Uma simples questão de ética e respeito à lei…

Há questões envolvendo os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes que levantam dúvidas sobre a isenção e a imparcialidade para julgar o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal

 

CONTAMINAÇÃO EMOCIONAL. Na opinião do escritor e acadêmico Joaquim Haickel, Flávio Dino e Alexandre de Moraes não têm isenção para julgar Bolsonaro

Por Joaquim Haickel*

Hoje, mais cedo, fiz uma postagem, que reproduzo abaixo, que gerou alguma repercussão e por isso resolvi voltar ao assunto e pedir ajuda, mas não aos universitários, resolvi pedir ajuda aos professores e fiz os dois questionamentos abaixo ao Chat GPT. Vejam quais foram as respostas!…

  • Minha postagem de hoje cedo:

“O conforto de Dino causa desconforto a quem defende a ética e a imparcialidade.

Flávio Dino disse recentemente que ele não sente desconforto algum em ter que julgar Bolsonaro. Ora, o problema não é o desconforto dele! O problema é o desconforto daqueles que acreditam que é muita falta de ética de um juiz, no caso ele, em não se declarar impedido em julgar alguém a quem já chamou anteriormente de demônio!

O código de ética e a lei orgânica da magistratura estabelecem que um juiz tem que julgar com imparcialidade, tanto que a alegada parcialidade de Moro, no julgamento de Lula, foi uma das causas da anulação do julgamento e descondenação do réu.

No caso de Dino, julgando Bolsonaro, fica a pergunta: como é possível alguém ser imparcial ao julgar uma pessoa que em sua opinião é o próprio demônio?”

Minhas perguntas ao ChatGpt:

1 – “Tendo como base o código de ética e a lei orgânica da magistratura, qual deve ser a atitude de um juiz que recebe a incumbência jurisdicional de julgar uma pessoa sobre a qual esse mesmo juiz disse ser “o próprio demônio”.

2 – “Tendo como base o código de ética e a lei orgânica da magistratura, qual deve ser a atitude de um juiz que recebe a incumbência jurisdicional de julgar uma pessoa que é acusada de planejar o assassinato do referido juiz?

As respostas do ChatGpt:

“Em ambos os casos, o juiz deve tomar medidas conforme o Código de Ética da Magistratura e a Lei Orgânica da Magistratura, que buscam garantir a imparcialidade e a confiança pública no Poder Judiciário. Abaixo estão as diretrizes para cada situação:”

1. Juiz que afirmou ser “o próprio demônio” sobre uma pessoa que deve julgar:

  • “De acordo com o Código de Ética da Magistratura Nacional (Resolução nº 135/2011 do CNJ) e a Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar nº 35/1979), o juiz deve agir com imparcialidade e evitar qualquer declaração ou atitude que comprometa a sua independência ou a confiança pública na justiça.”
  • Imparcialidade: “O juiz não pode ter qualquer tipo de preconceito ou animosidade em relação às partes envolvidas no processo. Fazer uma declaração tão contundente e negativa como essa pode configurar perda da imparcialidade, o que comprometeria a validade do julgamento.”
  • Dever de Isenção:A Lei Orgânica da Magistratura prevê que, em casos de dúvida sobre a imparcialidade do juiz, ele deve se declarar suspeito e se abster de julgar o caso, a fim de garantir que o processo seja conduzido de maneira justa.”
    “Portanto, diante de uma declaração tão negativa, o juiz deveria se declarar suspeito e remeter o caso para outro magistrado, a fim de preservar a integridade do julgamento e a confiança pública.”

2. Juiz que deve julgar uma pessoa acusada de planejar o assassinato do próprio juiz:

  • “Neste caso, a situação é ainda mais delicada, pois envolve uma ameaça direta à vida do juiz.”
  • Imparcialidade: “Mesmo em casos em que o juiz é pessoalmente afetado por uma situação, ele ainda deve se pautar pela imparcialidade. Contudo, o juiz não pode ser considerado imparcial em um processo em que ele é diretamente envolvido de forma pessoal ou emocional, como é o caso de uma ameaça à sua vida.”
  • Dever de Abster-se: “A Lei Orgânica da Magistratura, em seu artigo 254, determina que o juiz deve se abster de atuar no julgamento de processos em que ele tenha interesse pessoal ou se sentir emocionalmente comprometido. No caso de uma ameaça ao próprio juiz, ele deve se declarar suspeito.”
  • Desafastamento do Caso: “Para garantir a imparcialidade do julgamento e evitar qualquer dúvida quanto à justiça do processo, o juiz deve se abster de atuar no caso e solicitar a substituição por outro magistrado.”

