rocha.

“Mais do mesmo”, como diria Renato Russo…

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O PDT sem a presença de Jackson Lago…

Jackson Lago continua em tratamento em São Paulo

A grave doença do ex-governador Jackson Lago, deixa o PDT numa espécie de acefalia, assunto que deverá ser tratado mais profundamente no pós-carnaval – quando, dizem, o ano político realmente começa.

Em São Paulo desde dezembro, Jackson Lago voltou ao hospital na semana passada, com problemas relacionados ao tratamento de um câncer de próstata.

Seu afastamento deixa o PDT sem rumo político, e numa disputa intensa pelo controle nas eleições de 2012.

O grupo do secretário-geral Cândido Lima, coordenado pelo ex-deputado federal Julião Amin e pelo suplente de deputado Weverton Rocha, quer o partido mais próximo do PT, de Dilma Roussef.

Já o vice-presidente municipal, e vice-líder do governo na Câmara Municipal, além dos secretários Clodomir Paz, Pavão Filho e da deputada Graça Paz, querem o PDT alinhado ao PSDB de Castelo nas eleições de 2012.

Sem Jackson, estes grupos se digladiam sem definição de rumos…

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O PDT e o grupo Sarney…

Jackson e Roseana, na coligação "champanhota" de 2000

Há quem tenha estranhado a nova postura da bancada do PDT na Assembléia Legislativa -mais alinhada ao governo Roseana Sarney (PMDB).

Não deveria.

A história do PDT no Maranhão é de relação ambígua com o grupo Sarney e seus satélites, desde 1986, quando o médico Jackson Lago assumiu a Secretaria de Saúde no governo Cafeteira.

De lá para cá foram idas e vindas intensas, que resultaram em mudanças partidárias e troca de lideranças entre as legendas.

O roseanista Ricardo Murad (PMDB), por exemplo, já foi pedetista e jackista, opção também do atual secretário Clodomir Paz (PDT), que já esteve no grupo Sarney. Ex-cunhado de Jackson, o prefeito de Icatu, Juarez Lima (ex-PDT, ex-PV, hoje novamente PDT) é uma das pontes entre os dois grupos no interior.

Valéria Macêdo acompanha Ricardo Murad em visita às UPAs

O prefeito de Porto Franco, Deoclides Macêdo (PDT), foi um dos mais promissores líderes do grupo da governadora Roseana Sarney, quando esteve no PTB. Foi vice de Jackson Lago em 2002. Sua irmã, deputada Valéria Macêdo, é hoje uma das aliadas mais próximas do secretário de Saúde, Ricardo Murad.

O próprio Jackson Lago já esteve no grupo em algumas ocasiões. Em 1994, de forma escamoteada, ajudou a vitória de Roseana Sarney contra Cafeteira ao viajar para Fortaleza no segundo turno. Em 2000, de forma clara, foi apoiado publicamente pela governadora, na disputa pela Prefeitura de São Luís.

Nestas idas e vindas, o PDT se confunde com o próprio grupo Sarney. Ora como oposição ferrenha, ora como mais fervoroso aliado político.

A relação entre os dois grupos é como em briga de irmãos, que podem até se estaponar, mas não admitem que “peru de fora” entre na discussão…

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Só Jackson Lago une a oposição maranhense…

Com jackson doente, a oposição não consegue se encontrar...

A ausência do ex-governador Jackson Lago (PDT) da rotina política do Maranhão mostra que ele é o único elo entre os vários setores da oposição maranhense.

Sem a presença do pedetista, que está em São Paulo para tratamento de saúde, os supostos líderes e partidos oposicionistas batem-cabeça e se acusam mutuamente. A ausência de Jackson mostra também que, muito mais que agregar, o nome do ex-deputado comunista Flávio Dino ainda causa muita antipatia em setores da oposição.

Desde que Jackson seguiu para São Paulo, no início de dezembro, os partidos oposicionistas protagonizaram várias cenas de pugilato verbal que mostram o distanciamento entre eles.

O PDT iniciou um processo de afastamento do PSDB, tanto em São Luís quanto em Imperatriz, que resultou, inclusive, na divisão do bloco na Assembléia Legislativa. O próprio PSDB, por sua vez, iniciou processo de aproximação com o governo Roseana – primeiro com o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira; depois com a bancada tucana na Assembléia.

Hoje, tanto o PDT quanto o PSDB têm posicionamento distante dos partidos de esquerda. Os tucanos compõem, inclusive, um dos blocos governistas.

O asfacelamento do bloco de oposição irritou as lideranças do PSB, sobretudo o ex-presidente da Assembléia, Marcelo Tavares. Para ele, a adesão do PDT ao governo Roseana Sarney (PMDB) é um constrangimento para a oposição.

O problema é que o próprio PSB vive momento de autofagia que pode levar também a legenda para o governo. O deputado federal Ribamar Alves e a vice-prefeita de São Luís, Helena Duailibe, defendem publicamente o apoio a Roseana Sarney.

Sem a presença física de Jackson Lago, a oposição mostra que está sem rumo.

O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) não consegue agregar com suas idéias e seu ranço e Flávio Dino resume sua articulação aos guetos esquerdistas do PCdoB e da parte do PT que discute o nada.

E a oposição caminha célere para o esfacelamento…

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Jackson deve ficar em São Paulo por tempo indeterminado

Jackson Lago: longe de São Luís e das crises políticas

Não há previsão para o retorno do ex-governador Jackson Lago (PDT) a São Luís. Em São Paulo desde o início de dezembro, Lago deve ficar na capital paulista pelo menos até o segundo semestre de 2011.

Dois motivos levam a família a evitar seu retorno: 1 – o tratamento a que se submete é mais complicado que se esperava; 2 – a crise interna por que passa o PDT, na qual o ex-govdrnador fatalmente se envolveria se voltasse agora.

De acordo com interlocutores da família, a previsão é que Jackson permaneça mais cinco ou seis meses em São Paulo.

Ele está em casa, mas tem que se submeter a examess e procedimentos clínicos periódicos, o que leva a deslocamentos quase diários ao hospital.

Por isso, a opção por permanecer na capital paulista.

Apensas familiares e amigos mais íntimos têm contato com o ex-governador…