Em ambos os casos, a atitude correta é o juiz se declarar suspeito e se afastar do julgamento, garantindo a imparcialidade do processo e a confiança pública na justiça.

O primeiro caso se refere ao ministro Flávio Dino que disse que Bolsonaro “é o próprio demônio” – Não acredite em mim? Acesse aqui. 

E o segundo caso se refere ao fato de uma das acusações contra o denunciado, constante do processo contra ele, é ter participado da trama para matar o ministro Alexandre de Moraes. (Veja aqui)

Portanto ambos deveriam se considerar impedidos de participar do julgamento de Bolsonaro…

*Joaquim Haickel é membro da Academia Maranhense de Letras

Ex-deputado constituinte vê “três poderes podres” no país…

Jornalista, escritor e membro da Academia Maranhense de Letras, Joaquim Haickel diz que o Executivo é corrupto e fraco, o Legislativo despreparado, corrupto e chantagista, e o Judiciário arbitrário, autoritário e ditatorial

 

PRAÇA DOS TRÊS PODERES. À esquerda está o Executivo, à direita o Judiciário e o Poder Legislativo ao centro

O ex-deputado federal constituinte Joaquim Nagib Haickel voltou nesta quinta-feira, 26, a analisar o momento político do país, que ele vê praticamente sem solução. Em comentário a este blog Marco Aurélio d’Eça, intitulado “Conheço os problemas, mas não sei como solucioná-los”, Haickel descreve os três poderes na atualidade:

  • Um Executivo corrupto e fraco, sem sustentação junto à população e ao poder legislativo;
  • Um Legislativo formado em sua maioria por parlamentares despreparados e corruptos;
  • Um Judiciário que tomou para si arbitrária, autoritária e ditatorialmente as rédeas do país.

A minha coerência e a minha inteligência, juntas, observam e entendem os acontecimentos, mas elas são incapazes de vislumbrar uma solução para esse imenso desastre institucional que assola nosso país”, frisou o ex-deputado.

Em seu comentário, Joaquim Haickel analisa também a atuação do ministro maranhense Flávio Dino, que bloqueou a liberação de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares no apagar das luzes de 2024.

Este blog Marco Aurélio d’Eça analisou a ação do ministro maranhense no post “A vingança de Flávio Dino…”.

Embora diga que sua coerência o faz concordar com a decisão de Dino, Haickel não deixa de ver uma atitude política na ação do ministro.

A minha coerência não me permite discordar da atitude do ministro Flavio Dino no tocante a suspensão de mais de 4 bilhões de reais em emendas parlamentares, que através de uma manobra diversionista desobedecem aos critérios éticos, morais, legais e constitucionais para suas distribuições e execuções; não devemos e não podemos abrir mão de fazermos o que é certo. Da mesma forma, minha inteligência não me permite desconhecer que o ministro Flávio Dino esperou que os deputados e senadores votassem a favor das matérias que eram de interesse do presidente Lula e do PT, para só depois disso torpedear as emendas, que foram fruto de um acordo, que a bem da verdade tem contornos de chantagem e extorsão, entre os poderes legislativo e executivo; não devemos e não podemos fazer o que é errado”, ponderou Haickel.

Haickel atuou na Assembleia Nacional Constituinte, instalada em 1987 e que formulou a Constituição Federal, responsável pela consolidação das atribuições dos três poderes da República.

A Constituição foi promulgada em 1988…

Uma aposta e uma escolha para 2026…

Ex-deputado Joaquim Nagib Haickel, experiente observador da cena política maranhense não vê mais chances reais de um entendimento entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão; e desenha futuros prováveis para a sucessão estadual

 

EXPERIÊNCIA E HISTÓRIA. Joaquim Haickel na antiga tribuna que homenageava seu pai: conhecimento para fazer prognósticos

Analista político e autor de um dos blogs de análises mais respeitados do Maranhão, o ex-deputado Joaquim Nagib Haickel expôs suas impressões sobre a guerra fratricida envolvendo os grupos do ministro Flávio Dino e do governador Carlos Brandão (PSB). 

Caso o governador queira deixar o governo para concorrer, em seu lugar assume o vice, que neste caso pertence ao grupo de Flávio Dino, o que por si só inviabilizaria tal projeto, pois não haveria confiança suficiente entre as partes, principalmente depois do episódio da eleição na Alema”, aponta Haikel.

O ex-deputado faz uma aposta e revela uma escolha para 2026:

  • A aposta: se fosse para apostar, eu apostaria que Brandão ficará no governo até o fim de seu mandato, e fará de tudo para eleger seu sucessor, dois senadores e uma grande bancada de deputados federais e estaduais…
  • A escolha: que Brandão e Felipe se desincompatibilizassem para concorrer ao Senado, e para seus lugares fossem escolhidos, na Alema, quem pudesse fazer uma transição sem litígios e traumas; e que a sucessão deles pudessem nos trazer pelo menos alguma esperança de dias melhores.

“Se a Justiça brasileira for minimamente séria, não sofrer influência espúria ou corporativismo”, o ex-parlamentar não vê chances de prosperidade na ação de Othelino Neto (Solidariedade) contra o resultado da eleição na Assembleia  Continue lendo aqui…

Nem existem rosas…

Análise histórica do rompimento ente o ministro do STF Flávio Dino e o governador Carlos Brandão, com suas causas e consequências e o contexto político histórico sobre situações políticas parecidas no Maranhão

 

Flávio Dino de um lado, Brnadão de outro, num momento político de reacomodação do grupo0 que dominou a política maranhense por meros 10 anos

Por Joaquim Nagib Haickel

Quando eu era apenas um jovem mancebo com pretensões de entrar para a lide política, ouvi falar em um artigo que se tornou célebre na história da política maranhense. Esse artigo é coisa do tempo em que a política ainda tinha algum valor. Escrito por Zé Sarney, “Quando as rosas começam a murchar”, cujo conteúdo era duro, sacramentava o rompimento entre ele, que era naquele momento senador e havia sido governador, e o então governador Pedro Neiva de Santana.

Até por volta dos anos 1970, 1980, ainda se podia dizer que a política era coisa que se praticava apenas com o aval de um fio de bigode, coisa que nos últimos anos do século passado caiu em completo desuso e parece que não mais voltará a moda.

Se o rompimento político já foi coisa para acontecer de forma cavalheiresca, por menos cavalheiresca que a política possa ser, hoje em dia os rompimentos têm menos pompa e circunstância, mesmo que sejam mais velados e recheados de sorrizinhos amarelos, constrangidos tapinhas nas costas e fotos desconsoladas.

De quando as rosas começaram a murchar até hoje, muitos rompimentos políticos aconteceram, alguns até bem mais polêmicos que o do citado “buquê”, como foi o caso do estridente rompimento entre Castelo e Sarney, pelo primeiro não aceitar Albérico Ferreira como seu sucessor na transição de mandato, do sutil e muito velado rompimento de Cafeteira e Sarney, quando o então governador não aceitou Sarney Filho para sucedê-lo, e o mais explosivo de todos, o de Zé Reinaldo com Sarney, que causou o começo do fim da hegemonia do grupo do maior político da história do Maranhão.  

É importante observar que em todos esses rompimentos Sarney estava envolvido, pois ele era o líder hegemônico do Estado.

O que estamos vivenciando agora é o prelúdio de um rompimento surdo, feito de gestos pontuais, coisas muito próprias dos estilos de seus contendores.

Mas antes de falarmos do rompimento propriamente dito, acredito ser necessário falarmos das causas e das raízes dele. Continue lendo aqui…

Lília Cabral estrela filme totalmente rodado em São Luís…

Com estreia marcada para 7 de setembro, “Tire Cinco Cartas” é coproduzido pelo cineasta maranhense Joaquim Haickel – com diretores e produtores de renome nacional – conta a história de uma falsa cartomante que desembarca na capital maranhense para viver uma comédia engraçada e emocionante

 

Tem data de estreia marcada para o dia 7 de setembro, em circuito nacional, o filme maranhense “Tire Cinco Cartas”, estrelado por Lília Cabral e Stepan Nercessian; produzido e roteirizado pelo premiado cineasta maranhense Joaquim Haickel, o filme é uma comédia de costumes, totalmente rodado em São Luís.

Fátima (Lília Cabral) é uma taróloga que enrola seus clientes com a ajuda de seu marido, Lindoval (Stepan Nercessian). Sua sorte muda quando um valioso anel roubado cruza o seu caminho. Decidida a ficar com o anel, Fátima foge dos bandidos e volta para sua terra natal, São Luís do Maranhão, embarcando numa aventura para lá de engraçada e emocionante.

Além de Lilia Cabral e Stepan Nercessian, o filme tem no elenco os atores Cláudia Di Moura, Guilherme Piva, Gabriel Godoy, Sérgio Malheiros, Giulia Bertolli e os maranhenses César Boaes, Claudiana Cotrim e Thaynara OG, com participação especial de Alcione e Sidney Magal.

Produtor e roteirista do filme, o maranhense Joaquim Haickel dirige a Guarnicê Produções, responsável por “Pelo Ouvido”, premiado em 28 festivais, inclusive como melhor filme em Cartagena-2009. A Guarnicê divide a produção com a Eh! Filmes, de Elisa Tolomelli, que produziu grandes sucessos do cinema, como “Central do Brasil”, “Lavoura Arcaica” e “Cidade de Deus”.

A direção de “Tire Cinco Cartas” é assinada por Diego Freitas, que dirigiu o premiado “Sal”, selecionado para Gramado e CinePE, além do suspense “O Segredo de Davi” e o curta “A Volta para Casa”, protagonizado por Lima Duarte.

Sobre a liberdade de expressão…

Tentar restringir o direito de se dizer o que quiser é atentar contra a Constituição Federal, que estabelece este direito como cláusula pétrea, da mesma forma como a mesma Constituição estabelece que a extrapolação deste direito implica em responsabilização na forma da Lei; tudo já regulado, portanto

 

Amordaçar qualquer sistema ou canal de expressão do cidadão é atentar contra a própria liberdade

Por Joaquim Haickel

Dizer que a liberdade de expressão não é um direito pleno e absoluto, que ela tem limites, é desrespeitar o nosso ordenamento jurídico, que estabelece esse direito como uma das cláusulas pétreas da Constituição de nossa República, fato que faz dela uma regra imutável por emenda constitucional, só podendo ser revista por uma outra Assembleia Nacional Constituinte.

Uma cláusula pétrea não aceita interpretação judicial. Ela é aquilo que os constituintes estabeleceram que fosse, e ponto final. Uma cláusula pétrea não aceita dosimetria nem qualquer forma de relativismo. Agir de outra forma, é subverter a ordem constitucional.

Querer limitar o direito de livre expressão é querer impedir que o cidadão brasileiro exerça um direito anterior ao nosso próprio ordenamento jurídico, um direito natural, inerente não apenas ao cidadão, mas à pessoa humana, um direito divino, antes de ser um direito meramente jurídico.

O pleno direito de expressão, no entanto, impõe ao cidadão que o exerce, as responsabilidades decorrentes dele, portanto qualquer pessoa pode dizer o que quiser e desejar, mas deverá se responsabilizar legal e criminalmente por tudo o que disser, na forma da mesma lei que estabelece que ele é livre para expressar seu pensamento e sua opinião.

Cometerá grave erro e até mesmo um crime, quem desejar ou tentar diminuir, reduzir ou restringir o direito de livre expressão e opinião de outrem, da mesma forma que alguém que no pleno uso de seu direito de livre expressão cometer algum crime, deverá ser responsabilizado por ele. Continue lendo aqui…

Hegemonia de Brandão pode ser péssima para o estado, analisa Joaquim Haickel…

Em artigo divulgado neste fim de semana, ex-deputado analisa que a força política do atual governador – construída “em cima de escombros de grupos políticos outrora poderosos” – traz sérios e graves problemas de manutenção, inclusive a curto e médio prazos; no texto, o escritor reserva farpas também para o grupo Sarney, Flávio Dino e até para o prefeito Eduardo Braide

 

Joaquim Haickel analisou a política atual de cima abaixo, apontando situações e construindo cenários

O ex-deputado federal, estadual e ex-secretário de Cultura, Esporte e Comunicação Joaquim Haickel analisou neste sábado, 3, o poderio político adquirido pelo governador Carlos Brandão (PSB) em apenas cinco meses de mandato.

E acha que esta hegemonia pode ser péssimo para a política maranhense.

Para Haickel, a construção da hegemonia de Brandão – em cima de escombros do que outrora foram grupos poderosos – terá problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho.

– No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria – diz ele, numa clara referência ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), embora não cite o seu nome em nenhum trecho do artigo.

Em seu artigo, que analisa também a política nacional, vê o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um arremedo senil do que fora em seus dois primeiros mandatos, e ministros desequilibrados  e destemperados, mesmo querendo vender-se como líderes, “faróis na noite escura da política brasileira”.

Haickel reserva um capítulo dos eu artigo para o prefeito Eduardo Braide (PSD), a quem vê como político relevante, mas sem grupo.

– Ele [Braide] sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo – analisa Joaquim Haickel.

O ex-parlamentar louva a articulação do deputado federal Cleber Verde, que deseja candidatar Braide pelo MDB, mas ressalta que, hoje pertencente à base do governo Brandão, o partido ainda tem na deputada federal Roseana Sarney a sua principal força.

– Apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, [Roseana] ainda é uma força que não pode ser descartada – frisou.

Consciente da força de suas palavras, Haickel faz, ele próprio, uma ressalva às suas reminiscências, mostrando-se atento ao que pode ser interpretado a partir delas.

– Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam – concluiu o membro da Academia Maranhense de Letras.

Abaixo, a íntegra do artigo:

Sobre verdade e política, a pedidos

Alguns amigos meus, frequentemente, têm me pedido que volte a escrever sobre política, assunto que tenho evitado pelo imenso grau de radicalização que esse setor sofreu nos últimos tempos e pelo fato de eu dizer coisas que acabam desagradando a todos, característica peculiar das pessoas que falam verdades, e verdades geralmente não são coisas agradáveis de serem ouvidas, e que transformam quem as dizem em personas non gratas, coisa que eu não desejo ser.

Nos últimos tempos tenho me dedicado exclusivamente aos meus projetos cinematográficos que estão em andamento, uma vez que os negócios de minha família estão sendo tocados, e muito bem, diga-se de passagem, por meu irmão e minha esposa. Mas como meus filmes me deram uma folguinha nos últimos dias, até porque essa atividade, de tempos em tempos, exige certo distanciamento, para que se possa ver as coisas em perspectiva, resolvi parar para analisar alguns poucos aspectos da política, assunto que como todos sabem, muito me agrada, principalmente em seu aspecto estratégico e filosófico, uma vez que, já faz algum tempo, sou completamente refratário à prática diária da política, o tal corpo a corpo.

A política nacional está uma verdadeira loucura. Lula que era um craque da política, no bom e no mau sentido, dá claros sinais de senilidade, falando e fazendo coisas que nem ele mesmo aceitaria, mesmo em seu piores momentos.

Alguns de seus ministros, ouviram o sino tocar, mas não conseguem encontrar a igreja, enquanto outros, estes competentes e bem-preparados, tropeçam em suas idiossincrasias mais atávicas e acabam por demonstrar desequilíbrio e destempero, características que não podem estar presentes no perfil daqueles que desejam ser verdadeiros líderes, faróis na noite escura da política brasileira.

O poder legislativo no âmbito federal, mais do que nunca é um balcão de negócios. Seus comandantes ou são covardes oportunistas ou são ávidos negocistas. É triste esse panorama.

No âmbito estadual, nunca se viu uma situação de tamanha hegemonia. Não que eu me lembre. Mas isso que pode ser muito bom por um lado, pode ser péssimo por outro. Eu explico, ou pelo menos vou tentar.

Quando se atinge a hegemonia através de uma luta renhida, uma disputa “sangrenta”, quando ela é resultado de uma conquista monumental, ela normalmente é boa e as partes, as facções, as pessoas que compõem esse grupo, sabem o que as levaram até ali e têm um compromisso maior.

Quando a hegemonia é decorrente da dissolução dos grupos políticos anteriormente constituídos, quando ela é construída nos escombros do que havia antes, mesmo que ela tenha a frente um líder experiente, cauteloso e bem-intencionado, como é o caso de Carlos Brandão, ela é na verdade uma hegemonia frágil, que até aparenta ser forte, mas que traz sérios e graves problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho, deixando por conta do seu comandante a solução de problemas gigantescos e quase insolúveis a curto e médio prazo.

No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria.

Comentei esse fato com um amigo e ele me perguntou qual seria a solução para esse problema e eu disse que a solução, em primeiro lugar é reconhecer que há um problema, pois muitos não conseguem perceber e outros, os que percebem, tiram proveito disso e, portanto, não se importam.
A segunda coisa que deve ser feita nesses casos é a escolha de seu efetivo, não falo de amigos ou parentes, falo de um exército capaz de enfrentar o por vir, pois numa hegemonia pouca gente se preocupa com isso.

A eleição de prefeitos do ano que vem é a primeira trincheira e será mais do que nunca decisiva para o futuro da política local, e veja que isso não é uma questão de semântica! É uma questão de prática, tanto que acredito que quem melhor esteja pensando nisso seja o deputado Kleber Verde, que deseja candidatar o prefeito Eduardo Braide, pelo MDB.

Braide é um político relevante, mas não tem um grupo em torno de si, não tem uma base sólida, que o apoie. Ele sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo.

Nesse cenário, lembro que o MDB hoje pertence a base mais bem alicerçada do governo. Partido que já foi comandado pela então governadora Roseana Sarney, que apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, ainda é uma força que não pode ser descartada.

Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam.

Mas vá lá! Seja o que Deus quiser, se é que ele se mete nessas coisas.

Joaquim Haickel

Cineasta e membro da Academia Maranhense de Letras

2

A sinceridade de Joaquim Haickel com Márcio Jerry…

Ex-deputado federal e estadual, cineasta dialoga com o comunista vítima de fake news sobre assédio a uma parlamentar e concluiu lembrando que a própria esquerda já havia cometido o mesmo erro ao propagar caso igual, relacionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro

 

As imagens montadas por bolsonaristas que tentam implicar assédio ao deputado Márcio Jerry

O ex-deputado federal e estadual Joaquim Haickel entrou no debate sobre a campanha de fake news bolsonarista contra o deputado federal maranhense Márcio Jerry (PCdoB).

Em diálogo com o próprio Jerry nas redes sociais, Haickel classificou de palhaçada a narrativa do assédio à deputada Zanatta, mas deixou claro ter consciência de que o comunista não faria o mesmo se o alvo da história fosse ele, Haickel.

– Só não sei se esse incidente tivesse acontecido comigo, ele agiria da mesma forma – disse Haickel, em debate no Twitter que envolveu outras pessoas.

Com a mesma percepção do blog Marco Aurélio d’Eça, o ex-deputado lembrou que o próprio vídeo usado para acusar o colega maranhense mostra que não houve nenhum tipo de assédio.

Haickel saiu em defesa do maranhense mesmo consciente de que a recíproca jamais seria verdadeira

Ao final, Haickel ironizou, propondo a Jerry que usasse como defesa outro vídeo: um em que o então deputado Jair Bolsonaro ataca a colega Maria do Rosário (PT).

Só neste ponto a percepção do ex-parlamentar diverge da do blog, por dois motivos:

1: Maria do Rosário jamais acusou Bolsonaro de assédio, mas por ameaça e agressão pura e simples, como prova o próprio vídeo da época;

2: diferentemente de Márcio Jerry, Bolsonaro tem imenso histórico de agressões de todos os tipos, independentemente do gênero da vítima.

A solidariedade de Joaquim Haickel ao comunista maranhense somou-se a diversas outras Brasil a fora.

Mas o deputado federal continua atacado em todo o país.

Com a mesma intensidade da defesa…

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“Impedir que o cidadão se defenda é covardia”, diz Joaquim Haickel sobre armas de fogo

Ex-deputado postou em suas redes sociais vídeo da invasão de uma residência por bandidos armados, ressaltou que não usa armas de fogo, mas criticou a decisão do governo de restringir o uso correto e legal do cidadão que queira se defender de ações como a mostrada no vídeo

 

O ex-deputado e ex-secretário de Estado Joaquim Nagib Haickel abriu nesta terça-feira, 24, uma discussão sobre o uso de armas de fogo pelo cidadão de bem e a restrição do governo Lula para tal uso.

O ex-deputado, que também é advogado e jornalista postou em suas redes sociais vídeo que mostra uma quadrilha invadindo uma casa e, aparentemente, sendo recebido a bala, o que fez com que fugissem.

– O estado brasileiro não está conseguindo proteger nem as sedes dos poderes da República contra uns vândalos imbecis. Impedir que o cidadão se defenda é covardia – afirmou o ex-parlamentar.

Na avaliação de Haickel – que ressalta não usar armas de foto – o cidadão que queira usar, de maneira legal e correta,  não pode ser impedido. Para o jornalista, o Estado Brasileiro não consegue proteger o cidadão e sua família.

A posição de Joaquim Haickel recebeu diversos comentários em suas redes sociais, com a maioria dos seguidores concordando com a opinião do ex-deputado.

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Petista indica que Brandão é o candidato sarneysista em 2022

Segundo o professor Márcio Jardim, com 80% dos apoiadores advindos do grupo do ex-presidente da República José Sarney, atual vice-governador representa o caminho para a volta deste segmento político ao poder

 

O apoio de Adriano Sarney a Carlos Brandão repercutiu fortemente entre sarneysistas, ati-sarneysistas e dinistas

O ex-secretário de Esportes e Lazer do governo Flávio Dino – e atual secretário de comunicação da Prefeitura de Maricá (RJ) – professor Márcio Jardim, apontou nesta segunda-feira, 20, que o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), é o representante sarneysista nas eleições de 2022.

Comentando uma postagem do ex-deputado Joaquim Haickel, que participou do encontro com Brandão, na última quinta-feira, 16, Jardim ressaltou que os sarneysistas representam a maioria dos apoiadores de Brandão.

– Sagaz e também ferino com adversários, a frase de Joaquim Haickel, grosso modo, também pode ser lida assim: “Flávio Dino, a candidatura de Brandão não te pertence” – provocou Márcio Jardim, para completar, reinterpretando a fase de Haickel: “Flávio Dino, apenas 20% da candidatura de Brandão é sua.”

Em comentário no blog Marco Aurélio D’Eça, Joaquim Haickel disse que a leitura de Márcio Jardim sobre sua postagem “não está apenas errada, mas destorcida”.

– O que eu disse e repito, é que no evento que fui, em apoio a Brandão, meu amigo de infância, para onde quer que eu me virasse, só via pessoas que em algum momento, em graus maiores ou menores, fizeram parte do grupo Sarney. Mas isso não deveria ser de admirar! No governo de Flávio Dino, tem muitos quadros oriundos do grupo Sarney, ou será que Rubens Pereira, Felipe Camarão, duas dúzias de deputados, entre estaduais e federais, não estiveram em algum momento ligados ao grupo Sarney!?… – questionou o ex-parlamentar.

Durante o encontro de quinta-feira, Brandão recebeu o apoio público do deputado estadual Adriano Sarney, neto do ex-presidente e único representante oficial da família Sarney na política.

De fato, assim como recordou Haickel, além de Adriano, Brandão tem apoio de deputados federais, estaduais, prefeitos, vice-prefeitos e ex-prefeitos ligados ao grupo Sarney.

O próprio governador Flávio Dino tem buscado o apoio dos Sarney para sua candidatura ao Senado.

A maioria resistência ainda é da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), principal adversária de Dino no grupo.